1. Spirit Fanfics >
  2. Hold My Hand >
  3. Justin parte II

História Hold My Hand - Justin parte II


Escrita por: kidrauhl157

Notas do Autor


🌸 Não esqueçam de comentar o que acharam meus amores.

Olhem as notas finais ok?

Capítulo 5 - Justin parte II


Mia Mills Point Of View | 18h25

 

– Acorda dorminhoca!

Escutei uma doce voz em meu ouvido, abri lentamente os olhos e tive a visão da minha loira me olhando.

– Bom dia Ash.

Eu disse sorrindo para Ela, que sorriu para mim.

– O que você aprontou para ter acordado tão cedo?

Disse me sentando na cama, ela se sentou ao meu lado, a abracei e beijei sua bochecha.

– Por que você acha que eu sempre apronto algo?

– Porque você tem espírito de criança, você e Eli juntos são umas pestes!

Ela gargalhou me fazendo sorrir.

– Só fiz o seu café da manhã, sua ingrata.

Sorri para ela e enchi seu rosto de beijos.

 

Sorri mais uma vez me lembrando dos momentos bons que tive com Ashley. Coloquei o retrato de nós duas na parede novamente e escutei a porta se abrir, olhei para a mesma e vi Moni, Eli e Noah entrarem conversando alto.

Assim que Noah me viu, veio correndo até mim, mas antes que caísse no meio do caminho eu segurei ele que ficou rindo.

– Oi meu bebê – eu disse olhando para ele.

Noah apenas sorriu pra mim.

– Oi mamãe!

Escutei a voz de Eli e olhei para ele que vinha em minha direção.

– Oi gatinho, como você está?

Eu beijei sua testa e ele beijou minha bochecha.

– Eu estou bem, e você? O que você fez hoje?

– Estou muito bem, apenas trabalhei. E você? O que fez Hoje?

Me levantei do chão com Noah no colo, então me sentei no sofá e Eli veio para perto de nós, tirou sua mochila e deu para Moni, que sorriu para mim e foi para o quarto dos meninos.

– Eu brinquei muito, fiz alguns desenhos, e eu peguei o número da mãe da Anna Karenina

Ele estava vermelho e com a cabeça abaixada, que coisa linda! Igualzinho Ashley quando ficava com vergonha de mim.

– Você quer ver o desenho que eu fiz?

Eli me perguntou.

– Claro Amor, mas antes vou tomar um banho Ok?

– Ah mamãe! – ele protestou.

– Mamãe está cansada demais, ela só quer tomar um banho e deitar na cama.

– A mamãe está sempre casada.

– Verdade. A mamãe está sempre casada. Mas, ela promete que amanhã ela vai levar as crianças mais lindas do mundo para passear.

Eli sorriu para mim e me abraçou forte, beijei sua bochecha e depois me separei dele, com Noah nos braços, fui até o quarto deles onde Moni estava falando no celular, mas assim que me viu desligou o mesmo.

– Pode cuidar dessa belezinha para mim?

Eu perguntei beijando a bochecha do Noah em seguida.

– Claro.

Noah tinha acabado de fazer suas necessidades, por isso vou deixar isso por conta dela.

– Ele está com um presentinho.

Eu sorri de leve.

– Mia!

– O que? Você é a babá!

– Ok, vamos tirar esse presente daí.

Ela pegou Noah no colo e foi para o banheiro, quando ia ir para o meu quarto eu passei pela sala e vi Eli mexendo no meu celular, não liguei e fui para o meu quarto. Assim que cheguei no mesmo eu retirei a minha roupa e fui para o banheiro.

Tomei um banho relaxante, assim que saí do banheiro e fui para o quarto encontrei Eli ali, com uma cara nada boa.

– O que aconteceu, querido?

Fui para o closet e puxei a gaveta de peças íntimas.

– Não sei senhora, talvez você saiba.

Franzi a minha testa e depois que vesti a minha camisola eu sai do closet.

– O que você disse?

Ele deu de ombros.

