O garoto amava refletir quando estava sozinho, repensar o quão boa sua vida era. Tinha casa própria e um marido no qual amava, mas ao parar para refletir, concluiu que não tinha mais nada. Se tivesse segurado um pouquinho mais a barra, ele ainda teria tudo. Sua segunda paixão e vicio era as bebidas, mas ele havia deixado essa paixão ultrapassar os limites e agora havia parado em um lugar onde não tinha mais volta.
Fechou os olhos e se lembrou de cada detalhe do rosto de menor, Alan Ferreira era o amor de sua vida, nada mudaria isso. Mas o que Lucas Amaral não contava era que o destino poderia mudar tudo, ele preferia ver o menor com outra pessoa do que com o destino que teve, tão jovem... Não merecia aquilo, e a culpa ecoava na cabeça do maior.
Deveria tê-lo protegido, se tivesse o feito não estaria atrás das grades por acharem que ele havia o matado. Mas o amor de Amaral era tão grande por Alan... Nunca seria sequer capaz de erguer a mão para o mesmo.
Mas as autoridades não acreditavam nisso.
O amor que Lucas Amaral tinha por Alan Ferreira não estava em questão, o dinheiro que foi pago para que eles prendessem Lucas no lugar do assassino também não estava.
O incêndio causado por Lucas Amaral na mesma noite também não estava em questão, mas o que podia realmente ser levado à questão era o quão feliz Lucas estava em rever Alan. O menor o olhava com as bochechas infladas, balançava a cabeça em negação, querendo crer que o maior não havia feito aquilo.
Mas no final ele cedeu, retribuindo o abraço de Void. E então sussurrou gentilmente, para que ambos saíssem daquela espelunca que denominavam como delegacia.
Void sabia que Alan estava o guardando como um anjo da guarda desde que havia partido, e ele sabia principalmente que ambos não estavam mais vivos, mas poderiam finalmente ficar juntos para toda a eternidade.
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