História Hold My Hand - Por que está estranho comigo?

Narrador Point of View | 7h00

Naquela manhã Justin acordou indisposto, depois da mensagem que ele recebeu de Ryan o mesmo apenas desligou o celular e dormiu. Justin olhou para a cama e encontrou Mia deitada ali, ele se ajeitou melhor na cama e a abraçou, depositando beijos em sua boca, ela sorriu e olhou para ele.

– Bom dia.

Ele disse com a voz rouca.

– Bom dia, tudo bem?

– Depois de ter dormido com você está tudo ótimo.

Ela riu e recebeu um beijo dele, Justin quis aprofundar o beijo porém ela não deixou.

– O que foi?

– Vou escovar os dentes.

– Ok.

Ela foi para o quarto dela e fez suas higienes matinais, Justin acabou fazendo o mesmo. Ele saiu do seu quarto e foi para a cozinha, encheu um copo de água e o tomou, Justin olhou para a sala e lá encontrou Noah, chupando a chupeta, com uma coberta e tentando subir no sofá. Ele foi até o bebê e o colocou no sofá, depois ficou fazendo carinho no cabelo dele.

– Dá para ele, por favor?

Justin olhou para trás e encontrou Mia o estendendo uma mamadeira, ele a pegou e deu para o Noah, que se sentou no sofá e deixou a chupeta na mão de Justin. Mia voltou para o seu quarto e começou a se trocar para ir trabalhar, depois ela foi até o quarto dos meninos e começou a trocar Eli, para ele ir para escola.

– Mamãe, por quê eu não posso faltar?

Eli perguntou enquanto se sentava na cadeira da cozinha.

– Porque a mamãe vai ir trabalhar e o tio Daniel vai ir buscar você e o Noah na escola.

Eli abriu um sorriso enorme, ele estava com saudades do tio.

– Tudo bem, então eu vou.

Ao decorrer dos minutos Mia fez o café para todos e trocou os seus bebês, depois de ter deixado eles na escola em cima da hora ela seguiu para a casa de Justin, os mesmos ficaram uns minutos no carro se beijando até que ela percebeu que estava atrasada para ir trabalhar.

Para ela, o dia fora ótimo, porém para Justin o dia não foi muito bom, passou a tarde trocando mensagens com Ryan, o amigo não parava de falar em como queria sair com Mia, até que uma hora Justin não aguentou mais e parou de responder as mensagens de Ryan.

Às oito da noite Mia entrou em seu apartamento, assim que olhou para o mesmo seu queixo quase caiu no chão. Tudo estava uma bagunça, até que ela viu Noah passar por ela apenas de fralda, Eli vinha atrás vestindo só uma calça e logo depois veio o último: Daniel.

– Mais o Que?

Ela deixou as sacolas do mercado em cima da mesa e olhou para os três.

– O que aconteceu aqui?

Noah foi até a mãe e a abraçou pelas pernas depois sorriu para a mesma.

– Não vem com esse sorriso não! Quero saber o por quê de vocês terem acabado com o meu apartamento?

– Oi sis!

Daniel disse a abraçando, ela devolveu o abraço porém logo se separou.

– Oi mamãe.

Eli disse.

– Eu vou ir fazer o nosso jantar e espero que quando eu venha chamar vocês essa sala esteja bem limpa.

Quando ela ia se virar lembrou que tinha uma bolinha ainda grudada em sua perna.

– Você é homem para bagunçar então é o suficiente para arrumar também!

Ela tirou o bebê de sua perna e entregou para o amigo.

– Troca a fralda dele também, obrigada.

Quase uma hora depois Mia saiu da cozinha e foi para a sala chamar os “rapazes”, que estavam esparramados no sofá.

– Está pronto.

Noah estava com seu pijama amarelo e Eli com o pijama azul, a sala estava arrumada também.

– Não percebeu nada?

Daniel perguntou.

– Que vocês arrumaram a sala e você deu banho neles? Percebi e obrigada. Vem vamos comer.

– O que você fez?

Daniel disse depois que se sentou na cadeira.

– Frango de limão cremoso. – Mia respondeu.

– O que é isso?

Eli perguntou.

– Só comam, se for ruim eu peço pizza.

(...)

Mia Mills Point of View

Eu estava com tantas saudades do meu Dani, faziam semanas que não nos víamos e o meu coração já estava apertando, nunca fiquei tanto tempo sem ver o meu amor como eu fiquei essas semanas. Depois do jantar eu coloquei as crianças para dormir e eu e Dani ficamos na sala sentados no sofá e conversando.

