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História Hitmaker - Details


Escrita por: SrtaHolt

Notas do Autor


OI OI GENTE!??
Eu finalmente volteeei <3
Agora eu posso dizer que eu estou de férias, graças a Deus
Eu estou animada com o decorrer da fic e espero que vocês também
Estamos com quase 200 favoritos, o que quer dizer que a atualização dupla está muito próxima <3333
Capítulo dedicado as lindas:
~jessica9
~MrsSheeranS2
~Bublee
~BinaFerreira
~crushforstyles
~Panda15styles1D
~CrazyTodinho
BOA LEITURA <33

Capítulo 38 - Details


Fanfic / Fanfiction Hitmaker - Details

- Você cresceu aqui, Lottie? – Harry perguntou quando eu estacionei em frente à casa da minha mãe. Depois de tantas horas de voo, eu finalmente estava chegando em casa. Ainda são 6 horas da manhã, mas eu sei muito bem que a minha mãe já está acordada para nos receber.

- Sim, a casa tem muita história, Harry. – murmuro.

- É linda. – Harry diz em resposta, elogiando a fachada da casa. Apesar dos anos, das reformas, a casa continuava a mesma.

- Mamãe já deve estar acordada. – Lanna comenta no banco de trás. Apesar de eu ter insistido para ficar aqui, James preferiu se hospedar no hotel junto com toda a equipe, alegando que não queria incomodar. O que é extremamente ridículo, já que a minha mãe ama o James.

- É, eu aposto que sim. – digo rindo. Minha mãe sabia que eu chegaria a essa hora e eu a conhecia o suficiente para saber que ela nos esperaria com um sorriso no rosto.

Saio do carro, assim como Harry e Lanna. Pego as duas malas que eu havia trago. Lanna e Harry também pegam as suas respectivas bagagens. Seguimos até a entrada de casa e como esperado, a porta não estava trancada. Entro e novamente a avalanche de memórias vem contra mim. Era sufocante olhar para cada detalhe daquela casa e me lembrar de como eu destruí aquela família. Os quadros da família sobre o aparador no hall de entrada. Tudo ali parecia estar em seu exato lugar para me fazer lembrar de anos atrás. Desvio o olhar e encaro Harry entrando na casa um pouco envergonhado. Era estranho ter o meu namorado em casa, porque minha família nunca aceitou Adam. A única vez que ele foi em casa, foi para ouvir meu pai dizendo o quão ruim para mim ele era. E talvez seja por isso eu gostava da sensação de estar com Adam, era algo proibido.

- Minha mãe deve estar em algum lugar. – digo encarando Harry, que ainda parecia deslocado ao entrar naquela casa. Ele se aproxima de mim e encara os quadros sobre o aparador.

- A sua família é linda, Charlotte. – Harry diz e sorri para mim. Eu encaro aqueles quadros e concluo que o que ele dizia era verdade, mas o que eu fiz não saia da minha cabeça. – Seu pai? – Harry pergunta um tanto hesitante ao apontar para o homem presente em vários quadros. Eu não respondo. Ao invés disso, lembranças de quando ele me levava para a escola de manhã, com uma alegria incomum, surgem na minha cabeça. Ele sempre sorrindo e tentando me acalmar quando eu tinha uma prova importante. Ele sempre se preocupou comigo e morreu fazendo isso.

- É, o nosso pai. – Lanna responde, visto que eu não conseguiria responder isso. Passo a mão pelo rosto, limpando o resquício de uma única lágrima solitária. A primeira de muitas.

- Ele parece o Joseph. – Harry comenta e me encara por um momento. – Você está bem, meu amor? – ele pergunta preocupado.

- Claro, eu estou ótima. – minto mais uma vez. Ele nega com a cabeça e eu logo soube que ele sabia que eu estava mentindo.

- Oh, vocês chegaram. – ouço a voz da minha mãe. Viro-me e a vejo vindo da sala, ela usava um robe por cima da sua camisola e tinha um sorriso radiante no rosto. – Eu estava com tanta saudade das minhas garotas. – ela diz e eu me aproximo para participar daquele abraço amoroso entre mãe e filhas. Era um contra ponto, eu me sentia horrível em pisar naquela casa novamente, mas eu me sentia bem em estar ali com a minha mãe. A mulher forte que sempre deveria ter sido o meu exemplo a seguir.

- Mãe. – digo com o emocional abalado. Sempre que eu vinha aqui era a mesma coisa, eu chorava ao ver cada detalhe da casa, eu chorava ao ver a minha mãe e a culpa voltava com tudo. Eu somente prejudiquei essa família com todas as minhas atitudes. Eu tirei um pai amoroso de Lanna, eu tirei um marido dedicado da minha mãe, eu tirei de mim mesma a pessoa que faria tudo por mim. Talvez eu só deva agradecer a Deus por ter me dado a oportunidade de ser feliz novamente.

- Harry, querido, é tão bom te ver. – minha mãe o recebe com um abraço acolhedor. – Agora eu posso te chamar de genro, certo? É oficial? – ela pergunta com um sorriso no rosto.

