História Hogwarts - Uma História Pokémon - Livro Um - Capítulo 09 - Aprendendo sobre pokemóns

Harry acordou no dia seguinte se sentindo ansioso para sua primeira aula. Rony ainda dormia na cama ao lado, mas o resto de seus companheiros de quarto já colocavam o uniforme.

— Corram ou vão se atrasar. – Neville avisou.

Harry saltou da cama e sacudiu Rony.

— Sai pra lá Fred. – ele resmungou e virou de lado.

— Rony,  é o Harry. Estamos atrasados pra aula.

— Eita, corre! – Rony levantou correndo em direção ao guarda roupa procurando seu uniforme. – Perebas, cadê você? – o Rattata apareceu debaixo da cama e ficou observando os garotos se arrumarem.

Quando ficaram prontos, Neville, Simas e Dino já tinham deixado a sala comunal. Os dois atrasados correram para o quadro de avisos para ver onde seria a aula. Eles não conheciam nada do castelo ainda, mas o aviso dizia que a aula seria numa das salas do térreo, no corredor ao lado direito do pátio aberto.

— Temos que correr Harry... Não fazemos ideia de onde é isso.

Com os materiais da aula em mãos os garotos deixaram a sala Comunal da Grifinória, deixando o quadro da mulher gorda pra trás enquanto corriam pelo corredor.

Tinham perdido cerca de 15 minutos da aula quando encontraram a sala próxima ao pátio aberto do térreo. Espiaram para dentro e viram que por sorte a professora não estava na sala, apenas um pokemon gato, grande e na cor bege, com uma espécie de pedra preciosa vermelha na testa os observava de cima da mesa da professora.

— Caramba Harry. Demos sorte – disse Rony entrando sorrateiro na sala – Imagina se a professora McGonagall estivesse aqui na sala.

O pokémon gato saltou de cima da mesa, e em pleno ar o pokemon foi se transformando, até que quem pousou no chão, levemente, foi a professora Minerva McGonagall. Ela os encarou, muito rígida.

— Uaaau,  sensacional professora.

— Bajulações não funcionam comigo Weasley. Estão atrasados.

— Nos perdemos. – respondeu Harry.

— Mas creio que sejam capazes de encontrar seus lugares. Vou deixar essa passar pois é seu primeiro ano e primeiro dia de aula. Na próxima vez perderam pontos para sua... nossa casa.

— Sim senhora. – e cada um seguiu para uma mesa livre.

— Como eu já disse aos seus colegas, que por sinal já estão fazendo suas anotações, eu sou a professora de evolução. Com minhas aulas vocês aprenderão sobre diversas formas de evoluir um pokemon. Quanta experiência é necessária para cada tipo. Que pedra é necessária para cada tipo. Como se consegue uma dessas pedras evolutivas. Como um pokemon é capaz de evoluir. Porque uns fazem isso e outros não...

— Vamos aprender a virar um Pokémon também? – Rony interrompeu animado.

— Lamento sr. Weasley, mas isso é controlado pelo Ministério Pokémon, e exige muitos anos de pesquisa, esforço, e experiência. E isso é conversa para quem sabe, o terceiro ou quarto ano de vocês. Agora façam as anotações que estão na lousa.

— Ahh.

* * *

Harry e Rony saíram com fome da sua primeira aula em Hogwarts. Correram imediatamente para o Salão Principal e viram que alguns veteranos ainda tomavam café. Aproveitaram para comer alguma coisa antes de seguir para a próxima aula, que seria Poções, nas masmorras.

— Temos que nos apressar Rony, não podemos ficar nos atrasando assim toda aula.

— Vuxe ista zerto – Rony respondeu com a boca cheia de pão. Terminou de tomar o leite e saíram juntos da mesa.

Dessa vez encontraram um monitor da Lufa-Lufa e ele lhes informou a direção das masmorras. Chegaram lá antes do professor abrir a porta. Enquanto aguardavam do lado de fora Hermione e Rony se encaravam de um jeito estranho. Essa aula seria em conjunto com os alunos da Sonserina.

