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História Hogwarts Lendo Harry Potter - A profecia perdida


Escrita por: Gininha

Notas do Autor


Olá, boa noite aqui está mais um capítulo boa leitura!

Capítulo 4 - A profecia perdida


E da luz saíram quatro pessoas, um homem de cabelos loiros quase brancos, um rapaz de cabelos azuis, uma garota de cabelos ruivos e seus olhos de um castanho chocolate que lembravam muito os de Ginny Potter e um garoto, seus cabelos eram castanhos e de olhos azuis escuros.


- Acho que chegamos a tempo para a leitura!- Comentou o rapaz de cabelos azuis.


- Tomara que sim- Disse a garota ruiva.


-Será que já jantaram? Estou morto de fome- Falou o garoto de cabelos castanhos.


-Ah pelo amor de Deus Hugo!- Falou a garota ruiva- Você é igual ao tio Ronald, só pensa em comer!


- Eu lá tenho culpa de sentir fome toda hora, comer é vida Lily!- Retrucou o garoto.


- Estão todos nos olhando, acho que querem saber nossos nomes- Disse o homem loiro observando a sua volta, e ele tinha razão todos os observavam curiosos.


- Olá boa noite- Falou o rapaz de cabelos azuis- Me chamo Teddy Lupin.


Remo Lupin quase caira de sua cadeira com o tamanho susto que levara, e se engasgou com a própria saliva.


- Calma Remo- Disse Tonks rindo do amigo- Tome pegue um pouco de água- Depois que o homem se acalmou ela voltou a dizer:


-Eu não disse Remo, você não é velho demais para ter uma família, seu problema peludo não impede de você ter uma família- Tonks sorria abertamente ao fundo do salão um cachorro soltara um latido, parecia feliz.


- Por essa eu não esperava- Disse ele com um pequeno sorriso. Teddy um pouco relutante disse:


- Olá pai...er... será que eu posso te dar um abraço?- Teddy estava nervoso, era a primeira vez que estava vendo o seu pai estava realizando um sonho. Remo fez uma careta mais aceitou o abraço.


- Bem- Começou a garota ruiva- Meu nome é Lily Luna Potter


- Harry você não acha que está demais não?- Disse Rony olhando seriamente para o de olhos verdes, Lily soltou uma risadinha. Harry sentiu seu rosto esquentar.


- Rony? - Chamou Gina olhando séria para o irmão- Cale a boca ou se não eu vou cortar sua língua- Disse ela fazendo os colegas rirem da cara de indignação do irmão. O garoto de cabelos castanhos viu que ninguém iria falar mais nada se apresentou:


-Boa noite- Começou ele- Me chamo Hugo Weasley.


Rony e Mione ruborizaram.


- Parece que não foi só eu que resolveu montar uma creche no futuro- Disse Harry rindo, ele já havia voltado a sua cor normal. Gina riu do constrangimento do irmão. Antes de alguém falar qualquer coisa o homem loiro se pronunciou:


-Boa noite- Começou ele- Me chamo Draco Malfoy.


- Quê?!- Draco Malfoy exclamou da mesa da Sonserina- O que o meu eu do futuro faz com traidores do sangue?


Malfoy o olhou com indiferença e disse:


- Esses que o meu eu do passado está chamando de traidores do sangue são meus amigos caso ninguém tenha percebido, se não fosse assim não estaria aqui hoje!


Draco o olhou indignado, enquanto alguns sonserinos o olhavam torto e outros olhavam com cara de nojo para o Malfoy do futuro. O salão estava espantado, ainda processando a informação, mal tinham se acostumado com a ideia do Malfoy mais novo ser amigo dos Weasley e agora Draco Malfoy também virou amigo. Harry nunca havia pensado na vida como seria se Draco e ele fossem amigos, eles sempre que se encontram acontece alguma provocação ou briga, é sempre assim.


Os quatro novos viajantes se sentaram a mesa da Grifinória para o espanto geral.


- Eu não estou acreditando nisso!- Murmurou Draco.


- Podem ir se acostumando- Comentou o Malfoy. Dumbledore olhava para o salão divertido, sempre tivera esperanças de que essa velha briga entre Harry Potter e Draco Malfoy fosse um dia acabar.


- Bom, antes de começarmos a ler gostaria de dizer sejam bem-vindos novos viajantes- Os quatro apenas sorriram- E também gostaria que alguém se revelasse, Almofadinhas por favor!


Oviu-se um latido e de repente o cachorro sentado ao fundo do salão correu para o meio e transformara-se em um homem, seus cabelos castanhos bem escuros e olhos azuis escuros, seu nome era Sirius Black. Uma conversa alta começou e então os que o reconheceram soltaram gritos espantados.


- É o Sirius Black!- Gritou uma lufana. O ministro deu um salto de sua cadeira junto a Dolores Umbrige e Percy Weasley empunhando suas varinhas.


- Kingsley, prenda-o, segure-o agora! - Berrou ele, mas Kingsley nem se mexeu.


- Ninguém vai prender ninguém aqui!- Gritou Rose da mesa da Grifinória.


- Este homem é um assassino e está foragido de Azkaban- Gritou Dolores, sua voz estava irritantemente aguda- Não vamos deixar um homem destes ficar aqui!


- Ah vão sim!- Disse Harry e correu para frente de Sirius, logo Rony e Hermione correram também, logo toda a ordem estava a frente de Sirius para protegê-lo de qualquer ataque- Sirius não é um assassino Pedro Pettigrew é um assassino, não foi culpa de Sirius.


- E o Sr. Potter tem provas?- Perguntou Dolores com desdém.


- Não acho que há necessidade de provar nada agora- Falou Rose- Farão isso após o términio do capítulo!


- Rose tem razão- Concordou Scorpius- Não é hora para isso! Depois resolvem!


Dolores Umbrige soltara uma exclamação irritada, a professora não gostava de ser desafiada, quem aquela garota pensava que era para falar daquele jeito com a Sub Secretária Sênior do Ministro, mas para seu total desgosto Cornélio Fudge apenas se calou e voltou a sentar em sua cadeira, um pouco vermelho de raiva.


- Obrigado- Agradeceu Sirius agradeceu com um pequeno sorriso a todos que se puseram em sua frente. Todos voltaram a seus lugares, não sem antes Harry dar um abraço em Sirius, o que deixou algumas pessoas que não sabiam que Sirius era padrinho de Harry confusas.