– Sei que você é uma criança desenvolvida e que puxou a inteligência da sua mãe, mas, desde quando sabe usar sarcasmo?

– O que é sarcasmo?

Ele perguntou me olhando.

– É um tipo de jeito de tratar as pessoas, sabe? Tipo, ser rude, mas com classe. Entende?

– Acho que sim, senhorita Mills.

– Ok, o que foi?

Me sento na cama do lado dele.

– Quem é Ryan?

Merda.

Justin Bieber Point Of View | 19h02

Termino de secar o pelo de Esther e a deixo sair do meu colo. Olho para o céu e ainda consigo ver um pouco do sol, porém estava começando a esfriar.

Coloco as mãos nas rodas da cadeira e começo a gira-las, depois de abrir a porta que dá acesso a cozinha da casa, eu vou até o meu quarto, porém escuto vozes vindo da escada, assim que olho encontro minha mãe e Selena descendo as escadas.

– Justin querido! Não sabia que estava em casa.

Minha mãe diz.

– Eu sempre estou em casa, estava dando apenas banho na Esther.

– Claro, não vai cumprimentar Selena?

Eu estava desconfortável com isso, Selena é uma mulher maravilhosa, namoramos há dois anos atrás, mas ainda é embaraçoso a ver em minha casa, sendo amiga da ex-sogra.

– Olá Selena, como vai?

Tentei dar um sorriso.

– Vou bem Jus, e você?

– Bem, então, vou ir para o meu quarto senhoritas. Acabei de dar banho na Esther, agora eu mereço um.

Movimento as rodas da cadeira até o meu quarto, assim que chego no mesmo mando uma mensagem para Lilian, pedi que viesse até meu quarto preparar a minha cadeira, e me ajudar no banho.

1h30 depois 

– Se precisar de algo é só me mandar mensagem.

– Ok.

Lilian saiu do meu quarto e eu peguei meu celular, abri o aplicativo do Instagram e fiquei vagando pela timeline, não havia nada de interessante, até que vi uma foto que tratava da inauguração de um museu, que estava expondo quadros que foram pintados na segunda guerra mundial. Procurei saber mais sobre, então anotei o horário que o Museu iria abrir amanhã, com certeza que eu iria, não perderia isso.

Mandei uma mensagem para Ryan, perguntando se ele queria ir comigo, mas o mesmo deu uma resposta de gente que não dá valor a história. “Para que eu vou ir ver isso? É passado”. Fico me perguntando o que Mia, uma mulher tão inteligente, faz com um ignorante desse.

Eu não acreditava que estava digitando aquilo, não acreditava que seria tão cara de pau de mandar, a coragem já estava indo embora, mas me lembrei do jeito dela, me lembrei o quão ela sabe da história e  o quão bom é conversar com alguém inteligente e que tem interesse no assunto. Então mandei.

“Se você não quer ir comigo, pergunte a Mia se ela quer ir. Pelo que conversei com ela no dia da festa, vi que ela gosta de história”

Eu tinha mandado, apenas fiquei esperando a resposta, Ryan tinha visualizado, então depois de segundos agoniantes, ele me respondeu. Confesso que esperava por um, “como assim? Você está brincando com a minha cara?” “Está querendo flertar com a minha garota?” “Que tipo de amigo você é?”. Mas a resposta foi algo inesperado, era um print da conversa dele com ela, baixei a imagem e comecei a ler a conversa.

Hey girl!

Hey Ry! Como vai?

Estou bem gatinha, posso te fazer uma pergunta?

Claro, o que é?

Curte essas coisas de segunda guerra mundial, e história?

Amo!! Sou fascinada, por quê?

Justin vai a um museu sobre isso amanhã, e ele me convidou, mas não curto muito, mas para ele não ir sozinho, você quer ir com ele?

Claro, onde?

Aqui estão as informações [imagem]

Passa meu número para ele por favor? Aí eu e ele combinamos. Fiquei até animada agora, amo história.

Passo sim gatinha, então, quando vamos nos encontrar de novo?

