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História Holografia e pedras preciosas. - Parte II de II - Cristal


Escrita por: wonhui

Notas do Autor


Eu não tinha esquecido, só não tenho mais muito tempo pra nada mesmo :(
Nada faz sentido, mas quem disse que as coisas tem que ter sentido mesmo?

Capítulo 2 - Parte II de II - Cristal


Pessoas geralmente falam de felicidade como se fosse uma condição permanente, e não como sua verdadeira essência: é um estado. Assim como doente ou saudável, online ou off-line. Quando se está feliz, geralmente não se pensa em quando não vai ficar mais. A gente se ilude e acha que aquele momento é para sempre. A gente sabe que não é para sempre, mas esquece propositalmente disso. Ou finge que esquece. Ou ignora simplesmente.

Nascemos sozinhos, vivemos essencialmente sozinhos, morreremos sozinhos, no meio disso procuramos pessoas para nos esquecer disso, ou encontramos pessoas que nos fazem esquecer disso, e quando elas nos deixam, a dura realidade bate a nossa porta. 

Eu sei que do jeito que eu falo, as pessoas podem pensar que sou uma pessoa machucada que não acredita no amor, que não acredita em nada. Isso não é verdade. O sentimento vive por aí todos os dias e eu o sinto e o vejo. Quando eu vejo um casal se despedindo amorosamente antes da garota subir no ônibus, quando eu vejo uma mãe abraçando o filho que caiu no chão e machucou o joelho, como se agarrá-lo pudesse conter sua dorzinha. Eu acredito no amor. Talvez ele não acredite em mim, mas isso não faz mais diferença. 

Eu gosto de estampa holográfica. Não sei se é o colorido, a luz, ou a combinação desses dois que faz com que percebamos diferentes cores no material, não entendo muito disso. Tudo que sei é que me passa uma ideia de felicidade e me faz lembrar que o jeito que eu enxergo não é o mesmo jeito que outra pessoa enxerga. 

Amarelo é uma cor que as pessoas relacionam com felicidade também, com riqueza. Amarelo é a cor do âmbar, uma pedra preciosa. Amarelo me lembra ela e sua enorme vontade de viver.

Por algum motivo eu sempre quero acabar a culpando de tudo que deu errado para que eu possa ser a vítima. Mas ao mesmo tempo, eu não me convenço disso. Não importa o que aconteça, eu sempre acho que a culpa no fundo é minha mesmo. Sou  vítima de mim mesma.

É sempre o mesmo ciclo: ajo distante com boa parte das pessoas, aí conheço uma pessoa que me trata bem, passo a esquecer que eu deveria ser distante das pessoas, e depois de um tempo me decepciono com essa pessoa pois ela não preenche minhas expectativas provavelmente altas que não consigo desfazer. Tenha ela me machucado ou não, não interessa ou não faz diferença alguma nesse ponto: eu sou minha própria vilã, minha própria infelicidade de qualquer maneira. Eu me vitimizo e eu me machuco. Eu me entrego e eu me abandono.

Não há razão pré-determinada para começar a amar, mas geralmente há pequenas razões para que o amor se enfraqueça, até que um dia acabe, ou se transforme apenas em saudade do que foi um dia, ou lembrança. 
Eu espero que pelo menos eu seja uma lembrança boa algum dia.



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