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História Homophobic. - Detention.



Capítulo 9 - Detention.


Fanfic / Fanfiction Homophobic. - Detention.

[ Capitulo 9 – Detention ]

Eliott Morningstar.

{ Ovelha Negra – Rita Lee }

— Vocês estão falando sério?  - O diretor dizia olhando diretamente para nós, na sala. – Vocês querem que eu acredite que eles prenderam o amigo de vocês no armário de vassouras?

— Bom, você pode acreditar na gente ou perguntar pra ele. – Oliver disse.

— Ou você pode ir dar o cu... – Sussurrei e apenas Ollie pareceu me ouvir, ele conteve a risada.

— O que você disse, senhor Morningstar? – O velho me fuzilou com o olhar e apenas balancei a cabeça para os lados. – Ótimo, eu poderia muito bem fazer vocês perderem aulas importantes mas eu vou fazer algo mais divertido e bom para a escola, depois da escola... – E o velho foi interrompido por Tyler Porter que acabou de entrar pela porta, revirei os olhos e pude vê-lo sorrir.

— O que você deseja, Porter? – O diretor olhou diretamente para o babaca.

— Quero saber minha detenção. – Nesse exato momento vocês devem estar pensando em qual é o problema desse garoto, porque sério eu quero saber.

O diretor deu um sorriso sinistro e eu juro que eu queria me esconder atrás do Oliver nesse exato momento.

— Você, senhor Porter, junto com os Morningstar vão limpar o refeitório, minha sala e a biblioteca da escola por uma semana. – Eu e Ollie íamos falar algo mas ele nos fez calar a boca. – Claro que não vou esquecer de vocês três, irão limpar os banheiros e as salas de aula sem esquecer de esfregar bem as janelas.

— Acho que você esqueceu de algo importante, nós acabamos de sair de uma briga! O que garante que a gente não vai se bater na hora de fazer isso? – Oliver perguntou com os braços cruzados em seu peito e eu fiz questão de concordar com ele.

— Claro, vocês irão fazer isso no turno da noite e dos outros três depois da escola. – Olhei de relance para Tyler e pude notar que ele lambeu os próprio lábios, senti um choque passando por minha espinha mas eu sabia que não tinha como fugir disso. – Comecem hoje.

— Que?! – Os três babacas praticamente gritaram.

— É, hoje. – O diretor estava se divertindo com a cara dos três patetas.

— Mas temos coisas para fazer hoje! – Fiz uma cara de tedio e Ollie riu.

— Pensassem nisso antes de prender Gary Knox no armário de vassouras. Estão dispensados. – Observei Oliver se levantar e fazer uma cara de dor, seus machucados estavam péssimos mas com certeza o dos outros caras estavam pior.

Me levantei e quando achei que ia ficar em paz senti meu braço ser puxado.

— Espero que você saiba o que significa se encontrar por uma semana, a noite, Eliott. – Tyler beijou minha orelha e infelizmente eu estremeci, não pensem que eu gosto disso, eu odeio.

— Significa você limpando bem longe de mim, Porter. – Puxei meu braço e segui para a sala de aula, fui direto para o lado de Melissa que ao me ver só arqueou a sobrancelha. – Uau, não vai dizer nada? Tipo “ amigo, você está bem? “ ou “ cara, você tá todo ferrado “ ?

— Não, não me interessa nem um pouco. – Ela não fez questão de retirar os olhos da lousa, apenas bufei e puxei meu caderno, fazendo a lição que eu devia fazer.

 

— Eliott você estava demais. – Louise dizia enquanto me acompanhava junto a Oliver.

— Eu sei, eu sou um bom lutador. – Sorri para ela e escutei uma risada debochada atrás de mim.

— Não é pra tanto, amigo. – Era Matheus e ele estava acompanhado de uma garota que eu nunca tinha visto na vida. Pude observar Louise encolher os ombros.

— Ollie, vamos ver se a enfermeira tem alguma coisa para seu olho, sim? – Louise puxou Oliver e eu juro que não entendi nada.

— Quem é sua amiga, Theo? – Falei me sentando no banco no refeitório.

