História History Class - Capítulo Único

 Era só mais uma sexta-feira. Um dia comum da minha vida de estudante, em mais uma aula de história. 

 A professora estava falando sobre a Guerra Fria, comunismo x capitalismo, guerra de ameaças e blá-blá-blá. Até que em um determinado momento ela começou a falar sobre o movimento hippie.

 — Os hippies eram os jovens que  desejavam uma guerra sem armas, uma guerra de flores. Mas além disso, eles tinha seus votos totalmente voltados para liberdade, liberdade em tudo, até mesmo no amor. — explicava a nossa adorável professora, uma querida ela.

 Porém foi nesse momento que eu perdi a minha linha de raciocínio. Liberdade no amor. É realmente isso que eu estou pensando? 

 — Calma aí professora — interrompi — Você está falando sobre um relacionamento totalmente aberto? 

 — Sim, Taehyung. Exatamente isso. Eu queria saber a opinião de vocês sobre isso. — ela disse voltando-se para a turma.

 — Eu acho completamente errado. — atraí a atenção de todos ao que eu falava. — Foge totalmente da minha ideologia. Claro que cada um tem seus conceitos porém eu não gostaria de compartilhar uma pessoa tão importante, eu gostaria de um pessoa que só tem olhos para mim. — ri. — Isso pode soar bem possessivo e egoísta mas eu falo no bom sentido, claro. Eu até já tenho essa pessoa. 

 — Oh se tem! — exclamou Jimin, meu melhor amigo, que sentava atrás de mim a propósito, com um tom sugestivo. — Só falta você por em prática a sua declaração à essa pessoa, não é mesmo, queridão?

 — Você gosta de alguém, Tae? Eu quero saber. — disse a professora Hyorin sorrindo e vindo em minha direção. — Depois você me conta, mocinho.

 — Prô, essa pessoa se encontra aqui na sala! Ela senta...

 — Jimin cale a boca! — virei-me e bati em sua cabeça com o meu caderno. — Vocês estão vendo isso gente? Para que inimigos com um amigo desses? — olhei para meus colegas de classe que se encontravam rindo. 

 — Aish Tae, eu não aguento esses seus mistérios, joga na rodinha. — falou Jungkook, que se sentava ao meu lado. 

 Querido, é para você que eu não conto mesmo. A verdade é que eu sou apaixonado pelo Jeon desde o 6º ano, e eu to no segundo agora. Isso mesmo galerinha. Eu sou aquele retardado que gosta das próprias retardadices e fica 5 anos apaixonado pelo amiguinho.

 Eu nunca me manifestei sobre justamente porque ele era meu amiguinho. 

 Eu queria que fosse mais, mas é aquele ditado: Vamo fazer O que?

 Mas então meu querido subconsciente, aka leitores, eu não aguento mais. Então eu vou acabar contando para ele de alguma forma. Eu sei que antes eu falei que não ia contar mas eu sou uma pessoa muito confusa e contraditória, lidem com isso.

 O Jimin anda pressionando muito porque ele é desses que gosta de ser cupido nas horas vagas – e nas não vagas também–, resumindo... Ele é um chato. Amo muito, mas sinceridade sempre. Que a verdade seja dita. Ele é um chato.

 Voltando para a aula, onde o meu amorzinho – meu sim, eu sou ousado e a mente é minha, eu posso fantasiar o que eu quiser – falou para eu revelar a minha paixão. 

 — É segredo, Gukkie. — sorri, eu queria dizer aqui, rapidamente, que eu amo ser misterioso. 

 — Você é um chato, para o Jimin tu conta, né? 

 — Sou, e sim. Para o Jiminnie eu conto mesmo. Agora para de ser curioso que é aquele ditado: A curiosidade matou o gato. No seu caso, o coelho, mas isso não importa agora. Vamos parar de interromper a aula da Prô Hyorin porque ela é uma querida e não merece isso. E prô, no final da aula, quando todos os curiosos de plantão já tiverem se retirado, eu te conto. — sorri em deboche.

 — Okay, Tae. — ela voltou a dar a aula e passou tudo muito rápido. É aquele ditado: O que é bom dura pouco. 

 Ps: eu sou o menino dos ditados, lidem com isso 2.

 Quando a aula acabou, eu e o Jimin ficamos esperando o povo sair. Geralmente o Jungkook também vai embora com a gente, mas eu não ia contar nada para ele, não assim... 

 Depois de muita insistência minha, eu convenci o meu único dongsaeng do squad a se retirar. Menino chato, lindo e querido mas chato. Queria ficar de todo jeito.

  Enfim... 

 — Então Tae, quem é a misteriosa pessoa que conseguiu entrar nesse seu coração derretido? — perguntou a professora enquanto assinava alguns papéis que reconheci como a chamada de classe.

 — Então Prô, é meio complicado e eu acho que você vai rir muito...

 — É o Jungkook Prô! — O Jimin tinha que intervir não é mesmo? Já disse que ele é um chato? A minha maior vontade é arrancar umas das pernas da mesa mais próxima e bater nele até que ele pare de ser imbecil.

 — Aish Jimin, você só sabe interromper as pessoas? Se a pessoa que eu gosto não fosse o Jungkook, pode ter certeza que eu contaria para ele antes de contar para você. Sua boca parece até maior que essa sua bunda!

 — Você enrola demais, vou te dar uma aulinha de como ser mais direto e menos alesado.

