História Homophobic 2.0 (Newtmas) - Drunk?

Andar na rua é um bom exercício para pensar nos seus problemas, mas tem um grande problema nisso, o fato de que você se esquece onde você está e se perde com tantos prédios ao seu redor. E é lindo caminhar na chuva, tudo parece tão mágico, mas eu vou ter que secar Fly de algum jeito depois...

Eu devia estar mais preocupado pelo fato de eu estar perdido, mas eu estava pensando no Fly, né... eu devo estar com a cara mais confusa do mundo, porque as pessoas passam por mim e me encaram por um tempo, mas eu não as encaro de volta.

Já deviam ser umas meia-noite... e eu já estava cansado de andar pelas calçadas dessa cidade, então resolvo sentar em qualquer cadeira que eu visse pela frente, o estabelecimento parecia bem chamativo, cheio de luzes coloridas.

-Hey, garoto – um menino mais ou menos da minha idade me chama e se senta na minha mesa sem nem pedir licença – você parece triste... – eu não o respondo, apenas o encaro levemente assustado – relaxa, ok? Eu sei do que você precisa, me segue

O garoto se levanta e dá uns três passos para depois se voltar a mim e me encarar ainda sentado.

-Vamos?

Ele parecia simpático, então eu me levanto e o sigo para dentro daquele estabelecimento colorido e cheio de pessoas se agarrando e bebendo bebidas coloridas, pareciam divertidas, mas algo me diz que não são tão boas...

-Toma, bebe – o garoto me diz sorrindo uma bebida de coloração vermelha que eu não tinha ideia do que fosse

-O que é?

-Você fala! – ele sorri brincalhão – é só refrigerante

-Refrigerante não é assim

-Ele é diferente, bebe logo, eu sei que você vai me agradecer muito depois.

Bom, eu estava numa enrascada agora... eu bebia ou não? Eu não gosto de contrariar as pessoas, e ele parecia tão simpático, eu não sei por que, mas eu peguei o copo e bebi de uma vez aquela bebida que desceu rasgando pela minha garganta.

-Isso é horrível! – digo colocando a língua pra fora

-Fica melhor depois de mais alguns, confia em mim, talvez você não tenha gostado do sabor, porque não prova um de blueberry? – ele me entrega um copo azul

Eu já estava bebendo aquilo mesmo, que que custa? Então eu engulo mais aquele copo que tinha um sabor mais doce, mas ainda rasgava um pouco a garganta, mas era até gostoso.

Eu já estava sorrindo apenas com aqueles dois, aquilo realmente era bom!

(...)

Eu não sei exatamente o que aconteceu, depois de mais duas daquelas bebidas tudo não passou apenas de borrões, eu me sentia livre pela primeira vez, era um sentimento bom. Mas algum cara entrou no estabelecimento e bateu na pessoa que me acompanhava, nessa altura eu nem sabia se era o mesmo garoto que me deu a bebida, a essa altura, na verdade, eu nem sei quantas daquelas bebidas foram, eu sei que foram muitas.

As mãos desse cara misterioso agarram o meu braço com certa força e eu me pergunto onde estaria Fly agora... Então eu olho para o balcão onde o garoto conseguia as bebidas e vejo ele bebendo alguma coisa enquanto sorria pra mim e piscava o olho, eu rio com a cena, Fly fica engraçado bêbado.

O homem me arrasta para fora do lugar, mas eu grito que para a gente não deixar o Fly ali, e tento me desvencilhar dos braços dele, mas ele era mais forte.

-Quem... Fly? – o homem pergunta, eu acho que ele tinha parado, mas eu sentia que ainda estava me puxando

Eu tento dizer alguma coisa, mas as palavras não se encaixam na minha cabeça. Era tudo tão engraçado. Solto a mão do homem do meu braço e corro até o Fly, mas eu caio no meio do caminho, e começo a rir no chão, estava tão geladinho, tão bom.

Sinto os braços de alguém nas minhas pernas e nas minhas costas, me colocando pra cima, em seu colo, o Fly de alguma forma estava na minha barriga enquanto o homem, quer dizer, eu acho que era um homem, ou uma mulher sem peito, eu acho que nunca vou saber... Fly estava desmaiado em cima de mim, eu devia saber que ele ia beber algo alcoólico, ele devia saber que é errado.

Eu queria saber quem estava me carregando pelas ruas da cidade, mas quem liga agora? Aproveito a viagem no seu colo enquanto fecho meus olhos e escondo meu rosto no seu peito, sim era um homem, eu tenho quase certeza.

(...)

Depois daquilo eu só lembro de estar em uma casa completamente desconhecida, e de entrar num banheiro com o homem, ele tirou o Fly de mim e colocou em algum lugar.

-Você se machucou feio na queda – ele diz, e eu consigo entender, fico muito feliz com meu progresso

Espera... machuquei? Eu não me sinto machucado, algo de errado não está certo...

-O que você estava fazendo lá, Tommy? Não acho que frequente esse tipo de local.

Sinto água rodear meu corpo de repente, eu até me assusto, onde eu estou, Deus? Ah, uma banheira...

Eu acho que eu acabo dormindo depois disso.

(...)

Acordo sentindo uma dor de cabeça infernal, eu não tenho ideia de onde estou, eu sei que tem algo na minha cara cobrindo alguma coisa, como um machucado. Newt está em pé do lado da cama me encarando, mas não tenho ideia de como ele entrou na minha casa, meus pais vão me matar.

Espera... Newt? Que que eu fiz ontem?

Alguns flashes invadem a minha mente deixando-a ainda mais confusa e dolorida.

-Tudo bem, Tommy? – ele pergunta e se senta do meu lado.

-Que que você está fazendo aqui? – pergunto

-Bom, você que veio pra cá, tecnicamente. – ele sorri

Só aí percebo que não estou no meu quarto, eu nem sei onde eu estou, pra falar a verdade. Me levanto num pulo, mas sinto meu corpo completamente mole e meu corpo cai no chão e eu não tinha força para jogá-lo para cima de novo.

Newt vem até mim e me coloca na cama de novo.

-Relaxa, Tommy, descansa um pouco, vai ser melhor para você, e eu tenho um presente para você. – Newt sorri e me mostra um pinguim de brinquedo, era o Fly – espero que seja seu, você parecia querê-lo muito ontem.

-É o Fly – sorrio e pego das suas mãos abraçando-o feliz, eu devia estar igual uma criança

-Tudo bem, mas tenta dormir agora – Newt continua sorrindo e passa a mão na minha cabeça bagunçando meu cabelo

Eu não estava com força nenhuma para discordar dele, então... partiu mimiu