- Finalmente é oficial. – Harry diz e solta um riso. – A Lottie pode ser imprevisível às vezes e talvez seja esse o motivo de ter demorado tanto. – Harry alfineta e eu solto um riso ao seu lado.

- O quê? – pergunto fingindo expressão surpresa. – Por que você sempre fala isso? – questiono confusa. Harry passa o braço pela minha cintura, me mantendo perto de si.

- Talvez porque seja verdade. – fico surpresa com a resposta vindo da minha mãe.

- Droga, agora a Lanna não está sozinha na tarefa de me irritar. – resmungo e sorrio ao ver ela e minha mãe fazendo um toque. Ela é tão jovem, poderia facilmente se passar por nossa irmã mais velha.

- Como foi o voo? – dona Mad pergunta interessada.

- Cansativo. – Lanna responde.

- Eu não consegui dormir, mas eles dormiram uma pequena parte do voo. – digo.

- Oh, então vocês podem subindo e indo dormir. Ainda é muito cedo para jovens já estarem de pé. – minha mãe diz e eu solto um riso.

- Nós vamos. – garanto, pois eu sabia que ela não sossegaria até nós irmos dormir por algumas horas.

- Obrigado por me receber na sua casa, Mad. Eu tinha planejado ficar em um hotel, mas a Charlotte insistiu tanto e disse que não teria problema. – Harry diz dando de ombros.

- Claro que não há problemas! Eu ficaria muito brava com a Charlotte se ela tivesse te deixado ir para um hotel. – minha mãe diz e eu solto um riso. As mesmas palavras que ela disse quando eu perguntei se Harry poderia ficar conosco. – Você sempre vai ser bem-vindo nessa casa. – ela diz com um sorriso no rosto. E aquela frase me fez lembrar de quando Adam ouviu de meu pai que ele nunca seria bem-vindo em nossa casa.

Por que eu tenho que me lembrar dele constantemente quando eu estou feliz com Harry?

Afasto-me de Harry, ainda me questionando a mesma coisa. Ele me olha confuso pelo meu ato, mas eu apenas sorrio de maneira forçada e aquilo pareceu ser o suficiente para o Harry.

- Lanna, acompanhe o Harry até o quarto da Charlotte, por favor? – minha mãe pergunta diretamente para Lanna, atraindo a atenção de todos nós. – Eu quero falar com a sua irmã por um momento. – ela explica.

Lanna não reluta e acompanha Harry escada a cima, antes de ir, Harry selou os meus lábios de forma carinhosa. Enquanto eles subiam, meu olhar foi para um dos quadros no aparador. Um no qual havia uma foto do último natal com o meu pai vivo. Minha mente foi para aquele momento especial entre toda a família, mas logo depois foi para o momento em que durante aquela madrugada eu bebi meia garrafa de uísque.

- Você está bem, Charlotte? – minha mãe pergunta com a expressão preocupada dominando o seu rosto.

- Eu estou ótima, mãe. – digo em resposta. Mais uma mentira. Eu só não quero vê-la preocupada demais comigo.

- Não. Você não está. – ela me conhecia o suficiente para afirmar tal coisa. – O que está acontecendo em Los Angeles que eu não sei? – ela pergunta direta e eu rapidamente nego com a cabeça.

- Não está acontecendo nada, mãe. Eu só estou cansada de trabalhar tanto. Essas semanas foram cheias e somente depois de amanhã eu poderei ter uma folguinha. – digo, desejando que ela acreditasse em tal coisa.

- Filha, eu só te peço que não esconda nada de mim. Eu vou te ajudar em qualquer coisa. – ela diz e eu me amaldiçoo mentalmente por estar mentindo para ela.

- Eu não vou te esconder nada, mãe. – tento usar um tom convincente. – Eu não conseguiria fazer isso de novo. É só o trabalho que está me sufocando. – confesso e aquilo não era uma total mentira, já que eu realmente estava cansada demais dessas últimas semanas de trabalho.

- Tudo bem. – minha mãe desiste de tentar descobrir o que estava acontecendo comigo.

- Eu vou subir, tentar dormir um pouquinho. – murmuro.

- Claro. – ela sorri. Pego minhas duas malas e com certa dificuldade, consigo subir com elas.

Novamente o choque de lembranças aconteceu quando eu entrei naquele corredor. Aqueles quadros de momentos felizes da família. Vou rapidamente até a porta do até então meu quarto e entro. Harry estava encarando o mural de fotos vazio na parede. Logo após a morte do meu pai, logo após o término com Adam, quando eu finalmente cai na real, eu arranquei todas as fotos daquele mural e as guardei. Eu não aguentaria olhar todos os dias para fotos de momentos felizes da minha vida, fotos de pessoas que eu não veria mais. Me machucaria e isso não era bom para alguém que já estava quebrada o suficiente.

- Onde estão as fotos? – Harry pergunta curioso enquanto eu fecho a porta, deixando as malas ao lado da mesma.