 A professora só ria, deve ser a convivência. Depois de alguns anos aprendeu a conviver com os meros mortais desprovidos de vergonha na cara e bom senso.  

 — Então é o Jungkook? Que lindo, daria um ótimo casal! — Estão vendo coisos leitores, ela é muito querida! 

 — 'Cê acha mesmo Prô? — ela assentiu. — Você já tem vaga reservada de madrinha do meu casamento.

 — Esse casamento ainda vai demorar muito para acontecer mas eu vou ser padrinho e eu quero entrar com tu, Prof! — Jimin começou com suas jiminzices mais umas vez — Temos um acordo? 

 — Claro que temos. — sorriu. Coisos, ela é demais, essa mulher. Até do Jimin ela gosta, e olha que o Jimin é o Jimin. Pense na deusa das deusas, multiplica por 2048, não chega nem aos pé dela!

 — Assim gente, eu não queria interromper seus planos para o meu casamento mas o Jimin infelizmente está certo. O Jungkook não sabe nem que eu gosto dele, como eu faço para ele ser a minha noiva?

 — Como eu havia dito antes, você enrola demais. Pega o menino Jeon, prensa na parede mais próxima e beija com vontade. Ele vai adorar, eu garanto. — e piscou para mim.

 — Jimin, você podia ter ideias mais produtivas, não é? Claro que eu adoraria fazer isso, mas é mais que isso, queridão. Eu realmente gosto do Kookie, não pode ser qualquer coisa não. Tem que ser a declaração, que o Jeon não é qualquer um!

 — Tá bom, as minhas ideias não combinam com seu love case de 5 anos. Mas eu conheço uma pessoa muito inteligente e linda. Essa pessoa se encontra nessa sala e bem que ela poderia ajudar, não é Prô? 

 — Eu não garanto nada, mas eu posso tentar ajudar. — sério que a Prof vai me dar conselhos amorosos? Adorei?

 — Sou todo ouvidos! — só acho que o meu sorriso ocupou meu rosto inteiro, mas não é certeza coisos.

 — O Jungkook é romanticozinho, não é? — eu e Jimin assentimos e ela voltou a falar. — Então eu acredito que ele não seja muito exigente. Leve ele a algum lugar que ele gostaria de ir e fale tudo que o coração mandar, sem poupar o mimimi meloso. Tenho certeza que ele vai adorar. Ahn... Falta alguma, deixa eu pensar. — a Prô adquiriu um semblante pensativo.

 — A parte que você prensa ele na parede e faz ele pirar? — não preciso nem dizer que foi o retardado do Jimin que disse isso, não é? É. 

 — Não é isso. — a Prô ainda pensava. — Já sei, leve flores! — proferiu satisfeita. 

 Flores.

 — Mas Prô, isso não é exageradamente gay?

 — E tu é o que Taehyung?

 — Eu disse Prô e não Jimin então cala a boca, seu porre. Até porque você não pode falar nada.

 — Leve, eu tenho certeza que ele vai gostar. — se a Prô diz quem sou eu para contrariar... — Leve Gardênias! Passa uma sensação de "você é adorável, amor secreto, inconfesso". Combina com a ocasião.

 — Hm. Okay. Eu vou pensar em algum lugar. — talvez eu já até saiba onde levá-lo. 

 — Okay nada, fale para ele Prô, fala que é importante prensar ele na parede e arrancar uns beijos. Se você não falar, eles vão terminar só jogando videogame e não vai mudar nada na vida desse ser lerdo. O Taehyung é a pessoa mais enrolada que eu conheço. — eu olho para o Jimin e repenso seriamente se não seria um benefício para a sociedade matá-lo com pauladas da perna da mesa. 

 — Atitude Taehyung! Não pode ficar enrolando, fala o que sente e deixa rolar. Mas se vocês ficarem juntos e as notas baixarem em história porque no lugar de estudar ficam fazendo indecências, eu vou mandar bilhete na agenda dos dois! — ela está sorrindo meus coisos, deve ser brincadeira. Eu espero pelo menos.

 — Isso não vai acontecer Prô. E se o Jeon não aceitar meus sentimentos eu falo que foi você quem bolou o plano todo. Tenho certeza que pelo menos uma casquinha ele me deixa tirar. — sorri com o pensamento.

 — Tá bom, tá bom. Quero só ver. Boa sorte! Mas agora eu preciso ir. Até semana que vem! — ela saiu andado mas parou na porta e olhou para trás. — No aguardo de todos os detalhes do encontro na próxima aula. Agora tchau! 

 

 [-]

  

 Eu e Jimin estávamos nos dirigindo até a saída para juntos irmos para casa e enquanto passávamos pelo portão do colégio, percebi que Jungkook estava lá. 

 — Eu fiquei esperando vocês. — sorriu. E que sorriso. Os dentinhos adoráveis, muito lindo. 

 — Que fofo. — fui até seus cabelos e acariciei seus fios negros porque apesar de termos o barrado, ele foi um bom amigo e nos esperou. Ele sorriu tímido. Jungkook tímido meu fim. 

 Ele se virou para seguirmos até nossos destinos e eu dei aquela olhada bem discreta em suas maravilhosas coxas e bunda. Olhei como muitos também olham! Quem nunca, não é mesmo? 

 Enfim... 

 O Jimin era o que morava mais perto do colégio, fomos  conversando sobre coisas banais até deixarmos os mais velho em casa.

 Restando somente eu e Jungkook, que era o segundo a ser deixado. A minha casa era a mais distante. Falando assim parece que eu moro em outro país mas são na verdade só 10 minutos do colégio.

