O trem chega em Hogwarts.
Mayara observa cada pessoa que descia do vagão com seus nítidos e intensos olhos verdes, enquanto espera a Giulia, sua melhor amiga, descer do trem. O ar ainda estava levemente quente por causa da época de fim de verão, mas estava esfriando com o começo da noite. Ela jogou os cabelos escuros para trás o tirando do rosto e se virou, vendo cabelos escuros muito parecidos com os dela, só que em contraste com a pele branca como leite da alemã. Logo ao lado vinham os cabelos platinados de Draco Malfoy.
– Isso está pior do que eu lembrava... – Mayara identifica um sotaque alemão muito forte vindo da pessoa que a seguia.
– Cheio de sangues ruins, como podem deixar isso? – Draco fala com a cara enojada enquanto arruma as vestes, descendo logo atrás.
– Você está aqui, pior que isso não fica. – Giulia fala rindo.
– Pior vai ser se acostumar com o inglês de novo... – Mayara anuncia revirando os olhos.
Os três dão risada juntos e continuam seu caminho até as carruagens, eles se acomodam em uma delas e Mayara ri de algo que Giulia disse.
– Falta de opção seria eu pegar o Draco... – Ela enruga o cenho – Não, nem muita falta de opção me faria fazer isso. – Faz cara de nojo.
– Eu ainda estou aqui. – Draco diz revirando os olhos. – Menina grossa.
– É um dos meus melhores hobbies, Elsa, juro que não é pessoal. – Mayara sorri.
– Podia achar outra pessoa para praticar esse hobbie.
– Essa pessoa se chama eu. – Giulia diz colocando a capa da Sonserina.
A carruagem então para e os alunos ao redor deles começam a desembarcar e se dirigem ao castelo, cuja porta de madeira maciça os esperava escancarada de uma forma receptiva. Draco segue direto para a comunal e as duas se viram para a direção contraria, escolhendo caminhar pelos corredores à ter que aturar os discursos dos diretores de cada casa do início do ano.
– Decisão ótima de fugir dos monólogos do Snape. – Giulia diz.
– Sim, quem é que consegue suportar ele? – Mayara diz rindo.
– Eu que não sou. – Giulia solta um suspiro de alívio.
Passado o horário de recolher, ambas voltam rindo para a comunal, discutindo se havia ou não alguém no mundo que conseguiria aturar o Snape por mais de dez minutos. Ao entrar elas olham em volta para assegurar que não havia mais ninguém lá.
– Viu, nenhum velho chato aqui. – Giulia fala abrindo os braços de uma forma exagerada, mostrando toda comunal.
– O que as duas tem a dizer por terem se atrasado? – Uma voz grossa, fria e entediada vem de trás delas.
Giulia olha para a cara de Snape com a feição forçadamente confusa.
– Ahn, a gente se perdeu. – Fala breve e cinicamente.
– Eu nem lembrava o tanto de corredores que tinha. – Mayara diz, sorrindo inocente.
– Loucura né, Mayara? – Giulia faz cara de desentendida.
– Mesmo eu sabendo que vocês são burras o suficiente para se perderem, eu não dou a mínima. Vocês vão limpar a bagunça dessa sala. – Snape fala com cara de poucos amigos e se vira saindo da comunal.
– Não precisa levar todo o ar junto...Ex Napa. – Giulia resmunga.
– Alguma das madames pretende limpar a bagunça? – Giulia pergunta com voz de narrador.
– Não. – Ambas respondem em uníssono e se jogam no sofá colocando os pés em cima da mesa de centro.
Rafaela tropeçou na escada enquanto descia do trem para a plataforma, sorte que Guilherme estava lá para a segurar pela alça da bolsa e deixar estável novamente.
-- Chegamos… -- Ela disse meio constrangida.
-- Sinta o calor da Magia. -- Guilherme sorri e tira a a mão da alça da bolsa de Rafaela para se espreguiçar.
-- Só sinto calor mesmo, essa roupa é quente. -- Rafaela da risada e tira o cabelo do rosto. -- Você acha que as senhas da comunal vão ser mais difíceis?
-- Claro que vão. Achou que seria fácil ser da Corvinal? Se quisesse coisa fácil fosse da Grifinória, querida. -- Guilherme sorri.