— Ela é da minha sala, tem problema com biologia. – Apenas arqueei minha sobrancelha, Matheus era um ser tão de boa que não sabia nem quando uma menina tinha a vontade de dar para ele. – Onde está Melissa e o Gary? – Observação interessante meu amigo, porque nem eu sei.

Me levantei e fiz questão de passear pela escola, procurando meus amigos e o único que eu achei foi Gary que comia um sanduiche na quadra.

— Oi Gary. – Ele me olhou e deu um grande sorriso.

— Oi Eli. – Olhei para a quadra e me sentei ao lado de meu amigo, observando que Tyler jogava futebol com os meninos. – Você gosta dele? – Olhei para Gary e eu sabia que estava com uma cara estranha porque meu amigo ria.

— Eu não gosto de garotos, Gary, você sabe que eu odeio gays. – Cruzei meus braços e logo Tyler marcou um gol e olhou diretamente para mim, piscando logo em seguida. Senti minhas bochechas esquentarem e a risada de Gary tomou conta.

— Meu Deus, Eliott... Você é incrível. – Ele me abraçou, revirei os olhos e acariciei seus cabelos. Gary as vezes parecia uma criança. – Só toma cuidado para não se machucar, amigo. – Não entendo nada do que ele fala, mas logo vejo que Tyler não tirava os olhos de mim e aqueles olhos verdes eram algo difícil de se ignorar.

 

Na hora da saída reuni a turma mas percebi que todos estavam emburrados, menos Matheus e Oliver.

— O que aconteceu? – Perguntei simples.

— Ah não sei, Eliott, que tal você perguntar pro pegador? – Louise falou revirando os olhos, arqueei minha sobrancelha não entendendo a indireta.

— Oi? – Falei sem querer parecer estupido, mas já parecendo.

— Esquece, vem Gary, vamos dar uma volta. – A morena puxou o baixinho marchando e eu fiz questão de olhar para Melissa que deu de ombros, observei uma garota se aproximando dela e ela levo minha amiga embora também.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo com nosso grupo? – Olhei para Matheus e ele apenas suspirou.

— Desculpa Eli, mas eu não sei... Eu preciso ir, tenho coisas a fazer hoje. – Trocamos uns toques e só sobrou Ollie e eu.

— Vai me deixar também? – Perguntei para ele e pude ouvi-lo rindo, Ollie passou um dos braços por meus ombros e passamos a andar.

— Não posso deixar você, quem vai explicar para mamãe essa sua cara machucada? – Ele bagunçou meus cabelos, eu sabia que Oliver não era um dos melhores irmãos do mundo mas eu tinha que defende-lo.

Chegamos em casa e a primeira coisa que eu fui fazer foi tomar banho e pensar em como dizer para minha mãe que teria que ir para a escola de noite para limpar a escola, meu rosto doía principalmente em meu olho e minha boca mas não era algo que eu precisasse de médico.

Me troquei rápido e desci as escadas me sentando ao lado de Oliver que antes parecia super bem e agora parecia estar super cansado.

— Você não vai tomar banho? – Perguntei sem olha-lo, mudando o canal da televisão.

— Eu... estou meio cansado... – Ele riu e eu fiz questão de olha-lo agora, seus olhos estavam fechando aos poucos até que ouvimos a porta se abrir.

Hope estava ali, torci os lábios e me arrependi. É doeu, ok?

— Meu Deus, o que foi isso? – Ela disse indo em direção a Oliver, okay, eu sei que eu não gosto dela e tudo mais mas eu existo também, ok?

— Uma briga, nada demais... – Oliver disse isso antes de começar a falar “ ai “ por Hope tocar seus machucados.

— Por que você brigou e meu Deus, você meteu seu irmão nisso? Minnie vai me matar, Ollie! – Ela dizia e eu juro que senti uma dor em meu peito de repente.

— E você não quer matar ele? Ah sei lá... Por ter me colocado no meio disso...? Sei lá... Sou seu filho também... – Eu não sei mais o que eu estou dizendo, essa dor no meu peito fez eu dizer isso e eu estou dizendo ok? Não me julgue.

Hope estava com os olhos arregalados e Ollie fez questão de rir, eu sabia que ela queria dizer algo mas de repente eu lembrei de Tyler e fiquei irritado.

