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História Hogwarts - Uma História Pokémon - Livro Um - Capítulo 02 - O Domador de Cobras


Escrita por: mathpassos

Notas do Autor


Olá, bem vindos a mais um capítulo da nossa história. Pretendo resumir bastante o tempo em que Harry não conhecia a escola de Hogwarts, pois é lá que a história ficará mais interessante e com mais aparições de pokemóns, não quero entediar vocês! Boa leitura.

Capítulo 2 - Livro Um - Capítulo 02 - O Domador de Cobras


Fanfic / Fanfiction Hogwarts - Uma História Pokémon - Livro Um - Capítulo 02 - O Domador de Cobras

Harry acordou no armário abaixo das escadas. Acabara de ter um sonho estranho, onde um velho barbudo de óculos se materializava do nada, ao lado de uma mulher capaz de virar um gato grande de cor bege e um homem enorme que chegou voando em um dragão amarelo. Este último era bem alto, e trazia um embrulho no braço quando desceu do dragão.

Válter Dursley era seu tio, e não podia nem imaginar que tivera esse sonho, pois era sempre assim. Sempre que ele tentava conversar com seus únicos parentes vivos, estes fingiam que ele não existia. E quando não se esforçavam para fingir que Harry não estava lá, era pior.

Uma vez Harry tentou contar sobre um sonho que teve de uma borboleta gigante que saia de uma esfera fazendo as pessoas dormirem e foi a pior ideia que já teve.

— QUER PARAR DE FALAR BESTEIRA NA MINHA CASA MOLEQUE? – Gritou tio Válter. –DUDA, FAÇA COM QUE ELE VEJA BORBOLETAS, PEGUE ESSA BENGALA E DÊ NA CABEÇA DELE.

Duda, que era o único filho de tio Válter e tia Petúnia, obedeceu sem questionamento, já que um dos passatempos dele era torturar o primo “magrelo, de cabelo bagunçado, e com olhos verdes de sapo” como costumavam se referir a Harry.

Por isso quando saiu do armário sob a escada naquela terça feira, Harry não se importou muito de não ser notado, já que atrair atenção naquela casa era ruim a ponto de ver borboletas circulando a cabeça.

A única alegria que Harry tinha, era a de ir a escola, e ainda assim o primo Duda arrumava um jeito de inferniza-lo com os colegas de lá. Muitas vezes Harry conseguia se esconder, e mesmo que ninguém quisesse amizade com ele por terem medo de Duda, qualquer coisa era melhor que ficar naquela casa.

Caminhou em direção a cozinha quando o primo esbarrou nele de propósito para alcançar o cheiro de bacon frito primeiro. Era aniversário do Duda gordo, e ele ganhou novamente uma pilha de presentes. As vezes Harry conseguia brincar com um ou outro escondido, mas se o primo descobria, isso era motivo para ser alvo do brinquedo usado, até o brinquedo quebrar.

— Tudo seu filhão, – exclamou tio Válter – e para completar vamos ao zoológico.

— Quantos presentes tem?

— Um a mais que no ano passado.

— Quero outro no caminho.

— Vamos comprar dois no caminho pra você querido – tia Petúnia completou -  e seu amigo Pedro da escola vai conosco também ao zoológico.

— E eu? – Harry se atreveu a perguntar.

Os Dursley se encararam por um breve momento, fazendo cara de quem tinha algo fedido debaixo do nariz. Tio Válter alisou o bigode antes de responder, sem jeito de encarar o filho.

— Você terá que ir também.

— Terei?

— TERÁ? – Duda gritou. – NÃO QUERO QUE ELE VÁ.

— Mas não temos com quem deixar ele Duda, a nossa vizinha está doente e não quero ele prestes a queimar a casa enquanto estivermos fora.

— VOCÊS TERÃO QUE ME DAR OUTRO PRESENTE PARA COMPENSAR. – E o punho gorducho de Duda bateu na mesa, derrubando o leite que tia Petúnia correu para limar.

— Tudo bem querido, nos desculpe. Termine seu café e suba para se arrumar. E você – disse ela parando para olhar Harry – está fazendo o que aí parado? Se apresse e venha me ajudar a limpar isso aqui, moleque ingrato.

Harry, que aprendera a muito tempo a não responder, correu para ajudar.

* * *

Meia hora depois todos estavam no carro, inclusive Pedro que chegara pouco depois do acesso de raiva de Duda, e que comeu bem melhor que o próprio Harry.

A caminho do zoológico, Harry ignorou as cutucadas que levava de Pedro sob ordens de Duda, e ficou questionando a própria existência, como nós mesmo as vezes fazemos olhando através da janela dos carros e ônibus. Ele queria saber o motivo de seus pais terem morrido enquanto ele ainda era um bebê, porque seus tios aceitaram cria-lo se o tratavam tão mal, e se por acaso aquilo mudaria um dia. A única coisa presente desde que Harry era capaz de lembrar e que não lhe causava aborrecimento algum, era a cicatriz. Chegava até a gostar dela, tornava-o único.

Ficou pensando tanto nesse tipo de coisa que mal reparou quando o carro parou no estacionamento do zoológico e Duda e Pedro já corriam lá fora.