– Você está me zuando que a Moni fez isso?

– Eu não estou brincando! Ela realmente fez.

– Oh meu Deus!

Daniel riu me fazendo rir.

– Eu fiquei assustada né. Eu não queria demitir ela, mas não teve como.

– Você é burra! A Moni é uma gostosa e você nem para apertar a bunda dela apertou!

– Não fiz mesmo! Até porque eu estou quase comprometida com uma pessoa.

Daniel fez o típico carão chocado dele e arregalou os olhos.

– Como assim?!

– Sabe o Justin?

– O cadeirante.

Joguei a almofada na cara dele.

– Aí, por que fez isso?

– Não fala desse jeito dele!

– Tá, conta logo.

– Nós estamos ficando!

– Meu Deus! Isso é sério?

– Sim!!! Espera... você está perguntado se é serio o que a gente tem ou se é sério que estamos ficando?

– Os dois!

– Bom, eu estou levando a sério até porque quero ter algo mais sério ainda com ele no futuro.

– Ele está levando a sério?

– Aparentemente sim.

– Já conhece a família dele?

– Conheço a mãe, que não gosta de mim. Aí ele tem um pai que mora em NY e mais dois irmãos.

– Por que ela não gosta de você?

– Realmente eu não sei. Ela é toda estranha comigo.

Daniel gargalhou. Nós ficamos ali por mais uma hora, depois ele teve que ir embora. Naquela noite eu liguei para o Justin e ficamos conversando por um tempo, confesso que ele estava estranho porém não perguntei o por quê.

Lá pelas sete da manhã eu já estava terminando de tomar o meu banho, depois de ter colocado uma calça jeans, camiseta de mangas branca e o meu tênis eu fui para a cozinha e preparei umas frutas para os bebês comerem, já que fazia um tempinho que eu não colocava frutas como café da manhã.

Fui até o quarto dos meninos e encontrei Noah no chão brincando, tomei um susto enorme, como meu bebêzinho saiu do berço?

– Misericórdia! Como você desceu? Não dá esse susto na mamãe!

Ele riu e eu o peguei no colo, fui com ele para o banheiro e o coloquei na banheira, voltei para o quarto e chamei Eli que estava deitado de bunda para cima na cama.

– Amor, hora de acordar.

– Não quero mamãe.

– Se você levantar agora, eu deixo você ir comigo ver as coisas para a festa do Noah.

– Que festa?

Ele abriu os olhos e olhou para mim.

– O aniversário dele está chegando.

– Tá.

Eli se levantou e foi para o banheiro deixando as roupas no meio do caminho, fui atrás pegando as mesmas e depois as colocando no cesto de roupas sujas.

– Que delícia de banho, né?

Eu disse enquanto ensaboava Noah que brincava batendo a mão na água. Depois de ter trocado os dois, fomos para a cozinha e eu servi eles, Eli fez careta no começo quando viu o que tinha na mesa mas depois comeu com gosto.

– Quem é o bebê que vai fazer aniversário semana que vem?

Fiz cócegas no Noah e ele riu.

– Vai fazer dois aninhos! Que coisa mais linda, está crescendo super rápido.

– Meu aniversário também está chegando.

Eli disse fazendo bico.

– Você já fez aniversário, amor.

– Ah é.

Ele riu me fazendo rir também.

Depois de termos terminado nosso café eu fiz o lanchinho deles e fomos para o carro, deixei os meninos na escola e segui para o hospital.

Assim que sentei em minha mesa, Mandy veio me dizer que eu já tinha pacientes, pedi que os chamassem e minutos depois um homem e uma menininha entraram na sala.

– Bom dia. – Eu disse.

No decorrer no dia eu já tinha tomado uns três cafés, vou ter que parar de tomar tanto café. Tirando isso, até agora o dia está bom.

Olhei no meu celular e eram meio dia, a hora que eu tenho que ir almoçar. Retirei meu jaleco e saí da sala, desci até o térreo e fui no restaurante que tem no outro lado da rua, eu até chamaria Dallas e Lou mas sei que eles saíram há poucos minutos, então o único jeito é almoçar sozinha.

Pedi  uma lasanha e fiquei esperando, até que alguém se sentou na minha frente, olhei para a pessoa e Daniel estava ali me olhando com um sorrisinho, ele ainda estava com a sua roupa de bombeiro.

– Oi gatinha, vem muito aqui?

– Quase sempre.

– Pode me dar seu número?