— Você não vai contar sobre o fato de termos que ficar a noite na escola, arrumando aquela merda? – Cruzei os braços e nossa atenção foi voltada para a porta, revelando minha mãe, Minnie com algumas sacolas na mão que foram ao chão assim que viu nossa cara.

— Meu Deus do céu! Oliver Morningstar o que é isso na sua cara? – Ótimo, ninguém lembra de mim não?

— Marcas de briga mãe, marcas de briga. – Ele disse simples e suspirou, senti sua cabeça se apoiando em meu ombro e vi seus olhos fechando.

— Como assim marcas de briga garoto? E meu Deus, Eliott você se meteu nisso também? – Ela me olhava indignada e eu sabia que ela estava desapontada comigo porque eu era o irmão mais velho.

— Gary foi preso no armário e eu amo ele! Foi isso! – Ollie se exaltou e se levantou. – Eu fui proteger a pessoa que eu amo, e o Eliott foi fazer o mesmo só que no caso dele ele foi ajudar o irmão, algum erro nisso, mãe?! – Ollie gritava e minha mãe o olhava indignada, pois Oliver nunca havia levantado a voz desse jeito.

— Ah, de noite temos que ir para a escola, essa é nossa detenção. – Falei simples e me levantei, puxando Ollie pela mão.

Ele precisava de um banho e precisava dormir para se acalmar, devia estar se sentindo estressado por não ter matado os três debochados.

 

As oito horas estávamos parados na frente da escola e pudemos ver o zelador vindo até o portão abrindo-o e ao longe Tyler se aproximava, fumando seu cigarro e lá estavam seus olhos brilhantes, verdes e até um pouco... amáveis?

— Oi Eliott. – Ele sorriu para mim e jogou o cigarro fora, pisando em cima dele, nesse momento eu não conseguia dizer nada apenas fui entrando atrás de Oliver que não dizia nada.

Eu não sei o que sinto a respeito de Tyler Porter, ele me assusta, seus olhos verdes intensos me hipnotizam e eu tenho medo do que isso pode causar. Um dia eu estou super bem, beijando garotas e agora eu estou me sentindo atraído por um par de olhos verdes masculinos.

Okay, chega de ser gay, Eliott, você não é gay, eu não cresci para ser viado!

— Eli, eu vou limpar o refeitório e a sala do velho, vocês ficam com a biblioteca já que são dois. Beleza? – Não tive coragem de falar não para Oliver, ele estava machucado e ainda estava pegando dois locais!

— Ok. – Disse por fim e sai andando pela escola, sendo seguido por Tyler que não disse nada o caminho todo mas eu podia sentir seus olhos em mim.

Chegamos na biblioteca e vimos vários livros jogados pelas mesas, as cadeiras fora de ordem e havia umas pilhas pelo chão. Suspirei e me coloquei a arrumar, colocando os livros nas prateleiras corretas mas notei depois do terceiro livro no lugar que meu companheiro não estava fazendo nada.

— Você vai me ajudar? – Perguntei cruzando os braços no peito e vendo seu sorriso... sacana surgindo em seus lábios.

— Para que arrumar se podemos fazer outras coisas aqui? – Ele se aproximou de mim e acariciou meus braços, seus toques quentes quase me desarmaram mas fiz questão de me desvencilhar e voltar a arrumar.

— Porque é nossa detenção, se você não vai ajudar não atrapalhe. – Falei me agachando e pegando um livro no chão, escutei um assovio e fiz questão de ignorar.

— Não me ignore, Morningstar, isso só piora a sua situação. – Senti ele me puxando, deixando nossos corpos colados, seus braços envolveram minha cintura e eu vergonhosamente suspirei.

— Me solta, Porter. – Falei mas eu não tinha forças para empurra-lo, seus lábios foram para meu pescoço e eu senti minhas pernas bambearem.

— Saiba de uma coisa Morningstar, todas as minhas presas param no meu prato. E você não vai ser diferente. – Segurei em sua camiseta e senti ele chupando meu pescoço, eu estava prestes a fazer algo muito estupido mas ele se separou de mim e começou a arrumar as coisas.

Depois disso não trocamos nenhuma palavra, minhas roupas estava apertada e com certeza não era por causa de Tyler Porter.



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