- Em algum lugar. Eu arranquei todas daí. – respondo dando de ombros como se aquilo não fizesse diferença.

- Esse quarto é de uma Charlotte completamente diferente. – Harry murmura e solta um riso. – Uma Charlotte de 17 anos. Eu não consigo te imaginar naquela época, sinceramente. – ele confessa e é a minha hora de rir.

- Qual é? Eu era uma garota normal! – ele me encara de maneira séria. – Ok, nem tanto assim. – me dou por vencida. Harry ri e eu me aproximo dele. – Sabia que você é o meu primeiro namorado que vai passar a noite aqui? – pergunto e Harry arqueia a sobrancelha.

- Nem Adam? – ele pergunta e eu nego. Passo o braço pelo seu pescoço, me aproximando dele e ficando próxima o suficiente para que eu sentisse as nossas respirações se misturando. – É uma honra. – ele diz e eu solto um riso.

- Se você diz. – dou de ombros e Harry sorri apertando levemente a minha cintura.

- Você está cansada. – Harry diz após me analisar por completo. Nego com a cabeça rapidamente. – Sim, você está sim. Semana trabalhando no estúdio. Apresentação ontem. Voo. Há quantas horas você não dorme? – ele pergunta preocupado. 22 horas. Mas eu não diria isso para ele.

- Algumas horas. – dou de ombros e Harry revira os olhos vendo que eu estava tentando a todo custo não aparentar o meu cansaço e não dar importância para isso. – Tudo bem, vamos dormir. – selo os seus lábios rapidamente e me afasto dele.

Revirando o meu antigo guarda roupa, consigo achar um pijama que eu havia esquecido aqui quando eu vim para cá no natal. O visto, já que eu não estava a fim de abrir mala. Harry se troca também e põe algo confortável, que no caso é somente uma calça de moletom.

- Eu não vou conseguir dormir. – murmuro quando já estávamos deitados e prontos para dormir. Havia muitos motivos para eu não conseguir dormir naquele momento, mas o principal era o fato da minha própria mente estar brincando comigo.

- Eu estou com aqui com você, ok? – Harry murmura e eu assinto rapidamente. Ele me puxa para seu peito e eu me aconchego ali. Talvez eu conseguisse dormir sendo abraçada por Harry, afinal ele sempre me trazia segurança. Era só fechar meus olhos e livrar a minha mente dessas lembranças.

[...]

Surpreendentemente, ou não tanto assim, eu consegui dormir por algumas horas. Fui pega de surpresa ao acordar e não encontrar Harry na cama. Quando eu finalmente olhei as horas, vi que já era quase meio dia, o que significa que eu dormi mais do que eu imaginava. Tomo um banho demorado e coloco uma roupa qualquer. Uma calça jeans com alguns rasgos, uma camiseta branca sem estampa e um tênis. De maquiagem eu decidi não fazer nada e ir falar com todos de cara limpa. Ao passar por aquele corredor e ao descer a escada, minha atenção era toda do meu celular, já que eu estava olhando as minhas redes sociais e questionando qual seria o impacto da minha apresentação de ontem à noite. Uma mensagem do James dizia que os vídeos da apresentação já foram liberados no meu canal no youtube. E naquele momento eu não tinha coragem para olhar o que as pessoas falavam.

- Bom dia. Ou. Boa tarde. – digo ao encontrar minha irmã sentada no sofá da sala.

- Você dormiu muito, hein? – Lanna diz e eu dou de ombros.

- Onde está o Harry e a mamãe? – pergunto curiosa.

- Ele está ajudando a nossa mãe com o almoço. – ela diz e eu arqueio a sobrancelha. Sério? – Como você está se sentindo? – Lanna pergunta e eu noto ao que ela se referia quando ela olha ao redor. Sento-me ao seu lado no sofá.

- Um pouco sufocada. – confesso. – Eu nem sei como eu consegui dormir, talvez tenha sido o Harry. – murmuro dando de ombros. – Eu simplesmente não consigo entrar nessa casa e não deixar de lembrar tudo o que aconteceu e tudo o que eu fiz. – digo e Lanna me lança um olhar triste.

- Eu nunca te falei isso, mas eu também me sinto sufocada quando entro aqui. Tudo lembra ao papai. Eu não sei como a mamãe consegue viver aqui. – ela comenta e eu assinto, afinal eu concordava plenamente com ela. – Mas naquela época você estava na sua pior fase, você não era a Charlotte que amávamos. E você sabe muito bem que você não tem culpa de nada do que aconteceu, o papai tinha problemas no coração. – Lanna explica e eu nego com a cabeça. Poderiam me falar inúmeros motivos para eu não me sentir culpada, mas eu carregaria essa culpa para sempre no meu coração.

- Não. Foi eu, Lanna. Dói muito dizer isso, mas eu fui a culpada. Quando aquilo aconteceu, ele estava decepcionado comigo, ele estava falando comigo, ele estava olhando nos meus olhos. E saber que aquilo aconteceu por minha culpa? Eu vou carregar isso para sempre no meu coração. – digo e desvio o meu olhar do dela, já sentindo as lágrimas se acumulando em meus olhos. Nunca tínhamos falado abertamente sobre o que aconteceu, sempre preferíamos deixar o assunto de lado para não sofrer tanto.