- Pode começar Gina- Disse Hermione a garota ruiva. Gina apenas assentiu e leu:


- A profecia perdida


" Os pés de Harry bateram em chão firme, seus joelhos se dobraram ligeiramente e a cabeça dourada do bruxo caiu com um baque metálico no chão. Ele olhou ao redor e constatou que chegara ao escritório de Dumbledore. "


- O que será que você está fazendo no escritório de Dumbledore?- Perguntou Mione curiosa. Todo o salão estava confuso com o começo do capítulo.


- Vamos ler para descobrir- Disse Lily a ela, Mione apenas assentiu em positivo e Gina voltou a ler:


" Tudo parecia ter se consertado na ausência do diretor. Os delicados instrumentos de prata se encontravam mais uma vez sobre as mesinhas de pernas finas, soprando e zunindo serenamente. Os retratos dos diretores e diretoras cochilavam em seus quadros, as cabeças caídas molemente no encosto das poltronas no encosto das poltronas ou apoiadas nas molduras. Harry espiou pela janela. Havia uma fina linha verde-clara no horizonte: o dia ia descontando. "


- Até o momento tudo normal- Comentou Padma Patil. Muitos concordaram com a garota.


O silêncio e a imobilidade, interrompidos apenas por um raro grunhido ou fungada de um retrato adormecido, eram insuportáveis. Se o ambiente pudesse ter refletido os sentimentos que o dominavam, os quadros estariam gritando de dor.


- Parece que aconteceu algo ruim, para ele pensar assim- Comentou Ana Abbott.


- Tem razão- Disse Neville muito sério. Todos no salão ainda estavam muito confusos.


" Ele andou pelo escritório silencioso e belo, respirando depressa, tentando não pensar. Mas precisava pensar... não tinha saída..."


- Realmente aconteceu alguma coisa- Comentou Mione com uma expressão preocupada. Gina empalideceu com a próxima linha, as pessoas a olharam confusas, sua voz saiu trêmula ao ler:


" Era sua culpa que Sirius tivesse morrido "


- Não... não pode s-ser!- Disse Harry sentindo lágrimas solitárias descerem por suas bochechas. Gina em ato de coragem grifinória o abraçou. Sirius também se levantou para abraçar o afilhado.


-Não se preocupe com isso Harry- Disse ele abraçado a Harry- Isso não vai acontecer eu estou aqui!- Rony olhava com pena para amigo, nunca pensara que Harry fosse um dia perder uma das pessoas mais importantes de sua vida. Logo após Harry se acalmar Gina voltou a ler:


" Inteiramente sua culpa."


- Você não pode ficar se culpando por tudo Harry- Disse Sirius seriamente a ele- Seja o que for que tenha acontecido não foi sua culpa, eu tenho certeza.


Gina voltou a ler:


" Se ele, Harry, não tivesse sido burro de cair na esparrela de Voldemort, se não estivesse tão convencido de que o que vira em sonho era real, se ao menos tivesse aberto a mente á possibilidade de que Voldemort, conforme dissera Hermione, estivesse apostando no prazer de Harry em bancar o herói... "


Hermione lhe lançou um olhar triste.


Era insuportável, ele não pensaria no assunto, não conseguiria suportar... havia um terrível vazio em seu peito que ele não queria sentir nem examinar, um buraco negro em que Sirius estivera, em que Sirius desaparecera; ele não queria ter de ficar sozinho com aquele enorme espaço silencioso, não conseguiria suportar...


- Não se preocupe Harry se depender de min você nunca irá sentir isso- Disse Sirius consolando-o. O resto das pessoas que não sabiam que Sirius era padrinho de Harry estavam confusas, mas uma coisa era certa aquele homem era uma pessoa muito importante para o garoto.


" Um quadro às suas costas soltou um ronco particularmente alto, e uma voz calma exclamou:


- Ah... Harry Potter!...


Fineus Nigellus deu um longo bocejo


- Ah o Fineus, meu tetravô...- Comentou Sirius. Os que não sabiam ficaram um pouco espantados.


- Ele era seu parente? - Perguntou um garoto sentado a mesa da Corvinal.


-Sim - Confirmou Sirius - Dizem que foi o diretor menos querido em Hogwarts


Gina observou e viu que ninguém iria mais comentar nada voltou a ler.


" Se espreguiçando enquanto observava Harry com seus olhos apertados e astutos.


- E o que o traz aqui nas primeiras horas da manhã? - perguntou o bruxo passado algum tempo. - O escritório está interditado a todos, exceto ao seu legítimo diretor. Ou foi Dumbledore que o mandou aqui? Ah, não me diga nada...- Ele deu outro bocejo estremecido. - Mais uma mensagem para o meu indigno bisneto?


Harry não pôde responder. Fineus Nigellus não sabia que Sirius estava morto, mas Harry não poderia lhe contar. Dizê-lo em voz alta seria tornar a morte final, absoluta, irrecuperável.


Mais alguns retratos se mexiam agora. O terror de ser interrogado fez Harry atravessar a sala e segurar a maçaneta.


Ela não girou. Ele estava trancado.


- Você está preso aí? - perguntou Cho Chang.


- Se a porta não abriu é porque ele está preso na sala - foi Gina quem respondeu a garota, a Sra. Weasley lançou um olhar de censura a filha pela resposta malcriada.


- Eu não perguntei a você Weasley - disse Cho maldosamente - Perguntei ao Harry!


- E eu estou respondendo Chang! - Retrucou Gina.


- Cala...- Ela ia dizer algo, mas Lily a interrompeu:


- Ai Gina volte a ler, não perca tempo com gente desse tipo por favor!


Gina lançou um último olhar a Chang e voltou a ler:


" - Espero que isto signifique - disse um corpulento bruxo de nariz vermelho pendurado a uma parede atrás da escrivaninha do diretor - que em breve Dumbledore estará entre nós?


Gina parou de ler e disse:


- Então quer dizer que Dumbledore não estava na escola?


- Se aí está escrito que o ele estará em breve entre nós é porque não estava na escola Weasley! - Disse Cho a Gina, a asiática sorria com desdém, Gina nunca sentira tanta vontade de bater na cara de alguém.


- Eu não me lembro de ter te perguntado nada Chang - Retrucou Gina


- Meu Merlin, querem parar de se alfinetar? - Disse Albus se dirigindo a Cho e Gina. As duas garotas se encararam furiosas.


" Harry se virou. O bruxo o ficava com grande interesse. O garoto confirmou com a cabeça. E tornou a puxar a maçaneta com as mãos às costas, mas ela permaneceu imóvel.


