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História Hitchhiker - Gift Of A Friend


Escrita por: vanessamiguel

Notas do Autor


Oi gente! Eu só ia postar esse cap quando tivesse terminado de escrever o oito, mas ainda nem o comecei... Minha cachorrinha faleceu ontem e eu ainda não estou com a ideia do cap totalmente formada, então pra não ficar sem cap vou postar esse e aviso que só volto com o quarto assim que terminar o oito, porque não posso ficar com poucas reservas. Enfim, espero que gostem desse cap, eu acho fofinho, a tendência é a cada cap é as duas ficarem cada vez mais próximas...
A música de hoje é Gift Of A Friend da Demi Lovato.
OBS: Como sempre cap revisado, qualquer erro me avisem.

Capítulo 3 - Gift Of A Friend


Fanfic / Fanfiction Hitchhiker - Gift Of A Friend

Regina 

 

"Às vezes você acha que vai ficar bem sozinho

 Porque um sonho é um desejo que você faz a sós

 É fácil sentir que você não precisa de ajuda

Mas é mais difícil andar com suas próprias pernas"

 

Em dois dias e sozinha eu consegui colocar metade da minha nova casa nos eixos. Resolvi pegar mais leve nesta quinta feira porque tinha a minha primeira aula de dança.

Quando cheguei do trabalho, comi uma barrinha de cereal e corri para me trocar, colocando uma regata branca e um short de malha. Precisaria comprar roupas mais apropriadas para isso. Ainda tive tempo de conversar com minha irmã pelo telefone enquanto caminhava tranquilamente até a academia.

A aula começava às seis e todo mundo já estava lá, aparentemente, quando cheguei.

Killian falava mais do que a boca e a morena de alta de mechas vermelhas no cabelo, chamada Ruby, não ficava muito atrás. Mary era doce, e Kathryn animada. Eu não consegui ser tão retraída com aquelas pessoas maravilhosas ao meu redor, fazendo piada e gargalhando como se fosse o último dia de vida na terra.

Por ser nossa primeira aula, Katy colocou músicas aleatórias e diversas e pediu que dançássemos da maneira que quiséssemos. Segundo ela, precisávamos conhecer nosso corpo e descobrir o que ele podia fazer, antes de ditar passos e regras.

- Ai, cansei. - Killian se abanava com as mãos. Todos nos sentamos em roda na sala espelhada e sorrimos satisfeitos. Eu ainda não conseguia acreditar que tinha me sentido tão confortável com eles que dancei do mesmo jeito que costumo dançar quando estou sozinha. - Vamos conversar um pouquinho.

- Nem acredito que finalmente estou fazendo isso. - Mary tinha as bochechas vermelhas pelo calor. Usava uma legging preta e uma camiseta branca larga. - Aliás, adorei te conhecer Regina e aposto que você iria adorar conhecer minha filha também, ela é maravilhosa.

- Ai, eu não acredito que você voltou a tentar arranjar uma namoradinha pra patinha. - Ruby riu. Suas pernas compridas se esticaram para o meio da roda. Eu tentava entender como ela conseguiu dançar loucamente com aquela saia/short tão apertada no corpo. Ao menos o top era discreto, mas acho que era porque não tinha muito busto. - Mary é uma mãe muito puxa saco.

- Se minha sobrinha escuta você falando isso, acho que meu irmão fica viúvo. - caçoou Katy. Eu tentava não ficar vermelha com a situação.

- Me desculpa Regina, não quis ser inconveniente. - a baixinha se encolheu toda. - É que me passou pela cabeça que vocês combinam.

- Tudo bem, Mary. - ri.

- Ai gente, deixa aquela sapatão pra lá. - Killian fez um movimento com a mão. - Você gosta de homem, né? - perguntou e eu assenti rapidamente. - Ótimo, eu também. - riu. - Agora me conta, qual academia você frequentava lá em Boston? Morei lá alguns anos quando fui fazer faculdade...

- Eu nunca frequentei academia, sou péssima pra exercícios. - fiz uma careta e o homem à minha frente abriu a boca. - O que foi?

- Então você já dançava?

- Não, eu sempre tive vontade, mas eu trabalhava demais. Nunca tive tempo. - dei de ombros. As outras três mulheres rumaram para outro assunto e eu sentia que Killian me olhava como se eu fosse um alien.

- Que dieta você faz?

- Nenhuma, eu tento me alimentar bem, mas não me privo de comer nada. - dei de ombros. Aquilo era uma espécie de entrevista ou o quê?

- Impossível! - ele berrou, colocando as mãos na boca como se estivesse vendo algo horripilante. As outras olharam assustadas.

- Nossa, que viado mais escandaloso. - reclamou Ruby. - O que tá acontecendo?

- Regina, como é que você tem esse corpão sem fazer nada? Me ensina agora! - exasperou-se, animado com a possibilidade de eu tirar do bolso uma poção mágica.