- Eu sei o quanto deve ser difícil para você, Charlotte. Mas você não foi a culpada e sabe disso. – ela retruca e eu fico em silêncio, não querendo prolongar aquele assunto. – O Harry sabe disso? – ela questionou com o tom de voz baixo.

- Não. Ele sabe que eu me sinto culpada pela morte do papai, mas ele nunca soube o porquê. Talvez eu não consiga olhar nos olhos dele e confessar tudo o que eu causei. – digo com o mesmo tom de Lanna.

- Oh, você já acordou, filha. – minha mãe diz entrando de surpresa na sala. Questiono-me se ela tinha ouvido a nossa conversa, mas concluo que não por conta do seu sorriso no rosto. – Talvez você deva ver o namorado dedicado que tem. – ela comenta divertida.

- Claro, eu não perderia por nada ver o Harry cozinhando. – digo já me levantando. A minha animação era somente aparente. Agradava-me a ideia de ver Harry cozinhando, mas a conversa que eu tive com Lanna não saia da minha cabeça. 

- Eu acho que vocês já podem se casar. – Lanna comenta divertida ao entrar na cozinha, ao meu lado.

- Oh, você está lindo! – digo me aproximando de Harry e selando os seus lábios rapidamente, evitando ao máximo atrapalhá-lo. A questão é que Harry usava o avental de cozinha da minha mãe, que era rosa e tinha babados.

- Pode rir, Charlotte. Eu deixo. – Harry diz revirando os olhos ao ver que eu o analisava atentamente. Acabo por soltando um riso, apesar de tudo, a situação era engraçada.

- Então, o que você está fazendo para nós? – questiono me sentando na banqueta na ilha da cozinha. Lanna e minha mãe também se sentam.

- Camarão, a receita é da sua mãe. – Harry diz e pela sua expressão eu sabia que camarão não era o seu prato preferido.

- O que? Você não gosta de camarão? – Lanna parecia indignada demais para acreditar naquilo. Nós crescemos comendo esse prato típico da Geórgia, era novo para Harry.

- Ele é inglês, Lanna. – digo óbvia e minha mãe solta um riso.

- Eu gosto de camarão, mas é como a Lottie disse, eu sou inglês. – Harry explica rindo, enquanto dava de ombros. Resumindo, ele não era fã de camarão.

- Então por que você está cozinhando isso? Você sabe que poderíamos comer algum outro prato, certo? – Lanna agora estava confusa e eu só me divertia com a situação.

- Porque esse é o prato que a Charlotte mais gosta. – minha mãe responde atraindo a nossa atenção. – E nós somos da Geórgia. – minha mãe dá de ombros e eu gargalho.

- Ok, ok, tudo que Harry fizer já está de bom tamanho, porque eu sei que estará fantástico. – digo.

- Obrigado, amor. – Harry diz enquanto mexia na panela com o camarão.

- Oh, vocês são o exemplo de casal fofo. – Lanna comenta com uma voz extremamente fofa.

- Sim, eles se amam, filha. – minha mãe comenta como se o casal em questão não estivesse ali.

- Eu a amo muito, Mad. – Harry confessa me abraçando por trás e depositando um beijo carinhoso na minha bochecha enquanto eu sorria pelo seu ato.

E talvez Harry seja o que mais me importava naquele momento.

[...]

Após o almoço, eu tive que começar a cumprir os meus compromissos de cantora. Eu, junto de James e toda a equipe, fomos para a arena aonde eu iria me apresentar amanhã à noite. Philips Arena, a casa do time de basquete Atlanta Hawks, com capacidade para 22 mil pessoas em concertos. Supreendentemente, o show já havia esgotado. E talvez eu só caia na real quando eu subir no palco e ver a arena lotada. O plano original éramos dar uma ensaiada com a banda, definirmos a sequência de músicas e quais serão apresentadas, mas isso mudou. O ensaio só ocorreria amanhã durante a tarde, antes do público entrar para assistir o show. Hoje, eu e a equipe resolveremos todos os detalhes. Figurino, cenário, músicas. E certamente eu estava ansiosa para ver o cenário que foi feito exclusivamente para aquele show.

Ao que o carro entra no estacionamento da arena, a minha mente viaja para a primeira vez que eu tinha vindo nesse lugar.