- Ah, que bom - disse o bruxo. - Tem sido muito monótono sem ele, muito monótono mesmo.


- Hogwarts não seria a mesma sem Dumbledore - Comentou Hagrid. Muitos concordaram, menos a mesa da Sonserina que permanecia imóvel exceto uma garota de cabelos louros, Harry não se lembrava seu nome, parece que era Vitória Greengrass, alguma coisa assim.


O bruxo se acomodar no cadeirão semelhante a um trono, no qual fora retratado, e sorriu bondosamente para Harry.


- Dumbledore tem uma opinião elogiosa sobre você, como estou certo de que sabe - disse satisfeito. - Ah, sim. Tem você em alta estima.


Harry olhou agradecido para o diretor.


A sensação de culpa que enchia o peito de Harry como um parasita monstruoso e pesado agora se torcia e virava. Harry não conseguia suportar isso, não conseguia mais suportar ser quem era... nunca se sentira tão encuralado dentro do próprio corpo, nunca desejara tão intensamente poder ser outra pessoa, qualquer pessoa, ou...


- Caramba Harry eu não sabia que você pensava isso - Disse um de seus colegas de quarto Dino Thomas olhando para Harry um pouco espantado. Harry apenas olhou para o colega e sorriu.


Gina voltou a ler:


" A lareira irrompeu em chamas verde-esmeralda, fazendo Harry saltar para longe da porta, e olhar para o homem que girava no interior da grade. Quando a figura alta de Dumbledore deixou o fogo, os bruxos e bruxas, nas paredes, acordaram de repente, muitos deles soltando exclamações de boas-vindas.


- Obrigado - disse Dumbledore brandamente.

Ele não olhou diretamente para Harry, mas encaminhou-se para o poleiro ao lado da porta e retirou, do bolso interno das vestes, a minúscula e feiosa Fawkes, que ele colocou com gentileza no borralho morno embaixo do suporte dourado em que fênix adulta habitualmente ficava.


Os alunos que não sabiam que Dumbledore tinha uma fênix ficaram impressionados.


- Bom, Harry - disse Dumbledore, finalmente afastando-se do filhote de fênix -, você vai ficar contente em saber que nenhum dos seus colegas vai sofrer danos permanentes em decorrência dos acontecimentos desta noite.


- Está explícito que acontecimentos bons não foram - Comentou Rony.


" Harry tentou dizer " Bom ", mas a voz não saiu. Pareceu-me que o diretor estava lembrando-o da extensão dos danos que causara, e embora Dumbledore, para variar, estivesse olhando para ele, e embora sua expressão fosse bondosa em vez de acusatória, Harry não conseguiu olhá-lo nos olhos.


- Madame Pomfrey está remendando todos. Ninfadora Tonks talvez precise passar algum tempo no St. Mungus, mas parece que irá se recuperar totalmente.


Tonks fez uma careta a mensão de seu primeiro nome o que fez Lupin soltar uma risadinha.


- Parece que envolve a Ordem também! - Comentou Tonks.


- O que é a Ordem? - Parvati Patil a Tonks.


- O nome é Ordem da Fênix srt. Patil - quem respondeu foi Dumbledore - Para quem não sabe, eu fundei a Ordem na ascenção de Lord Voldemort - Harry observou que várias pessoas arregalaram os olhos e o moreno apenas revirou os seus - ao poder na primeira guerra bruxa e com a volta do Lord voltamos a nos reunir para combater o mal mais uma vez.


- São só essas pessoas que estão aqui que fazem parte da Ordem? - Perguntou a garota loira que Harry deduzia se chamar Vitória Greengrass.


- Ah não srt. somos muitos - Disse Dumbledore calmamente.


Gina viu que ninguém iria mais perguntar nada voltou a ler:


" Harry se contentou em assentir para o tapete, que se tornava mais claro a medida que o céu lá fora empalidecia. Tinha certeza de que os quadros na sala estavam escutando ansiosamente cada palavra que Dumbledore dizia, perguntando-se onde o diretor e o garoto tinham estado e por que teria havido danos físicos.

- Sei como está se sentindo, Harry - disse Sim mansamente.


- Não, o senhor não sabe, não - E sua voz saiu repentinamente alta e forte; uma raiva incandescente saltava dentro dele; Dumbledore não sabia nada respeito dos seus sentimentos.


- Eu acho que não vai ser legal se o Harry perder a paciência - disse Mione.


- É tem razão, não é algo muito bom de se presenciar - disse Rony concordando com Mione. Harry apenas corou.


- Está vendo, Dumbledore? - disse Fineus Nigellus sonsamente. - Nunca tente compreender os estudantes. Eles odeiam. Preferem muito mais ser tragicamente incompreendidos, chafurdar em autocomiseração, pagar seus próprios...


- Esse cara é um chato - Comentou James.


" - Chega, Fineus - disse Dumbledore.


Harry deu às costas ao diretor e ficou olhando decidido pela janela. Via o campo de quadribol ao longe. Sirius aparecera ali uma vez, disfarçado de cachorro preto e peludo, para poder vê-lo jogar... provavelmente viera ver se o filho era tão bom quanto o pai fora... Harry nunca lhe perguntara...


- Se quer saber Harry, você foi sim tão bom quanto James - disse Sirius sorrindo para o afilhado, devia estar se lembrando de algo dos velhos tempos - Uma vez James disse que teria um filho tão bom quanto ele no quadribol!


Harry sorriu imaginando como seria se seus pais estivessem vivos.


" - Não há vergonha no que você está sentindo, Harry - disse a voz de Dumbledore. - Pelo contrário... o fato de ser capaz de sentir dor com tal intensidade é a sua é a sua maior força...


Harry sentiu a raiva incandescente lamber suas entranhas, transformar-se em labareda, no terrível vácuo, enchendo-o com o desejo de ferir Dumbledore por sua calma e suas palavras vazias.


Algumas pessoas o olhavam de olhos arregalados, nunca havia passado por suas cabeças que Harry Potter pensaria em ferir Alvo Dumbledore. Harry apenas abaixou a cabeça envergonhado.


" - Minha grande força, é? - retorquiu Harry, sua voz trêmula, o olhar ainda fixo no estádio de quadribol, mas sem vê-lo. - O senhor não faz a menor... o senhor não sabe...


- Que é que eu não sei? - perguntou Dumbledore calmamente.


Todo o salão direcionaram seus olhares ao diretor, até mesmo Snape ficou um pouco espantado com as palavras do diretor.


