História Hold Me Tight - Proud Dads

Ao chegar em casa, Yuri e Viktor apresentaram aos pequenos seus novos quartos. Dimitri ficou com um quarto em tons de amarelo e preto, o antigo quarto de Yurio. Tinha várias pelúcias de tigres (como era de se esperar) e era por si só um ambiente infantil, não foi preciso alterar muita coisa. Hana, a nova e única moça da família ficou com um quarto em tons de branco e azul. Era muito delicado e passava a tranquilidade que a menina transbordava em sí.

2 dias antes.

- HAAA? Estão me expulsando, é isso? Pior, estão prestes a adotar um pirralho? Vocês são nojentos!
- Você também é um pirralho. Dos mais mal criados ainda mais.
- Como é que é, velhote?
- V-Viktor, menos. Yurio.. me escute. - Ele revirou os olhos e ouviu o que Yuri tinha a falar. - Nós nos importamos com você e por causa disso sentimos como se voce fosse nossa responsabilidade, mas não está mais presente. E a gente entende, acontece! Você.. não é mais uma criança. A gente sabe. - O loiro ficou vermelho como um tomate.
- C-c-como você sabe? Ficou ouvindo atrás da parede? V-vocês são nojentos!
-  Do que ele está falando, Yuri?
- N-nada, nada. Não é disso que eu estou falando, Yurio.. - Yuri arregalou os olhos como quem mandasse ele tomar cuidado com as palavras. Caso Viktor descobrisse que Yurio, a quem zelou por muito tempo e sempre viu de uma forma inocente não era mais virgem e provavelmente a teria perdido no quarto que estava prestes a ser entregue para o novo membro da família, ele enlouqueceria. - Eu estou falando.. que agora você é independente. Ainda jantamos juntos as vezes mas você não dorme mais aqui. Viktor chegou a te esperar algumas vezes antes de ir dormir mas você nunca aparece.
- Nem me fale, esse idiota fica me ligando.
- E você não atende UMA ligação! É um ingrato mesmo!
- Viktor..
"Estamos prestes a adotar uma criança mas por que tenho a sensação que já estou cuidando de uma?"
- Desculpe, amor. Continue..
- Eu entendi! Estou apenas zoando vocês, é divertido. Não se preocupem comigo.. estou bem e.. feliz. Vocês me ajudaram a superar a morte do meu avô e passamos por muitas coisas juntos. Não vou esquecer disso. Obrigado. - Viktor e Yuri estavam plerpexos. Eles ficaram calados com os olhos arregalados como quem não acreditava no que acabara de ouvir. - Então, estou indo. - O loiro se virou e andou em direção a porta com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco. Ele parou na frente da mesma e virou apenas a cabeça para trás. - Mas não pensem que vão se livrar de mim tão fácil. Quando eu estiver sem nada pra fazer, eu apareço. Dasvidaniya. - Antes que os dois pudessem responder, ele abriu a porta e saiu. Eles se olharam ainda surpresos com as palavras do loiro. De repente, seus olhos se encheram de lágrimas e eles se abraçaram ali mesmo.
- Eu vou sentir.. tanta falta dele. - Viktor chorava com o rosto escondido no pescoço de Yuri.
- Eu também.. eu também.