– Não mesmo, tarado.

Nós rimos.

– Pediu o que?

Ele me perguntou.

– Lasanha.

– Hmmmm, vou pedir também.

Ele estendeu a mão chamando a moça que veio rapidamente, ele pediu uma lasanha e uma garrafa de refrigerante.

– Eu to morto de fome!

Dani disse me fazendo rir.

– Parece que nem comeu que nem um animal ontem lá em casa!

– Comi mesmo era de graça.

– Credo, Daniel.

Eu disse rindo.

– Mas é verdade. Sabe com quem eu estou saindo?

– Quem?

– A Antonieta.

– Quem?

– Aquela menina que eu dei meu primeiro beijo.

– Awn! Que fofo.

– Não tem nada de fofo, ela é uma gostosa.

– Você é nojento!

Nós passamos o almoço rindo e conversando, depois eu voltei para o hospital e ainda tinha mais dez minutos de almoço, aproveitei para olhar o meu celular, acabei fazendo uma chamada de vídeo com Justin.

– Posso te perguntar uma coisa?

Eu perguntei para Justin, ele estava deitado em sua cama, ainda estava com carinha de sono.

– Claro, amor.

Meu coração bateu umas duzentas vezes mais rápido, não evitei o sorriso.

– Por que você estava todo estranho comigo ontem?

– Não estava não.

– Estava sim.

– Ok, talvez eu estivesse um pouco.

– O que aconteceu?

– Nada, não se preocupe.

– Ok então, mas não fique estranho comigo. Se alguma coisa estiver te incomodando fale comigo.

– Tudo bem, Linda. Não precisa se preocupar.

– Ok. Então, semana que vem é o aniversário da bolinha gorda, aí eu queria fazer uma festinha lá em casa, aí você já aproveita e conhece meus amigos.

– Por mim tudo bem. Quer ajuda?

– Sim quero, se você puder ir lá em casa amanhã para a gente combinar algumas coisas eu agradeceria muito.

– Tudo vem, eu vou.

– Obrigada mesmo Jus.

– Doutora, tem um paciente aqui.

Escutei Mandy me chamar e apenas acenei com a cabeça.

– Vou ter que desligar, a gente se fala mais tarde.

– Tudo bem, antes de eu ir dormir eu te ligo por facetime.

– Ok, beijos.

Ele desligou e eu guardei meu celular no bolso, vi um homem alto entrar e sorri para ele.

(...)

– Mamãe a gente podia doar o Noah porque ele é muito chato!

Tirei os olhos do meu notebook e olhei para Eli, que estava sentado do lado de Noah no chão.

– Amor, a gente não pode doar seu irmão.

– Pode sim, tem gente que adota pessoas com dezessete anos!

Gargalhei e apertei a bochecha do meu filho.

– Se eu doar ele você vai sentir falta!

– Não vou!

– Então posso levar ele para minha casa?

Daniel apareceu na sala, ele estava na cozinha fazendo nosso jantar.

– Pode.

– Você não vai sentir falta mesmo?

Dani continuou insistindo.

– Só um pouquinho assim.

Eli estendeu os dedos mostrando o pouco que sentiria.

– Então posso levar?

– Não.

Eu olhei para o Dani e ri.

– Se você quiser pode levar, os dois ainda, eu deixo.

– Mamãe!

Escutei Eli gritar tentando me repreender.

– O que?! Eu não fiz nada!

– Vocês são umas figuras.

Dani disse e depois voltou para a cozinha. Depois de alguns minutos ele nos chamou, ele tinha feito torta de Rigationi, nós nos deliciamos muito, mas muito mesmo. Dani sabe mesmo cozinhar.

Às nove e meia Dani foi embora, mesmo com eu pedindo que ele dormisse aqui, já que estava tarde. Quando eu estava no meu quarto, deitada na cama e trabalhando um pouco no notebook eu recebi uma chamada de vídeo do Justin, acabei aceitando e então começamos a conversar.

Ele disse que tinha ido na autoescola e tinha ido conversar com o pai dele sobre uns assuntos, que o mesmo não quis me contar, ele apenas disse que a mãe dele tinha ficado muito brava por conta disso, não me surpreendi, aquela ali fica com raiva por causa de tudo.

Quando era meia noite eu disse que teria que ir, ficamos mais trinta minutos “nos despedindo”, e depois eu fui dormir.

Ele ainda estava um pouco estranho comigo, e isso eu vou tirar a limpo amanhã, porque isso me incomoda muito.