- Não, sofrer assim prova que você continua a ser homem! Esta dor faz parte de sua humanidade...


- Caramba tem certeza que esse aí é o Dumbledore verdadeiro? - perguntou Dino Thomas olhando espantado para o livro.


" - ENTÃO EU... NÃO... QUERO...SER... HUMANO! - irrou Harry, e arrebatando um instrumento delicado de prata de cima de uma mesinha de pernas finas ao lado arremessou-o pela sala: o objeto se estilhaçou em mil pedaços contra a parede.


Hermione soltou uma exclamação assustada para Harry.


- Harry?!


- Está vendo ministro! - disse Dolores Umbrige com sua voz irritante - Quebrando os pertences do diteror!


Cornélio Fudge não lhe deu atenção para total incredulidade de Dolores. Não deu tempo da mulher dirigir mais nenhuma palavra ao ministro, pois as portas do Salão Principal se abriram e por elas entrou uma linda moça de cabelos dourados e olhos de um profundo azul, Fleur Delacour, uma dos participantes do Torneio Tribruxo entrou apressada.


- Me desculpe por-rfessor Dumbly-dor, estive muite ocupade em meu ser-rvice! - disse ela ao diretor.


- Sente-se Srt. Delacour, vou lhe explicar melhor a situação - disse Dumbledore a moça, o diretor explicou calmamente sobre os viajantes e os livros a Fleur.


- Incr-rive por-rofessor, nunca vi acoticer nada assim- Exclamou ela maravilhada. - Ah, olá Gui!


Fleur correu em direção de Gui e o envolveu em um abraço apertado. O Weasley adquiriu um tom carmin as bochechas do rosto o que fez Fred e Jorge soltarem risadinhas.


- Arry! - disse Fleur - Que bom te ver novamente! Gar-rbr-rille mandou dizer-r que está com saudades! - deu um beijo em cafa bochecha de Harry, e depois se sentou entre Gui e a Sra. Weasley que a olhou torto.


Gina viu que mais ninguém iria falar nada, voltou a ler:


" Vários quadros deixaram escapar gritos de raiva e susto, e o retrato de Armando Dippet exclamou "Francamente!" .


- NÃO QUERO MAIS SABER! - berrou Harry para eles, agarrando um lunascópio e atirando-o na lareira. - PARA MIM CHEGA, NÃO QUERO MAIS SABER...


- Mon Dieu! - Fleur levou suas mãos a boca espantada com o que o Harry do livro estava fazendo.


E agarrando a mesa em que estivera o instrumento de prata, atirou-a também. Ela bateu no chão, e se partiu, suas pernas rolaram em várias direções.


- Caramba! - exclamou Lily - Essa parte eu não sabia, agora faz sentido!


- O que faz sentido? - perguntou Albus a irmã.


- De onde veio sua raiva aquele dia quando peguei sua caixa bombons de chocolate debaixo da cama e comi todos! - disse ela sorrindo, Albus olhou mortalmente para irmã, fazendo os primos soltarem risadas se lembrando do dia que o Potter do meio simplesmente tivera um ataque por causa de seus chocolates.


- Você guarda chocolate debaixo da cama? - questionou Rony.


- É para sustentar o meu vício - respondeu o de olhos verdes.


- Ah, então, vou aderir - disse Rony sorrindo, pensando na ideia.


" - Você quer saber, sim - disse Dumbledore. Não piscara nem fizera um único movimento para impedir que Harry demolisse o seu escritório. Sua expressão era serena, quase indiferente. - Você quer saber tanto que sente que irá morrer sangrando de dor.


- NÃO! - gritou Harry, tão alto que achou que sua garganta poderia rasgar, e por um segundo teve vontade de avançar em Dumbledore e quebrar o bruxo também; quebrar aquele rosto velho e calmo, sacudi-lo, machucá-lo, fazê-lo sentir um pedacinho do horror que carregava em seu íntimo.


- Primeira coisa da lista- disseram Fred e Jorge ao mesmo tempo - Nunca deixe Harry Potter com raiva! - Algumas pessoas riram, Harry ficou vermelho.


" - Ah, quer saber sim - disse o diretor, ainda mais tranquilo. - Você agora perdeu sua mãe, seu pai e a pessoa mais próxima de um parente que já conheceu. É claro que você quer saber.


- O SENHOR NÃO SABE COMO ESTOU ME SENTINDO! - urrou Harry. - O SENHOR... FICA PARADO AÍ... SEU...


Mas as palavras já não eram suficientes, quebrar coisas já não adiantava; ele queria fugir, queria fugir sem parar, sem nunca olhar para trás, queria ir para algum lugar em que não visse aqueles olhos azul-claros encarando-o, aquele rosto velho odiosamente calmo. Ele correu para a porta, tornou a agarrar a maçaneta e puxou-a com força.


Mas a porta não abriu.
Harry tornou a se virar para Dumbledore.
- Me deixe sair - disse ele. Estava tremendo dos pés à cabeça.
- Não - disse Dumbledore com simplicidade. Por alguns segundos eles se encararam.

- Deixa ele sair! - exclamou Sirius zangado.

- Você está falando com um livro Almofadinhas.

- Fica quieto Aluado! - disse Sirius olhando de cara feia para o amigo.

- Aluado? - questionou Fred de cenho franzido.

- Vocês não são quem nós pensamos que são, certo? - disse Jorge com um largo sorriso. Muita gente os encaravam confusas.

- O quê?! - perguntou Sirius aos dois sem nada entender.

- Vocês são os criadores do Mapa do Maroto?! - disse os gêmeos em uníssono.

- Ah, isso - disse Remo - Sim somos!

- Uau!! - Exclamaram os dois com os olhos brilhando - Você sabia disso Harry?

- Sabia - disse o garoto.

- Não acredito que não nos contou Potter - disseram eles ainda sorrindo - Mas, então quem são Rabicho e Pontas?

- Pontas é James Potter, pai do Harry - disse Sirius a eles, que soltaram grandes sorrisos - E Rabicho é Pedro Pettigrew - Sirius praticamente cuspiu o nome do homem.

- O que é o Mapa do Maroto? - perguntou Neville Logbottom.

Sirius lhe explicou o que significava a todos deixando as pessoas de boca aberta e recebendo elogios. Gina voltou a ler.

"- Me deixe sair - repetiu garoto.

- Não - repetiu Dumbledore.

- Se o senhor não deixar... se o senhor me prender aqui... se o senhor não me deixar...

- Perfeitamente, continue a destruir os meus pertences - disse Dumbledore serenamente. - Reconheço que os tenho em excesso.