 Se nós conversamos? Claro. Se foi bom?

 ...

 — Vai Tae! Eu quero saber quem é, porque você não me conta logo? Você não confia em mim? — me olhou cabisbaixo. Odeio quando ele faz isso. Forçando ou não, eu me sinto mal com a ausência de sua feição alegre. 

 — Claro que eu confio! — disse rapidamente. 

 — Então porque não me fala de quem você gosta? 

 — Por que tu quer tanto saber? 

 — Porque eu me importo com você. — até fiquei calado depois dessa. 

 — Eu vou te contar, só que não agora.

 —  Por que não agora?

 — É meio complicado. Você vai descobrir de um jeito ou de outro. Enfim... Você quer sair comigo amanhã? — vocês acharam que eu não ia por o plano em prática não é, seus coisos? Surpresa. 

 — E para onde vamos? — perguntou confuso. 

 — É segredo. — senti um semblante travesso assumindo meu rosto. 

 — Kim Taehyung, por que com você tudo é um mistério? 

 — Mistério torna tudo mais legal.

 — Discordo. — revirou os olhos. — E só aceito com duas condições.

 — Quais? 

 — 1ª, você paga. — assenti. — E 2ª, amanhã você vai me contar quem é essa pessoa que possui seu coração.

 — Tá bom.

 — Mesmo? 

 — Sim, ué.

 — Achei que seria mais difícil te convencer. 

 — Estou bonzinho hoje. Bom, eu vou indo. Te pego as 15h, pode ser? — assentiu com um aceno positivo. Ótimo. A primeira parte do plano já foi concluída. Me aproximei dele e lhe dei um selar na bochecha. — Até amanhã, Kookie.

 — A-Até. — ele ficou timidozinho galera. Já disse como Jungkook tímido acaba comigo? Acho que com todos nós não é...

 Me virei e segui para minha casa. É o seguinte galerão, meu plano é formado por 6 itens. 

 1- Convidar o meu moreno pro encontro - eu sei que ele não sabe que é um encontro mas check.

 2- Comermos na cafeteria bonitinha que tem aqui na esquina. 

 3- Levá-lo até o parque  - o lugar não é tão distante. Na verdade nós costumávamos ir muito lá no 8º ano, é um parque bem grande até. Tem um laguinho onde eu Jungkook, Jimin e o resto do squad não citado até agora, mas para atualiza-los se baseia em: Baekhyun o assanhado, Jin o hyung querido, D.O o atacado do Kyungsoo e Yoongi o amargo. - jogávamos comida para os peixes. Tem uma ponte nesse laguinho, e é lá que vai rolar povo. Anotem aí. Acho que enrolo demais mesmo, vou resumir aqui. Uma vez o Jungkook me disse que adorava o lugar e sentia falta de visita-lo. 

 4- Fazer o passeio no parque valer a pena e fazê-lo sorrir. 

 5- Levá-lo até a ponte, entregá-lo as gardênias que estarão escondidas na minha mochila (espero que eles não amassem nem morram né) e me declarar.

 6- Prensa-lo na ponte e beija-lo com vontade.

 Sobre o item 6, é meu sonho. Eu não ligo se a ideia foi do Jimin, eu adorei e vou aderir.

 Tá quase tudo certo, só falta comprar as flores. 

 Eu não queria dizer que vai ser a coisa mais fácil do mundo mas tem uma floricultura do lado da minha casa então para aqueles que não querem que o nosso date dê certo, só chorem. 

 Dei uma passada lá e comprei as flores. 

 Check em tudo meus coisos. 

 Agora eu vou para casa dormir porque eu sou humano né, e eu não quero ter olheiras no encontro.

 Chegando na minha casa, eu jantei, tomei banho e fui deitar. Eu fiquei pensando em tudo que poderia acontecer amanhã, espero que dê tudo certo né gente? 

 Vai dar sim. 

 Então eu fui dormir.

 [-]

 Bom dia coisos. Eu dei uma hibernada de leve e acordei só de 13:30h, hoje é sábado. Tenho meus direitos. Eu tinha uma hora e meia para me arrumar. 

 Peguei meu celular debaixo do meu travesseiro e fui checar as mensagens. Tinham algumas do Jimin me pedindo a lição de casa. Como eu sou muito legal respondi:

 

  Eu:

 Ainda não fiz

 E mesmo que tivesse feito, não te passaria

 Você tem muito tempo para fazer até segunda

Larga mão de ser folgado

Passar bem

 Beijos'

 

 Aqueles bem diretos.

 

 Jiminzinho meu geleio:

 Que grosseria para com o seu hyung.

             Eu: 

 Blá-blá-blá 

 Vou sair com o Gukkie hoje

  Me deseje sorte 

             Jiminzinho meu geleio:

 OMG, ATITUDE, VIU? 

  PRENSA ELE NA PAREDE

 

              Eu:

  Pode deixar 

 

 Desliguei, fui tomar banho e me arrumar. A ansiedade falou mais alto e eu fui muito rápido.

 Não eram nem 14:30h ainda. Eu só podia sair de casa às 14:50h. Drama? O que é isso. Onde aperta para esses dolorosos minutos passarem mais rápido? A verdade é que eu to morrendo de saudades do Gukkie.

 Quando eu fico com saudade dele eu vou no meu álbum de fotos que tirei dele escondido. O nome do álbum é "Kookie meu tudo". Tem umas fotos maravilhosas nessa minha coleção. Até foto dele dormindo. 

