História Hold On - Eu quero sorrisos.

Britney Butler

Eu continuava imóvel mas sentia uma alegria imensa crescer no meu peito, tal como um sorriso no meu rosto crescia ao encarar seus olhos castanhos e o friozinho permanecia na minha barriga.

Eu? Casar? Meu Deus! Justin está me pedindo em casamento!

Mas logo dei conta do que se tratava e apertei os olhos. Como ele mesmo já disse várias vezes, ele não consegue ficar sem mim. Nutriu um sentimento de posse. Justin só odeia a ideia de me ver com outra pessoa. Ele não me ama. Nem mesmo as três palavrinhas saíram da sua boca em momento algum. Provavelmente nunca as ouvirei.

Meu lábio tremeu e meus olhos marejaram.  

Justin continuava me encarando esperançoso enquanto segurava minhas mãos e mantinha seu joelho no chão.

– Sei que não tenho o anel comigo… – Respirou fundo. – Mas eu… – O interrompi.

– Eu não posso. – Sussurrei negando enquanto sentia as lágrimas se acumularem em meus olhos.

– Britney… – Me abraçou pelos quadris. – Você é a melhor coisa da minha vida. Não me deixe. Não me abandone. Eu preciso de você. Aqui. Comigo. – Seu desespero era evidente. – Eu senti tanto a sua falta. – Pressionou sua testa na minha barriga.

– Eu não vou deixá-lo. – Ele se levantou e ficou me encarando apreensivo. – Eu só… – Engoli a seco. – Preciso de um tempo.

– Eu sinto, cada vez mais, você escapando por entre os meus dedos, Britney. Quando eu penso que tenho algum progresso eu vejo que, na verdade, você está cada vez mais distante. Eu já esclareci tudo. Já contei tudo para você. O que mais você quer que eu faça para você ficar comigo? – Suspirei e tentei firmar a voz antes de falar.

– Justin, o que você sente por mim é somente possessão e eu não quero viver toda a minha vida ao lado de alguém que não me ama. – Senti uma pontada no meu peito. Foi mais doloroso dizer isso em voz alta do que eu pensei. Suas mãos vieram para o meu rosto.

– Você é tudo o que eu quero para mim. Você é tudo o que eu preciso, Britney. Não é somente possessão porra nenhuma! Sem você tudo deixa de ter a menor graça. Você não pode desistir de nós agora. Por favor, aguente firme. Por nós. – Suplicou. Lágrimas começaram a percorrer o meu rosto. Justin me olhou preocupado e tratou de as limpar. – Me desculpe por ser tão idiota como eu sou, por fazer tudo errado e por não ser o suficiente para você. Mas eu sou assim, cheio de defeitos. Ciumento e orgulhoso demais para deixar você ir mesmo sabendo que você merece alguém melhor do que eu. Mas eu tento de todas as formas ser esse alguém e dói em mim saber que não o sou e, possivelmente, nunca o serei. Dói sentir esse vazio no peito por não ter você. Olhar para trás e ver o que éramos acaba comigo porque eu mandei pro ralo tudo o que poderíamos ser. Eu, idiota como sou, consegui acabar com tudo. – Seus olhos demonstravam uma angústia tão avassaladora. – Mas você também não confia mais em mim, não é? O que eu preciso fazer pra ter você de volta? Me diz, eu faço o que for preciso. Eu te quero presente na minha vida assim como já te tive uns anos atrás. Nós vivemos coisas boas demais para serem esquecidas.

– Você diz isso mas quem parece ter esquecido de tudo é você mesmo. Eu sofri quando você me deixou, quando foi embora do nada, sem me falar. Eu fiquei de rastos sabia? Nós nos conhecemos naquele verão em que você foi passar em casa dos seus avós e eu quando dei por mim já me tinha apaixonado por aquele garoto maravilhoso. Da mesma forma que aconteceu agora, mesmo sem saber quem você era e que já tínhamos uma história inacabada. – Fechei meus olhos totalmente abalada.