~

- Você acha que elas vao gostar? - Yuri falou observando as paredes recém pintadas de azul enquanto Viktor observava junto com ele, o agarrando por tràs.
- Elas?
- Nos não tínhamos decidido que seriam duas garotas?
- Bom, sim. Mas essas coisas não dá pra saber.. acho que vamos olhar pra todos e acha-los lindos e simpáticos, com certeza existem crianças maravilhosas so esperando por um lar.. mas vamos bater o olho em 2 e vamos nos apaixonar imediatamente! Tenho certeza.
- Hm.
- Não quero saber se elas vão ter alguma deficiências ou um histórico familiar ruim. Vou dar todo o amor que eu puder e nunca deixar que eles se sintam menos que os outros.
- Sim, claro. Não importa nada, desde que tambem gostem de nos e não se importem.. de ter dois pais gays.
- Yuri, não vão se importar com isso. - Viktor soltou Yuri por tràs e o virou, pousando a mão gentilmente em sua bochecha enquanto olhava fundo nos seus olhos. - Quando elas virem o seu sorriso tão sincero, o seu jeito gentil e tímido.. vão saber que são sortudas demais de ter você como pai. Ou mãe. Como você prefere ser chamado?
- P-pai, eu acho.
- Entao eu sou a mamae.
- Elas não podem simplesmente chamar nos dois de pais?
- Não,  isso vai deixa-las confusas inicialmente.

- T-tem razão. Talvez só no início, então..

- Yuri.

- Uhn? 

- Você é tão lindo quando fica preocupado. - Viktor afastou alguns cabelos de Yuri que já estavam demasiadamente grandes e colocou alguns fios por tràs da orelha. Yuri sorriu. Então ele o deu um beijo, inicialmente calmo que começou a ficar cada vez mais profundo e ardente. Viktor rapidamente escapou as mãos para dentro da camisa de Yuri, fazendo sua pele se arrepiar por inteiro.

- V-Viktor, aqui não..

- Por que não? - Ele já estava descendo os lábios pelo pescoço do moreno.

- ..Por que é quarto do nosso futuro filho?

- Ah, por isso? Ele nunca vai precisar saber. Aliás, esse é o único cômodo da casa que ainda não transamos. Podemos fazer no chão mesmo. Como nos tempos antigos, uhn? Bem selvagens! - Yuri riu de Viktor e pelas coisas vergonhosas que ele acabara de falar. 

"Por que não, uhn? Ainda não somos tão velhos.. E essa seria provavelmente uma das nossas últimas transas completamente sozinhos em casa por muito tempo."

Aquela noite, eles transaram como "selvagens". Gemeram tão alto e o orgasmo foi tão profundo que depois que terminaram dormiram ali mesmo, no chão. Sem cama, sem ventilador, sem conforto. Eles só precisavam um do outro.

1 mes depois

Hanna corria pela casa, enquanto Makki a seguia. Viktor corria atras do dois, com Dimitri sentado em seu pescoco e adorando toda aquela adrenalina. - Viktor! Pare com essas brincadeiras agora mesmo, são perigosas! Estou prevendo a cabeça do Dimitri bater no ventilador! - Viktor fingia não ouvir. - Viktor!

- Você pode ser mais gentil?

- ..Querido.. você pode descer o Dimitri do seu pescoço, por favor? 

- Claro, querido. - O pequeno fez uma cara feia enquanto Viktor o colocava no chao, como se toda a diversão tivesse sido arruinada.

- P-papai, me sobe.. por favor? - Hana ainda não tinha brincado.

- Claro, querida!

- Viktor!

- O que posso fazer, Yuri? Não da pra resistir a esses rostinhos, olhe você mesmo! - O menino ainda tinha cara de irritado, estava com os braços cruzados sentado no sofá balançando os pés. E Hana olhou para Yuri como quem pedia com os olhos para brincar só mais um pouco. Yuri suspirou e se deu por vencido. 

- 5 minutos. Depois quero todos na mesa, já estou terminando o jantar. E nada de pular, vai bater a cabeça da menina no teto, olhe seu tamanho! - Viktor sorriu com as reclamações de Yuri. Colocou a menina no pescoço e se aproximou de Yuri, o dando um beijo. - Não se preocupe, eu vou tomar cuidado. Yuri correspondeu o beijo ainda com um olhar de reprovação. Ele desligou o fogo e começou a colocar a mesa para 4. De repente o celular vibrou, ele o puxou do bolso e viu que era uma mensagem de Yurio.

"Vai ter jantar?"

Yuri sorriu e se apressou pra colocar mais um prato.