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História Homophobic 2.0 (Newtmas) - The Room


Escrita por: TheMazeScorch

Notas do Autor


Hey, people!

Demorei um pouquinho, mas esse capítulo não estava saindo de forma alguma, eu sinto muito!

Mas, enfim, eu percebi que nós estamos no 3° capítulo e as coisas já estão tão tristes... mas eu to querendo fazer isso mesmo, eu não acho que essa fic vá ser muito longa, mas tudo bem!

Enfim, aproveitem a leitura!

Capítulo 3 - The Room


Sabe qual é a pior parte de fazer provas na minha escola?

Ter que fazer prova na mesma sala que o Newt.

Mas, Thomas, você e o Newt não são de séries diferentes?

Sim, nós somos. Porém a nossa escola tem uma estratégia para evitar colas que é misturar todas as turmas do ensino médio, ou seja, eu faço prova com pessoas do primeiro, do segundo e do terceiro ano. Essas pessoas são divididas em 6 salas, e por consequência do destino eu parei logo na de Newt.

Como eu posso fazer uma prova quando a nuca de Newt parece tão... beijável?

Para, Thomas! Newt não é beijável, e nunca será!

Tento me concentrar ao máximo na minha prova de física e literatura, sem muito sucesso. Eu já ia me ferrar mesmo... Quem liga afinal? Eu ligo, não posso perder mais uma prova de física.

Vamos, Newt, você consegue!

-Que dia é hoje? – Newt se vira pra mim e pergunta

Ótimo, Newt! Estrague a minha prova com essa sua voz linda!

-24 – respondo simplesmente bem baixinho, já que toda a sala estava silenciosa

-Obrigado – Newt responde e se volta para a própria prova

Eu vejo Newt dar um sorrisinho para uma garota que passa, não me lembro o nome dela agora, mas eu sei que é a melhor amiga dele. Mas mesmo assim eu sinto uma pontada de ciúmes.

E justamente quando eu estava conseguindo me concentrar de novo, esquecer um pouco o perfume que exalava da pessoa da minha frente, a coisa começa a rir igual um doido.

-Algum problema, Newt? – Jesus, nossa professora de literatura, que estava aplicando a prova, pergunta sorrindo.

Ela é super simpática, mas eu estava mais focado na risada estranha e fofa do Newt.

-Ale...ja... alei... dinho – ele tenta dizer, mas sai meio estranho enquanto ele ri igual um louco

O meu foco acabou de escapar completamente pelas minhas mãos quando eu vejo aquela boca abrir e fechar.

-O quê? – a professora pergunta rindo também, acabou que todo mundo estava rindo sem nem saber o motivo

Newt respira fundo e diz:

-Eu tinha que estudar Aleijadinho, mas eu não estava Aleijadinho quando eu estudei – ele diz e volta a ter sua crise de risos.

Eu ouvi o tombo tour vindo? Eu ouvi! Sim, eu vou tombar muito nessas provas depois dessa crise de risos, mas não importa, eu posso recuperar depois.

 

(...)

O meu ritual para sair da sala depois de uma prova é sair com a minha mochila e arrumá-la do lado de fora, apoiada ao corrimão que nos protegia de cair do segundo andar. E é o que eu faço, mas hoje, justamente hoje, eu estava muito apertado para fazer xixi, então eu arrumo a mochila em poucos segundos e saio correndo para o banheiro.

O problema foi que eu esqueci que haviam pessoas no corredor, também saindo das salas, e eu acerto com certa força um certo alguém, o fazendo cair, e eu cair por cima dele.

-Thomas? – Newt pergunta sorrindo

-Newt, me desculpa, eu não te vi, eu juro, eu...

-Tudo bem, não tem problema – ele sorri mais ainda com meu nervosismo

Nós ficamos lá, como se nada, nem ninguém estivesse do nosso lado, nos encarando. E, de repente, eu percebo o que está acontecendo, como se tivessem jogado um tijolo na minha cabeça. Me levanto num solavanco esbarrando em outra pessoa, mas sem derrubá-la, dessa vez.

-E-eu tenho que ir – digo e saio correndo deixando-o no chão, como se ele simplesmente tivesse se deitado lá

Entro no banheiro e, graças a Deus, estava vazio, então eu me examino no espelho, um jovem normal que apenas escondia seu verdadeiro eu, um jovem de 16 anos que é fraco e sentimental. Agora eu estava com a mania de fazer um ritual para me acalmar, eu vi em alguma série de lobisomens.

-Três coisas que não podem se esconder por muito tempo: o sol, a lua e a verdade – fecho os meus olhos e tento engolir aquelas palavras – eu quero, eu posso, eu consigo.

Abro os olhos novamente e me sinto renovado... talvez nem tanto... talvez eu esteja mentindo... talvez eu não possa esconder, talvez eu não possa conseguir.

