História Hopefullness - VHope - Happiest Man

"É uma coisa engraçada né?

Para mim há apenas você, 

Mas às vezes não consigo dizer muito como um estranho; 

Estou em seus braços penteando seus cabelos com os meus dedos; 

Estou dizendo que quero ser abraçado." 

(EXO -SING FOR YOU) 

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 Taehyung P.O.V's 

 Na manhã seguinte, Hope não apareceu no meu quarto, e eu fiquei preocupado, ele sempre vinha me ver, seja cedo ou tarde, mas dessa vez não veio. Pensei em chamar alguém e perguntar sobre o mesmo, mas não queria incomodar ninguém. Kookie me ligou avisando que só viria a noite, pois levará as crianças ao shopping já que havia prometido. Então, de manhã e o começo da tarde fiquei completamente sozinho, e um vazio tomou conta de mim. Não por estar sozinho, mas por não ter ele do meu lado, estou sempre acostumado a ser acordado pela sua voz e ver o seu sorriso assim que abro os olhos, sempre sua animação as seis da manhã, e sua simpatia e delicadeza. Então, de certa forma, ele me faz falta. 

 - Boa Tarde Taehyung. -Lisa entrou no meu quarto me cumprimentando 

 - Boa tarde Lisa. -ela sorriu de um jeito doce e começou a arrumar algumas coisas que estão fora de ordem ali

- Você por acaso sabe sobre o Hoseok? 

- Ah, o que eu irei ajudar? -perguntou e eu apenas assenti- Ele está doente. Me procurou hoje mais cedo para que viesse no seu lugar. 

 - Ele está com o que? -a preocupação já me consumia 

 - Apenas um resfriado. Logo logo estará melhor, por enquanto eu cuidarei de você e prometo fazer um ótimo trabalho. 

 Não disse nada, apenas sorri de lado, e ela vendo o meu silêncio voltou a fazer sua tarefa. Fechei os olhos e pensei em Hope, sei que estar resfriado não é nada de mais, só que ainda assim fico preocupado, porque entre todos os anos que nos conhecemos, ele nunca havia ficado doente, então percebo que isso acontece raramente. Só espero que ele melhore logo e volte a cuidar de mim. Não que Lisa é ruim, só que me acostumei com o seu jeito de me tratar e também estou com saudades. 

 Pode parecer meio cliché, ou bastante, mas eu já sinto sua falta. Do cheiro maravilhoso dele, do seu sorriso, dos seus olhos, dos beijos e do calor do seu abraço. Não negarei que nunca fui do tipo carinhoso, mas Hope desperta o melhor lado de mim, e eu só quero o fazer feliz e poder dar carinho. 

 - Anh Taehyung... Posso te fazer uma pergunta? -a voz de Lisa saiu doce e eu assenti assim que ela se sentou ao meu lado na cama 

 - Pode falar. -disse e ela sorriu, suas bochechas ficaram vermelhas e ela abaixou a cabeça mordendo o lábio inferior 

 - Bom, é que, anh, você sabe se o Hoseok tem namorada? -perguntou me fazendo a olhar incrédulo 

 CLARO QUE TEM! 

 NAMORADO! 

 Bom, na verdade não somos namorados, mas temos alguma coisa não é? E por que ela quer saber isso? É algo íntimo demais pra uma pessoa que chegou ontem querer saber. 

 - Tem sim. -disse sério- Ele namora. 

 - Ah, tudo bem então. -disse e se levantou- Vou ir buscar algumas coisas que estão faltando, já volto. 

 Assenti e ela saiu do quarto. Entediado olhei para o teto e na minha cabeça veio a imagem do sorriso do Hope, e meu coração acelerou. Toquei a "campainha" ao lado da cama e uma enfermeira veio ver o que estava precisando. Lhe informei que gostaria de ver meu amigo, mas a mesma disse que não, pois ele estava de repouso. Revirei os olhos assim que ela saiu do quarto. Logo Lisa voltou, e pedi ajuda para sentar na cadeira, e avisei que iria sair um pouco, para não atrapalhar a arrumação dela. A mesma concordou e disse que logo eu teria que estar de volta, pois teríamos que ver como ficará os horários que ela dividirá com Hope. Lhe dei um breve tchau e segui caminho para o lado de fora, queria ver meu "amigo" então fui até seu quarto, que ficava na ala dos estagiários e ajudantes. 

 324. O número do seu quarto. Sempre que me sentia sozinho, eu vinha até seu quarto para que pudéssemos ficar conversando e colocando os assuntos em dia, ou até mesmo para o tempo passar. Bati levemente na porta, e logo ela foi aberta, Hope estava mais branco que o normal, de longe se via que ele estava doente pela sua palidez, mas mesmo assim, aquele sorriso maravilhoso estava em seu rosto. Até nesses momentos ele é assim, e eu admiro isso demais nele. 