Fiquei um pouco encabulada, se não fosse gay eu acharia que Killian avançaria sobre mim a qualquer instante. Todos aqueles olhos olhando direto pra mim fez com que eu tivesse vontade de sair correndo, era como quando tinha algum evento da MT e eu era obrigada a comparecer, me sentindo um bicho exótico sendo observado.

- Ai Kill, isso se chama: "Passar duas vezes na fila da beleza." - a morena mais nova tomou a palavra quando viu que eu não conseguiria responder. - Aconteceu comigo também. - beijou o próprio ombro nos fazendo rir.

- Você é minha deusa!

- Ele não para de falar de você desde segunda feira. - Ruby revirou os olhos. - Acho que está apaixonado. Não sei como ainda não contou pra Emma, ela vai achar que você descobriu sua bissexualidade. - tirou sarro. Eu levantei uma sobrancelha quando o nome de Emma apareceu na conversa. Seria a mesma Emma?

- Me respeita que eu gosto é de rola. - bateu na amiga. - Apesar de que se eu tivesse que me casar com alguma mulher com certeza escolheria você. - disse todo fofo e eu mandei um beijinho no ar para ele. - E quanto a Emma, aquela bicha faltou em todos os nossos almoços no Granny's, se quiser saber sobre a minha musa vai ter que fazer seu papel de amiga e estar presente. - deu de ombros.

- Emma passou a semana atolada na quartel, David também têm chego tarde... - explicou Mary. - Dê um desconto para os meus amores.

- Emma? A Major? - me entrometi, porque não podia ser só uma coincidência. Então quer dizer que Emma era homossexual? Ou eu tinha entendido errado?

- Falando de mim? - a voz dela soou de lá da porta e todos nós nos viramos para olhar. Vestida com uma camiseta preta, jaqueta de couro vermelha, jeans e botas ela parecia novamente com a Emma que eu conheci quando furei o pneu. Quando percebeu que era eu quem citava seu nome, arregalou os olhos verdes e miúdos. - Regina?

- Oi. - sorri.

- Espera, vocês se conhecem? - Killian intercalava o olhar entre nós duas. Swan se aproximou da nossa roda e ficou parada em pé com as mãos nos bolsos da frente da calça.

- Emma me ajudou com o pneu furado no domingo. 

- E depois ela me salvou de passar vergonha na palestra de sobre carreiras na Middle School. 

- Ai meu Deus! - Mary parecia envergonhada. Seu rosto redondo tinha voltado a ficar vermelho como a jaqueta de Emma. - E eu dizendo que vocês combinavam. Então a Regina que te ajudou é a mesma que agora faz aula de dança comigo?

- Parece que sim. - comentei vendo Emma franzir o cenho.

- Sua mãe já estava querendo fazer um esquema entre você e Regina. - Ruby foi a primeira a se levantar. Nosso horário havia acabado de terminar.

- Mãe! - repreendeu.

- Eu já pedi desculpa pra Regina e não posso fazer nada se vocês ficariam fofas juntas. - Mary pegou sua bolsa e arrumou no ombro. - Seu pai já chegou em casa?

- Já.

- Então vamos, Katy? David quer conversar com você. - a loira assentiu e se juntou a cunhada. - Tchau crianças, até a próxima quinta.

Kathryn e Mary se despediram de nós, que terminamos de pegar nossas coisas e deixamos a chave da sala na recepção. A noite lá fora trazia uma brisa fresca que fez meu cabelo preso num pequeno rabo de cavalo balançar os fios que se soltaram por conta da dança.

- Vamos tomar um sorvete? - Emma sugeriu olhando pra mim, mas falava também com os outros dois que caminhavam na nossa frente. - Eu pago!

- Eu ia aceitar de qualquer jeito, mas já que a patinha feia quer pagar, eu não vou reclamar. - a outra morena cantarolou, fazendo um sorriso brotar nos meus lábios.

- Eu acho ótimo, o atendente da sorveteria é um gato. - Killian soltou um suspiro exagerado.

- Só que é hétero, pode tirar seu cavalo da chuva, viado. - implicou. - Eu já peguei. - se gabou.

- Héteros convictos são uma raça de discórdia. - revirou os olhos.

Seguimos até a sorveteria, que não ficava muito longe, nesse clima de descontração. Embora eu não falasse tanto quanto eles, me sentia completamente incluída no papo. Fizemos nossos pedidos, pedi duas bolas de chocolate num potinho, Emma quis quatro, Ruby preferiu milk shake de morango e Kill um picolé de limão suíço. Tentei insistir pra pagar, mas a loira era teimosa.

Atravessamos a rua e nos sentamos numa das mesas que tinha na pracinha. Os três pareciam bastante interessados em saber da minha vida em Boston. Contei que Zelena e eu nascemos em Storybrooke, apesar de termos morado a vida toda na cidade grande. A conversa fluiu tanto, com cada um tendo uma história legal pra contar que nem me dei conta de que a pauta da vez era proibida para menores. Como chegamos naquele ponto era o que eu me perguntava.

