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História Hora de amar - Capítulo 31


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 31 - Capítulo 31



Essa verdade dita com tanta frieza que caiu como uma barra de ferro sobre a cabeça orgulhosa de Luiza, envergonhando-a, constrangendo-a, enfurecendo-a. 

Caio nunca falhava em dar o golpe verbal final nas discussões entretanto, pedira desculpas, lembrou ela para se consolar, mesmo quando ela não esperava por isso. 

– Perdão se fui brusco hoje, mas não torne meu dinheiro uma barreira entre nós dois – disse Caio naquela noite na cama enquanto a segurava com força, após uma explosão de sexo apaixonado. – Não me negue o prazer de comprar coisas bonitas para você.

E Luiza estava tão feliz com ele, embora sabendo que Caio se sentiria rejeitado quando ela fosse morar com o avô em Atenas com ele era tudo ou nada. 

Mas, afinal, Caio não pedira que fossem morar juntos; se pedisse, ela aceitaria porém a questão era que não pedira sua estadiana ilha parecia uma quebra na rotina para Caio e nada muito importante.

Assim pensando, Luiza dobrou uma blusa e guardou na mala com um suspiro, Caio não pedira que ela se apaixonasse por ele tão completamente.

Aliás, se tivesse previsto isso, sem dúvida teria ordenado que ela não se apaixonasse Luiza lembrou que as cobertas e os brinquedos de Bas estavam no andar de baixo, e foi buscá-los. 

Como sempre, Caio passava a manhã trabalhando em seu escritório, e ela não o via desde o café retirava um brinquedo debaixo de uma mesa quando ele surgiu.

– Já trabalhei bastante por um dia, meu bem – anunciou, recostando-se no batente da porta com o cabelo louro despenteado e o torso musculos surgindo da camisa aberta sobre o calção de banho. 

Mesmo vestido de maneira tão casual e simples, exalava poder ao vê-lo, Luiza sentiu a boca seca e seu coração disparou; era tolice acreditar que um dia ficariam juntos para sempre, pois sempre tinha a impressão que estava desejando o sol ou a lua.

– O que faz aí deitada no chão?

– Recolhendo os brinquedos de Bas – murmurou ela se levantando para encará-lo com apreensão.

Oh, como sentiria a falta dele no dia seguinte, quando partisse e deixasse a ilha para trás a perspectiva a deprimiu.

– Diga aos empregados para recolherem tudo – ordenou Caio no tom de voz displicente de quem estava acostumado a ser servido. 

Nunca se preocupava em fazer tarefas menores, pensou Luiza sua vida era dedicada ao trabalho sério ou ao sexo casual.

Diante de tal pensamento, sentiu os mamilos rijos sob o vestido de verão que começava a ficar um pouco apertado por causa da gestação pela primeira vez na vida, tinha curvas e seios bastante visíveis.

Achava graça, pois seria apenas temporário, mas o fato de sua cintura estar engrossando tão depressa não lhe agradava o corpo que Caio jurava adorar estava mudando, e Luiza nada podia fazer para impedir isso. 

Em breve ele não desejaria mais tirar sua roupa para ver uma baleia não era melhor partir antes que seu desejo desaparecesse? Pelo menos conservaria seu orgulho.E orgulho era tudo que uma garota possuía quando amava e não era correspondida.

Caio notou seu desconforto e como ela desviava o olhar percebera algo errado nas últimas 48 horas, mas nada dissera, pois em sua longa experiência com as mulheres sabia que era melhor evitar discussões.

Entretanto, não podia parar de pensar que algo ou alguém deixara Luiza pensativa e tristonha, diferente do seu jeito alegre de sempre, ela tinha uma tremenda capacidade para se sentir alegre e apreciar as pequenas coisas da vida, refletiu.

Um lindo pôr do sol, um jantar gostoso ou até uma piada sem graça de um velho pescador eram coisas que a faziam sorrir e até gargalhar; Luiza era alegre por natureza, fácil de agradar, e já aceitara os limites que ele impusera era a amante ideal.

– Sente-se bem? – perguntou ele com brusquidão, surpreendendo a si mesmo com a pergunta que dava margem para uma conversa talvez indesejável, porém o nervosismo dela começava a afetá-lo. 

Não era àtoa, que Caio devorara um livro chamado Os desastres da gravidez que o deixara deprimido com essa leitura aprendera a detectar sinais de perigo; analisava Luiza em silêncio todos os dias para descobrir visíveis sintomas de alterações em seu humor.

Mas ela sorriu, determinada a não estragar o último dia juntos, e respondeu:

– Claro que estou bem.

Caio passou os dedos longos por seu cabelo solto que alcançava os ombros, apreciando o aroma familiar de seu xampu de ervas uma sucessão de imagens cruzou de repente seu cérebro: Luiza rindo com entusiasmo, o cabelo ao vento no barco, divertindo-se antes de sentir enjoada; Luiza tendo-o na cama de manhã como se ele fosse a oitava maravilha do mundo.

 Mas ele não era um sonhador; estava contente com o que tinham e só pensava em beijá-la nesse momento, Caio beijava muito bem, e Luiza se deixou levar em seus braços. 

Bas corria em volta dos dois, latindo, pedindo atenção, enquanto Caio a carregava para o andar de cima o cãozinho não podia subir os degraus com a pata engessada.

– Fique aí embaixo, Bas – disse Caio já separando a coxas de Luiza e apalpando sua umidade.

Jamais sentira essa conexão sexual e instantânea com nenhuma outra mulher com ela, isso acontecia a qualquer hora do dia, fosse lá qual fosse seu humor ou como a tocava... era um privilégio para um homem sensual encontrar tal parceira.

Ele abriu a porta do quarto dela com o ombro porque ainda a carregava nos braços, e Luiza riu quando Caio quase se desequilibrou e caiu no tapete apertou seu rosto com as mãos de amante amorosa, fitando seus olhos azuis.

– Adoro seus olhos... já lhe disse?

– Talvez uma ou duas vezes. – Caio riu, e de repente viu a mala aberta sobre a cama; fez Luiza  apoiar os pés no chão. – Que diabo é isso? – perguntou com brusquidão.

Luiza engoliu em seco.

– Pretendia lhe contar no jantar Socrates enviará um helicóptero para me buscar amanhã de manhã.

O rosto de Caio parecia de granito quis saber:

– E quando pretende voltar?

Luiza se aprumou perdera os sapatos na subida pela escada e ajeitou a saia de modo apressado, tentando se recompor.

– Vou ficar com ele, Caio... como prometi a você que faria.

Caio parecia um robô parado na sua frente, com os olhos duros.

– Então está me dispensando.

Ela ficou arrasada.

– Não é nada disso, Caio sabe que não é, meu avô organizou uma festa em minha homenagem no sábado à noite... Você não vai?

– É a primeira vez que ouço falar nessa festa, quando pretende voltar para cá? – insistiu ele. 

Luiza respirou funda e lentamente.

– Não podemos continuar assim infinitamente – murmurou sem graça, desesperada para encontrar e usar as palavras certas enquanto sabia ser impossível.







#Caluh




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