Flashback ON

Calço o meu all star e me vejo pronta. Olho-me no espelho e me vejo bonita usando um short jeans, um top branco e uma jaqueta de couro por cima. Jaqueta essa que era de Adam, mas eu sei que ele não se importaria. E mais uma vez eu estava saindo escondida. Mais cedo, durante o jantar, fiz o meu teatro de estudante com milhões de trabalhos para fazer e meus pais acreditaram. Para eles, eu passarei a noite toda pesquisando sobre algum assunto inútil. Confiro se a porta do meu quarto está realmente trancada e de fato estava. Olho para a janela e desejo que houvesse uma escada para eu descer, mas isso daria muito na cara. Após alguns segundos convencendo a mim mesma que eu não morreria na queda, eu pulo. Eu tentava desesperadamente não fazer um barulho que possa chamar a atenção de alguém e de tantas escapadas de casa, eu fiquei expert no assunto. Ando pela rua vazia e viro a esquina. Vejo o carro de Adam estacionado e ele escorado no capô, fumando. Droga, ele é tão bonito. Assim como o pai, Adam gosta de carros antigos e por isso ele dirige um mustang preto do ano de 69, mas ele não conseguiu deixar o carro original e mudou algumas peças, rodas e todo um monte de coisas que eu não entendia. Ao que eu o vi, eu parei de andar e fiquei o encarando, esperando o exato momento em que ele finalmente me notasse ali. Eu estava relativamente próxima dele, mas sua atenção era toda do cigarro e do movimento naquela rua. Quando ele finalmente me nota ali, ele me encara de cima a baixo e sorri. E sobre os olhos dele, eu me sentia a garota mais bonita do mundo. Dentre tantas garotas que ele poderia ter escolhido para ser sua, ele me escolheu. Talvez isso seja estranho, mas eu me sinto especial por ser a garota que está com ele.

- A minha jaqueta, baby? – eu amava todo e qualquer modo que ele me chamava. Porque ele é o único que me chama de Charlie, de baby ou até mesmo de gata. E analisando mais a fundo, eu concluía que estava tremendamente apaixonada por ele.

- Você a deixou comigo noite passada, não sabia se você se incomodaria ou não em eu usá-la. – digo me aproximando mais. Com a sua mão livre, Adam me puxa pela cintura, me mantendo colada a si e meu coração falha uma batida com o seu ato.

- Ela é sua agora. – ele diz e eu sorrio abertamente para ele. Apesar de todos os seus defeitos, ele é extremamente gentil e amoroso comigo. Pego o cigarro de sua mãe e dou uma tragada.

- Hm, para onde vamos hoje? – pergunto apesar de quase ter certeza de que iriamos a uma boate ou coisa similar.

- Jogo de basquete. – ele responde, me surpreendendo. Eu sei o quanto Adam é apaixonado por basquete, mas ele nunca me levou a um jogo. – Você vai gostar. – ele disse tomando o cigarro das minhas mãos, o jogando no chão e selando os meus lábios de forma ávida. Eu não sabia se ele se referia ao jogo ou ao beijo, mas eu já gostava da segunda opção. Minhas mãos estavam em seu cabelo, enquanto ele depositava beijos ao longo do meu pescoço, suas mãos me tocando da forma que ele sabia que eu gostava, um pouco rude. Em momentos como aquele, eu gostava de quando ele me tocava dessa forma, afinal ele é assim, rude.

- Adam. – digo quase que como um gemido. Apesar de não querer parar agora, nós tínhamos que ir para um jogo.

- Ok, o jogo. – ele diz parando com os beijos ao longo do meu pescoço e se afastando de mim. Ele me encara com a expressão séria no rosto e passa a mão por algumas mechas do meu cabelo, o arrumando. Seus dedos vão até os meus lábios, onde ele toca com suavidade e eu fecho os meus olhos, satisfeita com a sensação de excitação que entrou no meu corpo. Sua mão desce pelo meu pescoço e eu abro os meus olhos, vendo o quanto ele gosta de ver o efeito que ele causa em mim. Ele toca a sua jaqueta de couro e sorri. – Assim todos saberão que você é minha. – ele diz em tom baixo e eu sorrio, apesar de estar me lembrando da noite passada.

Tínhamos ido a uma boate, uma que sempre frequentávamos por conta dos amigos de Adam. Eu estava sozinha na pista de dança, dançando somente para o Adam que estava sentado perto do bar. Então chegou um cara bêbado, que tinha a ideia fixa de que eu estava me insinuando para ele. Ele tentou me beijar a força e então apareceu Adam. Eu nunca o tinha visto com tanta raiva de uma pessoa antes. Ele bateu no cara, praticamente o espancou já que o cara estava completamente bêbado. Eu tentava desesperadamente parar Adam, mas ele não parava e se não fosse pelos seguranças, eu duvidava que o cara ao menos saísse daquela boate vivo. Fomos expulsos da boate e convidados a nunca mais entrar nela. Mais tarde eu descobri que Adam estava drogado, porque o Adam que quase matou um cara não é o Adam que eu conheço.

- E como elas saberão que você é meu? – questiono com a sobrancelha arqueada e Adam me puxa mais para si.

- Elas saberão que eu sou seu, já que eu ao menos vou conseguir tirar os olhos de você essa noite. – ele disse de maneira séria e eu sorrio. Talvez aquele fosse um dos inúmeros motivos pelo qual eu sou apaixonada por Adam. Quando eu estou com ele, 90% do tempo não existem outras mulheres para ele, somente eu. – Vamos? – assinto, rapidamente eu dou a volta no carro e entro no lado do passageiro. Antes de dar partida, Adam analisa as minhas pernas e nega com a cabeça rapidamente.

