“ Save me from myself please!” ( — Solitario1
8- Novembro, dia 22 de 2011.
18:06
Sua mente em branco aos poucos vai se clareando. Apertou suas pálpebras pesados pesadas estavam apertadas, pela claridade que bateu sobre seus olhos sensíveis, ao que tentou abri-los. Sentiu algo ao lado do lugar confortável onde estava deitando s e mexer, deixando-o um pouco tenso, automaticamente. Em poucos segundos, abriu vagarosamente os olhos, com um esforço que parecia tirar-lhe toda a pequena força que possuía em seu corpo cansado. A luz atingiu novamente suas vistas, mas nada que o fizesse fechar novamente os olhos. Apenas tentou se acostumar com a claridade, e assim que o fez, suspirou profundamente. Deparou-se com o teto branco do quarto onde estava e franziu o cenho.
— A-ahn. — grunhiu ao tentar se mover sobre o, aparentemente, colchão onde estava deitado, mas pelo peso que seu corpo estava, fora uma tentativa falha.
— M-meu Deus. — ouviu uma voz baixa, mas bem conhecida pelo mais novo dizer cortada por um ofego. Olhou em direção a ela, se deparando com os olhos cansados e com profundas olheiras, além de avermelhados. Os olhos âmbares fixaram-se com tamanha emoção, desconhecida por si, nos seus azuis — N-Niall, e-eu vou chamar o médico. — avisou com a voz trêmula, mostrando toda a emoção que sentia, mesmo tentando escondê-la e manter-se calmo.
— Z-Za… — calou-se assim que a voz do maior o interrompe suavemente, enquanto pequenas lágrimas formava-se nos olhos profundamente apaixonados do moreno.
— P-Por favor. — pediu tão baixinho, que se o de cabelos tingidos não estivesse perto o suficiente, não ouviria — Não se esforce muito. Irei sair agora para chamar o médico. — explicou com calma, olhando fixamente nos olhos quase opacos que o olhava também — Irei voltar em breve, prometo-lhe. — finalizou se arriscando a um leve sorriso. E sem mais demora, afastou-se da cama apressado seguindo em direção a uma das duas portas que havia no quarto, sendo essa a que o levou para fora do cômodo.
***
— Bom, foi por pouco, sr. Horan. — disse o médico, anotando algo em uma prancheta que segurava, logo finalizando — Sinta-se um sortudo. — lhe sorriu leve e profissional, como se já estivesse acostumado com situações como aquela. Não demorou até que, com um pedido de licença, o médico deixasse o quarto em passos curtos porém tranquilos.
“Não importa o que entre no meu caminho
Contanto que tenha ainda vida em mim
Não importa o que aconteça, lembre -se
Eu sempre virei por você”
— Como se sente? — perguntou assim que estavam sozinhos no quarto, sentando-se em uma cadeira ao lado da cama hospitalar, onde o loiro se encontrava deixado, um pouco mais pálido que o normal mas não mais algo para se preocupar, mesmo que este tenha que ficar de observação por mais alguns dias.
— Como se um elefante estivesse em cima de mim. — mesmo com o tom sério do loiro, o moreno não conteve-se em soltar um leve riso pela comparação do loiro. Ficaram alguns segundos em silêncio, enquanto Zayn, aos poucos, aproxima sua mão da mão da mão do loiro caída sobre o colchão ao lado do menor, que num ato até surpreendente, não afastou a mão de Zayn brutalmente ou secamente, como faria normalmente.
— Eu fiquei preocupado. — sussurrou com a voz bem baixa e aparentemente embargada. Niall ficou em silêncio, continuando apenas a olhar para o teto branco — E-eu… — limpou a garganta, apertando levemente a mão pequena que se encaixava perfeitamente na sua — Eu pensei que ia te perder. — passou a ponta da sua língua sobre seus lábios ressecados, enquanto tentava conter o nó em sua garganta.
— Zayn… — a voz rouca e quase inaudível chamou baixinho, fazendo o moreno balançar a cabeça e respirar fundo tentando conter as lágrimas.