A porta foi aberta e um professor de vestes longas escuras, nariz grande e cabelos oleosos apareceu, fazendo um sinal para que os garotos entrassem. Quando todos se acomodaram ele começou a falar.

— Não permito idiotices, babaquices ou que falem asneiras na minha aula. Eu estou aqui para ensinar. – Todos prestavam atenção em completo silêncio. – Se vocês prestarem atenção e se comportarem, eu posso ensinar a como curar um pokémon envenenado. Curar a paralisia de um pokemon. – Harry começou a fazer anotações – Como acordar um pokémon de um sono profundo. Como dar-lhes mais vida. Quem sabe até posso ensinar como fazê-los se apaixonar, mudar de cor. Deixa-los conscientes quando eles já desmaiaram. Mas com certeza, alguns se acham bons e importantes demais,  PARA SE DAR AO TRABALHO DE PRESTAR ATENÇÃO NO QUE EU DIGO.

Hermione cutucou Harry, que não tinha se tocado que era com ele, com o cotovelo.

— POTTER. O que eu obteria se misturasse pó paralisante com a essência de folhas de Oddish?

— Não sei senhor.

Hermione levantou a mão.

— E se retirasse o líquido que contém numa pétala de Vileplume?

Hermione levantou a mão de novo.

— Não sei senhor.

— Qual o ingrediente principal na composição do antídoto contra envenenamento?

Hermione foi ignorada novamente.

— Não sei, pergunte a Hermione, ela parece saber.

— Não me diga como trabalhar Potter. Menos dez pontos para a Grifinória pela imprudência do senhor Potter. – a turma da Sonserina, principalmente o Draco, ria de prazer – Parece que a fama não é tudo afinal. Para sua informação, o pó paralisante misturado a essência da folha de Oddish gera uma substância que tem o efeito oposto do pó paralisante, ou seja, um pó despertador capaz de acordar o pokemon mais dorminhoco. O líquido obtido nas pétalas de um Vileplume é utilizado no preparo da maioria das poções. O ingrediente principal na composição de um antídoto são sementes de Breloom... Não entendi porque não estão copiando ainda.

O resto da turma que se dava o trabalho de apenas escutar, levou um susto e começaram a trabalhar com as penas em seus pergaminhos.

* * *

— Eu odiei. – reclamou Rony. – Ao menos vamos relaxar um pouco na próxima aula que é a de vôo.

— Como será que funciona a aula de vôo? A Edwiges é muito pequena pra que eu voe nela.

— Harry, como eu voaria num rato?

— Ah é. Acho que nos darão outros pokémons.

— É isso que vamos ver.

Harry e Rony continuaram seguindo sentido o campo de quadribol. Já estava entardecendo, era a última aula do dia. Harry já se sentia ansioso para a próxima aula de vôo, mesmo sem ter tido a primeira aula.

Assim que atravessaram a porta debaixo das arquibancadas, viram que a professora Madame Hooch já estava no centro do gramado, alguns alunos se reuniam em volta dela. Ela tinha um saco a seus pés, dentro dele, várias pokébolas.

— Vamos, vamos. Reúnam-se em volta de mim.

Harry observou que Draco se aproximou da professora. Ótimo. Outra aula em companhia da Sonserina. A professora continuou:

— Agora que estão aqui, segurem essas Pokébolas. – e ela então jogou para cada aluno uma Pokébola. – Em cada uma, um Dragonair aguarda para ser liberado e entrar em vôo.

Os alunos apertaram o centro de suas Pokébolas e libertaram seus pokémons. O Dragonair era lindo e enorme, seu corpo cilíndrico se estendia por dois metros de comprimento, era largo o suficiente para os alunos sentarem em suas costas de um azul sereno e belo, a barriga dele era branca. A cabeça do Pokemon dragão revelava um olhar gentil.