Ele contornou a escrivaninha e se sentou, contemplando Harry.

- Me deixe sair - pediu o garoto ainda uma vez, numa voz fria e quase tão calma quanto a de Dumbledore.

- E lá vem ele de novo - disse Rony rindo do amigo.

- Não, até que eu tenha dito o que quero.

- O senhor... - o senhor acha que eu quero... - o senhor acha que eu dou a... NÃO ME INTERESSA O QUE O SENHOR TEM A DIZER! - urrou Harry. - Não quero ouvir nada que o senhor tenha a dizer!

- Vai querer, sim - disse o diretor com firmeza. - Porque você está longe de sentir a raiva de mim que deveria estar sentindo. Se você me atacar, como sei que está prestes a fazer, eu gostaria de ter merecido inteiramente.

O salão acompanhava o capítulo espantados com a reação do diretor que permanecia indiferente em sua cadeira.

- Do que é que o senhor está falando?

- Foi por minha culpa que Sirius morreu

- Isso está cada vez mais complicado - comentou uma garota sentada a mesa da Grifinória.

- disse o diretor claramente. - Ou será que devo dizer, quase exclusivamente por minha culpa: não serei tão arrogante a ponto de assumir a responsabilidade por tudo. Sirius era um homem corajoso, inteligente e dinâmico, e homens assim em geral não se contentam em ficar escondidos em casa, sabendo que outros estão correndo perigo. Ainda assim, você nunca deveria ter acreditado por um instante que havia a menor necessidade de ter ido ao Departamento de Mistérios hoje à noite. Se eu tivesse sido franco com você, Harry, como deveria ter sido, você já saberia há muito tempo que Voldemort poderia tentar atraí-lo ao Departamento de Mistérios, e você nunca teria caído na esparrela de ir lá hoje à noite. E Sirius não teria tido de sair atrás de você. Esta culpa é minha, e somente minha.

Harry continuava parado com a mão na maçaneta, mas não tinha consciência disso. Olhava para Dumbledore, quase sem respirar, prestando atenção, mas quase sem entender o que estava ouvindo.

- Por favor, sente-se - disse Dumbledore. Não era uma ordem, era um pedido.

Harry hesitou, então atravessou lentamente a sala, agora coalhada de pedacinhos de engrenagens de prata e fragmentos de madeira, e se sentou na cadeira diante da escrivaninha do diretor.

- Devo entender - disse Fineus Nigellus lentamente à esquerda de Harry - que o meu bisneto, o último dos Black, morreu?

- Sim, Fineus - respondeu Dumbledore.

- Eu não acredito - disse Fineus bruscamente.

Harry virou a cabeça em tempo de ver o bruxo sair decidido do quadro, e entendeu que ele estava indo visitar seu outro retrato no largo Grimmauld.

Iria se deslocar talvez de quadro em quadro chamando por Sirius por toda a casa...

- Harry, eu lhe devo uma explicação. Uma explicação para os erros de um velho. Porque vejo agora que o que fiz e o que não fiz, com relação a você, tem todas as marcas de deslizes da velhice. Os jovens não podem saber como os idosos pensam e sentem. Mas os velhos são culpados quando se esquecem do que era ser jovem... e parece que ultimamente andei me esquecendo...

Todo mundo agora olhavam curiosos para o livro atentos ao que vinha a seguir.

O sol estava realmente nascendo agora; havia uma linha laranja ofuscante acima das montanhas e para o alto o céu estava descolorido e pálido. A luz incidia sobre Dumbledore, sobre suas sobrancelhas e barbas prateadas, sobre as rugas profundas em seu rosto.

- Adivinhei, há quinze anos - quando vi a cicatriz em sua testa, o que poderia significar. Adivinhei que poderia ser o sinal de uma ligação entre você e Voldemort.

- Ligação? Que tipo de ligação?! - quastionou Hagrid com certa preocupação olhando para Harry.

- O senhor já me disse isso, professor - interpôs Harry sem rodeios. Pouco se importava que estivesse sendo grosseiro. Pouco se importava com qualquer coisa que fosse.

- Eu sei - falou Dumbledore em tom de quem pede desculpas. - Eu sei, mas entenda, preciso começar por sua cicatriz. Porque se tornou aparente, logo depois de você se reintegrar ao mundo mágico, que eu tinha razão, e que a cicatriz estava lhe dando avisos quando Voldemort se aproximava de você ou sentia alguma emoção forte.

- Então isso explica as dores na cicatriz?! - perguntou Ana Abbott.

- Receio que sim Srt - respondeu Dumbledore a ela.

Os alunos encaravam Harry, e este observava as próprias mãos que se tornaram mais interessantes naquele momento.

- Eu sei - disse Harry, cansado.

- E esta sua habilidade, de perceber a presença de Voldemort, mesmo sob disfarce, e saber o que ele está sentindo quando suas emoções o comovem, tornou-se cada vez mais pronunciada desde que Voldemort retomou o próprio corpo e seus plenos poderes.

Harry não se deu o trabalho de assentir. Já sabia de tudo aquilo.

- Você pode sentir o que Você-Sabe-Quem senti? - perguntou Simas Finigan a ele espantado. Harry apenas assentiu em positivo.

- Mais recentemente - continuou Dumbledore -, eu me preocupei que Voldemort pudesse perceber a existência desta ligação entre vocês. De fato, chegou um momento em que você penetrou tão fundo em sua mente que ele sentiu sua presença. Estou me referindo, é claro, à noite em que você testemunhou o ataque ao Sr. Weasley.

- Ataque?! - exclamou a Sra. Weasley.

Todos na família Weasley olharam preocupados para o pai.

- Não se preocupem - disse ele - Isso não aconteceu eu estou aqui.

- Sei, o Snape me disse - murmurou Harry.

- Professor Snape, Harry - corrigiu-o Dumbledore em tom brando.

Harry revirou os olhos.

- Mas você não se perguntou por que não fui eu que lhe expliquei isso? Por que não lhe ensinei Oclumência? Por que nem sequer olhei para você durante meses?

Agora Harry olhara diretamente para o livro, também queria saber o motivo.

Harry ergueu a cabeça. Via agora que Dumbledore parecia triste e cansado.

- Claro - murmurou -, claro que me perguntei.