“A essa hora você já deve saber que eu viria por você
Por mais ninguém, sim eu viria por você
Mas só se você me dissesse pra vir
E eu lutaria por você”
— Deixe-me falar, por favor. — pediu educadamente, levantando a cabeça que nem percebera ter abaixado, e podendo então ver que a cabeça do loiro estava virada em sua direção e que seus olhos claros estavam fixos agora nos seus, fazendo seu coração automaticamente disparar, mas não ousou desviar ambos olhares — Niall, eu… — sentiu sua voz falhar um pouco mais, porém limpou a garganta e fez um esforço para não chorar, pois aquele momento onde precisava ser forte, tanto pelo loiro quando por si mesmo — Niall, eu sei que não importa quantas vezes eu diga ou demonstre, sei que dificilmente algo que sair da minha boca ou de minhas ações te fará parar para pensar que eu amo você e que se você me deixar eu não sei o que sou capaz de fazer. — começou sem saber ao certo quais palavras usar, mas estava tentando. Queria dizer tudo logo — Sei também que em nenhum momento você me pediu para ficar, você não me iludiu ou e deu esperanças de que tudo melhoraria ou seria um mar de rosas. Muito pelo contrário, quando te conheci, a primeira coisa que fez foi olhar nos meus olhos e dizer para que eu não me aproximasse caso não quisesse ser despedaçado. Mas, bem, não tinha como eu realmente me manter afastado de você sendo que meu coração queria estar ao seu lado desde o primeiro dia que te vi. — percebeu os olhos do menor fixos nos meus, prestando atenção em cada uma de suas palavras, que mesmo não demonstrando, eram significativas, de certa forma para si. Mas nunca diria isso ao moreno. Era egoísta demais para tal — E-eu, eu te disse, no momento em que me deixou entrar, que eu tentaria e daria minha vida para te salvar. Para te levantar. E eu sei que muitas vezes falhei com essa promessa, sei que ainda tenho muito para enfrentar, muito para chorar e orar. — mordeu o lábio inferior, lembrando-se que quando achava que já não tinha mais esperanças, buscava ao Deus que diziam ser bom — Mas, quando eu te disse que daria minha vida para ver ao menos um mínimo sorriso em seus lábios, eu não tinha em mente desistir, e não tenho. Porque eu amo você, e não importa quantas vezes eu tenha que dizer, não importa se eu tiver que enfrentar muito mais por você. Porque lutar por você é lutar por mim, Niall. — respirou fundo, sentindo uma leve ardência em seus olhos — Eu sei que passou por muitas coisas, sei que enfrentou muitos problemas, eu nunca tirei sua razão por se defender com essa parede que construiu em volta de seu coração, muito pelo contrário, eu vejo que é a sua forma de mostrar que está ferido, que não quer se machucar mais, que não aguentaria mais uma decepção — pôde perceber, mesmo que mínimo, os olhos do loiro tremerem levemente — Mas, Niall, você tem que me permitir entrar realmente, eu sei que já me deu, mesmo que indiretamente essa chance, porém, eu preciso que você me ajude a te ajudar, pois eu irei cair também, Nih, eu irei acabar caindo, não por sua causa, jamais, mas sim por ver que tudo o que prometi, indo pelo cano. — olhou profundamente nos olhos trêmulos com os seus aguados — Por favor, me ajude a te ajudar, por favor, Niall. — sussurrou, aproximando seu segundas intenções o rosto do rosto do menor — Me deixe tentar fazer você me amar. — pediu, acariciando a mão do menor com seu polegar.
“Então se você alguma vez se perder e se encontrar completamente sozinho
Eu procuraria pra sempre só pra te trazer pra casa
Aqui e agora, isso é uma promessa”
Um silêncio pairou sobre o cômoda. Niall nada dizia, nenhuma reação era visível em si, além dos olhos trêmulos e a respiração acelerada. o loiro apenas mantinha os olhos fixos nos do maior, sem desviar, sem saber o que dizer.
“Sim, eu vim por você. por mais ninguém, só você
Sim eu vim por você
Mas apenas se me dissesse de volta”
Niall confessava que, muitas das vezes as ações do maior sim, mostravam a ele que havia algo bom no mundo, tanto que quando pensou que o moreno havia deixado-o, quase morrerá, realmente. O loiro sabia que o moreno era a única coisa que ainda o mantinha vivo, a única coisa pela qual tentaria. Mas, ainda sim, mesmo Zayn sendo sua pequena esperança, para ele era muito difícil pensar em coisas assim quando tinha suas crises ou problemas. Nesses momentos, ele não pensava em nada, em apenas acabar com essa dor tão profunda e obscura. Esse buraco negro.
Mas, se Zayn era mesmo sua pequena esperança, por que não tentar? Não dar-lhe, realmente, a chance de o salvar?
“Não importa o que entre no meu caminho
Contanto que tenha ainda vida em mim
Não importa o que aconteça, lembre -se
Você sabe que eu sempre virei por você
Eu atravessaria o mundo rastejando por você
Faço tudo o que você quiser
Não importa o que aconteça, lembre -se
Você sabe que eu sempre vim por você
Você sabe que eu sempre vim por você”
— Eu deixo, Zayn. — sussurrou com sua voz rouca — Eu não te prometo alegrias, nem sorrisos, mas eu deixo você entrar. — suspirou, sentindo o raro nó em sua garganta — Ajuda-me a salvar-me. Eu preciso que me ajude. — mordeu o lábio inferior — Eu preciso de você. — olhou em seus olhos firmemente — Eu te dou a oportunidade de me mostrar que é possível, mesmo eu ja não crendo nisso. Mas, por favor, não me machuque. Não me deixe, não… não me abandone. — sussurrou — Salva-me de mim mesmo.
“Minha mente estava se fechando, agora eu estou acreditando
Eu sei finalmente o que significa deixar alguém entrar
Pra ver o lado de mim que ninguém nunca viu nem verá”
— Eu irei salvar-te, Niall. Não de ti mesmo, mas sim de onde o mundo te jogou. Prometo. — sussurrou por fim.
“Eu estou tão sozinho, anjo caído
Eu estou tão sozinho, escute o meu coração
Completamente sozinho, anjo caído
Venha e me salve antes de eu desmoronar”
( — Broken Angel - (feat. Helena) Arash
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