Rafaela da risada e se dirige para as carruagens junto com Guilherme, ela se deita no colo dele e abre o livro que ela estava carregando e começa a ler alto para ele. Algum tempo depois a carruagem para e eles descem entrando pela mesma porta que os demais. Ambos vão direto para a comunal e se jogam no mesmo sofá.
-- Tem saudade de alguém especifico? --Guilherme pergunta a Rafaela enquanto tira alguns livros da bolsa.
-- Das meninas, creio que só delas… -- Ela fala sem dar muita atenção ao loiro que conversava com ela.
-- Que meninas? Aquelas suas amigas? --Guilherne pergunta olhando para Rafaela enquanto se arruma no sofá
-- É,aquelas que você já conhece, a grifinória e as duas sonserinas. Espero que estejam bem. -- Rafaela fala e deixa um suspiro preocupado escapar.
O trem para e uma garota acompanhada de três garotos significativamente maiores que ela e um quase de sua altura descem juntos. O menor dos meninos estava puxando a parte de trás do cabelo dela e outro passou lendo um livro. Os outros dois estavam um pouco mais atrás, observando todas as meninas que conseguiam.
-- Isso ta muito melhor do que quando a gente tinha 11 anos. -- Sirius fala animado.
-- Realmente muito melhor. -- James sorri acompanhando o olhar do outro.
-- Para, Pedro, ta me atrapalhando com as malas. -- Ela diz arrastando uma de suas malas.
Remus passa por Júlia e pega sua mala sem tirar os olhos do livro e entra na carruagem.
-- Valeu, Moony. -- Ela se vira para Pedro. -- Viu, é assim que se ajuda os outros.
Os outros quatro acompanham Remus até a carruagem, enquanto Júlia arruma o brasão da Grifinória alojado em seu peito. Ao chegarem ao castelo, no caminho para a comunal, Sirius pisca para algumas garotas no caminho, elas começam a dar gritinhos e pulinhos quando isso acontecia.
-- Vocês acham que o coração da Minerva amoleceu? -- Júlia pergunta enquanto eles percorrem os longos corredores.
-- Ela não vai muito com a nossa cara, e eu amo encher o saco dela. -- Sirius fala rindo orgulhoso.
-- Ela não gosta de vocês, de mim ela gosta. -- Remus fala cheio de si.
-- Ela não gosta muito de mim por causa daquela vez que eu ajudei vocês em vez de falar que era errado. -- Júlia da de ombros.
-- A Minerva me ama, ela só não admite isso. -- James joga um cabelo imaginário para trás.
-- Claro que ela nos ama, ela adora os nossos elogios. -- Sirius da risada.
-- Não, Sr. Black, eu poderia muito bem viver sem eles. -- Minarva diz com os braços cruzados e se apoiando na porta da comunal.
-- Minerva, minha professora maravilhosa! -- Sirius e James abrem os braços e falam juntos.
-- Para a comunal, agora. -- Minerva abaixa o braços dos dois e sai andando.
-- Idiotas. -- Pedro diz rindo.
-- Eu acho que vou andar por ai um pouco antes, entrem sem mim. -- Júlia diz, e Sirius da um tapinha no ombro dela e entra na comunal com os outros três.
Ela sorri e gira em seu calcanhar, saindo pelos corredores, precisamente um que Minerva não tinha ido. Andava distraída analisando as poucas mudanças que havia na escola, quando de repente tromba em alguém.
-- Desculpe, estava distraído. -- O garoto lufano da um tapinha no ombro de Júlia. -- Mas como estava dizendo, Regina, meu sobrenome é com dois ‘g’. Diggory.
Júlia olha para ele falando com a menina que o olhava atentamente.
-- Desculpe atrapalhar sua conversa com a bonitona. -- Ela sussurra e sai andando.
O garoto acompanha Júlia com os olhos até onde conseguia ’Mas você não atrapalhou conversa alguma minha com você’ ele se pega pensando e sorri meio perdido voltando a atenção para a outra garota.
Júlia volta para a comunal e se joga no sofá afundando no mesmo enquanto olha para o teto meio perdida.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.