Minutos depois recebi uma mensagem de Ryan com o número da Mia, apenas agradeci a ele, e disse que não estava com segundas intenções nem nada, apenas queria companhia de alguém. Ele apenas me respondeu dizendo que estava de boa, porque “o que é dele é meu”, e ele disse que iria sair com outra garota amanhã também.

Salvei o número dela, e mandei uma mensagem, que foi respondida minutos depois. Combinamos que nos encontraríamos lá às duas. Confesso que, internamente, eu estava feliz por vê-la novamente.

Mia Mills Point Of View | 9h07

– Mama!

Abri meus olhos e Noah estava em cima de mim, com a mão em meu seio esquerdo.

– Mama, mamã

Olhei para ele com careta.

– Eu nunca te dei mama por aqui, por que está querendo agora?

Meu bebê sorriu e deitou a cabeça no meu pescoço.

– Espera, você desceu do berço sozinho?

Meu coração disparou, como ele fez isso?

– Noah, como você desceu do berço?

Por incrível que pareça, eu esperava por uma resposta.

Noah desceu na minha cama e saiu do quarto cambaleando. Minutos depois eu me levantei também. Hoje eu não trabalharia por conta de ter ficado de folga por dois dias, eu precisava disso.

Cheguei na sala e ele brincava com o controle da televisão, como sempre. Vou até a cozinha e esquento um leite para nós dois, coloco uma quantia na mamadeira e outra no copo verde, misturo com chocolate em pó, tampo a mamadeira. Pego ambos na mão e vou para a sala.

– Aqui amor.

Noah olhou para mim e se sentou no chão, dei a mamadeira na mão dele e ele com rapidez começou a tomar, tirei a mamadeira da boca dele e seus olhos se encheram de lágrimas, antes dele abrir o berreiro eu comecei a falar.

– Eu só vou te devolver se você tomar com calma, o leite está aqui dentro, não vai sair andando.

As lágrimas escorriam em seu rosto, confesso que a cena era até engraçada.

– Dá!

Ele falou com a voz embargada.

– Toma.

Dei na mão dele e ele levantou do chão, saiu de perto de mim e se sentou perto da televisão.

– Seu irmão herdou os momentos de paciência da Ash, e você os momentos de raiva. Credo!

Noah só olhou para mim e começou a tomar o seu leite. Comecei a tomar o meu leite e liguei a televisão, fiquei assistindo o jornal.

Depois de uma hora Eli acordou, ele estava meio enjoadinho, por isso não comeu nada. Dei um remédio para ele e o deitei no sofá-cama. Se ele continuasse assim até de tarde eu não poderia sair com o Justin.

Fiquei meio surpresa com o convite dele, mas gostei do convite, por isso aceitei. Achei que Ryan ficaria bravo por Justin estar me chamando para sair, mas pelo jeito ele levou numa boa.

Mandei uma mensagem para minha mãe, perguntando se ela estava disponível as duas da tarde, e a mesma disse que sim, porém perguntou se eu não me importava de deixar os meninos na casa dela. Eu apenas respondi dizendo que não me importava.

– Mamãe.

Tirei a atenção do meu celular e olhei para Eli.

– Sim?

– Eu estou com fome.

– O que quer comer? Ainda não é a hora do almoço.

Eram onze horas.

– Panquecas.

Abaixo meus ombros e olho para ele com preguiça.

– Quer tal ovos mexidos?

– Uhum.

Fiquei em cima dele, com os braços do lado dele, segurando meu peso. Comecei a dar beijinhos em seu pescoço e rosto, Eli apenas sorria fraco.

– A mamãe está com preguiça, mas vou sim fazer.

– Obrigado mamãe.

Ele me abraçou pelo pescoço e depois me soltou, coloquei a minha mão em sua testa para ver se estava com febre, graças a Deus não.

– Será que foi o jantar de ontem que te deixou assim?

Disse olhando para ele.

– Não sei.

Senti tapinhas na minha bunda e olhei para trás, vendo Noah ali me entregando sua mamadeira.

– Cara, você é chato. Não consegue ficar sem minha atenção por um minuto.