- Qual foi a desculpa de hoje? – ele pergunta acelerando o carro. Eu gostava de vê-lo dirigir, ele parece sexy.

- Trabalhos escolares. – solto um riso. Fazia tanto tempo que eu não fazia algum trabalho escolar. Adam estica o braço e toca a minha coxa nua por conta do short. Seu toque se intensifica e eu somente olhava para ele, que agia normalmente.

O caminho até o local onde seria o jogo não foi muito longo. Adam me contava o quão entediado com a faculdade estava. Administração nunca foi o seu sonho, Adam só está nesse curso por causa do pai e em retorno, Adam faz o que bem entende, desde que continue no curso e comande a empresa da família no futuro. E eu sabia que eu tinha o mesmo futuro que ele, a empresa é o que papai mais preza depois da família, ele vai querer que uma de nós assuma o comando da empresa quando ele não puder mais fazer isso. Como Lanna é a mais nova, eu sei que vai sobrar para mim. Eu só queria ser livre e Adam tem me mostrado a sua liberdade, e não nego que eu gostava dela.

Ao entrarmos na arena, eu olhei tudo ao redor, era a primeira vez que eu vinha aqui. Adam permanecia com o braço sobre o meu ombro, me mantendo próxima dele. Antes de entrarmos, Adam fez questão de me dar uma camiseta de um dos times que jogaria hoje, time para qual ele torcia. Atlanta Hawks. E eu não hesitei em trocar a camiseta que eu vestia pela camiseta do time. E a jaqueta de couro permaneceu. Depois de muita insistência, Adam deixou que eu pagasse o meu lanche.  

- Eu fico me perguntando o porquê de você ter ido falar comigo naquela noite. – digo quando estamos prestes a entrar de fato onde aconteceria o jogo. – E obviamente não era somente eu que ficou repentinamente interessada por alguém bonito. – dou de ombros.

- Talvez eu já soubesse que você não era igual às outras. – ele responde e olha nos ingressos os números dos nossos lugares. – Ou talvez eu já soubesse que você é uma garota que valia a pena. – ele diz e vai me conduzindo pela arquibancada até os nossos devidos lugares. – Ou talvez eu soubesse que você beija muito bem. – ele diz e eu solto um riso. – Ou talvez eu soubesse que não seria só aquela noite. – ele entra em uma fileira de assentos, o sigo. – Ou talvez eu soubesse que você seria a minha única certeza. – ele diz por fim quando estamos sentados. Sorrio ao constatar que Adam estava sendo sincero naquele momento.

- Eu te amo. – murmuro retribuindo a sua sinceridade. Ele sorri. O sorriso mais lindo que eu havia visto na minha vida.

- Eu te amo, Charlie. – Adam diz e eu sorrio abertamente. Era um momento especial, a primeira vez que ele fala que me ama. Eu estava feliz e a razão era somente ele. Talvez eu só deva agradecer a Sarah que me levou para aquela boate, então pude conhecer Adam, pude me apaixonar por ele e pelo seu jeito torto, pude me encontrar, pude conhecer a liberdade de Adam, pude ser feliz e pude ser amada.

É, talvez eu devesse agradecê-la por tudo isso.

Flashback OFF

Saio da minha retomada de lembranças quando James me chama pela o quê? Quarta vez?

- Oi? – respondo, lhe dando a minha total atenção.

- Nós já chegamos, estou te chamando há horas para sair do carro. – ele diz e franze o cenho provavelmente confuso da minha “viagem” repentina.

- Oh, me desculpe. – peço e finalmente saio do carro. Estávamos já dentro da arena, onde os jogadores desembarcavam quando chegavam. Então eu só teria que andar até onde quer que James esteja me levando.

- Você já veio aqui? – James perguntou curioso.

- Uma vez. Vim assistir um jogo de basquete. – respondo dando de ombros, eu certamente não queria entrar em detalhes naquele momento.

James somente assente e fica em silêncio. Continuamos andando até que James para em uma porta, o meu camarim. Ao entrar, vejo as garotas e a banda ali, além de alguns produtores. E logo eu já havia começado a trabalhar, junto com a banda eu defini qual seriam as ordens de apresentação, quais músicas abririam e fechariam o show e devo dizer que escolher essas músicas eram as mais difíceis. Eu queria um instrumental marcante para quando eu entrasse e saísse do palco, então eu fiquei com Blue Jeans no início e National Anthem no final. Eu cantaria todas as músicas do álbum, sem exceções. A banda sugeriu que fizéssemos um cover de alguma música que eu gostasse, mas eu neguei. Queria algo mais impactante do que somente um cover. Eu queria cantar uma música que as pessoas ainda não ouviram. Uma veio em minha mente. A banda ficou animada com a possibilidade de apresentarmos uma música que foi difícil de tirar do álbum. James aprovou a ideia e como sempre, fez um comentário. O dessa vez era que esse show seria mais do que impactante. As primeiras apresentações das músicas de mais da metade do álbum, além de uma música que ninguém havia ouvido ainda.

