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História Hogwarts Uma História - Calças


Escrita por: SallyEsqueleto

Capítulo 3 - Calças


Depois do banquete os rapazes se ofereceram para acompanhar Helga até sua casa, mas ela recusou a cortesia, dizendo que iria ficar um pouco mais com Rowena. Todos os convidados já haviam ido embora, e os habitantes do castelo puseram-se a recolher-se. Eles se despediram delas com um beijo em suas mãos, e ao girarem nos calcanhares para irem embora, sabe-se Deus porque diabos suas calças caíram. As moças, ao invés de virarem de costas como o pudor manda, olharam uma para a outra abafando os risos.

Godric e Salazar atrapalhavam-se para erguê-las de volta, já estavam mais vermelhos do rabanetes que apanharam sol demais em uma praia e gaguejavam a todo instante, até que Salazar conseguiu finalmente formular uma frase rude:

- VIREM DE COSTAS DE UMA VEZ!

Elas viraram-se rapidamente.

- PAREM DE RIR! – Gritou a voz de Godric quase fina.

Elas ouviram um dos dois cair no chão. Rowena, que era mais “corajosa”, voltou-se para eles e ajudou-os a vestirem-se sob protestos mal articulados. Quando não havia mais sinal de movimento Helga virou-se lentamente, sentindo que suas costelas estavam se partindo pelo esforço não rir e Rowena vinha em sua direção. Eles estavam constrangidos demais sequer para piscar.

- Bom, tenham uma boa noite cavalheiros. – disse Rowena.

Eles abriram as bocas, nenhum som saiu.

- Durmam bem. – disse Helga.

Elas se viraram para sair.

 - Boa noite. - disseram eles em uníssono e tentaram não correr dali.

Depois que saíram do castelo a única coisa em que Godric conseguiu pensar para dizer foi:

- Isso fica somente entre nós.

- Não fica porque nunca aconteceu. – disse Salazar morto de vergonha.

 

Enquanto isso Helga e Rowena iam para os aposentos da última a dar altas gargalhadas. Um dos quadros ralhou com elas dizendo que já era tarde da noite e queria paz, mas elas o ignoraram e fecharam a porta atrás de si. Deixando-se cair na cama, tentaram se acalmar para recuperar o fôlego.

- Me explica de novo... por que tínhamos que abaixar... as calças de Salazar? – disse Rowena com a voz falha.

- Para que... ele compartilhasse... da desgraça... – Helga teve mais um ataque de riso que influenciou Rowena. – de Godric.

Elas levaram mais um tempo para se recuperar, Helga segurava a barriga e Rowena dava socos no colchão, lágrimas escorriam dos olhos de ambas.

- Eu não vou conseguir dormir. – disse rapidamente Ravenclaw, enquanto ainda tinha ar nos pulmões.

- Por quê?

- Você viu as pernas de Salazar?

- Você gostou? – os olhos de Helga brilharam de malícia.

- NÃO! São tão fininhas e branquelas. – ela desatou a gargalhar novamente.

- É mesmo, as de Godric são mais gordinhas e rosadas. – e Helga pôs-se a chorar de rir novamente.

Talvez elas tenham passado meia hora ou mais neste estado, diversão que somente moças sabem como desfrutar ao máximo e fazer durar tanto tempo. Talvez daqui a cinqüenta anos elas ainda se lembrem deste dia e o comente entre risinhos.

Suas barrigas e rostos doíam. Elas se ajeitaram em cima de cama de Rowena e Helga perguntou:

- Aliás, conseguiu pegar a chave?

A outra a tirou de dentro da manga, e a passou para que ela pudesse ver. Era pequenina e de ferro, não chamaria a atenção de ninguém que tivesse olhos menos vigilantes que os de mulher com olhos de águia.

- Você não acha errado?

- Qual parte? – perguntou Rowena. – A de abaixar as calças deles?

Helga deu um meio sorriso.

- Isso também, mas a parte que vamos ler o caderno de Godric, e se ele contou algum segredo íntimo ali?