Noah gargalhou e eu peguei a mamadeira da mão dele, levantei do sofá e ele pediu colo, peguei ele e fui para a cozinha.

– Está com fome?

Ele negou com a cabeça.

– Ok.

Deixei ele sentado em sua cadeirinha e peguei a frigideira para fazer os ovos do Eli. Enquanto mexia os ovos, Noah ficava conversando comigo na língua dele, que apenas ele entendia. Eu apenas respondia com “hum, é mesmo?, sério?” e ele ficava falando.

– Pronto, vou só colocar o suco no copo.

Eu disse mais para mim do que para Noah que continuava falando.

Coloquei suco em um copo e peguei o prato que estavam os ovos, coloquei ambos em uma bandeja que tem “pés” e fui para a sala, Eli sentou no sofá e eu coloquei a bandeja ali para ele que começou a comer seus ovos.

– Obrigado mamãe.

Sorri para ele e beijei sua bochecha. O segundo filho estava falando ainda na cozinha, fui até lá e encontrei ele mexendo nas mãos e conversando.

– É mesmo querido? Que ótimo, vamos tomar banho?

Não sabia se ele estava concordando ou discordando, mas me respondeu.

– Ok então.

Peguei ele no colo e fui para o seu quarto, enchi a pequena banheira dele e depois fui até ele, tirei a roupas e a fralda, deixando suas gorduras a mostra.

– Olha o tamanho disso! – disse pegando na coxa dele – dá para vender que ainda sobra!

Ele riu e eu sorri para ele, beijei seu pescoço gordinho e o peguei no colo. Sentei ele na banheira azul e o deixei ali enquanto pegava o sabonete, shampoo e condicionador.

Voltei para perto dele e prendi o meu cabelo, peguei o sabonete e comecei a passar sobre ele, que ria de tudo.

– Hmmm essa água está uma delícia, pelo jeito você está gostando.

Apertei a barriguinha dele e o mesmo soltou uma gargalhada alta me fazendo rir junto.

Depois de ter ensaboado e lavado ele, peguei uma quantia de shampoo e coloquei na minha mão, comecei a passar em seus poucos fios de cabelo loiros, depois deitei ele na banheira e joguei água em seu cabelo, repeti o processo com o condicionador.

– Pronto, está todo limpo, vamos para o chuveiro?

Peguei em baixo de seus braços e, afastado de mim, o levei até o chuveiro, giro o registro e a água caí sobre o corpo do pequeno, antes que eu o tirasse dali Eli entra no banheiro com o meu celular em mãos, dava para escutar o barulhinho de jogos.

– Mamãe, um homem ligou e eu atendi tá bom?

– Ok querido, disse quem era?

– Sim, Justin.

– Justin? Tem certeza?

– Uhum!

Assenti e peguei a toalha para Noah, desliguei o registro e enrolei ele na toalha. Fui para o quarto e o deixei no chão, sequei ele e tirei a toalha dele, antes que o pequeno saísse correndo pelado eu peguei ele no colo e o deitei na cama.

– Achou que ia fugir né?

Ele riu.

– Não foi dessa vez!

Coloquei minha boca em sua barriga e comecei a fazer barulhos nela, que provocam risadas em Noah. Na verdade tudo que acontece faz ele rir.

Peguei a fralda dele e coloquei no mesmo, depois peguei uma camiseta e o vesti, peguei um macacão e coloquei nele também.

– Que coisa linda!

Penteio seu cabelo e depois de pronto eu só coloquei uma meia nele e deixei ele no chão. Noah saiu correndo do quarto.

– Que tal um banho?

Olho para Eli que estava concentrado no celular.

– Não.

– Vai ficar fedido?

– Sim!

– A Anna Karenina não gosta de meninos fedorentos, eu tenho certeza.

– Mas eu não sou fedorento.

Ele olhou para mim.

– Mas eu vou levar você para a casa da vó, precisa tomar banho.

– Então eu tomo banho lá.

– Vai vestir que roupas depois?

– Não sei.

– Só vai para a casa da vovó se tomar banho.

Ele fechou a cara.