Após algumas horas presa naquele camarim discutindo detalhes de músicas e figurino, eu finalmente pude sair e ver o palco que estava quase pronto. A estrutura era simples, mas o cenário era cheio de detalhes. Para lembrar Hollywood, inspiração para muitas das músicas do álbum, eu pedi para que colocassem palmeiras artificiais. Havia ainda o letreiro de luzes piscando com o meu sobrenome, letreiro que lembrava os anos 70 e 80. O enorme telão que permaneceria atrás de mim, além de mais outros dois telões nas laterais do palco que mostrariam somente eu cantando. O telão principal seria ocupado com cenas dos clipes, com imagens de quando eu estivesse cantando sobre o efeito de preto e branco, e teria também imagens de uma série de filmes antigos, uma paixão minha, que serão rodados constantemente durante o show.

Olhando tudo aquilo, olhando o tamanho da equipe e o empenho de cada uma delas, eu soube que a noite de amanhã valeria a pena. Todo o lucro que eu conseguir com esse show será destinado para a ONG da minha avó. Eu certamente não precisaria tanto desse dinheiro como as crianças doentes.

No final do dia, eu finalmente pude voltar para casa e me preparar para o dia de amanhã. Assim como eu, James estava cansado daquele dia, mas sabíamos que amanhã seria pior, então ele preferiu não visitar a minha mãe hoje e sim amanhã cedo.

- Boa noite. – murmuro quando entro em casa. Evito olhar para os detalhes da casa, relembrar do passado não me ajudaria naquele momento.

- Você está acabada. – Lanna dispara o elogio e eu reviro os olhos. Lanna e minha mãe estavam sentadas no sofá, conversando. Somente me sento ao lado delas, respirando cansada.

- E o James? Não vai vir me ver hoje? – minha mãe pergunta confusa. Era nítido o carinho que ela nutria por James.

- Mãe, ele está pior do que eu, ele falou que virá amanhã. – digo e faço um coque no meu cabelo, incomodada com o calor que estava na casa, era eu ou o clima não estava normal.

- Rick e Brooke virão jantar conosco. – Lanna diz e sorri animada. Eu já estava com saudade dos surtos de Brooke. Pela primeira vez depois te ficar o dia todo ocupada com os preparativos do show, eu fui checar o meu celular. Uma série de mensagens não lidas me despertou certa curiosidade.

Abel.

Então como prometido, estou em Atlanta e ansioso para o show de amanhã. E agora eu me pergunto, onde está a minha garota? Abel.

Solto um riso baixo e logo trato de respondê-lo enquanto minha mãe e Lanna conversavam sobre algo que eu não prestei atenção.

Yep, você está aqui e eu estou ansiosa para vê-lo, aliás, fico feliz por ter vindo. Se eu não tivesse cansada demais de ter ficado o dia inteiro preparando o show, eu provavelmente te chamaria para conhecer Atlanta. xxC.

Olho a próxima mensagem que era de Anne.

Querida, eu agradeço os convites, mas infelizmente eu e Robin não poderemos comparecer. Mas saiba que eu vi os vídeos da apresentação de ontem e você estava fantástica. Talvez em uma próxima oportunidade, certo? Um abraço, Anne.

Sorrio, ela é sempre tão gentil comigo que eu nunca me imaginaria chateada com ela. A respondo.

Sem problemas, Anne. Fico feliz que tenha gostado da apresentação, confesso que estava muito nervosa. E certamente aparecerá outra oportunidade, Anne. xxC.

Respondo uma série de mensagens de Brooke, que somente demonstrava o quanto estava pirando com o fato de Harry estar na mesma cidade que ela. Talvez ela ainda não tenha se acostumado com o fato de que Harry era namorado da sua meia-irmã. E ela também expôs os seus sentimentos de revolta ao saber que nos veríamos somente no local do show, porque Rick insistia em dizer que Brooke tinha que deixar nós descansarmos da viagem. Ela sempre seria essa garota espontânea e engraçada que eu comecei a criar um carinho desde o primeiro momento em que nos conhecemos.

E também teve Gemma, que disse estar mega animada para me assistir na noite de amanhã. Ela tinha chegado hoje pela tarde e Harry a havia buscado no aeroporto, em seguida a deixando em um hotel. E claro, que ela teve que cobrar a minha promessa de que eu a apresentaria os cassinos de Atlanta, na verdade, somente um. A respondi dizendo que se ela ficar essa semana aqui em Atlanta junto conosco, eu a apresentaria o cassino. E também teve algumas mensagens dos meninos, infelizmente só Liam poderia vir. Niall está literalmente no outro lado do mundo e explicou que de certa forma está preso lá. Já Louis estava com Freddie e eu entendia completamente que ele não podia viajar naquele momento.

E teve Zayn.

