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História Hope Next Door - Ready to Run


Escrita por: sasacontrol

Notas do Autor


E aí minhas corujinhas, tudo bacana com vocês? <3
Olha, vocês não tem noção do quanto que eu fiquei feliz com os comentários do primeiro capítulo. Parece que as coisas estão indo bem melhores do que eu esperava.
Pois é, as vezes eu consigo ser bastante pessimista. :P
Escrevi esse capítulo às 3 horas da manhã, logo, se tiver algum erro ortográfico, me perdoem. Estou ainda esperando pelo banner desse capítulo ficar pronto, mas também não queria demorar tanto para continuar a estória. Então, sem mais delongas, apresento-lhes Welcome to the jungle!

Capítulo 2 - Ready to Run


Fanfic / Fanfiction Hope Next Door - Ready to Run

Acordara extremamente atrasada para o primeiro dia de aula e, por todos os exercícios físicos que eu já havia feito na vida, acho que eu nunca havia pedalado tão rápido e com tanta eficiência em uma bicicleta.

Diferentemente do resto dos adolescentes de 17 anos eu ainda não possuía um carro, justamente por conta de eu achar que não seria capaz de percorrer quinhentos metros sem atropelar alguma idosa e bem, eu prezava pela saúde do meio ambiente.

Quando finalmente cheguei ao colégio Silver Valley –passei pelo enorme portão intimidador e fui andando até a entrada principal do edifício-, olhei o meu relógio e percebi que já havia perdido 10 minutos de aula .

Merda. Ótimo começo para uma caloura como você, Nathalie. Está de parabéns.

Ignorei o meu subconsciente enquanto percorria o corredor repleto de armários –alguns deles com pichações de frases nem um pouco carinhosas-, procurando por alguém que pudesse me ajudar, até eu achar um casal de adolescentes que se beijavam freneticamente, com as mãos passando por lugares que prefiro nem comentar.

Tentei ser mais discreta possível à medida que passava pelos dois, que obviamente estavam matando aula só para trocarem saliva, porém logo percebi que o meu poder de ser invisível às vezes é traiçoeiro.

-Ei, você. –chamou a garota ao mesmo tempo que limpava sua boca com a manga da camisa dos Rolling Stones.- O que está fazendo aqui?

Virei lentamente o meu corpo para ficar de frente à garota e pude notar que o seu namorado –ou seja lá o que ele seja para ela- estudava o meu corpo,  dando um quase imperceptível sorriso de lado. Os dois formavam o típico casal gótico com cabelos pintados e um quilo de rímel nos olhos, além de federem à nicotina. Eles exalavam problema.

Desejava me afastar o mais rápido possível daqueles dois, porém percebi que eles poderiam ser úteis para mim, pelo menos naquele momento.

-Estou procurando pela sala do terceiro ano, turma B. –falei firme, tentando aparentar não estar morrendo de nervosismo por dentro.

Ambos se entreolharam e riram como se tivessem acabado de assistir ao vídeo mais engraçado do mundo, não se importando com a possibilidade de alguém os escutar.

Então a raiva dominou o meu corpo. Comecei a dar passos largos e rápidos para fora do alcance daqueles embustes. Já estava atrasada o suficiente, e não pretendia perder mais alguns minutos do meu precioso tempo.

-Sala 145, segundo andar, nanica! –o garoto gritara enquanto eu me afastava apressadamente.

Subi pelas escadas o mais rápido que pude e quando avistei a sala 145, me questionei se seria confiável acreditar no casal estúpido. Mas concluí que no momento não havia opção melhor.

Bati na porta e adentrei na sala, explorando rapidamente o ambiente à procura de uma cadeira sobrando.

Encontrei uma única cadeira sem ninguém na frente da mesa do professor. Podia sentir diversos olhos cravados em minhas costas, examinando cada movimento que eu realizava. Senti uma fina gota de suor escorrer em minha têmpora.

Sentei-me na cadeira e indiretamente permiti com que o professor calvo que vestia uma blusa xadrez azul continuasse a sua aula, aparentemente de Física, uma de minhas matérias prediletas. Só que com o passar do tempo, estranhei o assunto da matéria. Estava fácil demais. Eu já não havia estudado isso no ano passado?

