História Home - Capítulo Quinze

- Euphemia?

         A mulher andava de um lado pro outro, só parando quando a porta do pequeno quarto foi aberta, ela olhou o homem parado a porta que a olhava com a mesma devoção que ela deveria dirigir a seu marido, mas não conseguia, tudo que pensava de seu casamento era que aquilo tudo era um grande perda de tempo;

- Estou tentando falar com você a dois dias amor – a puxou para seus braços, encostando seus lábios nos dela – Fiquei preocupado, nunca mais suma assim;

- Nós precisamos parar..

         Se afastou dos braços fortes do companheiro, cada palavra carregada do desespero e da angústia que sentia, toda aquela história estava indo longe demais, e não podiam mais arriscar tudo daquela maneira;

- Não me entenda mal – tentou acalma-lo, se aproximou envolvendo o rosto masculino com as duas mãos – Eu não estava falando de nós dois, eu te amo e isso não muda mais. Eu estava falando de Tomos;

- Você sabe que não podemos parar, está tudo indo bem e se continuar assim em breve teremos tudo pra recomeçar em qualquer lugar desse mundo Euphemia;

- Você precisa desistir, eu não sei mais que desculpas usar com Stephen quando preciso sair, ou entrar em seu escritório e pegar os malditos papeis que você e Tomos precisam. Mais cedo ou mais tarde ele vai desconfiar e vai tratar de descobrir o que está acontecendo, eu não quero estar aqui quando isso acontecer;

- Quando isso acontecer estaremos longe meu amor, quando a bomba explodir Stephen estará sozinho para lidar com o imbecil do Edward – tentava acalmar a mulher, que agora andava de um lado para o outro – Euphemia qual o problema? Porque esse medo todo agora? Achei que concordasse com tudo;

- Eu estou grávida – assistiu ele paralisar, seus olhos crescendo de surpresa – Estou esperando um bebê, um filho nosso;

         Levou as duas mãos para a barriga e abriu um sorriso discreto, esperava a hora de poder contar pra ele, seu coração acelerava só de pensar na reação do grande amor da sua vida, seu sorriso morreu quando olhou que ele balançava a cabeça de forma negativa;

- Isso não podia ter acontecido, não é o momento certo Euphemia  - tentou se aproximar dela, que deu passos para trás – Não faça isso;

- Não é o momento? É o nosso bebê, como pode dizer isso?

- Eu lamento muito, mas não podemos pensar num bebê agora com tudo que está acontecendo, pense bem Euphemia!

- Pense bem você – explodiu – Eu não preciso de você pra nada, eu te amava e com certeza esperava mais de você, grande decepção – sentiu as lágrimas descerem sem permissão enquanto caminhava para a saída – Eu não quero te ver nunca mais, me esqueça e eu prometo que irei te esquecer não importa o tempo que leve. Não se preocupe com o momento certo para o bebê, você nunca chegará perto dele. Adeus Nikolaj.

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         Iwan estava sentado na cadeira que sempre desejará que fosse sua, e agora era, tudo que sempre desejará agora era seu. Analisava as ultimas pistas que tinha sobre o paradeiro da vadia que tentará lhe enganar, tinha que encontra-la e acabar com ela antes que sua investigação o fizesse perder tudo que havia conseguido, mostraria pra qualquer um que tudo que o pai pensava dele eram tolices;

         Duas batidas na porta – Iwan?

- Quantas vezes terei que dizer que não temos intimidade para que você me chame assim? Terei que pedir que cortem sua língua para aprender? – um sorriso doente apareceu em seu rosto quando observou a garota abaixar os olhos assustados – Não é porque você divide a cama comigo as vezes que isso vai mudar o nada que você é pra mim. Entre de uma vez Miranda!

         A menina entrou de pressa, parando em frente a mesa enquanto o homem levantava e rodeava para chegar bem ao seu lado. A puxou pelos cabelos e a beijou com fúria, sentiu o aperto em seu cabelo se intensificar e por instinto apertou os lábios de Iwan com uma força exagerada, sentiu a ardência do lado esquerdo do rosto quando seu corpo foi jogado para longe;

- Sua vadia – Iwan limpava um filete de sangue dos lábios – Nunca mais faça isso ou um tapa será o menor dos seus problemas, diga logo o que veio fazer aqui ou te deixo presa lá embaixo com meus cachorros por tempo indeterminado;

- Me desculpe Iw.. Senhor Reon – abaixou a cabeça com a mão no rosto – Ele está aqui;

- Ótimo!

         Voltando para sua cadeira, observou a menina se afastar as pressas para buscar seu ilustre convidado, estava fechando Emilia por todos os lados, e seu mais novo amigo era uma carta e tanto na manga. Observou a porta se abrir revelando o homem que o olhava de forma fria e distante, aquilo o divertiu e um sorriso terrível tomou conta dos seus lábios;

- Finalmente, eu não via a hora de te conhecer – fez sinal para que o mais velho se aproximasse – Como você prefere que eu te chame?  O seu nome de verdade ou..

- Rikke está ótimo.