- O melhor sexo da minha vida foi com um cara numa balada, foi tudo muito rápido, estávamos bêbados, mas foi incrível. - relembrou Kill. A todo momento eu tinha que avisá-lo que crianças corriam para lá e para cá e que falar baixo era essencial. - E você Regina?

- Eu? - tentei falar com a boca cheia de sorvete. Emma parecia mais atenta do que nunca. Fiquei vermelha.

- É, você. 

- Ah, sei lá. - busquei me lembrar do meu melhor orgasmo, mas não consegui achar nenhum. Não era como se eu não tivesse orgasmos, só não tive um que me marcou. - Talvez tenha sido na época da faculdade. E você Ruby? - mudei o foco.

- Com homem ou mulher? - ela terminou de sugar o canudinho do milk shake. Franzi o cenho totalmente perdida. - É porque é diferente, sabe? O sexo mais gostoso que fiz com um homem foi o ano passado. O nome dele é Victor Whale, ele é sobrinho da minha vizinha e vem passar as férias aqui todo ano. - explicou. Emma já tinha terminado seu sorvete, faltava apenas eu. - E com uma mulher foi quando eu fiz vinte, há três anos atrás, o nome dela é Lilith Page. Mora em Portland. Eu sei que eu sou bi, mas tenho que admitir que sexo com mulheres é uma coisa de outro mundo.

- Entendi. - abaixei a cabeça, começando a me sentir um pouco envergonhada pelo modo como eles falavam sobre isso com tanta naturalidade, apesar de Emma também não ter dito nada.

- Vocês estão deixando a Regina com vergonha. - Emma esfregou o meu braço com a mão, tentando me consolar. - Não liga pra esses dois.

- Até parece, Regina agora faz parte da turma. - Kill se empertigou. - Eu finalmente tenho alguém que só goste de homem pra manjar rola comigo. - Emma fez cara de nojo. - Você tem namorado, Rê?

- Tinha, mas terminei. - senti o coração errar uma batida. Eu detestava me lembrar do relacionamento lixoso que tinha com Graham. - Eu não podia nem respirar que ele arranjava motivo pra brigar. Ultrapassava o limite do abusivo...

- Ai, que macho escroto. Fez certo, miga, agora você vai poder sair quicando por aí. Boy magia é o que não falta.

Eu ri. Killian tinha um jeito de falar as coisas que me divertia. Ficamos mais alguns minutos conversando, até eu decidir que estava na hora de ir embora descansar. A casa de Killian e Ruby era perto uma da outra, por isso eles tomaram o rumo contrário ao meu e ao de Swan.

- Acho que você conquistou todo mundo. - Emma comentou, andávamos lado a lado pela calçada.

- Eu? Imagina, as pessoas por aqui é que são muito legais. 

- Ruby e Kill nunca gostam logo de cara de alguém. - me olhou e eu fitei seus olhos de volta. Viramos a esquina da minha rua e procurei as chaves na bolsa. - Você mora na casa do velho Henry? - ela pareceu surpresa quando parei em frente a minha residência.

- É, ele era meu pai.

- Sério? Eu o adorava, era muito gentil. - seus olhos brilharam e os meus também. Sentia tantas saudades do meu pai e era bom saber que ele era querido. Minha mãe nunca teve palavras doces para se referir à ele.

- É, ele era mesmo. - olhei pro chão. Eu não queria ficar triste depois do dia maravilhoso que tive.

- Ei. - senti Emma levantar a minha cabeça e segurar meu rosto com as duas mãos. - Você tem um sorriso lindo demais pra ficar com essa carinha. - permaneci intacta. Estávamos tão próximas que eu podia sentir a respiração dela tocar minha pele. - Eu não vou embora e não te darei paz enquanto você não sorrir. - forcei um sorriso. - Estou falando sério!

Ela fez um bico. Acho que a ideia era soar brava, mas ficou completamente fofo. Sorri com a cena e ela me devolveu o sorriso, satisfeita. 

- Agora eu vou indo. - disse, depois de passar uns trinta segundos me olhando tanto que achei que ficaria hipnotizada pela cor dos olhos dela. O que estava acontecendo? - Fica bem, tá?

Eu assenti sem conseguir dizer nada e ela me deu um beijo na testa. Logo se virou para o outro lado e caminhou para sua casa. Quando dobrou a esquina e sumiu de minha vista é que consegui respirar direito. Eu não entendia muito bem esse sentimento estranho de conforto que Emma me proporcionava, era muito incomum, mas não queria que acabasse. 

Depois que entrei em e tomei um banho, fiz uma nota de pedir o número de telefone do que pareciam ser os meus primeiros amigos da vida.

 

"Você mudará por dentro quando você perceber.

O mundo ganha vida e tudo está bem do começo ao    fim                         

 Quando você tem um amigo do seu lado

 Que te ajuda a encontrar a beleza de tudo

 Quando você abre seu coração e acredita

 No dom de um amigo"


Notas Finais


E aí? O que estão achando? Próximo cap vai ser narrado pela Emma. Beijos!


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