- Sabe - continuou Dumbledore -, achei que não iria demorar muito para Voldemort forçar entrada em sua mente, manipular e desviar seus pensamentos, e eu não estava querendo lhe dar mais incentivos para isso. Eu tinha certeza que se percebesse que o nosso relacionamento era, ou sempre fora, mais íntimo do que o de diretor e aluno, ele aproveitaria a oportunidade para usá-lo como um meio para me espionar. Temi as maneiras com que ele poderia usá-lo, a possibilidade de que poderia tentar possuí-lo. Harry, creio que eu estava certo em pensar que Voldemort teria usado você assim. Nas raras ocasiões em que estivemos em contato, pensei ter visto a sombra dele se mover por trás dos seus olhos...

Mione soltou uma exclamação, e nesse momento todos voltaram a encará-lo também.

Harry se lembrou da sensação de que uma cobra adormecida despertara dentro dele, pronta para atacar, nos momentos em que ele e Dumbledore faziam contato visual.

- Que horror! - exclamou Lilá Brown pálida.

- O objetivo de Voldemort em possuí-lo, conforme ficou demonstrado esta noite, não seria a minha destruição. Seria a sua. Ele esperou, quando o possuiu por breves momentos ainda há pouco, que eu sacrificaria você na esperança de matá-lo. Então, como vê, Harry, estive tentando me manter longe de você, para protegê-lo, Harry, um erro de um velho...

Harry ouvia tudo aquilo atentamente, agora entendia o motivo do diretor o tratar daquela forma indiferente.

Ele suspirou profundamente. Harry estava deixando as palavras resvalarem por ele. Teria se interessado muito em saber dessas coisas há alguns meses, mas agora haviam perdido o sentido se comparadas ao imenso abismo em seu íntimo, representado pela perda de Sirius; nada tinha importância...

- Sirius me contou que você sentiu Voldemort despertar dentro de você na própria noite em que teve a visão do ataque a Arthur Weasley. Percebi na mesma hora que os meus piores temores se con firmavam: Voldemort sentira que poderia usá-lo. Na tentativa de armá-lo contra os assaltos de Voldemort à sua mente, eu combinei com o Prof. Snape para lhe dar aulas de Oclumência.

- O que não deu muito certo - disse Harry baixinho.

Ele fez uma pausa. Harry contemplava o nascimento do sol, que veio deslizando vagarosamente pela superfície polida da escrivaninha de Dumbledore, iluminou um tinteiro de prata e uma bela pena vermelha. Harry sabia que os retratos nas paredes estavam acordados e escutavam arrebatados a explicação de Dumbledore; ele ouvia o farfalhar ocasional de vestes, um ligeiro pigarro. Fineus Nigellus ainda não regressara...

- O Prof. Snape descobriu - Dumbledore retomou a palavra - que você andava sonhando com a porta do Departamento de Mistérios há meses.

- Você ainda está sonhando com isso Harry? - perguntou Sirius ao afilhado.

Harry confirmou com a cabeça em positivo.

Voldemort, naturalmente, estivera obcecado com a possibilidade de ouvir a profecia desde que recuperara o corpo; e quando ele pensava na porta, você também o fazia, embora não soubesse o que significava.

"E então você viu Rookwood, que trabalhava no Departamento de Mistérios antes de ser preso, contando a Voldemort o que sempre soubéramos, que as profecias guardadas no Ministério da Magia são fortemente protegidas. Somente as pessoas a quem elas se referem podem tirá-las das prateleiras sem enlouquecerem: neste caso, ou Voldemort em pessoa teria de entrar no Ministério da Magia, e se arriscar a finalmente revelar sua presença, ou então você teria de fazer isso por ele. Tornou-se, então, uma questão de urgência ainda maior que você aprendesse Oclumência."

- Mas eu não aprendi - disse Harry.

- Mas eu não aprendi - murmurou Harry. Disse isso em voz alta para tentar aliviar o contrapeso de culpa em seu íntimo: uma confissão com certeza reduziria um pouco da terrível pressão que apertava seu coração. - Eu não pratiquei, não me esforcei, poderia ter parado com aqueles sonhos, Hermione me dizia o tempo todo para estudar, se eu tivesse atendido ele jamais poderia ter me mostrado aonde ir e... Sirius não estaria... Sirius não estaria...

Alguma coisa estava eclodindo na cabeça de Harry: uma necessidade de se justificar, de explicar...

- Eu tentei verificar se ele realmente prendera Sirius, fui à sala da Umbridge, falei com Monstro nas chamas do fogão e ele me disse que Sirius não estava em casa, que tinha saído!

- Mentiroso! - Gritou Sirius, o homem sentia uma raiva sem fim daquele elfo.

- Fique calmo Sirius - disse Dumbledore a ele.

- Monstro mentiu - disse Dumbledore calmamente. - Você não é o dono dele, podia lhe mentir sem precisar se castigar. Monstro queria que você fosse ao Ministério da Magia.

- Ele... ele me mandou de propósito?

- Mandou. Monstro, receio dizer, estava servindo a dois senhores havia meses.

- Eu e Monstro precisamos ter uma conversa séria - rosnou Sirius zangado.

- Como? - perguntou Harry sem entender. - Ele não sai do largo Grimmauld há anos.

- Monstro aproveitou a oportunidade pouco antes do Natal - disse Dumbledore -, quando Sirius, pelo que soube, gritou-lhe que fosse embora.

Ele tomou a ordem ao pé da letra e a interpretou como uma ordem para sair da casa. Procurou, então, a única pessoa da família Black por quem ainda tinha algum respeito... a prima de Black, Narcisa, irmã de Belatriz e esposa de Lúcio Malfoy.
- Como é que o senhor sabe de tudo isso? - perguntou Harry com o coração batendo muito depressa. Sentia-se mal. Lembrou-se de ter se preocupado com a estranha ausência de Monstro durante o Natal, lembrou-se do elfo ter reaparecido no sótão...
- Monstro me contou ontem à noite - disse Dumbledore. - Sabe, quando você deu ao Prof. Snape aquele aviso enigmático, ele percebeu que você tivera uma visão de Sirius prisioneiro nas entranhas do Departamento de Mistérios. Ele, como você, tentou contatar Sirius imediatamente. Devo explicar que os membros da Ordem da Fênix têm métodos mais confiáveis de se comunicar do que a lareira na sala de Dolores Umbridge. O Prof. Snape descobriu que Sirius se encontrava são e salvo no largo Grimmauld.
"Quando, porém, você não voltou da ida à Floresta Proibida com Dolores Umbridge, o Prof. Snape ficou preocupado que você talvez continuasse a achar que Sirius estava prisioneiro de Lord Voldemort. E alertou outros membros da Ordem na mesma hora."
- O professor Snape preocupado com algo sobre você, isso sim é novidade - murmurou Rony para o amigo.


