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História Home Sweet Home - Nossa vida não é nossa de fato


Escrita por: vanaheim

Capítulo 4 - Nossa vida não é nossa de fato


Fanfic / Fanfiction Home Sweet Home - Nossa vida não é nossa de fato

Derek se encostou na parede do corredor – que levá-lo-ia dos quartos até a sala – estava próximo ao portal da entrada. Ele tomou um longo fôlego e esfregou os olhos com força. O moreno levou a caneca que carregava ao lábios e soprou a fumaça que se erguia do líquido preto, que não tardou em beber em longos goles. A fim espantar o sono que lhe perseguia.

 Derek dormiu mal àquela noite. Muito mal, cochilara em pequenos intervalos. O seu mais novo inquilino o deixou inquieto. A ameaça de ter seu dedo quebrado abriu portas para outras possibilidades. Tornando impossível a façanha de fechar os olhos e adormecer devidamente.

Aquilo não estava certo. Ele pensou nisso a todo momento. Fabricados não deveriam de portar, falar daquela forma.

O moreno mordeu o lábio inferior, ainda incerto, atento ao barulho da televisão. Puxou o celular do bolso da calça e discou o número do l do problema. Que ainda teve o disparate de recusar três vezes.

“puta merda, Derek, sabe que horas são?” Jackson grunhiu em lamento.

Derek pouco se importou se o tinha acordado ou de era só fingimento.

— hora de acordar?!

“É sábado. “ resmungou sonolento. “Para o seu bem, espero que seja algo de extrema importância.”

Derek ouviu o outro resmungar. E já estava começando a se irritar. Era ele quem deveria estar mal-humorado e reclamando.

— Acompanhado? — Ele supôs.

“Sim. Da minha sombra. Não existe companhia melhoooorr.” O loiro bocejou.

— Que seja.

Derek grunhiu e se virou, passando a espiar a sala. O evoo estava ajoelhado em frente a tevê. Pulava de canal em canal sem parar, nada parecia entretê-lo. E fazia isso há minutos, talvez horas. Derek não sabia ao certo, o encontrara assim.

Está até um pouco impressionado. Pelo castanho se manter na mesma posição e praticamente com a cara enfiada na tela do aparelho. Derek desistiu de aconselha-lo – de que ficar tão próximo poderia ser prejudicial a visão – quando o evoo arremessou um travesseiro na sua cara. Sua tevê e sala foram tomadas. E por hora ele teve que bater em retirada e reorganizar suas ideias. Tentar ser legal com o cara não estava funcionando.

“Então... O que houve?” o Whittemore perguntou com impaciência.

— Onde você comprou esse evoo? — O Hale balbuciou baixinho. Pois lembrava-se bem das palavras de Stiles, dele se vangloriando da audição que possuía.

“ele já chegou?” Jackson falou quase gritando. Parecia bem mais desperto agora.

— sim, cara. Não escutou o que eu disse? — disse entre dentes. Lançando um olhar ao evoo, que finalmente se decidiu e começou a assistir um desenho. — ontem. Onde comprou?

“No ninfeu, oras. A única empresa que fabrica.” O loiro falou-lhe com desdém.

Derek pôde visualizar perfeitamente o revirar de olhos do outro homem. O que só aumentou sua vontade de esgana-lo.

“Porque quer saber?”

Derek respirou fundo, fitando o que sobrou do café em sua caneca. Insistindo nos sussurros.

— Ele... O evoo deveria ser tão... Agressivo? Respondão? — Ele indagou incerto. Tentando se lembrar de episódios semelhantes, mas nada lhe vinha em mente.

Jackson demorou a responder. Como se ponderasse ou se duvidasse das palavras que escutou.

“Não.” Disse por fim. “ele deveria receber suas ordens sem questionar”

Derek fez uma careta para a frase do amigo.

“mas porque está perguntando isso?” Jackson quis saber. “ele fez algo estranho?”

Derek se afastou da sala, seguindo corredor adentro até alcançar a cozinha.

— Se recusou a preparar a comida. — Relatou o moreno. — e ameaçou quebrar o meu dedo.

Aquilo o incomodou bastante, a ponto de fazê-lo dormir com a porta trancada. Coisa que não fazia desde que saíra da casa dos pais. Ele tinha quase certeza de que o evoo ficou zanzando pelo corredor. Pois a luz estava ligada e ele via a sombra se esticar por debaixo da porta.

Cena digna de um filme de terror. Que contribuiu para a sua insônia.

“ele ameaçou você?” Jackson riu. Mais pelo nervosismo e incredulidade do que por outra coisa. “Jesus Cristo, Derek. Como assim?!”

— Não sabe o que é uma ameaça? — Derek rosnou impaciente. Apertou a alça da caneca com tanta força que pensou que fosse quebra-la. — Ele ameaçou quebrar a porra do meu dedo caso eu o tocasse.