— Vamos logo moleque. Não temos o dia todo.

Harry correu pra fora do carro indo atrás dos garotos que seguiram para dentro do zoológico. Passaram por diversas jaulas e viveiros de animais, deixando por último o viveiro das cobras, um animal que Harry nunca tivera contato antes.

Havia bastante gente em volta de um viveiro de vidro, acima dele um letreiro grande informava: A PARTIR DE HOJE, A INCRÍVEL COBRA ROXA DE DETALHES DOURADOS. Cobra roxa de detalhes dourados? Harry não tivera nenhum contato anteriormente com cobras, mas não ouviu falar de nenhuma que tivesse essas cores na aula de biologia, e isso justificava a curiosidade e o número de pessoas na frente daquele lugar específico do zoológico. Duda e Pedro logo se interessaram também, e assim como Harry tentaram se locomover através do corpo das pessoas que se esticavam para ver a tal cobra roxa.

Conseguiram os três chegar à frente do vidro de observação, realmente havia três cobras rochas, com uma marca em volta do corpo próxima a cabeça na cor dourada, chegava até a parecer uma coleira, não havia no mundo que Harry e aparentemente o resto da população de Londres presente no zoológico aquele dia, nada parecido com aquelas três espécies. O engraçado é que quando Harry tentou ler qual era a espécie daquele tipo de cobra na plaquinha informativa, não havia nada, estava em branco.

— É uma nova espécie? Nunca vi nada igual.

— Que cobra linda e estranha. – O pessoal que observava comentavam.

Duda parecia inconformado, de que adiantava ser uma espécie nova, com uma cor nova e bonita, se não servia para entretê-lo. Fazendo birra socou o vidro gritando.

— Mexa-se sua cobra idiota!

— Isso aí, mexa-se. – O amigo Pedro concordou.

As cobras por sua vez, levantaram o pescoço e olharam feio para Duda, apesar da cara brava das cobras, Harry sentiu que elas estavam com medo.

— Não tenham medo, com esse vidro entre vocês ele não pode lhes fazer mal, tá bom? – Ele disse para as cobras, sem esperar resposta claro. Porém, as três viraram os olhos em sua direção, e arrastaram-se em sua direção, balançando a cabeça em consentimento, o medo delas parecia ter diminuído.

— O que você está fazendo? – Duda perguntou, com um pouco de receio.

— VEJAM, É UM GAROTO DOMADOR DE COBRAS! – Um senhor atrás de Harry gritou, e de repente o tumulto de pessoas queriam enxergar o garoto que conseguia conversar com as cobras. Harry, Duda e Pedro deram o fora antes que arrumassem encrenca. Funcionou para Duda e Pedro, Harry levou uns socos e chutes dos outros dois, que alegavam que ele chamava atenção demais fazendo truques com animais, e além disso Tio Válter disse que o colocaria de castigo sem sair do armário sob a escada durante uma semana pela vergonha que ele os tinha feito passar.

— Onde já se viu, moleque mal agradecido, fica atiçando os animais!

— MAS ISSO É INJUSTO, eu não fiz nada demais, eu...só falei com elas, elas me obedeceram como se...se...entendessem o que eu disse, era como se, eu soubesse o que elas estavam sentindo, e elas o que eu sentia!

— ISSO TUDO É LOROTA MOLEQUE, você vai ficar de castigo sim. – Tio Válter encerrou a discussão.

* * *

Ao fazer a curva para entrar na casa número 4 da rua dos Alfeneiros, nenhum passageiro do carro reparou em uma coruja pequena que estava em cima do telhado da casa. A primeira vista seria uma coruja qualquer, mas se você olhasse com mais atenção veria que, as cobras capturadas para exposição no zoológico, não eram os únicos animais diferentes pelas ruas de Londres naquele dia. Esta coruja tinha uma penas marrom escuro nas asas, e penas de um marrom mais claro no resto do corpo, que parecia ter triângulos de enfeite no peito. Possuía também uma sobrancelha que se aproximava até mesmo de chifres numa cor bege, sobressaindo o topo da cabeça. Quando o carro estacionou ela levantou voo e sumiu no céu nublado.

— Tchau Pedro, até amanhã. – Duda correu pra dentro de casa assim que sua mãe abriu a porta, doido para jogar no computador.

— Você – tio Válter virou para Harry – vai ficar de castigo assim que terminar seus afazeres. Recolha as cartas que estão aqui na frente da porta e me leve na cozinha, depois, faça o favor de sumir da nossa vista, se trancando no armário!

Ele virou o bundão gordo e seguiu para cozinha, enquanto Harry, magrelo e ficando com fome se abaixou para recolher as cartas. Não tinha o costume de fuçar a encomenda dos outros, mas lá estava, a primeira em cima do monte de quatro cartas:

“Ao Sr. Harry Potter, armário sob a escada, Rua dos Alfeneiros nº4”


Notas Finais


E aí, o que acharam desse capítulo? Próximo capítulo o Hagrid já vai aparecer, to tão ansioso para chegar em Hogwarts quanto vocês. Mas isso não fará com que eu me apresse mais do que suficiente! Comentem pois é muito importante a opinião de vocês, o que estam achando? :D Até a próxima.


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