– Eu gostava de você também, babe. Eu fui embora mas não foi culpa minha. Nem eu mesmo sabia, quando dei conta já estava entrando no avião. – Roçou nossos narizes. – Foi uma tortura não poder ouvir sua voz, não poder te abraçar, não te poder beijar. Foi angustiante não poder te tocar uma última vez, pelos menos. Como aconteceu agora de novo. Parece até que tudo estava se repetindo. – Suspirou frustrado. – Sabe, é difícil para mim passar por todo este orgulho. Baixar a cabeça. Demonstrar fragilidade. Mostrar o verdadeiro lado da face: O que está doendo por sentir sua falta. O que está com medo de te perder. E o que está se praguejando mentalmente por não conseguir ser o que você merece.

– Eu só quero algo estável. – Abri meus olhos e o fitei. – Algo verdadeiro e forte, Justin. Por uns momentos, quando você repetiu o pedido e eu vi que não era brincadeira, eu me senti a pessoa mais feliz do mundo porque o cara que eu amo estava me pedindo em casamento. – Sorri fraco mesmo sem ter ainda controle das minhas lágrimas. – Mas eu não quero estar numa relação e estar sempre receando que algo aconteça. Eu não quero estar em casa e começar a formar teorias do que você possa estar fazendo e com quem. Eu não quero chegar em casa um dia e ouvir da sua boca que não dá mais, que você cansou e não quer mais continuar com o que estejamos a ter ou chegar e você, simplesmente, não estar mais lá e ter sumido como já aconteceu. Eu não posso nem quero estar nessa sozinha. Lutando sozinha por algo que só um quer. Que só um sente. Eu te amo, Justin mas eu não posso colocar amor pelos dois. Um tem que ser o alicerce do outro. E eu não quero sofrer mais. Eu quero ser feliz ao lado de alguém que me ame. Não quero apenas bombons, flores ou cartões. Eu quero alguém que me faça cócegas, que me conte piadas sem graça e que faça caretas divertidas. Que esbarre pelos móveis da casa por estar distraído ou por me querer distrair com beijos. Alguém que faça coisas bobas para me fazer gargalhar quando eu estiver puta da vida por esse mesmo alguém ter esquecido alguma data importante. Eu quero sorrisos. Alguém que me dê motivos para sorrir. Alguém que me veja, não como uma pessoa qualquer, mas como a única pessoa que lhe possa fazer sorrir sem motivo, como a única que sempre estará ao seu lado e como a única que sempre vai amar. Eu quero alguém que prometa que sempre vai me amar e que nunca irá largar minha mão. – Funguei limpando o rosto com as costas da minha mão. – Por favor, não me deixe chorar mais e, principalmente, não me deixe desistir pois, apesar da minha cabeça dizer para eu o fazer, o meu coração diz o contrário. Me faça mudar de ideias, Justin. Prove o contrário. Para que eu tenha somente, quando sair por aquela porta, algum motivo para voltar e não motivos para esquecer tudo o que tivemos.  

Diga as três palavrinhas, Justin, e eu prometo que ficarei.

Por favor.

– Eu irei. – Me apertou em seus braços e me encarou com os olhos brilhando. – E vou começar por fazer amor com você.

Antes mesmo de poder raciocinar, os seus lábios se colaram nos meus, logo depois de me segurar em seus braços e me levar para o sofá. Sua mão entrou por baixo da minha blusa e, no instante em que seus dedos entram em contato com a minha pele, esta respondeu com arrepios. Sua boca trabalha em meu pescoço, depositando chupões, mordidas e lambidelas. Sua perna entra por entre as minhas, começando uma pequena fricção. Deixo escapar um gemido que tentava conter e desço minhas mãos pelo seu peitoral sentindo seus músculos do peito definidos por baixo da peça de roupa.

Abro o cinto das calças dele e, quando levo minha mão ao zíper, ele se remexe querendo contato então me apresso a enfiar a mão dentro e pegar seu membro, apertando de leve. Sinto minha pele vibrar quando ele solta um gemido contra meu pescoço, o que me faz iniciar um movimento lento vaivém. Seus lábios voltam para os meus e sinto sua mão serpentear minha pele até chegar no meu seio e o apalpar. Justin separou nossos lábios para retirar minha blusa e aproveitou a deixa para tirar também as suas roupas, ficando totalmente nu na minha frente. Suspirei de satisfação, enquanto observava de cima a baixo aquele homem maravilhoso que, não me deu tempo pra mais nada pois logo retirou minha calça, colou seu corpo no meu e voltou a atacar os meus lábios.