“E você tentou?”

Foi baixo, como um chiado de estática mas Derek conseguiu ouvir a risadinha do homem.

— Não. Seu idiota de mente imunda. Não desse jeito. — Ele afirmou irritadiço. Não estava com cabeça e nem paciência para as gracinhas.

“Ok, certo, tudo bem. “ Jackson balbuciou, como se tentasse apaziguar a situação. “isso é estranho.”

— Até no nome. — Derek concordou com um suspiro. Deixando a caneca em cima da bancada, sentando em uma das cadeiras, de frente para a entrada.

“você acha “Liam” um nome estranho?”

Derek travou no exato momento em que decidira colocar as louças sujas na pia.

— O nome dele não é Liam. É Stiles. — Ele falou com cautela.

“o que? Claro que não.” Jackson guinchou surpreso. “ tenho certeza de que comprei um que de chama Liam. L-i-a-m.

— Pois então ele mentiu. — Derek balbuciou, sem saber ao certo o que pensar. — para mim e para o entregador. Que, a propósito, leu o nome na prancheta.

“Mas que merda. “ praguejou o homem.

— Você só me mete em roubada.

“deveria ser o presente perfeito.”

Derek grunhiu insatisfeito. Engolindo algumas boas palavras.

“Me manda uma foto dele. “ o Whittemore pediu.

Derek saiu da aba da chamada. Felizmente havia pensado nisso na noite anterior. Fotografou o evoo enquanto ele distraidamente devorava duas fatias de pizzas enroladas uma na outra. Estranhamente sorria, como se nunca tivesse comido nada parecido.

Ele a enviou e logo retornou para a chamada. Aguardando as palavras do Whittemore.

“Céus... Isso está errado. Muito errado.” Ele disse depois de um tempo.

— Seja específico. — Derek pediu.

“Não é esse o evoo que eu comprei. “ Jackson afirmou e praguejou. “inferno. Não acredito que fui tapeado.”

— Jackson... — Derek o advertiu. Se àquela fosse mais uma das gracinhas do homem... Ele esqueceria as ameaças vazias e o estrangularia de verdade.

“Estou falando sério. “ o loiro garantiu. “ o que eu comprei se chamava Liam. Era baixinho, loiro, olhos azuis. Obviamente não é esse daí”

Derek suspirou. Fechou os olhos e respirou profundamente.

— O que eu faço agora? — Perguntou calmamente. Ou ao menos tentou. A frase soara como um rosnado.

 “Hã... Devemos reportar, acho. O comportamento também. “ Ele explicou. “provavelmente houve uma troca. “

Derek meneou em concordância. Mesmo ele não estando ali para ver.

— E ai?

“ai que eles levam esse impostor e mandou o seu comprei. “

— E quanto tempo isso vai levar?

O moreno perguntou com um suspiro. Esfregando os cabelos um tanto longos com a mão livre.

“Sei lá, cara. Por hora tranca ele no porão. “ Jackson riu baixinho.

— Eu moro em um apartamento, seu animal. — Derek bradou. — e eu não irei prender ninguém.

O moreno xingou-o mais um pouco. Aquela ideia só podia ter saído daquela boca mesmo.

“cagão.” Jackson falou-lhe. Ignorando completamente as outras frases.

Derek desligou na cara do homem. E conteve o ímpeto de arremessar o celular para o outro lado

Àquelas férias – supostamente – eram para que ele relaxasse, certo? Super estava funcionando...

Enquanto lavava as loucas do café, e as da noite anterior, Derek sentia que seu humor só piorava. Remoendo a situação. Seu rosto se contorcia em uma carranca crônica.

Derek retornou à sala minutos depois. Encontrou o evoo no mesmo lugar e na mesma posição. Sentando sobre os calcanhares, os olhos vidrados na televisão.

Ótimo, sua tevê havia encontrado um novo dono.

— Já decidiu o que vai assistir?

Ele perguntou, enquanto se sentava na poltrona.

Stiles o encarou com tédio. Mudando de canal outra vez e continuou.

— certo. Isso é um hobby estúpido. Passa o controle pra cá.

O Hale pediu, esticando o braço e balançando a mão. O evoo encarou o movimento do membro, antes de fitar o humano.

— N, a, o, til. Não.

— Não tem vergonha na cara não? — Perguntou o moreno. Ainda surpreso.

— Porque eu deveria? — o evoo não o encarou. — Aposto que pensou que teria moleza ao me comprar. E você nem quer assistir de verdade.

— E como sabe disso? — Derek ergueu as sobrancelhas, contrariado. — além de super audição você é vidente?

— Você só está incomodado porque estou pulando de canal em canal.

— Você está fazendo isso a horas. — Derek grunhiu.

— Exato. — Stiles assentiu. — Antes de você levantar. Por tanto eu cheguei primeiro.

— Esse apartamento é meu, sabia?