Tão lindinho o meu bebê. 

 Eu fiquei mais algum tempo no meu celular até dar a hora certa de pegar o meu moreno.

 Enfatizando mesmo nos "meu"s.

 Chegando na casa dele eu bati na porta e o esperei abri-la.

 Ele estava tão adorável. Aquele sorriso dele... Morto desde já. 

 — Gukkie! Eu estava com saudades de você. — disse abraçando-o e beijando seus cabelos.

 — Mas a gente se viu ontem, hyung. — sorriu enquanto retribuía meu abraço.

 — Mesmo assim. Sobre o nosso passeio, primeiro a gente vai lá na cafeteria.

 — A das mesinhas coloridas?

 — Sim. 

 — Tá bom, eu já sei o que eu quero. Só lembrando que você que paga. 

 — Eu já entendi Jeon. 

 — Ótimo. 

 — Interesseiro.

 — Me convidou, paga. 

 — Você me leva à falência.

 Quando chegamos na cafeteria, fizemos nossos pedidos – o meu era um cappuccino e um sanduíche, e o do Jungkook era bolo de morango com café. Só come doce esse menino – e passamos a esperar a comida, sentados lado a lado.

 — Então Tae, por que você me convidou para sair? — porque eu te amo, te quero, vou te pedir em namoro e depois a gente se beija.

 — Eu preciso de um motivo para te convidar? — adoro responder perguntas com perguntas.

 — Não, é só que o Jimin não está aqui né?

 — Tá sentindo falta dele? 

 — Claro que não, é só que eu pensei que você gostasse mais dele do que de mim. — disse desviando o olhar. Preciso dizer que adorei? Seria o Jungkook um ciumento?

 — Ciúmes? — sorri erguendo as sobrancelhas.

   — Claro que não! 

   — Sei. 

 O Jungkook provavelmente ia ficar de mimimi mas o garçom chegou com nossos pedidos, então ele ficou quietinho.

 Quando ele bebericou seu café, um bigodinho de espuma se formou sobre sua boca. A coisa mais adorável que eu já vi. 

 Eu senti uma vontade de limpar... Com a língua. Mas optei por somente limpar com um dos meus dedos e levá-lo a meus lábios.

 — Você estava com um bigodinho. — O Jeon me olhou surpreso, logo ficando envergonhado. Fofo demais. Só sentia vontade de dizer "seja menos fofo por favor, obrigado".

 Ele começou a comer tudo muito rápido e eu só conseguia segurar a minha risada. 

 — E-Então.... Onde iremos agora?

 — Calma. Deixa só eu pagar aqui e você já irá descobrir.

 Depois de pagar, eu o enrolei o caminho todo. Até que chegamos na entrada do parque e já não dava mais para fazer mistério.

 — O parque? — me olhou sorrindo.

 — Eu lembro que você me disse que gostava daqui. 

 —  Eu gosto.

 Depois disso ficamos caminhando pelo parque e conversando. Até que eu me toquei que a gente sempre fez isso. Não parece nada com um encontro. Eu passei o dia todo enrolando e enrolando. O Jimin estava certo esse tempo todo, então eu comecei a ficar nervoso e acabei levando o Jeon até a ponte. 

 Eu queria dar uma adiantada nos esquemas.

 Ele estava tão bonitinho observando o lago abaixo de nós. Enquanto ele admirava a paisagem eu tentava tomar coragem, mas estava mais do que difícil para mim. Até que ele se virou e passou a me analisar.

 — O que houve, hyung? 

 — Hm... Eu deveria começar pela parte 5 do meu plano, mas as coisas não estão fluindo. Acho que vou começar pelo item  6.

 — Desculpe, mas, eu não entendi — disse confuso. Eu somente sorri e o prensei na ponte, apertando sua cintura com firmeza. O Jeon tomou um susto e a medida que eu aproximava nossos rostos e nossas respirações se misturavam, eu o sentia estremecer. 

 — Já já eu te explico — disse findando a distância e selando nossos lábios. 

Deve ter sido um choque para ele, coitado. O Kookie ficou parado um bom tempo até retribuir, mas tá valendo né galerão. 

 Pedi passagem com a língua e ele cedeu prontamente. Estava uma delicia, minha língua explorando cada canto de sua boca enquanto ele arranhava levemente minha nuca. 

 Eu não queria parar o beijo mas eu deveria aproveitar essa onda de coragem que se apossou de mim para seguir com a declaração. 
 
           Quebrei nosso ósculo e o fitei. Jungkook já era a coisa mais linda, mas esse Jungkook coradinho com os lábios avermelhados... Não tenho nem palavras para descrever. 

 — Ahn. Sobre a pessoa que eu gosto, ela está bem aqui comigo. — sorri sincero. — Eu tinha um plano maravilhoso, eu deveria ter começado assim. — peguei minha mochila que estava nas minhas costas, a abri e peguei as flores (que graças a Deus não amassaram, nem eu sei como. Vamos só agradecer né) entregando-as a ele — Sabe Kookie, eu gosto de você já faz um tempão. Eu lembro do dia em que eu percebi que estava apaixonado por você. Estávamos na casa do Yoongi vendo um filme com o resto do squad. Você estava sentado no meu colo enquanto eu te fazia cafuné. O filme era engraçado e você começou a rir. Eu nem lembro que filme era, quando o seu sorriso apareceu, parecia que tudo tinha parado e eu não conseguia parar de te admirar. Tão lindo...