– Não faz essa cara para mim, sabe que não tenho medo e que você é menor que eu.

Ele desligou meu celular, deixou em cima da cama e foi para o banheiro tirando a roupa, escutei o barulho do chuveiro e depois saí do quarto.

Me sento no sofá e pego Noah no colo, beijo sua bochecha gorducha e aperto ele em meus braços. Minutos depois Eli começa a gritar no banheiro, me chamando, deixo Noah ali e vou para o quarto dele, pego a toalha e já separo a roupa dele. Vou para o banheiro que fica no quarto dele, e o pego, seco ele e o tiro dali. Coloco Eli em cima da cama e coloco a cueca nele, depois o resto das roupas.

– Deixa o número da Anna no meu quarto ok? Aí eu ligo para a mãe dela quando chegarmos da casa da vó.

Eli assentiu e eu beijei sua bochecha, fui para a sala e comecei a procurar por Noah, o encontrei na varanda revirando a caixa de brinquedos.

– O que você está fazendo?!

Noah tomou um susto e caiu de bunda no chão.

– Não bagunça muito. Pegou, usou e depois coloca no...?

– Lugâ

Noah respondeu com dificuldade.

– Isso, no lugar.

Voltei para o quarto dos meninos e Eli estava colocando o seu tênis.

–Depois que terminar aí vai olhar o Noah, a mamãe vai tomar banho.

– Uhum!

Fui para o meu quarto e me despi, jogo minhas roupas no cesto de roupas sujas e vou para o banheiro, tomo um banho não muito demorado. Depois saio e, enrolada na toalha, vou para o closet.

A procura de uma roupa, eu peguei uma calça jeans de lavagem escura e um cropped branco com detalhes azuis. Vesti as peças íntimas e depois coloquei a calça jeans, logo em seguida o cropped. Pego o meu celular e vejo as horas, são uma em ponto, vai dar tempo de levar as crianças e almoçar, penso.

Vou para o banheiro e depois de escovar os dentes eu faço uma maquiagem leve, arrumo o meu cabelo, passo perfume e desodorante. Vou novamente para o meu closet e pego um salto alto, cor nude.

Pego uma bolsinha pequena, coloco as chaves do meu carro, celular, carteira e chave de casa. Saio do meu quarto e vou para o das crianças, pego um tênis para Noah e vou para a sala, encontrando os meninos ali assistindo televisão.

– Que lindo! Os meus bebês se comportaram – disse chamando a atenção deles –, por isso, a mamãe vai pedir para a vovó fazer um bolo de chocolate.

Eli abriu um sorrisão lindo e eu ri dele, fui até Noah e coloquei o sapatinho nele. Desliguei a televisão e pedi que Eli fosse desligar tudo que estava ligado, assim ele fez.

– Vamos querido!

Chamei Eli e ele veio correndo pelo corredor do apartamento, fechei a porta e a tranquei. Entrei no elevador que meu filho segurava e apertei o botão que nos levaria a garagem. Assim que chegamos na mesma eu abri o carro e Eli já foi entrando, abri a porta do carro e coloquei Noah em sua cadeirinha, o prendo ali e depois de fechar a porta vou para o outro lado do carro.

– Tudo certo filho?

Pergunto para Eli.

– Sim, prende aqui.

Ajustei o cinto para ele e fechei a porta, entrei no carro e me sentei no banco fechando a porta logo em seguida, liguei o mesmo e saí do prédio rumo a casa da minha mãe.

(...)

– Demoraram por quê?

Mary, minha mãe, perguntou.

– Eu disse que viriamos na hora do almoço, o que a senhora fez?

– Oi também filha, estou Bem, e você?

Com a voz carregada de sarcasmo, minha mãe falou. Eu ri, deixei Noah no chão, em segundos o mesmo já estava correndo para o sofá, para sentar ao lado do irmão.

– Estou bem mamãe, e você?

Abracei a mesma e beijei sua bochecha.

– Como eu disse, estou bem. Só sentindo falta de vocês.