— Os Dragonair da escola são bem receptivos aos alunos, estão acostumados com as aulas, mas não tentem chegar perto de um selvagem – continuou a professora – Por causa de seu corpo, eles são os mais fáceis de montar e controlar durante o vôo, por isso são muito comuns entre os treinadores e em partidas amadoras de Quadribol. Nas partidas profissionais são permitidos qualquer Pokémon voador. Geralmente o de mais confiança do jogador. Mas esse não é o foco da aula. Muitos de vocês nunca estiveram sobre um Pokémon voador, e é isso que vamos aprender agora. Cada um de vocês, passe a perna sobre o corpo de seu respectivo Dragonair. – Todos os alunos conseguiram realizar essa tarefa sem muita dificuldade, mesmo Neville, que estava assustado – Excelente. Agora depende de vocês. Alguns precisarão da ajuda da varinha de comando para dar a ordem de vôo ao Pokemon, aqueles com maior facilidade não precisarão. Basta dizer: suba.

Houve um repentino coro de "suba" ao longo do campo de quadribol. Harry subiu ao ar com bastante facilidade, voar era uma sensação incrível, de liberdade. Malfoy tambem subiu ao seu lado, os dois trocaram olhares antes de seguir cada um para um lado do campo, com seu Dragonair deslizando pelo ar. Lá em baixo, Rony dava guinadas no seu dragão que subia aos poucos. Hermione não saia do lugar.

— Os que continuaram no chão, saquem as varinhas – disse Madame Hooch.

Neville precipitou-se e sacou a sua tão rápido que atingiu a cabeça de seu Dragonair, que saiu em disparada para o céu, derrubando o garoto em seguida. Toda a turma de vôo riu, porém, os da Grifinoria pararam de rir quando a professora correu em socorro do garoto. Parecia que Neville tinha fraturado o braço.

— Enquanto levo ele para uma Chansey da enfermaria, não quero ninguém no ar. – quem estava voando aterrissou seu Dragonair – se algum de vocês voltar ao ar, juro que serão expulsos antes que possam dizer quadribol. – e assim a professora saiu do gramado em direção ao castelo.

Momentos depois a turma da Sonserina voltou a cair na risada, e para maior alegria de Draco, ele viu uma pokébola próxima de onde Neville tinha caído. Ele caminhou até ela e a pegou.

— Olhem só. Parece que o gorducho esqueceu o Pokémon sapo escroto dele.

— Devolve isso Malfoy. – disse Harry.

Malfoy ignorou Harry e sentou novamente em seu Dragonair, que começou a levitar em volta de toda turma que parara pra observar o que acontecia.

— Por que não vem aqui em cima pegar, Potter?

— Harry, não vá. Você ouviu, pode ser expulso. – suplicou Hermione, que não tinha saído do chão em nenhum momento antes, e mesmo que conseguisse não faria agora.

Mas Harry não deu ouvidos. Sentou em seu Dragonair e começou a voar em direção a Draco.

Houve uma perseguição dos pokémons em pleno ar, com metade dos alunos torcendo para que Harry recuperasse o Bulbasaur, e outra metade torcendo para que Draco desse um fim nele.

Draco parou em pleno ar com seu Dragonair, ergueu a mão e fazendo força para jogar a Pokébola longe gritou para Harry:

— Pega Potter.

Harry observou a trajetória da bola, ela atingiria uma janela pelo terceiro andar de uma torre. Torcendo para que o Dragonair fosse mais rápido que a bola, ele direcionou o Pokémon na mesma direção. Quando o choque com a parede da torre era inevitável ele ordenou "PRA CIMA", direção na qual o Dragonair disparou. Harry pegou a Pokébola com as duas mãos antes do vidro ser atingido.  Com a euforia dos outros alunos comemorando lá embaixo e de sua própria felicidade, ele não notou que a Professora McGonagall estava na janela que seria atingida. Ficou muito assustado quando ela desceu e o chamou em particular para conversar. Todos os alunos acreditaram que Harry seria expulso.