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História Hope - Voltar atrás?


Escrita por: _Yuki_

Notas do Autor


Olá, meus amores.
Sei que estou há muito tempo sem atualizar a fanfic e peço mil desculpas por isso, mas realmente não tive tempo, nem forças para escrever.
Agora eu voltei e pretendo não abandonar o projeto. Obrigada a todos que favoritaram e comentaram! Responderei todos os comentários assim que possível e, saibam que, vocês me devolveram o amor pela escrita. Obrigada mesmo por todo o carinho.

Capítulo 8 - Voltar atrás?


Fanfic / Fanfiction Hope - Voltar atrás?

Capítulo 8: Voltar atrás?

A pequena Sakura agora estava sentada sob uma árvore, comendo seus bolinhos azuis enquanto lambuzava cada canto dos lábios e bochechas. Os irmãos Uchihas estavam ali, de pé em volta dela, como seguranças de uma rainha. Estranhamente, Madara havia sumido há algum tempo.

-Vocês não querem mesmo? -Disse de maneira doce, estendendo o bolinho com uma mão, os dedos também de encontravam sujos.

-Não, Sakura, eu realmente não gosto de doces. -Falou Sasuke, direcionando um olhar mordaz para um homem que passava e tentava observar a pequena rosada.

-Eu também não gosto. -Itachi sussurrou de forma calma, os olhos fechados em sinal de relaxamento.

Dera de ombros, os outros também lhe negaram. "Mais pra mim!", pensou consigo mesma, devorando mais um bolinho de cobertura azulada.
De repente, uma energia estranha começara a circular pelo local, aquilo fizera com que Itachi abrisse os olhos repentinamente, observando ao redor. Madara havia voltado.

-Madara… -Começara Indra, mas, como sempre, fora interrompido.

-Vim levar Sakura. -Disse em sua voz seca, os olhos fixos na garota sentada sob a árvore.

-Onde vai me levar, papa? -Abriu um enorme sorriso empolgado, levantando-se.

-Pros seus pais. -Falara friamente, sem se importar com a possível confusão que ficaria na cabeça da menina.

-Do que está falando, Madara? Ficou louco? -Indra cerrou os punhos, avançando dois passos.

Itachi agarrou a criança em seus braços, tentando protegê-la de qualquer movimento que pudesse ser dado pelo mais velho.

-Acha mesmo que viemos aqui entregar um simples documento? Eu estava procurando os pais de Sakura! Não temos espaço para uma garotinha indefesa no nosso Clã! -Ele ameaçou ir em direção aos dois, mas Obito, Sasuke, Indra e Shura bloquearam a passagem.

-Não vamos permitir… -Sasuke empunhou sua katana, a apontando na direção do peito de Madara.

-Vá, Itachi. -Indra olhou para ele com o canto dos olhos, recebendo um leve acenar de cabeça. Itachi havia saltado rapidamente para um galho de árvore, fugindo com a menina.

Madara rapidamente lançou uma bola de fogo na direção de ambos, mas Sasuke o bloqueou, usando seu Susano'o para tal. Os olhos dos irmãos já se encontravam vermelhos, brilhando em sangue.

-Acha que pode mesmo fazer isso? Levar a garotinha que criamos com tanto amor? -Indra praticamente gritava, odiando a simples existência do irmão mais velho, os punhos cerrados, formando pequenas faíscas.

-Ela nos atrapalha! Tanto em batalhas como nas viagens. É um peso morto. -Fora interrompido por um forte soco no rosto. Shura o havia batido.

-Feche sua maldita boca para falar da nossa criança! -Agora o segurava pela roupa, o erguendo do chão, mas Madara era rápido e se desmanchou em uma simples nuvem de fumaça, reaparecendo atrás dele.

Tudo começara intenso, quatro Uchihas contra o traidor. Madara era mais velho, mais forte, desviava dos golpes com muita facilidade.
Indra o acertara com pequenas adagas, o rasgando no rosto e ombro, mas nada a mais. Agora a luta realmente parecia ser de gente grande. Sasuke usava o Susano'o para tentar se defender de golpes ofensivos, mas o mais velho não parecia nenhum pouco intimidado.

-Acha mesmo que consegue me derrotar? Oras… Um moleque que mal sabe usar o poder que tem! -Avançou, dois clones o seguindo, o punho repleto de fúria e fogo, fazendo com que uma parte do Susano'o rachasse com o impacto.

Indra se colocou a frente do mais novo, usando uma katana para avançar, Shura viera pelo lado e Obito também o cercava. Os olhos escarlate se encarando com ferocidade.
Tudo virara uma enorme explosão, fumaça, fogo e relâmpago se encontrando ao mesmo tempo. Madara praticamente intacto, enquanto os outros ofegavam, quase exaustos de tanto atacar em vão. As pessoas que antes estavam ali, sumiram, assustadas com tantas "luzes" e terra subindo.

-Eu vou encontrar a garota… E vou devolvê-la. -Apontou um dedo para cada um deles, sumindo como fumaça levada pelo vento.