 — Taehyung...

 — Calma. Eu ainda não acabei. Você é uma pessoa tão maravilhosa e importante na minha vida, você não tem noção. Você é a última coisa em que eu penso quando vou dormir e a primeira quando acordo. Eu queria dizer que você tem um lugarzinho especial no meu coração mas você já ocupou tudo aqui. — bati no meu peito e logo voltei a falar — Eu espero que você me dê uma chance de te fazer feliz. Você quer namorar comigo, Gukkie? 
 
             — Tae...

 — Oi?

 — Tae...

 — Menino, isso é um sim ou um não?

 — Tae... — eu já ia começar a gritar mas aí ele me abraçou. Um abraço tão quentinho e aconchegante. Morrendo aqui. — E-Eu aceito! — Oh meu Deus, ele aceitou! 

 — Ai meu Jungkookie. — Eu logo voltei a beija-lo, dessa vez ele parecia mais animado. Beijar Jeon Jungkook passou a ser o meu mais novo sinônimo de felicidade. A sensação era maravilhosa, eu sentia o meu coração palpitando exageradamente rápido, mas ainda sim. Dei mais alguns selinhos em seus lábios vermelinhos e nos separei. — Eu te amo. 

 — Eu também te amo. — Acho que vou chorar aqui nas flores. 

 — É bom amar mesmo porque você vai ser só meu, isso aqui não é um relacionamento aberto, 'tá ligado? 

 — 'Tô ligado, meu namorado mais ciumento. — disse me abraçando.

 — Ótimo! Pode ir se acostumando. 

 — Eu adorei as flores.

 — Eu sabia que você ia adorar. — sorri convencido. — Brincadeira. Créditos Prô Hyorin.

 — A ideia foi dela? — riu.

 — Foi. Ela até disse que seria madrinha do nosso casamento. Mas não fica felizinho não porque ela disse que mandaria bilhete nas nossas agenda se as notas baixassem em história. 

 — Que péssimo.

 — Péssimo mesmo. Mas agora vamos parar de falar porque existem coisas melhores para se fazer com a boca. — proferi sugestivo.

 — Que tarado.

 — Você ainda não viu nada. 

 — Eu ia dizer que meus pais estão viajando e  que eu estou sozinho em casa, mas agora fiquei com medo.

 — Sozinho em casa. Isso é um convite?

 — Talvez... — disse enquanto brincava com a gola da minha camisa. Ah Jungkookie, vai ficar no mínimo duas semanas sem andar. 

 — Pera aí então. — Peguei meu celular no bolso e liguei para minha mãe —  Alô, omma? Então, eu queria dizer que eu vou dormir na casa do Jungkook. Nós não vamos só dormir mas... — ele desferiu um forte tapa no meu braço — Ai menino! 

 — TAEHYUNG O QUE ELA VAI PENSAR DE MIM AGORA? ME DÁ ISSO! — ele arrancou o celular da minha mão — TIA, NÃO É NADA DISSO QUE A SENHORA ESTÁ PENSANDO!

 — É SIM, MÃE. — gritei para que ela me ouvisse. Ela e Jungkook começaram a conversar e ele ficou todo vermelhinho. Dei um beijinho em sua bochecha enquanto acariciava seus cabelos negros e logo depois ele desligou. 

 — Ela disse "boa foda para vocês" e me chamou para almoçar na sua casa amanhã. 

 — Essa é a minha mãe! 

 — Alguém me socorre. 

 — Antes de irmos para sua casa deixa eu ligar pro Jimin e pro Baekkie que eles vão me bater se eu não atualiza-los antes da gente... — o Jeon me cortou.

 — Não. Depois você conta para o squad todo. Só sinto um calor na minha bunda, vamos logo por favor.

  —  Não precisa pedir duas vezes. 

 — Ótimo, vocês está cumprindo os requisitos de bom namorado. Gosto assim.

 — Fico feliz. — confessei sorrindo e entrelacei nossas mãos. — Vamos lá, meu coelhinho.

 Fomos saindo do parque e pegamos um táxi.

 [-]

 Chegando na casa do Kookie ele disse que fazia questão de ser carregado escada acima até seu quarto. Eu me perguntei se ele não tinha medo de morrer, mas mesmo com o risco de ocorrerem duas mortes horríveis na escada eu o fiz porque queria continuar cumprindo os requisitos de bom namorado.

 Em seu quarto ele colocou as flores que foram carinhosamente apelidadas de Luni – não me perguntem de onde ele tira tanta criatividade, quando estávamos no taxi ele simplesmente disse que as chamaria assim – no vaso rosa que decorava sua escrivaninha e logo se virou para mim sorrindo.

 Coisos, eu estou sentindo que está chegando a hora. 

 O Jungkook parecia um santinho mas eu percebi que de santo ele não tem nada quando pediu para eu me sentar em sua cama logo subindo no meu colo e  entrelaçando suas pernas em minha cintura.

 — O que é isso? Cadê o Jungkook tímido? — perguntei alisando suas coxas.

 — Ele foi passear. — sussurrou em meu ouvido — Mas acredito que podemos começar sem ele, não é mesmo? — enfatizou sua doce voz logo mordiscando o lóbulo da minha orelha me causando arrepios.

 — Jeon Jungkook, você quer me deixar louco. Não é possível. — fui levando minhas mãos até sua bunda apertando aquelas nádegas redondinhas. 