Ela sorriu e me olhou com ternura, depois me abraçou novamente. Faz algumas semanas que não vejo minha mãe, o que é estranho, já que normalmente nós nos vemos duas vezes na semana. Mas nessas semanas eu estive ocupada, então eu e as crianças falamos com ela apenas por ligação e facetime.

 

– Vocês estão que nem a mãe! Nem dão oi nem beijo na vovó.

Minha mãe disse, chamando a atenção das crianças. Eli levantou do sofá e deu um abraço na avó, porém Noah ficou só olhando, ele é debochado ele. Minha mãe foi até ele e o pegou no colo, apertou o seu peito – isso causa uma gargalhada escandalosa –, e ele riu alto, fazendo seus poucos dentes aparecerem.

– Então gata, o que você fez para o almoço? – perguntei. 

– Prato típico da casa neném: bolo de carne!

Minha boca se encheu de água, o bolo de carne da minha mãe é o melhor! Eu simplesmente amo! Eli assim que escutou que era bolo de carne já foi para a cozinha. Noah estava no colo de Mary.

Fomos os quatro para a cozinha da casa, os meninos e minha mãe sentaram na mesa e eu comecei a colocar a comida no prato. Coloquei arroz e bolo de carne em um prato e repeti o processo com os outros pratos, coloquei um prato na frente de Eli e outro na frente de minha mãe, que estava com Noah no colo. Coloquei salada de maionese – continha legumes e verduras na mesma – no prato de Eli, da minha mãe e no meu.

Eles comiam e eu colocava refrigerante no copo deles, depois dos três estarem servidos eu me sentei á mesa e comecei a comer.

– Mãe! Isso está ótimo, como sempre.

Eu disse e depois comecei a mastigar.

– Verdade vovó.

Eli concordou, com a boca cheia.

– Obrigada meus amores. Então, como vai a vida de vocês?

– Estou apaixonado vovó!

Eli disse com um sorriso no rosto. Eu sorri também, estou feliz por estar acompanhando ele nessa primeira paixão, pode parecer besteira, mas para mim isso é muito importante, tudo que acontece na vida deles é importante para mim.

– Uau! E qual é o nome da sua amada?

– Anna Karenina.

Ainda não me acostumei com esse nome peculiar, vamos dizer assim.

– Humm, lindo nome. Como ela é?

– Ela tem cabelo vermelho, tem desenho no rosto também.

– Desenho no rosto? – perguntei depois de ter engolido a comida.

– Sim, desse jeito.

Ele começou a colocar e tirar o dedo indicador do rosto freneticamente, só então eu percebi que ele se referia a pintas. Anna Karenina é uma ruivinha com pintinhas.

– Ah Sim! Pintas, isso?

Eu disse.

– Acho que Sim, ela é bonita.

– Aposto que sim. – Mamãe disse.

– É sim, mamãe deixou eu levar ela lá em casa.

– Mais já?

Eu ri da pergunta da minha mãe.

– Sim mamãe, quero conhecer a garota que pegou o coração do meu bebê. Vou ligar para a mãe dela amanhã.

– Não mãe! Hoje! Por favor!

– Ok, depois que terminarmos de comer.

Minutos depois nós tínhamos terminado de comer, como minha mãe é maravilhosa, ela tinha feito uma sobremesa: torta de maçã. Comemos elogiando ela, como sempre.

Olhei para a tela do meu celular e vi que já eram uma e meia, eu tinha que me apressar. Fui para o banheiro e escovei os meus dentes, saí do mesmo e fui para a sala, onde os três estavam.

– Mãe, você pode levar eles para tomar sorvete e fazer um bolo? 

Eli comemorou e Noah foi na onda dele.

– Levo Sim, onde vai?

– Encontrar um amigo. Volto lá pelas cinco ou quatro da tarde.

Andamos até a porta depois que eu me despedi dos meus filhos.

– Que amigo é esse?

Ela perguntou enquanto se encostava  no batente da porta.

– Amigo de um cara que eu saí esses dias, ele gosta de história e me convidou para ir á um museu.

– Ah Sim, vá com Deus.