- Seria lucro. Ora, vamos Helga, eu quero saber o que ele escreve lá. – ao ver que a amiga ainda estava indecisa ela acrescentou. – E se ele escreveu algo sobre você? – Ela deu um sorrisinho malicioso. – Não vamos desistir agora, nós até abaixamos as calças deles...

- Você tem que ficar repetindo isso toda hora...

- Claro que tenho, foi muito divertido.

- Tomara que seu pai não descubra.

- Ele não vai.

- Quando vamos pegar o caderno dele?

- Quando vamos fazer aquilo de novo?

- WEN! – repreendeu-a Helga cobrindo o rosto vermelho com a mão.

- Tudo bem, a gente espera um tempinho. A Sra. Gryffindor toma chá às cinco horas impreterivelmente, o marido dela não a acompanha nem os meninos, então, podemos fingir que estávamos no mercado e passaremos para fazer-lhe uma visita.

- Wen, não podemos nos convidar para o chá da Sra. Gryffindor. – disse Helga.

- Podemos comprar-lhe um mimo no mercado. 

- E como podemos passar por ela e ir até o quarto de Godric?

- Não se preocupe, eu tenho um plano.

- Este é um daqueles seus planos malucos com os quais eu nunca concordo?

- É. E é por isso que você só vai saber no momento certo.

Helga balançou a cabeça com ar de reprovação e levantou-se.

- Aonde vai? - perguntou Rowena.

- Para casa, amanhã temos um dia cheio.

- Tudo bem. – Helga já ia saindo do quarto quando a amiga a deteve. – Como descobriu onde estava a chave?

- Hoje de manhã, quando fingi que ia roubar a espada dele. Boa noite Wen.

- Boa noite Helga. - Respondeu Rowena jogando-se na cama.

 

Helga passou pelos corredores rápida e silenciosamente como uma sombra, para não chamar a atenção de ninguém, ao chegar no pátio do castelo, os guardas a avistaram e baixaram a ponte levadiça para que ela pudesse passar.  Ela jogou o capuz da capa sobre a cabeça e saiu, desaparatando ao chegar na orla da floresta, e reaparecendo em seu quarto, tentando por tudo não ranger o soalho para que seus pais não acordassem.

Os pais de Helga eram totalmente trouxas, e nada sabiam a respeito dos poderes da filha. Embora tivesse pensado várias vezes em contar-lhes, nunca chegara a fazê-lo, pois mesmo que os amasse, não tinha certeza se eles a amavam o suficiente para esconder e entender a filha bruxa. A mãe da menina ficara frágil depois de seu parto e desde então mantivera por perto sua parteira, que cuidava de Helga em sua casa, e ainda muito pequena, seus poderes começaram a manifestar-se. Por acaso, a parteira era bruxa e identificou na menina os sinais da magia. Quando atingiu os sete anos de idade, a parteira pediu para que a menina permanecesse em sua companhia, para que ela pudesse ensinar à Helga sobre as plantas medicinais, e foi com certa relutância que consentiram, pois mesmo que fosse uma excelente profissão, era um tanto quanto perigosa para uma criança pequena estar em contato de ervas que poderiam ser venenosas.

Ela aprendia rápido e em pouco tempo as misturas comuns que a curandeira preparava já não bastavam, um ano depois, quando se tornou capaz de entender melhor a condição em que vivia, a mulher lhe explicou aos poucos sobre feitiçaria e como era importante que ninguém soubesse, nem mesmo seus pais. Então ela lhe ensinou o preparo de poções, sobre as várias doenças do mundo da magia e do mundo trouxa, quais poções serviam para as doenças de ambos os tipos e as mais complexas de se tratar.

Findados os seus treze anos, Helga poderia cozer de olhos fechados uma poção do esquecimento, e não demorou a chegar o tempo que ela precisaria de outro professor, que lhe ensinasse outros ramos da magia, que a velha senhora não dominava com muita maestria, mas que ensinara da melhor forma que pudera.

Ela trocou-se e se preparou para dormir, ela achava que seria impossível, já que a mera lembrança da visão que tivera poucas horas atrás ainda lhe provocasse a vontade de rir. Virou-se para o outro lado, na tentativa de atrair o sono e em pouco tempo adormeceu. 


Notas Finais


O que acharam? Tá chato?


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