 — Não tenha dúvidas disso. — sorriu me fitando desafiador. 

 — Você não tem amor à suas pernas? 

 — Ter eu tenho, mas hoje está liberado. Pode me foder até eu ficar bambo delas.

 — Jungkook do céu. Assim você vai precisar de uma cadeira de rodas. 

 — Contanto que você faça valer a pena, eu não me importo. — Assim coisos, eu descobri que o Jungkook tem dupla personalidade. Fica provocando.

 — Eu vou fazer. 

 — Ótimo. 

 Passei então a beija-lo de maneira nada casta e ele começou a rebolar sensualmente sobre o meu membro, acordando-o. Eu juro que estou tentando me controlar para não tirar toda a nossa roupa, muito incomoda por sinal, e fode-lo com força mas ele não está ajudando.

 Levei meus lábios a seu maxilar seguindo por seu pescoço. Já que está tudo liberado hoje, eu vou marcar completamente aquele pescocinho sensível. Passei a chupar, mordiscar e lamber toda aquela região de tez branquinha. Eu só sentia o moreno estremecer e arfar diante de minhas carícias.

 Como eu havia pensado antes, essas roupas estavam completamente desagradáveis para nós dois então não me demorei para remover sua camiseta, tirando a minha logo em seguida também.

 Quando eu vi toda aquela pele, eu só queria marca-lo mais e mais. Deitei-o na cama logo subindo em seu corpo. Beijei suas clavículas e continuei minha trilha de beijos e chupões até que cheguei a seus mamilos passando a estimula-los. Ele começou a gemer manhoso e eu achei seus gemidos encantadores. Eu queria ouvi-los com mais frequência então passei a descer mais chegando ao zíper de sua calça. O abri com meus dentes e senti o olhar do mais novo pesando em mim. Sorri travesso enquanto removia lenta e provocadoramente todo aquele pano indesejável. 

 — Hyung, vamos logo com isso. Tira a sua também. 

 — Que apressadinho esse meu namorado. — apesar de querer provoca-lo eu também estava com pressa portanto removi minha calça também.

 — Eu não vou ficar só olhando, eu também quero brincar. — disse o menor removendo minha boxer e apalpando meu membro. — Ui, é grande — não sei se rio ou se choro com seus comentários bizarros. Eu provavelmente reclamaria mas como ele está  com sua mão envolvendo meu pênis, permaneci quieto.    

 Jeongguk começou com lentos movimentos de vai e vem. Uma tortura.

 — Jungkookie...

 — O que? — aumentou os movimentos me levando a gemer. Ele foi se aproximando da minha ereção deixado um beijinho na minha glande já inchada pela excitação. 

 — Me chupa logo! — ele logo envolveu meu membro em sua cavidade bucal e meu Deus! Aquilo era bom demais, quando ele começou a mover sua cabeça para frente e  para trás com a ajuda das minhas mãos que estavam enroladas nos fios negros, eu sentia seus dentes arranhado levemente as veias do meu membro e sentir seu músculo quente circulando minha cabeça... A minha sanidade já havia se esvaído há tempos.

 Eu sentia que poderia vir a qualquer momento em sua boca. 

 — Gukkie, eu a-acho que vou...

 — Goza na minha boca, hyung. — ele me interrompeu mas logo voltou com o que estava fazendo.

 Eu não consegui me segurar muito. Depois de mais alguns movimentos seus, senti meu líquido jorrando dentro de si, e ele fez questão de engolir tudo.

 — Meu Deus... Isso foi intenso. — me recompus e esperei a minha respiração regularizar novamente enquanto acariciava seus cabelos. — Eu vou retribuir o favor. — disse determinado voltando a me deitar sobre ele removendo sua boxer. — Eu posso fazer aqui — soprei seu membro levemente o fazendo suspirar. — ou... Aqui — abri mais suas pernas apoiando-as em meus ombros de forma que possibilitasse total acesso à sua entrada, onde dei uma rápida lambida que originou em um gemido seu. — A escolha é sua... Onde você prefere, Jungkookie? 

 — Hyung...

 — Sim? 

 — Ahn... Não me faz responder. — disse corando levemente. 

 — Parece que o Jungkook tímido voltou do passeio, não é mesmo? — sorri debochado.

 — N-não faz assim... — fiquei com peninha dele gente, me desculpem.

 — Tá bom, desculpe. — deixei um beijinho em sua coxa, logo passando a chupar e marcar a parte interna da mesma. Minha língua logo foi de encontro à sua entrada contornando-a, e ele passou a gemer tão, mas tão manhosamente que eu estava quase desistindo de retribuir o favor e prosseguir com as coisas...

  Chupei o lugar fortemente sentindo-o se contrair contra meus lábios. O adentrei com a minha língua e passei a simular uma penetração. Me demorei mais um tempo o estimulando até que ele interrompeu meus movimentos.

 — H-hyung! Chega, eu quero sentir v-você dentro de mim. 

 Levei três de meus dedos até seus lábios, mas ele não os aceitou. 

 — Sem preparação? — perguntei confuso.

 — Sim. Só vai logo...

 — Mas Jungkook, não é a sua primeira vez? 

 — É sim... Só que eu já me sinto preparado. 

 — Você tem certeza? 

 — Tenho! Por favor, só vai logo com isso! 

 — Certo. Fica de quatro pro hyung? — Ele logo atendeu a meu pedido permanecendo na posição que eu pedi. Me posicionei em sua entrada e comecei a penetra-lo. Quando entrei totalmente, dei um forte tapa em sua bunda.