Ela beijou minha testa e eu a abracei, fui em direção ao meu carro e entrei no mesmo, quando já estava saindo eu vi minha mãe fechando a porta. Apenas liguei o rádio e segui para o endereço que Justin havia me dado.

Assim que estacionei o carro já eram duas horas. Saí do mesmo e segui para a entrada do Museu, procurei por Justin e sorri quando o encontrei. Ele não tinha me visto ainda, mas olhava para  as pessoa, certeza que me procurando. Toquei em seu ombro e ele olhou para cima, sorrindo.

– Oi Justin.

– Oi Mia.

Ele me olhou de cima a baixo.

– Está linda.

– Obrigada.

Eu sorri para ele, me aproximei do mesmo e beijei sua bochecha. Ele sorriu mínimo – como sempre – para mim.

– Eu gostei da sua camiseta, está lindo.

A camiseta dele era da Yeezy, já disse que amo essa marca?

– Gosta de Yeezy?

– Amo, minha marca favorita.

– Gosto pra caramba também.

– Então, vamos entrar?

– Sim, eu marquei um horário com um cara, para que mostrasse o Museu para nós.

Assenti.

Ele começou a empurrar a sua cadeira para a entrada do Museu, e eu o segui, fomos andando em silêncio até um cara alto, de pele branca e olhos azuis, que aparentemente nos esperava.

Assim que Justin disse quem era ele começou a nos levar pelo Museu, eu estava amando, sempre comentava sobre as estátuas ou a história que ele nos contava, Justin não estava diferente, ele até disse coisas que eu nem sabia, e que me surpreenderam. Era simplesmente demais estar ali, em um lugar cheio de coisas históricas, o instrutor disse que no Museu haviam apenas dois objetos que foram recriados, mas o resto dos objetos foram todos adquiridos por historiadores.

(...)

– Uau! Isso foi demais, eu amei, a história é tão demais. E saber que a maioria dessas coisas que estão aí realmente foram usadas me deixa ainda mais extasiada.

Eu disse com empolgação, Justin riu de mim. Nós estamos tomando café no Starbucks, agora são exatamente quatro horas da tarde.

– Sim, a história é demais, é impossível você ver somente um assunto e não querer se aprofundar nele. E o engraçado é que um assunto puxa o outro.

– Sim, tipo a revolução Russa, quando estudamos ela dá para ver que foi diferente da revolução Francesa, aí dá uma certa curiosidade para saber exatamente como foi ambas revoluções.

– Sim, tanto que eu adoro esse assunto das revoluções, foram passos importantes para esses países.

Concordei com cabeça.

– Pelo visto você gostou bastante do Museu.

Justin disse.

– Gostei muito, faz tampos que eu não venho a um museu.

– Fui a um apenas no ano passado, se tratava da guerra fria, mas falava mais da colonização na África e tal.

– Deve ter sido demais.

– Sim foi, fiquei sabendo de várias coisas que eu não sabia.

– O bom de ir a museus é isso, você fica sabendo de coisas que até certo momento você nem imaginava que aconteceu.

– Sim! Isso mesmo!

Ele sorriu.

– Pelo visto temos algo em comum, gostamos muito de história.

Nós sorrimos.

– Sim, mas você acredita que eu nem me importava muito com a história antes? – ele disse. 

– Sério? Por que?

– Eu não tinha “tempo” – Justin disse fazendo aspas com os dedos –, mas depois que eu fiquei paraplégico, eu precisava de alguma coisa para ocupar a mente, então eu me aprofundei nisso.

– Bom, pelo menos você adquiriu mais conhecimento, as vezes ficar com a mente vazia é horrível, tipo, você não pensa em nada ou não faz nada, isso dá uma certa depressão, vamos dizer assim.

– Faço das suas palavras as minhas. Então Mia, você gosta de trabalhar como paramédica?

Olhei para os seus olhos e sorri fraco.

– Gosto sim, é um ótimo emprego. E você trabalha em algo?

– Não. Estou com uns projetos de começar a trabalhar, ainda não concretos como se pode ver.