-Droga! Espero que Itachi já esteja bem longe! -Os joelhos de Sasuke cederam, lágrimas queimavam no fundo de seus olhos.

-Calma, Sasuke… -Obito o tocou no ombro, a mesma aflição no peito de cada um.

-Maldito seja Madara! -Indra fincou a katana no chão, as lágrimas escorrendo por suas bochechas, o ódio estampado na face.

………………………………………………………………………………

-Itachi nii-san, por que o papa Madara falou nos meus pais? Vocês não são os meus papais? -Sakura estava encolhida nos braços do mais velho, agarrando-se as roupas dele para não cair.

-Não se preocupe, minha pequena. -Falara com um aperto no peito, os olhos fixos no caminho que trilhavam. -Madara só está ficando louco.

-Ah! Por que não dão um chá para ele? Não quero ver o papa Madara doente. -Fez um biquinho, a cabeça enterrada no peito do irmão.

-Um simples chá não resolveria, meu amor, mas não se preocupe, está bem? Vou te proteger. -Cerrou o maxilar, os pés brilhavam em um verde fraco, concentrando energia para não vacilar sobre nenhum galho.

-Pra onde está me levando? -Levantou um tanto a cabeça, podendo enxergar apenas folhas e algumas frutas avermelhadas.

-Pra… Conhecer o resto da cidade. -Desviou o olhar por alguns segundos. Esse era o hábito de Itachi quando mentia.

-Ah! O que há? Vamos, quero saber antes de chegar lá! -Riu de uma maneira prolongada, virando o corpo para frente. Sabia que não iria cair, pois os braços do irmão estavam firmes a sua volta.

-Um belo estábulo, cheio de cavalos, grandes e pequenos, de muitas cores também. -Um suspiro saiu por entre os lábios, os olhos escarlate pareciam cansados.

-Nii-san… Quando vou poder ter olhos iguais aos seus? -Inclinou a cabeça para trás, a recostando sobre o ombro do mais velho.

-Eu… Não sei, Sakura. -Mordeu o lábio inferior com força. Odiava ter que mentir para sua garotinha. -Algumas pessoas demoram a ter olhos assim.

-Deve ser o meu caso, não é? -Disse, de maneira conclusiva.

-Sim… Deve ser. -Itachi parou sobre um galho alto, olhando em volta. Não havia nada perigoso, presumiu que poderia descansar por alguns instantes.

-Por que paramos? -Sakura também olhou em volta, havia apenas folhas e galhos distorcidos.

-Preciso descansar, apenas. -Os olhos dele voltaram a cor escura de sempre, parecia ofegante, pois o peito subia e descia com velocidade.

-Ah. Posso descansar com você? -Sakura voltou a posição anterior, de frente para o irmão.

Itachi estava sentado sobre um galho firme, olhando nos olhos esmeraldinos da garotinha a sua frente. Sim, ela sempre seria isso, sua pequena garotinha. Como não adorar uma criatura tão inocente como aquela? Como não amar aqueles doces lábios que pronunciavam seu nome com tanto sentimento?

-Sim, descanse. Você comeu bastante, precisa fazer uma boa digestão. -A beijou na testa por longos segundos. Podia sentir o cheiro de flores vindo de seu cabelo, juntamente ao de grama e outra coisa que não sabia identificar, mas era doce.

Logo ela se deitou da melhor maneira que podia, sobre o corpo do irmão. A cabeça recostada em seu peito a fazia sentir cada batida do coração de Itachi. Amava seus irmãos e seus pais, nunca pretendia se separar deles, mas o que Madara dissera a deixou preocupada de alguma forma.

……………………………………………………………………………….

Madara trilhava um caminho curto, de terra, com folhas secas ao seu entorno. Uma cabana se localizava bem ao fim da estrada.
Tomara todo cuidado para não ser visto naquele lugar, não queria suspeitas ou pessoas lhe perguntando quem era ou o que fazia naquele local.
Encontrara os pais da garota quando viera à cidade buscar alguns suprimentos, pois havia cartazes espalhados em determinados cantos da cidade. Estranhara o fato de ser apenas na região menos afortunada, mas deveria ter algum bom motivo para aquilo.

-Quando será que ele vem trazer a menina? -Sussurrara uma mulher de dentro da cabana, seus pés faziam um barulho irritante sobre o piso de madeira.

-Logo, mulher. Se acalme! -Agora fora uma voz masculina, mais alta e mais firme.

-Será que descobriu o que pretendemos fazer? Oras! E se ele já souber que queremos vender a menina para o rei? -Mordeu a ponta dos dedos.

-Claro que não descobriu! -Ele riu, fazendo pouco da preocupação de sua companheira.

-Nunca deveríamos ter jogado a criança no meio daqueles matos! Teríamos feito bons negócios por ela… -Suspirou, arrastando uma cadeira pelo local.

Madara ouvira tudo do lado de fora, processando cada palavra que ouviu. A feição séria não lhe abandonava a face. Deveria realmente voltar atrás com os seus planos? Ou entregaria a menina nos braços daqueles dois?



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