 Esperei um tempo para que ele se acostumasse porque mesmo que ele tenha vindo com todo esse mimimi de "estou preparado" eu percebi que doeu quando ele cravou suas mãos no lençol e soltou um grito.

 Esse tempo não durou muito, ele logo começou a ir mais para trás em busca de mais contato, o que fez com que eu iniciasse meus movimentos. 

 Comecei com lentas porém fortes estocadas mas fui acelerando a cada gemido do moreno. 

 — M-mais rápido hyung! — ele pedindo manhoso assim me deixava motivado então acelerei ainda mais. 

 Senti que achei seu ponto quando um grito alto foi liberado, passei a estocar somente em sua próstata de forma maçante, seu aperto em volta do meu membro me levava a delirar. 

 — J-jungkookie, você é incrível.

 — H-hyung, e-eu acho que não con-sigo mais me segurar!

 — Goza pra mim, Gukkie! 

 Foi só eu terminar a minha frase que ele logo veio sujando o lençol abaixo de nós. Me senti poderoso agora. Quando seu líquido foi liberado, sua entrada se contraiu ainda mais em um aperto fortíssimo, me levando a vir logo em seguida o preenchendo com meu líquido. 

 Caímos exaustos no colchão e permanecemos em um silêncio  confortável até nossa respiração normalizar. 

 — Hyung, você foi ótimo. — sorri sendo abraçado pelo Jeon em seguida. 

 — Você também Gukkie. — continuei o abraçando logo puxando-o para um beijo, dessa vez calmo, e sendo logo retribuído. — Eu te amo. Muito.

 — Eu também te amo! Muitão. — sorriu admiravelmente e deixou um selar demorado na minha bochecha.

 — Você é o namorado mais adorável! 

 — O coração sentiu e apertou na batida. 

 — Seja menos fofo, por favor. 

 — Para, vai! — depois de alguns momentos em um silêncio confortável, ele voltou a falar. — Eu estou com fome, hyung.

 — Vamos pedir uma pizza? 

 — Vamos.

 Depois de pedirmos e comermos a pizza, fomos até o banheiro onde tomamos banho – e rolou um segundo round rs – e nos secamos. Eu tinha algumas roupas que esqueci na casa do Jeon da última vez que dormir lá e as usei.

 Estávamos mortos de cansados então depois só deitamos e dormimos abraçadinhos. 

 Eu to todo melosinho coisos, mas eu não ligo, com um Jeon Jungkook só seu é meio que previsível. Ele tá todo carinhoso comigo. Seria o meu sonho? 

 [-]

 Acordei no dia seguinte com sua respiração batendo contra o meu pescoço. Fiquei o observando dormir e sorrindo todo bobo, mais gay impossível. Ele estava tão fofo, não resisti e peguei meu celular para tirar uma fotinha para meu álbum. 

 — A foto vai para seu álbum "Kookie meu tudo"? — perguntou sonolento.

 — Como você sabe sobre o meu álbum?

 — A maioria das fotos você tirou escondido, mas algumas eu percebi. E eu sei a senha do seu celular então não foi difícil...

 — Então você já sabia que eu gostava de você? 

 —  Eu já suspeitava...

 — E você não fez nada sobre? 

 — Claro que não! Eu sou difícil dificílimo.

 — Jungkook! 

 — Eu... Eu não tinha certeza, tá? 

 — Oh meu Deus. — ele passou a fazer carinho no meu rosto. 

 — Você está triste? 

 — Não. Bom... Você já era o meu tudo antes e agora você além de meu tudo é meu namorado também. Isso que importa. 

 — Sim. Eu fiquei muito feliz quando você se declarou e eu ainda ganhei as Lunis! — ficou todo coradinho e eu não me contive em apertar suas bochechas. — Você é meu tudo também... — sorriu sincero. — Que horas são? — ele perguntou alguns minutos depois. Peguei meu celular e verifiquei o horário.

 — 11:40. Se ainda formos almoçar na minha casa temos que levantar agora. 

 — Prevejo meu ser recebendo uma grande dose de vergonha alheia. Mas vamos né... 

 Fizemos nossa higiene matinal e nos trocamos seguindo até a escada que levava ao andar de baixo. 

 — Hyung, você vai ter que me carregar.  A minha bunda 'tá doendo. — eu senti vontade de rir gente, mas optei por somente assentir. 

 — Vem aqui. — Eu peguei o Jungkook no colo como uma noiva e mais uma vez nós estávamos lá, correndo risco na escada. Só que diferente da primeira vez, nos três últimos degraus eu dei uma escorregada que resultou num forte encontro entre a minha bunda e o chão. A única bunda que sofreu impacto foi a minha mesmo levando em consideração que o Jeon caiu no meu colo. 

 — Hyung do céu! Que susto. — Sabe quando você se vê prestes a cair, gela e depois começa a rir que nem um retardado? Foi exatamente isso que aconteceu. 

 Nós começamos a rir até que uma hora a graça passou e eu fiquei somente fitando-o. Eu já estava com saudades daquela boquinha linda, não o beijei nenhuma vez hoje. Jungkook logo findou a distância de nossos lábios e nós estávamos numa boa posição. Logo retribui acariciando sua cintura enquanto ele fazia um terno carinho na minha nuca. Eu sinto um calor no coração quando o beijo, me sinto realizado. Logo pedi passagem com a língua, que foi prontamente cedida. 

