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História Hora de amar - Capítulo 15


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 15 - Capítulo 15



Caio suspirou fundo e cruzou os braços sobre o peito, preparado para fazer o supremo sacrifício.

– Vou me casar com você...

Luiza riu e franziu a testa ao mesmo tempo, como se ele tivesse contado uma piada de mau gosto.

– Não seja tolo.

Caio cerrou os dentes porque o casamento era a única solução aceitável para o problema.

– Falo sério, casarei com você assim o bebê terá um nome, e vou sustentá-la.

Luiza arregalou os olhos.

– Faria isso? Casaria comigo de verdade? 

- É o que preciso fazer para o seu bem... e o bem da criança. – Os olhos dele eram frios. – Não posso permitir que crie meu filho sozinha.

– Está preocupado com o que meu avô vai pensar – refetiu ela em voz alta. – Mas ninguém casa atualmente só porque um bebê vai nascer.

– Continua sendo a coisa certa a fazer – respondeu ele sem emoção. – E, é solução mais prática.

– Discordo,você não quer se casar comigo, Caio. E não me casarei com você nessas bases seria injusto para nós dois – retrucou ela com calma. – Mas agradeço a proposta, foi gentil de sua parte.

Caio a fitou em um silêncio espantado, incapaz de acreditar que Luiza  estava recusando.

– Gentil de minha parte? – repetiu.

– Sim, está sendo antiquado, mesmo que não seja seu estilo – ela explicou. – Por favor, seja honesto comigo.

– Estou sendo honesto com você, Luiza...

– Caio, você não me quer como sua esposa e também não quer ser pai, posso sentir isso – disse ela com os olhos verdes cheios de preocupação. – Não precisa agir comigo, ambos estamos chocados com a novidade sobre o bebê, porém não precisamos casar por causa disso.

– Seu avô não vai concordar com você.

– Bem, se um dia o conhecer, vamos discutir sobre isso. Não quero um marido relutante ou um pai infeliz, e estou sendo racional, não tola para começar, não me adaptaria ao seu mundo, seus amigos ririam de mim, iria constranger você. Afinal, não passo de uma faxineira!

– Ninguém riria de você se eu estivesse presente – retrucou ele – Faria um esforço para ser bom marido e bom pai.

– Mas não me ama... e vê-lo tentar o tempo todo seria duro para o meu ego – protestou ela.

– O amor não passa de desejo, e posso garantir que dará certo.

Chocada com esse ceticismo dele, Luiza concluiu definitivamente que estava tomando a decisão certa.

– Não concordo que todo o amor entre um homem e uma mulher seja apenas desejo, e se um dia me casar, quero amar e ser amada de verdade.

Ele endureceu o queixo.

– Infelizmente não posso lhe dar o que espera.

– Muito bem, porque não me casarei com você – replicou ela, aborrecida consigo mesma por imaginar que um dia poderia fazer Caio amá-la. – Concentre suas “tentativas” no amor que dará ao nosso filho.

Uma expressão sombria e irritada invadiu o rosto dele, que resmungou:

– Está sendo tola, Luiza.

Ela cruzou os braços sobre o peito.

– Sei o que faço.

– Recusar minha oferta de casamento sem a analisar é uma estupidez – insistiu ele.

– Tivemos uma noite juntos, não um relacionamento – despejou ela com agressividade, a raiva saindo como lava de um vulcão. – Não me conhece não sabe do que preciso, e foi embora depois daquela noite deixando claro que não desejava me ver!

Caio franziu a testa.

– Mas eu sabia que iria revê-la quando a levasse à Grécia para conhecer seu avô – lembrou ele com brusquidão.

– Já disse que não sei se chegarei a conhecê-lo. E agora, com a perspectiva do bebê, tenho muito em que pensar.

Caio observou com atenção a boca carnuda que pressionara sobre a sua no momento estava contraída em um gesto de obstinação. 

Ele se sentiu frustrado não estava acostumado a ser desafiado ou contrariado, queria agarrá-la e enfiá-la dentro de um avião, porque sabia que estava certo, apesar dos protestos de Luiza.

– Pretende continuar fazendo limpeza durante a gravidez? – perguntou com desdém.

Ela ficou corada de raiva.

– O que acha?

– Que precisa de minha ajuda agora para parar de trabalhar e se concentrar nas provas – concluiu, feliz por poder imaginá-la rodeada de livros e não limpando o chão. – Não precisa que lhe diga que seu trabalho requer um grande esforço físico que no momento não pode fazer.

– Tolice! Vou me arranjar muito bem...

– Já desmaiou – lembrou ele. – Isso é bom?

Ela enfiou as unhas nas palmas das mãos, sentindo antipatia por ele.

– Quer saber por que desmaiei? Estou tendo enjoos matinais e não consigo comer logo cedo, portanto vim para cá de estômago vazio e muito nervosa, fiquei tonta, só isso.

– E se ficar tonta nos degraus de uma escada? Possivelmente cairá devo aceitar tal ameaça? Que tipo de homem aceitaria isso nessas condições? – ele exclamou.

– O mesmo homem que fez sexo comigo e foi embora no meio da noite sem uma explicação – retruco ele. – Não finja que é sensível e protetor, porque não é.

Com tal acusação ainda vibrando em seus ouvidos, Caio pegou o telefone interno e avisou a governanta para trazer o café da manhã para sua visita. Estava furioso não conseguia chegar a parte alguma com Luiza.

 Ela não ouvia não tinha respeito, e também não concordara ainda em conhecer Socrates.Ele estava prestes a explodir.

– Por que me olha assim? – perguntou ela, de repente com medo dos olhos frios e azuis. – Posso cuidar de mim mesma, Caio não precisa se preocupar.

– Cuida tão bem que me deixou levá-la para a cama na primeira noite! – replicou ele com uma espécie de rugido. 

Incapaz de argumentar com tal verdade, Luiza ficou imóvel sabia que o irritava, mas tinha certeza de que qualquer um que discordasse dele o irritaria também. E já era hora de Caio ser contrariado.

– Todos cometemos erros, você foi meu erro – murmurou ela.

Caio deu um passo à frente, maravilhado com a resistência dela quando seus subordinados costumavam tremer ao menor sinal de alteração na sua voz. 

Como ela ousava chamá-lo de erro? Como ousava recusar sua proposta de casamento? Por que não o ouvia?

– Aquela noite não foi um erro – resmungou ele fixando o olhar em sua boca.

Seu corpo reagiu sentindo os mamilos enrijecerem sob o suéter isso já não era novidade para Luiza, que sonhava com Caio todas as noites desde que ele a deixara.

– Claro que foi um erro – contradisse.

– Não foi.






#Caluh❤







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