— Pensasse nisso antes de me comprar. — O Stilinski deu de ombros. De relance ele espiava o humano, atento as suas reações.

Derek praguejou baixinho. Apoiou a cabeça na mão, balançando em negação. Ele fitou seu celular por um instante, buscando se entreter com ele. Estava a ponto de pegar aquele mala, enfiar no carro e despejar na casa do Jackson. Tacando o foda-se para a etiqueta dos presentes. Se é que poderia considera-lo como um. Viu algumas mensagens de Laura e as ignorou completamente, tal como as do grupo. Quando abriu a conversa do seu tio e fizera menção em respondê-lo sentiu algo duro acertar sua coxa.

Ele fitou o objeto de relance, percebendo que era o controle. Derek ergueu os olhos e fitou o evoo com irritação.

— Qual é o deu problema? — Ele quis saber. Sustentando o olhar sobre o castanho.

— Você. Esse apartamento. A coleira. Esse mundo.

Stiles afirmou pegando uma das almofadas do sofá.

O Hale piscou os olhos atordoado. Processando as palavras do outro. Vendo-o seguir para o outro lado do cômodo, forrar o chão com a almofada e se deitar.

— O que vai fazer? — Perguntou desconfiado.

O evoo o fitou de relance e permaneceu assim por um tempo.

— dormir. — Disse simplesmente. — devo relembrar a você que de tentar algo haverá consequências?

— Cara... — Derek suspirou. — Não tenho a mínima intenção de fazer ou tentar algo contra você. E tem um quarto para isso, dormir.

Ele explicou, indicando na direção do corredor com o polegar.

Stiles o encarou com os olhos semicerrados, desconfiado. Antes de grunhir, se virar e puxar o capuz para cobrir a cabeça.

O Hale ficou encarando-o por um tempo. O suficiente para chegar a conclusão de aquele evoo não batia muito bem da cabeça. Com o calor que estava fazendo naquele dia, ficar enfurnado assim em um casaco. Ele voltou sua atenção para a televisão; passou a buscar algo que o entretece, um filme ou um jogo.




•×•




Derek trancou a porta assim que pagou o entregador. Pôs a comida na cozinha e tratou de ir chamar o evoo, que já não se encontrava na sala.

Não o deixaria com fome enquanto ele estivesse ali, ao menos isso.

Derek lançou um olhar rápido para a varanda, olhando de um lado para o outro, mas ele não se encontrava ali e a porta estava devidamente fechado.

Foi assim que ele se lembrou da noite anterior. Do corredor, das sombras, dos passos. Derek correu corredor adentro visando o seu quarto. A porta estava entreaberta, ele entrou de supetão.

Se tinha uma coisa que Derek preservava mais que tudo para sua intimidade e privacidade. Se ela já tinha sido ferida quando seu amigo Jackson resolveu lhe presentear com um fabricado. Existe uma coisa que Derek que odiava é aqui entrasse em seu quarto ou que mexessem nas suas coisas sem a sua permissão.

Felizmente o seu quarto estava vazio. Assim como seu banheiro. O que lhe surpreendeu um pouco. Pois realmente esperou encontrá-lo ali, bisbilhotando.

Derek espiou o corredor olhou de um lado a outro. e botou que a porta do banheiro estava quase escancarada, geralmente ficava fechada final.

Ele se aproximou com cautela. Tomava cuidado para não ver o que não deveria. Mas caso estivesse vazio ele fecharia a porta. Já que pensava, com todo aquele jeito arisco, o evoo ao menos a fecharia caso usasse.

E Stiles está eu já estava mesmo ali. De frente para o espelho – nu dá cintura para cima – por onde, surpreso, ele encarava o moreno.

Derek notou uma tatuagem na nuca do castanho – logo abaixo do colar – um “#MS10024” que ele não fazia a menor ideia do que significava.

O evoo havia esgueirado o indicador através o objeto. Mantendo-o entre a pele e o metal. Fazia uma leve pressão. Como se o empurrasse para o lado lentamente.

Curioso, era como Derek de encontrava. Estava a ponto de perguntar o que ele estava fazendo, mas conteve-se uma vez que eles mal trocaram algumas palavras decentes. Foi nesse exato momento que um som agudo ecoou pelo local. Estridente e presente. Um som agourento, tão detestável quanto a sua campainha, que se repetiu três vezes.

— Mas o que foi isso?

Stiles o fitou pelo reflexo. Antes de se virar e encara-lo devidamente.

— Vai dizer que não sabe... — o evoo riu com amargura. Afastando o dedo do colar, antes que ele apitasse uma última vez.

Ele falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. De conhecimento geral. O que Derek se sentir estúpido.

— para ser sincero eu não sei. — Confessou.

— Meu destino selado.

Stiles balbuciou. Vestindo sua camisa surrada e o casaco em seguida. Antes de sair do cômodo, deixando o humano confuso para trás.




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