 — Parece que a noite foi boa, não é meninos? — Meu Deus! Nos separamos rapidamente e parada ao nosso lado nos observando, estava ninguém mais ninguém menos que a mãe do Kookie. 

 — OMMA! Pensei que você e o pai só fossem voltar depois das 15h. 

 — Nós chegamos agora de manhã, querido.

 Como agir quando a mãe do seu namorado flagra vocês se pegando?

 — Oi tia! — disse enquanto um Jungkook corado saia de cima do meu colo para nos levantarmos. 

 — Olá Tae! Vocês não têm nada para me contar não? —  perguntou risonha.

 — N-não... — respondeu o Jeon me fazendo olhá-lo confuso. 

 — Lógico que temos! 

 — Ahn... Temos sim. — me olhou envergonhado — O pai está aí? 

 — Na cozinha. 

 — Então vamos lá, hyung. — assenti entrelaçando nossas mãos e fomos seguindo a tia até lá.

 Chegando no local seu pai sorriu para nós. 

 — Olá meninos. 

 — Oi tio!

 — Então gente... Hm. Eu vou fazer um comunicado aqui. O Tae e eu estamos namorando. 

 A tia sorriu e já ia falar algo, mas foi interrompida pelo tio. 

 — Vocês dois? Não aprovo. — Meu Deus. Confesso que fiquei com medo do tio. Ele sempre me tratou muito bem, eu frequento a casa do Kookie tem bastante tempo. Não esperava isso.

 — M-mas tio, eu amo o Jungkook...

 Ele começou a rir e gente, o medo só aumenta. Chama a polícia.

 — Eu estou brincando. Me dá um abraço. — sorriu. Não acredito que era brincadeira. Eu até tremi coisos. — Bem vindo a família, Tae. 

 — Tio! Você me deu um baita susto. — ri sem graça enquanto retribuía o abraço. 

 — Era a intenção. — não mereço um sogro desses. 

 — Jungkook do céu, que medo do seu pai.

 — Pelo menos uma casa já foi...

 — Agora só falta a minha e depois os meninos.

 — Eu vou almoçar na casa do hyung, tudo bem, mãe? 

 — Sim, sim. Vão lá queridos.

 Nos despedimos de seus pais e seguimos para minha casa.

 A previsão do Kookie estava mais do que correta, se vergonha alheia matasse ele morreria no mínimo 19 vezes. O meus pais adoraram a novidade e como toda a minha família é palhaça eles ficaram perguntando como foi a noite, se eu fui um bom hyung e meu pai veio com o típico discurso de "meu filho virou um homem". O Jeon ficou tão vermelho que eu estava começando a me preocupar com um possível desmaio, mas ele sobreviveu ao almoço. O pior mesmo foi depois da refeição quando reunimos o squad para dar a notícia. Aí sim o Jungkook passou mal. 

  O Jin hyung nos desejou felicidades e disse que éramos um casal lindo. Até aí tudo bem, mas como nem tudo é um mar de rosas.... Todos sabem que Byun Baekhyun não perde nenhuma oportunidade quando o assunto é abrir a boquinha. Depois que ele abriu, não fechou mais. De 5 em 5 minutos ele soltava um "Taehyung do céu, você é muito exagerado, olha só isso, o Jungkook 'tá todo marcado!". Até Yoongi e Kyungsoo comentaram. Do Jimin eu nem preciso falar nada né, meus coisos? Se eu fosse eles, eu corria porque o Jungkook é uma naja vingativa.

 Eu não falei nada, vamos só ver o que a vida reserva para eles. Uma fratura exposta no mínimo. 

  [-]

 A próxima aula de história era hoje e aqui estamos nós. Entrelacei nossas mãos e seguimos para a mesa da professora Hyorin para atualiza-la. 

 — Prooooooô, olha aqui. — levantei nossas mãos balançando-as. — Eu pedi o Gukkie em namoro e ele aceitou!

 — Mas que ótima notícia, meus amores! Então deu tudo certo, Tae? 

 Eu já ia afirmar e começar a dar os detalhes mas do outro lado da sala, um ser conhecido também como Park Jimin gritou para todos ouvirem:

 — Oh se deu certo Prô! Você já viu como o Jungkook está andando engraçado? 

 A sala toda começou com sorrisos sugestivos e gritinhos, eu só senti o moreno apertando a minha mão com força enquanto mantinha seus olhos fechados contando até 10 mentalmente, acredito eu. Quando ele soltou a minha mão, até eu fiquei com medo. 

 — Professora, você me dá licença aqui rapidão. — disse sério. 

 — Jungkookie, o que você vai fazer? — perguntei já preocupado.

 — Você não me segura, 'tá? — ele pegou uma cadeira e foi atrás do Jimin. — VAMOS VER QUEM VAI ANDAR ENGRAÇADO AGORA.

 Depois disso eu só lembro do Jimin gritando por misericórdia e dele apanhando. E foi assim que o meu adorável namorado mandou Park Jimin para a enfermaria. 

 Se eu briguei com ele? Claro que não! Se eu soubesse que ele ia quebrar a perna do Jimin eu até ajudava. 

 Depois do ocorrido, eu só peguei o meu coelhinho na diretoria, lhe dei um beijinho rápido e seguimos para uma sorveteria deixando Jimin sob os cuidados do Jin hyung. E digo mais, o sorvete estava uma delicia! 

 

 FIM