- Por essa eu também não esperava - disse Harry um pouco surpreso.


Dumbledore deu um grande suspiro e continuou:
- Alastor Moody, Ninfadora Tonks, Quim Shacklebolt e Remo Lupin estavam na sede quando ele entrou em contato. Todos concordaram prontamente em ir em seu auxílio. O Prof. Snape pediu a Sirius para não ir, porque precisava que alguém ficasse na sede para me contar o que acontecera, pois eu estava sendo esperado a qualquer momento. Nesse meio-tempo, o Prof. Snape pretendia procurar você na Floresta.
"Mas Sirius não quis ficar para trás quando os outros foram procurá-lo. Incumbiu o Monstro de me contar o que sucedera. Então, quando cheguei ao largo Grimmauld pouco depois de todos terem saído para o Ministério, foi o elfo quem me contou, às gargalhadas, aonde Sirius fora."


- Teimoso - disse Snape baixo, mas com o silêncio foi possível ouvir.


- O que disse Snape? - perguntou Sirius de cara fechada para Snape, este não lhe deu atenção.


- Ele estava às gargalhadas? - perguntou Harry com a voz cava.


- Eu estou morrendo de vontade de enforcar esse elfo - disse Sirius raivoso.


Mione tremeu um pouco ao lado de Harry.


- Ah, estava. Veja, Monstro não conseguiu nos trair inteiramente. Ele não é Fiel do Segredo da Ordem, não poderia informar aos Malfoy o nosso paradeiro, tampouco os planos confidenciais da Ordem que ele fora proibido de revelar. Estava impedido por encantamentos próprios a sua espécie, o que quer dizer que não podia desobedecer a uma ordem direta do seu dono, Sirius. Mas deu a Narcisa informações valiosas para Voldemort, do tipo que deve ter parecido a Sirius demasiado trivial para proibi-lo de repetir.
- Como o quê? - perguntou Harry.
- Como o fato de que a pessoa que Sirius mais gostava no mundo era você
Harry abriu um pequeno sorriso para o padrinho que retribuiu.


- disse Dumbledore em voz baixa. - Como o fato de que você estava começando a encarar Sirius como uma espécie de pai e irmão.


-Sério?! - Disse Sirius com um olhar maravilhado.


"Voldemort já sabia, é claro, que Sirius fazia parte da Ordem, e que você sabia onde encontrá-lo; mas a informação de Monstro o fez perceber que a única pessoa que você não mediria esforços para salvar era Sirius Black."
Os lábios de Harry estavam frios e insensíveis.
- Então... quando perguntei ao Monstro se Sirius estava lá ontem à noite... - Os Malfoy, sem dúvida por ordem de Voldemort, tinham dito a ele que precisava encontrar um meio de manter Sirius fora do caminho, quando você tivesse a visão de que ele estava sendo torturado. Então, se você resolvesse verificar se seu padrinho estava ou não em casa, Monstro poderia fingir que ele não estava. Monstro machucou o hipogrifo ontem à noite, e, no momento em que você apareceu nas chamas, Sirius estava no andar de cima cuidando do bicho.


- Agora quem quer enforcar esse elfo sou eu - disse Harry de cara fechada.


Mione lhe dera um cutucão nas costelas


- Ai!


Parecia haver pouco ar nos pulmões de Harry; sua respiração era rápida e superficial.
- E Monstro contou tudo isso ao senhor e... deu gargalhadas? - perguntou ele rouco.
- Ele não queria me contar. Mas sou suficientemente bom em Legilimência para saber quando estão mentindo para mim, e persuadi-o a me contar a história toda, antes de sair para o Departamento de Mistérios.
- E - sussurrou Harry, as mãos fechadas e frias sobre os joelhos -, e Hermione vivia nos dizendo para sermos bonzinhos com ele...


- Eu sinto muito Harry - disse a amiga olhando arrependida para o amigo. Este apenas lhe lançou um sorriso e disse.


- Sem problemas


- E estava certa, Harry.


Hermione sorriu.


Alertei Sirius quando adotamos o largo Grimmauld doze como nossa sede, que Monstro devia ser tratado com bondade e respeito. Disse-lhe também que Monstro poderia ser perigoso para nós. Acho que Sirius não me levou a sério, nem nunca encarou Monstro como um ser com sentimentos tão apurados quanto os de um humano...


- Isso é verdade - murmurou Mione.


- Não venha culpar... não venha... me falar de Sirius como se... - A respiração de Harry estava presa, não conseguia enunciar as palavras claramente; mas a raiva que diminuíra momentaneamente tornou a arrebatá-lo: não deixaria Dumbledore criticar Sirius. - Monstro é um mentiroso... sujo... merecia...


- Merecia e ainda merece uma bons tapas - rosnou Sirius.


- Você está falando com um livro Sirius - disse Lupin


- Me deixe Aluado, eu estou zangado - disse Sirius de cara fechada e braços cruzados.


- Quanto drama! - Disse Lupin


- Eu não sou dramático - disse Sirius fazendo uma careta engraçada, que fez algumas pessoas rirem.


- Monstro é o que os bruxos fizeram dele, Harry - disse Dumbledore. - Ele merece compaixão. A vida dele tem sido tão infeliz quanto a do seu amigo Dobby. Foi forçado a obedecer a Sirius porque era o último da família de quem era escravo, mas não sentia a real lealdade pelo dono. E quaisquer que sejam os defeitos do Monstro, devemos admitir que Sirius não fez nada para amenizar a vida dele...


Sirius não conseguia não sentir raiva por aquele elfo.


- NÃO FALE DE SIRIUS ASSIM! - berrou Harry.
Estava mais uma vez em pé, furioso, pronto para se atirar contra Dumbledore, que claramente não entendera nada de Sirius, como era corajoso, o quanto sofrera...
- E Snape? - atirou Harry. - O senhor não fala dele, não é? Quando lhe contei que Voldemort tinha prendido Sirius, ele apenas me deu um sorriso desdenhoso como sempre...


Snape revirou os olhos

- Harry, você sabe que o Prof. Snape não tinha opção senão fingir que não estava levando você a sério, na frente de Dolores Umbridge - disse Dumbledore com firmeza -, mas, conforme lhe expliquei, ele informou à Ordem o mais rápido que pôde o que você havia dito. Foi ele quem deduziu aonde você teria ido quando não o viu retornar da Floresta. Foi ele, também, que deu à Profª Umbridge um Veritaserum adulterado quando ela quis forçá-lo a dizer o paradeiro de Sirius.