Nós rimos.

– Está com fome?

Eu perguntei.

– Até que sim.

– Quer ir almoçar comigo?

Juro que eu nem sabia mais o que estava falando.

– Claro. Onde?

– Comida mexicana?

– Por mim ok.

Fomos para um restaurante mexicano que ficava do outro lado da rua, nós escolhemos a mesma comida, comíamos e conversávamos.

Uma hora depois nós tínhamos terminado, eu ia pagar o meu prato, porém Justin não deixou, pagou o de nós dois e ainda comprou uma sobremesa para comermos enquanto íamos para o carro, Justin iria com o seu motorista.

Chegamos em frente ao carro dele e ficamos nos olhando.

– Bom, eu gostei bastante, e a comida mexicana é simplesmente demais.

Eu disse sorrindo para ele.

– Sim, comida mexicana é demais. – Ela respondeu.

– Bom, como você sabe, gostei muito do passeio, obrigada.

– Eu que agradeço.

O motorista veio o ajudar a entrar no carro, então quando ele entrou, abaixou o vidro para me olhar. Sorri para ele, e fui em direção ao meu carro.

– Mia!

Escutei Justin me chamando, então fui novamente até ele.

– Sim?

Ele suspirou, parecia criar coragem para me dizer algo.

– No sábado terá um leilão de artefatos históricos. Se você estiver disponível...

– Quer que eu vá com você?

Eu respondi sorrindo.

– Sim, hã.. eu gosto da sua companhia, parece que é a única que fala minha língua quando se trata de história.

Eu sorri, me sentia do mesmo jeito.

– Por mim tudo Bem, combinamos tudo por mensagem?

Deixei a frase no ar.

– Claro!

Sorri mais uma vez e saí dali, fui para o meu carro e depois segui para a casa da minha mãe.

(...)

Cheguei em casa já eram oito horas, minha mãe veio comigo e carregava Noah no colo e eu Eli, pois os dois estavam dormindo.

– Vamos deixar eles nas camas.

Eu disse sussurrando, acendi as luzes e então fomos indo para o quarto das crianças. Deixei Eli em sua cama, retirei seu tênis e o cobri, minha mãe fez o mesmo com Noah. Liguei a babá eletrônica e saímos do quarto deixando apenas a luz do abajur ligada.

– Então filha, me conte como foi seu encontro!

Estávamos sentadas no sofá. Eu ri dela.

– Não era encontro, fomos apenas no Museu.

– Isso é um encontro.

Minha mãe concluiu.

– Não é um encontro!

Eu gargalhei.

– Ele é bonito?

– Sim, muito.

– Como ele é?

– Loiro, olhos castanhos, tem um gosto peculiar para as roupas que usa, mas para escolher a roupa dos amigos é ótimo!

– Então você já conhece até os amigos dele?

– Na verdade eu conheço ele por um amigo dele.

– Ah Sim, qual é o nome dele?

– Justin.

– Você gosta dele?

– Mary eu nem o conheço!

Nós rimos.

– Eu vou me deitar – eu disse – estou morrendo de sono. A senhora sabe onde fica o quarto de hóspedes então, Boa noite e eu te amo.

 

 

 

Beijei a bochecha dela e fui para o meu quarto. Retirei minha maquiagem no banheiro, e depois prendo meu cabelo. Vou para o closet e pego uma roupa confortável, deixo meus saltos em qualquer lugar e vou para a cama. Me deito na mesma  e fico refletindo sobre o dia de hoje. Minutos depois de ter apagado a luz eu dormi.


Notas Finais


Então é só! Espero ter agradado a vocês nesse capítulo!

Me sigam e conversem comigo nas minhas redes sociais mores:
Meu Twitter: @kingmiaaxx
Meu tumblr: @badgalzkidrauhl

Leiam a minha fanfic:
https://spiritfanfics.com/historia/oh-daddy-8230026

Obrigada pelos comentários maravilhosos no capítulo anterior.

É só! Não esqueçam de comentar, amo vocês demais. Um beijo do tamanho dos EUA! ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...