Permaneci calada durante à aula inteira e logo após o sinal tocar, esperei que todos os alunos saíssem da sala e então segui em direção ao velho carrancudo que encontrava-se na minha frente, apoiando uma das pernas em sua cadeira, tentando parecer o mais jovial possível.

-Com licença, senhor...-fitei rapidamente a escritura que havia no canto superior do quadro.- Hawks. –pigarreei.- Gostaria de saber se esta é a turma B do terceiro ano. Se for, me desculpe. Só acho que essa matéria está sendo ensinada muito pelo básico.

Hawks ajeitou seu óculos que escorregava pelo seu nariz oleoso e me olhou logo após de revirar os olhos.

-Me perdoe, querida, mas você está na sala errada. –deu um sorriso torto.- Nunca te vi antes por aqui, então posso presumir que seja uma caloura. –o professor assumiu uma pose de pai, com os braços cruzados.- Você pediu ajuda para algum aluno?

-Pedi sim, infelizmente.

-Sinto-lhe informar que te enganaram. –olhou para seu relógio de pulso.- Sua sala é a 203, e se eu fosse você, aproveitaria o pouco tempo de intervalo que você tem agora. –disse conforme dava leves tapinhas no meu ombro, como se já me conhecesse há muito tempo; o que me incomodou bastante.

Lancei um sorriso naturalmente forçado e agradeci pela ajuda –finalmente vinda de uma pessoa “confiável”-, caminhando em direção ao mar de adolescentes que lotava o corredor do colégio.

Segui então o fluxo dos adolescentes –que cochichavam descaradamente sobre mim enquanto eu passava por eles- que me levou até o refeitório com suas várias mesas enormes de madeira. De onde eu estava, dava para definir perfeitamente os grupos sociais que cada mesa pertencia. Os populares, a Nerdlândia, os roqueiros, os góticos, os maconheiros e um pequeno grupo aparentemente normal que estava excluído do resto.

E no momento eu era a excluída dos excluídos.

Me recusei a comer no banheiro porque é o que as pessoas patéticas fazem nos filmes e livros, e também porque é extremamente nojento. Os maconheiros colonizaram as mesas do fundo, e de qualquer modo eu não queria sacrificar os meus pulmões no altar da amizade falsa só para ter companhia.

Entretanto, havia um banco de madeira solitário do lado de uma barraquinha de cachorros quentes onde só tinha um pequeno grupo de quatro pessoas em pé, ocupados demais com algum debate.

Continuei andando, ansiosa para chegar ao banco perto da triste e solitária barraquinha vermelha. Bem, podia ser um lugar um tanto que isolado demais para lanchar, mas também é uma área livre de ansiedades. Lá não tinha como eu fazer besteira.

Acomodei-me em uma das extremidades do banco sem nem olhar para alguém do grupo de amigos que estava logo ao lado. Abri a minha mochila e procurei pelo sanduíche de atum que havia preparado às pressas, até perceber que ele não estava lá.

-Merda.

Resmunguei um tanto que alto demais e rezei para que ninguém tivesse escutado, mas era tarde demais. Os amigos pararam subitamente de discutir sobre a possibilidade de um dia sermos controlados por inteligências artificiais e alguns segundos depois um deles sentou ao meu lado no banco.

-Ei... eu te conheço de algum lugar?

-Eu não acho que seja possível que... –pendi meu rosto para o lado e senti o meu corpo inteiro em chamas.

Só podiam estar de brincadeira com a minha cara.

Bem na minha frente, ao vivo e em cores, lá estava ele, com sua calça jeans e jaqueta preta, olhando-me fixamente nos olhos com um sorriso travesso. No mesmo colégio que eu.

-Será você a minha vizinha fuxiqueira?


Notas Finais


OBRIGADAAA A TODOS VOCÊS QUE AINDA ESTÃO ACOMPANHANDO A JORNADA DE NATHALIE (e a minha também) <3
Ainda não tivemos nenhum momento de pura emoção ou coisa do tipo, eu sei, mas esperem amiguinhos, esperem... Tudo acontece no tempo certo...


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