Saio do banheiro e enfrento aquela fila de pessoas indo para a escada para descer para o pátio, já eu, fujo daquela filinha e vou para o canto mais isolado da escola, vulgo a sala do lado da sala da coordenadora, que era perto da escada, me enfio lá sem chamar tanta atenção, já que não era permitido ficar ali, mas também quem iria ligar para eu entrando ali? Eu sou quase invisível nessa escola.

A sala não tinha cadeiras, ela só tinha o quadro negro, que era branco, e a mesa do professor, nem luzes aquele lugar possuía. O melhor lugar para um jovem que quer apenas ficar sozinho. Então me sento na interseção entre duas paredes, atrás da mesa do professor, seja lá quem entrasse, não iria me ver.

-Thomas? – escuto alguém me chamar entrando na sala

A não... Não podia ser ele, ele me viu entrar aqui?!

-Oi, Thomas! – Newt exclama pulando em cima da mesa do professor e me encarando com seu sorriso – por que você fica nessa sala escura?

Me levanto ficando na mesma altura dele e encaro seus olhos castanho-escuros.

-O que você está fazendo aqui? – pergunto baixinho fitando os meus pés

-Eu vi você entrando aqui, e resolvi ver o que você ia fazer – ele dá de ombros e sorri

-Ah...

-Então, por que você fica nessa sala sozinho?

Hesito por alguns segundos antes de responder.

-Eu não sei, só me sinto melhor longe de todos

-Não deveria se sentir assim, se você quiser, eu posso te levar para um lugar melhor do que esse – ele diz sério, e depois bate a mão na mesa, pedindo para eu sentar – ou a gente pode ficar aqui mesmo, como eu acho que você vai preferir, não é?

-A gente? – pergunto meio chocado

-Sim, eu vou ficar aqui com você – ele diz e bate de novo na mesa ao seu lado, e eu me sento meio desconfortável ali

Não ouso olhar para o lado e encontrar seus olhos tão próximos dos meus, eu nunca poderia fazer isso.

-Tudo bem, Thomas? Parece meio desconfortável...

-Talvez um pouco...

-Eu te deixo constrangido?

-Qualquer um me deixa constrangido – respondo e por um segundo eu encaro seus olhos a poucos centímetros do meu, e consigo enxergar cada detalhe, apesar do escuro.

E aí que eu me perco, eu me perco completamente em seus olhos enquanto ele me olhava com um sorriso que ia diminuindo pouco a pouco enquanto ele ficava mais sério. Eu vejo seu rosto se aproximando do meu, mas eu não podia permitir, eu não podia beijar um cara, eu não podia beijar Newt! Eu nunca iria conseguir dar o que ele merece de verdade.

Me levanto num solavanco, pego minha mochila e saio correndo da sala sem dar uma palavra com Newt, eu só o escuto me chamando desesperado, mas eu já estava muito longe, eu já podia sentir as lágrimas escorrendo pelos meus olhos, e aquele turbilhão de emoções me invadir em poucos segundos.

Eu saio correndo daquela escola apesar do porteiro me gritar e correr atrás de mim, mas eu sei que ele nunca me alcançaria, porque ele era bem mais velho.

 

(...)

Abro a porta da minha casa e a fecho com força depois de entrar. Jogo minha mochila longe e encosto as costas contra a porta da frente, me permitindo chorar de verdade, permitindo que tudo saísse de mim.

Então eu escuto alguém bater na porta.

-Thomas? – era Newt, eu sabia que ele iria vir atrás de mim

-Vai embora, Newt... – digo baixinho e deixo um soluço sair de mim sem querer

-Você está chorando... Me desculpa, Thomas, eu realmente não sei o que deu em mim quando...

-Vai embora, por favor...

-Thomas, eu...

-Só vai... eu não quero falar com ninguém agora...

-Tudo bem, você tem certeza disso?

-Só vai embora, Newt.

-Ok, me desculpa

Então eu não consigo mais escutar sua voz, ele realmente havia ido embora... Sim, eu queria que ele ficasse, mas eu não podia deixar... uma parte de mim dizia que era pra ele ter ficado e insistido até eu abrir a porta, outra parte dizia que foi ótimo ele ir.

E eu nunca sei qual parte está certa...

Eu queria gritar, gritar e dizer para o mundo me deixar em paz, mas eu não podia, eu era restrito de fazer essas coisas, eu não conseguiria! Então algo me vem à cabeça, uma simples frase:

“Então eu percebo que morrer é fácil, viver que é difícil”

E com essas frases eu percebo o quanto eu já não aguentava mais, eu percebo que isso não estava dando mais certo, eu percebo o quanto eu sou fraco... eu percebo que não está dando mais...

Várias coisas se passam pela minha cabeça, várias formas, várias ideias... Até que uma prevalece, e eu tenho certeza que vai ser a menos pior...


Notas Finais


Ain, eu já to com dó! Mas vai ser tão lindo! Eu espero que seja lindo, né?

O que dizer dos momentos Newtmas? Eu não tenho ideia... kkkkkkkk

Espero que tenham curtido!

E muito obrigado mesmo por favoritarem e por comentarem!

Kisses


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