 - Tae! O que está fazendo aqui? -perguntou abrindo mais a porta e dando espaço para que eu entrasse- Estou doente, não pode ficar muito perto de mim. 

 - Por isso mesmo que eu vim. -posicionei minha cadeira ao lado da cama, onde ele se sentou- Você está doente e nem me avisou. Vim cuidar de você. 

 - O que? Não! Não precisa, eu já estou bem melhor, sério. -disse rapidamente e estranhei seu comportamento- Não precisa mesmo! 

 - Eu vou ficar aqui e cuidar de você, então fica quieto e deita na cama. -ele se calou e obedeceu, me aproximei mais e coloquei a mão na sua testa, percebendo que sua temperatura estava um pouco elevada- Você está com febre. 

 Ele não disse nada, apenas me olhou. Fui até a pequena cozinha e peguei um pote com um pouco de água morna, molhei uma toalha e voltei para perto da cama. Dobrei a pequena toalha, e passei na sua testa. Hope fechou os olhos e me deixou cuidar dele, sorri fraco e continuei passando a toalha por seu rosto, e sua respiração ia se acalmando um pouco mais. E logo, ele estava dormindo, fiz carinho em sua cabeça e encostei a minha no seu braço, fechando os olhos e dormindo logo em seguida. 

 (...) 

 - Eu consigo me virar Tae. Não precisa fazer isso sério. -a voz de Hope estava começando a me irritar 

 - Fica quieto por um minuto. Caramba Hope, eu estou em uma cadeira de rodas, não estou com uma doença terminal nem nada. Não sou um impossibilitado, eu posso fazer as coisas e quero cuidar de você. É errado querer isso? Poxa, se não quer é só falar que eu vou embora. Não precisa ficar falando que não precisa de ajuda, porque eu sei que precisa, mal consegue se aguentar em pé. -coloquei o prato com sua comida ao lado da cama- Que droga! Eu odeio isso. Odeio a forma que você você me trata como um inválido, como se eu fosse uma criança que está aprendendo a andar. 

 Minha respiração estava acelerada e eu sentia minhas mãos tremendo, e de repente minha cadeira foi virada de forma brusca, Hope me olhava quase chocado, e tentava entender o que havia acabado de acontecer. Suas mãos seguravam as minhas e pude notar que ele ainda estava quente. Talvez, sua febre não tenha diminuído, ou isso é o que acontece quando nos tocamos. 

 - Por que você está assim? -perguntou e eu abaixei a cabeça- Você tem noção do quanto essas palavras me magoaram Tae? Você sabe que eu nunca, em hipótese alguma trataria você como um inválido ou qualquer coisa do tipo. Eu nunca, te tratei como uma criança, então por que está agindo dessa forma? Te falei que não preciso de ajuda, porque não quero que você fique exposto ao meu resfriado e acabe ficando doente também, eu me importo com você Taehyung, por isso não quis sua ajuda. Eu sempre penso no melhor pra você em primeiro lugar. 

 Me calei. Não havia o que falar. Eu também não tinha certeza do que está acontecendo comigo. Também não sei o porque eu explodi dessa forma, bom, talvez o que estou sentindo seja um motivo, mas é cedo demais pra sentir isso. 

 - O que aconteceu? -o olhei e ele encarou meus olhos, quase como se quisesse enxergar minha alma- Porque não é possível que você esteja assim só porque não te informei que estava doente. O que aconteceu Taehyung? 

 - Nada. Eu só estou um pouco cansado e acabei descontando em você. -murmurei e ele levantou uma sobrancelha 

 - Por que será que não acredito em você? -abri a boca incrédulo- Eu consigo ver nos seus olhos que está mentindo. Eu conheço você, muito melhor que qualquer pessoa. Só vou perguntar mais uma vez; O que aconteceu? 

 - A Lisa veio me perguntar se você tinha namorada. -contei o que estava entalado na minha garganta e um silêncio se fez presente 

No segundo seguinte, sua gargalhada alta explodia, preenchendo o silêncio anterior. O olhei confuso e de seus olhos saiam lágrimas, de tanto rir. Acabei rindo fraco, porque mesmo não entendendo nada, era contagiante seu sorriso. E tão de repente como começou, sua risada se transformou em um rosto sério. E ele me olhou, tão profundamente, que me senti nu. 

 Era como se ele de fato, pudesse enxergar minha alma. 

 - O que foi? -perguntei após longos segundos de silêncio 

 - Você está com ciúmes. -disse com firmeza- E pode parecer bobagem, mas estou me sentindo o homem mais feliz do mundo. 

Novamente começou a rir, e calou a própria risada, me beijando. Sem se importar se estava doente. Sem se importar se poderia entrar alguém no quarto. Ele simplesmente me beijou. E mostrou toda a sua felicidade. 

Naquele beijo, que foi inesperado, ele me reivindicou como seu. E provou que não precisava ter ciumes de nada nem ninguém, porque ele era meu.