Eu sei que provavelmente isso é um erro, mas eu estou em Atlanta para ir ao seu show amanhã. Por que um erro? Bem, Lanna estará lá e eu não sei como agir com ela. Eu juro que estou parecendo um adolescente virgem de 15 anos. Não estamos no nosso melhor momento, nem sei em que momento estamos. E ainda tem Harry. Então tudo me leva a não ir para esse show, mas mesmo assim estou em Atlanta para te dar apoio e mostrar que, sim, eu posso ser um bom amigo. Então... Até amanhã. Z.

E naquele momento eu não sabia o que responder ou o que fazer. Eu estava odiando essa situação de ficar entre o Zayn e Lanna. Eu conhecia a minha irmã e sei que ela não merece alguém como o Zayn, mas depois de errar com ela, ele está tentando mudar, ele terminou com a Gigi, o que foi um grande avanço.

Não será um erro, Z. Ela vai estar lá sim, mas vocês estão bem, certo? Conversa um pouco com ela e mostra que você pode ser um cara legal. Quando for a sua vez, eu atravesso o oceano para ver o seu primeiro show. E como eu sou uma pessoa muito legal, vou dar o meu jeito e fazer você ficar perto de Lanna, ok? xxC.

- Então, já está todo mundo que eu convidei em Atlanta para o show. – digo atraindo a atenção da minha mãe, da minha irmã. – Menos Anne que não pode vir. – acrescento e minha mãe dá um sorriso triste.

- Oh, que pena. Eu iria levá-la para conhecer a ONG. – ela responde dando de ombros.

- A mamãe estava dizendo que você vai ter uma plateia especial e tanto. – Lanna comenta e eu assinto rindo.

- Sim, vai ter o Liam, Abel, Gemma, Zayn e vocês na plateia. – digo com um sorriso no rosto.

- E claro, o resto da sua família. Rose e os seus primos irão te assistir também. – minha mãe diz.

- Já quero um lugar bem perto do palco, hein? – Lanna exige e eu reviro os olhos enquanto minha mãe ria.

- Onde está o Harry? – questiono curiosa.

- Falando no telefone, eu acho. – Lanna respondeu dando de ombros e logo me encarou alarmada. – Você comprou o presente do Harry? – ela perguntou rapidamente e eu neguei.

- Eu não tive tempo essa semana, Lanna. Eu estou me sentindo horrível por isso ter acontecido no nosso primeiro dia dos namorados. – murmuro realmente chateada com aquela situação.

- Lottie, o que faz o dia dos namorados importante é o fato de vocês dois estarem juntos, celebrando o amor de vocês que persiste mais um dia. Você vai fazer o momento ser especial, é só querer. – minha mãe diz de maneira calma e eu a encaro com um sorriso crescendo no rosto.

- Talvez um jantar especial? – questiono hesitante e minha mãe acena com a cabeça de maneira positiva.

- Com sobremesa? – Lanna questiona sorrindo maliciosa.

- Com certeza. – afirmo rindo, assim como minha mãe e Lanna.

- Você chegou, amor. – Harry diz entrando na sala de estar com o celular em mãos. Sorrio ao vê-lo depois de um dia exaustivo. Ele se aproxima e senta no sofá, ao meu lado. O puxo rapidamente para um beijo curto, eu não me importava com Lanna e a minha mãe no recinto, eu só queria sentir um pouco do amor de Harry. Não nego que tal coisa me fez me sentir muito melhor. – Você está feliz. – ele diz depois de analisar a minha feição feliz estampada no meu rosto.

- Talvez. – dou de ombros sorrindo. – Eu estou tão animada para o show amanhã. Sério. E eu sei que não vou ao menos conseguir sair da cama amanhã de tanto nervosismo. – comento e Harry ri tão espontaneamente que me faz sorrir.

- Eu fico muito feliz por você. – ele diz de maneira sincera.

- Todos que eu me importo estarão assistindo aquele show amanhã, o meu primeiro show. E eu só consigo pensar se eu vou conseguir sair da cama amanhã. – digo de maneira séria.

- É isso que vai fazer o momento especial, Charlotte. Você vai cantar para as pessoas que você ama e essa, sem dúvidas, é a melhor plateia que você poderia ter. – minha mãe diz de maneira calma. E como sempre, ela tinha razão.

- Ela está certa, Lottie. Nós vamos ser a sua melhor plateia. – Lanna diz confiante ao meu lado.

Eu não precisava ser tão inteligente para saber que eles me apoiariam em qualquer situação que eu passasse. Minha mãe, Lanna e Harry me amavam, eram sinceros comigo, mas a ideia de que eu minto constantemente para eles permanece em minha cabeça. Isso não é certo. Mas falar com eles, me abrir e contar que eu estou me afundando nos meus problemas novamente? Isso eu sou incapaz de fazer.

 


Notas Finais


E aí? Gostaram?
Espero que sim, foi feito com carinho <3333
Comentem e favoritem, hein?
Até a próxima atualização, meus amores <3

All The Love
xx Srta. Holt


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