- Dolores?! - exclamou o ministro indignado.

- O que foi ministro? Isso não aconteceu - disse a mulher nervosa.

- Tem razão - disse Mione friamente - Não aconteceu, está acontecendo!

- Teremos uma longa conversa daqui a pouco Dolores - disse o ministro a mulher que de repente ficou pálida.

Harry fingiu não ouvir isso; sentia um prazer selvagem em culpar Snape, parecia aliviar sua horrível sensação de culpa, e queria ouvir Dumbledore concordar com ele.

Snape revirou os olhos outra vez, - que menino mais teimoso- pensou ele.

- Snape... Snape at-atormentava Sirius por ficar em casa... fazia Sirius se sentir covarde...

- Sirius tinha maturidade e inteligência suficientes para não permitir que essas implicâncias tolas o atormentassem.

- Snape parou de me dar aulas de Oclumência! - vociferou Harry. - Me expulsou da sala!

- Quê?! - exclamou Sirius indignado. - Como assim parou? Isso já aconteceu?!

- Sim! - confirmou Harry.

- Precisamos conversar também Severus - disse Dumbledore seriamente.

- Estou ciente disso - disse Dumbledore pesaroso. - Já disse que foi um erro não ter me encarregado de ensiná-lo pessoalmente, embora tivesse certeza, à época, que nada poderia ser mais perigoso do que abrir mais sua mente a Voldemort na minha presença...

- Snape fez pior, minha cicatriz sempre doía mais depois das aulas dele... - Harry lembrou-se dos comentários de Rony sobre o assunto e prosseguiu: - Como é que o senhor sabe se ele não estava tentando me amaciar para Voldemort, tornar mais fácil ele penetrar minha...

- Eu confio em Severo Snape - disse Dumbledore com simplicidade. - Mas me esqueci, outro erro de velho...

- Os velhos erram tanto assim? Caramba! - disse Fred II

que algumas feridas são profundas demais para sarar. Pensei que o Prof. Snape pudesse superar os sentimentos por seu pai... estava enganado.

- Mas tudo bem, não é? - berrou Harry, ignorando as expressões escandalizadas e os murmúrios de desaprovação dos retratos nas paredes. - Tudo bem Snape odiar meu pai, mas nada bem Sirius odiar o Monstro?

Snape permanecia indiferente aos olhares que lhe eram lançados.

- Sirius não odiava Monstro. Considerava-o um servo indigno de interesse ou atenção. A indiferença e o abandono muitas vezes causam mais danos do que a aversão direta... a fonte que destruímos esta noite representava uma mentira. Nós, bruxos, temos maltratado e abusado dos nossos companheiros por um tempo longo demais, e agora estamos colhendo o que semeamos.

- Então ele teve o que mereceu?! - exclamou Harry.

- Você jamais irá ouvir estas palavras saírem de minha boca Harry - disse Dumbledore calmamente.

- ENTÃO SIRIUS MERECEU O QUE RECEBEU, É ISSO? - berrou Harry.

- Eu não disse isso, nem nunca você me ouvirá dizer isso - respondeu Dumbledore calmamente. - Sirius não era um homem cruel, era bondoso com elfos domésticos em geral. Não gostava de Monstro, porque ele era uma lembrança viva da casa que Sirius odiava.

- E como odeio! - disse Sirius.

- E como a odiava! - exclamou Harry, sua voz falhando, dando as costas a Dumbledore, e se afastando. O sol iluminava a sala agora e os olhos de todos os retratos acompanharam o garoto se afastar, sem perceber o que estava fazendo nem ver o escritório. - O senhor o obrigou a ficar trancado naquela casa e ele odiou, foi por isso que quis sair ontem à noite...

- Eu estava tentando manter Sirius vivo - respondeu Dumbledore brandamente.

- As pessoas não gostam de ficar trancafiadas!

- Isso é verdade - comentou Hermione. As pessoas concordaram com a mulher.

- disse Harry enfurecido, virando-se para ele. - O senhor fez isso comigo no verão passado...

Os olhares se viraram para Dumbledore instantaneamente, parece que eles viam algum tipo de ET sentado no lugar do diretor.

Dumbledore fechou os olhos e escondeu o rosto nas mãos de dedos longos.

Harry o observava, mas esse sinal pouco característico de exaustão, de tristeza, ou do que quer que fosse que Dumbledore sentia, não o enterneceu. Pelo contrário, o garoto sentiu ainda mais raiva que Dumbledore estivesse dando sinais de fraqueza. Não tinha nada de ser fraco quando Harry queria se enfurecer e esbravejar com ele.

Dumbledore baixou as mãos, estudou Harry através dos seus oclinhos de meia-lua, e falou:

- Está na hora de lhe dizer o que deveria ter-lhe dito há cinco anos, Harry. Sente-se, por favor. Vou lhe contar tudo. Peço que tenha um pouco de paciência. Você terá oportunidade de se enfurecer comigo, de fazer o que quiser, quando eu terminar. Não irei impedi-lo.

Todos encararam, exceto a Ordem, o livro curiosos para o que vinha a seguir, um assundo estava para ser revelado a todos naquele momento, um silêncio absurdo tomou conta de todo o salão.

( Continua...)




Notas Finais


Olá gente, aqui está mais um capítulo, acabei de escrevê-lo. Primeiramente quero agradecer de coração aos que favoritaram e comentaram no capítulo passado, sério, eu fiquei muito feliz!😄

Mais e então, que acharam do capítulo? Eu resolvi dividi-lo em duas partes por que iria ficar grande demais e se tornaria cansativa de ler...

Sobre a pergunta que fiz no capítulo anterior sobre Scorbus, não se preocupem ainda estou resolvendo a questão até porque não quero apressar as coisas entre os casais, afinal, estamos no começo da história, e quero algo bem construído, porque não é como se na manhã seguinte Harry já acordasse apaixonada por Gina e nem a Mione fosse beijada no meio do salão pelo Rony na hora do café, por isso muitos águas vão rolar ainda 🙂. O que vocês acharam das falas da Fleur? Querem que eu escreva de forma normal ou deixe assim?

Sr. Malfoy ou Malfoy = futuro

Draco = passado

Vou especificar os dois assim, qualquer erro, qualquer coisa sem sentido me avisem eu arrumo, e estou sempre aberta a críticas construtivas.

Até o próximo e muitos bjs!😘


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