Uma das suas mãos se perdeu por entre os fios do meu cabelo e descobri a localização da outra quando esta ultrapassou os limites da borda da minha calcinha e acariciou meu clitoris. Automaticamente, minhas mãos se prendem em seus braços e meu corpo arqueou. Gemi contra seus lábios e logo prendi minha cabeça para trás. Seus lábios molhados pousam em meu queixo e deixam rasto até chegarem em meus seios. Levo minhas mãos atrás, retirando o sutiã e o jogando num lugar qualquer daquela sala. A sua respiração bate contra meus seios e, por conseguinte, meus mamilos começam se eriçando. Atraído, sua língua começa a circular a auréola mas seus olhos não desgrudam dos meus e porra, é muito excitante. Diferente do que eu pensava, ele não abocanhou meu seio. Sinto-o deslizar, lentamente, para dentro de mim, me arrancando um gemido fraco e seus movimentos se iniciam no momento em que foi depositado um selinho em meus lábios.

– Você é linda. – Um ritmo lento foi estabelecido para prolongamento do nosso prazer. Sua testa colou na minha e eu pude ver seu olhar de adoração. – A mais linda que eu já vi. – Falou carinhosamente enquanto continuava investindo os quadris contra mim mantendo aquele ritmo delicioso. Sorri levando minhas mãos até suas costas, acariciando-as e, de seguida, juntei nossos lábios.

Eu estava tentando aproveitar todas as sensações que seu toque provocava em meu corpo. Era incrível como meu corpo reagia a ele. Era quase como um puro instinto. Justin havia estudado meu corpo de uma forma tão intensa que agora meu corpo aclama por ele em qualquer circunstância.

Sinto que o orgasmo se aproxima e, instintivamente, me contraio ao mesmo tempo em que elevo os quadris e ouço, de seguida, sua voz rouca soar em um gemido.

– Puta merda. – Ele diz com a respiração descompassada. Era possível ver o suor em seu rosto começar a escorrer.

– Justin – Digo em meio de um gemido e, quando ele volta a investir os quadris, sinto uma corrente forte de prazer começar a percorrer o meu corpo. – Mais rápido. Estou quase lá. – E essa foi a deixa para todo seu autocontrole se dissipar. Suas mãos agarraram fortemente em meus quadris e logo os movimentos foram acelerados. As suas investidas me fazem contorcer, revirar os olhos de prazer, cravar minhas unhas nos seus bíceps e logo me desfaço com um grito. Justin continuou me penetrando e gemeu alto quando deu a última forte estocada e me preencheu, antes de desabar exausto sobre mim.  

Enquanto ainda arfava, fechei os olhos totalmente fraca. Sinto seu rosto roçar no meu, seus lábios tocarem nos meus de leve depois e uma de suas mãos brincar com mechas do meu cabelo. Sorri fraco antes de abrir meus olhos e ver os seus me fitando atentamente. Levei minha mão até seu rosto o acariciando. Ele aproveitou uns segundos de carícias até que baixou seu rosto lentamente e me beijou. Um beijo calmo. Singelo.

Nós realmente fizemos amor.

Justin se sentou, me levando consigo mas logo me agarrou forte pelos quadris para me pegar no colo. Prontamente, me enrosco nele, deixando um selinho em seus lábios antes de descansar minha cabeça em seu ombro. Assim que entramos no seu quarto, ele me deixou cuidadosamente na cama e se jogou ao meu lado mas logo rastejei e me acomodei em seu peito. Senti seus dedos percorrerem de leve as minhas costas  nuas, o que me provocou arrepios. Ouvi seu riso fraco e isso me fez sorrir também enquanto me abraçava mais a seu corpo. Ergui meu olhar até ele e Justin baixou seu rosto até ao meu depositando um selinho demorado.

– Eu te amo.