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História Hora de amar - Capítulo 4


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 4 - Capítulo 4



Caio a observou, tentando reconhecer sua presa na foto preta e branca Luiza surgira tão magra e sem graça, porém em carne e osso não era nada disso.... apesar de ser um pouco pequena. 

Os membros da família Seferis eram de estatura normal, lembrou de maneira distraída, porém essa garota parecia tão minúscula e frágil na aparência que lembrava um elfo de contos de fadas.

Entretanto, ao mesmo tempo que sua fragilidade quase o fazia sorrir, seu rosto e seu cabelo o hipnotizaram. 

Caio jamais vira esse tom de louro tão claro em ninguém; uma cabeleira que caía, ondulante, como ocos de neve. Luiza devia ter tingido... era evidente, concluiu, voltando a atenção para o rosto dela: olhos enormes e verdes como o mar, nariz pequeno e uma boca carnuda desenhada para o pecado, que fazia um homem ter fantasias eróticas. 

Mas ele não era esse tipo de homem fantasioso, emendou para si mesmo.Toda mulher que desejava e da qual se aproximava sempre se mostrava disponível, portanto não tinha necessidade de fantasiar.

 Os lábios rosados e suculentos de Luiza eram muito sensuais, mas ele não desejava ter tal tipo de pensamento em relação à neta perdida de seu padrinho.

Era um situação estranha que o fazia se sentir assim, refletiu, que o deixava confuso fitando os olhos penetrantes de Caio, Luiza engoliu em seco e sentiu seu coração disparar como se fosse um animalzinho preso em uma armadilha.

 Esse homem era tão lindo, desde os malares altos do rosto, o nariz reto, até o queix e a boca sexy. Contudo, o lábio inferior se movia com impaciência, e ela tratou de afastar a cabeça da porta bem depressa, desaparecendo no corredor. 

Sons de alarme vibraram em seu íntimo; esse não era o tipo de homem que ousaria interromper ou irritar.

Passaria o aspirador de pó na grande sala de reuniões e depois voltaria para ver se ele já fora embora.

Quando ela desapareceu de supetão, Caio resmungou irritado acostumado a ver as mulheres chegarem ao nível do ridículo para atrair sua atenção, não estava preparado para tal retirada súbita.

Mas será que esperara que uma faxineira se aproximasse dele e começasse a conversar? É claro que não Luiza tratara de sumir.

Caio caminhou até a porta da sala com passadas largas e viu a guria lá fora carregando seu aspirador de pó.

– Não vou demorar muito mais tempo aqui – anunciou em voz alta, o tom forte e profundo quebrando o silêncio do ambiente vazio.

Tomada de surpresa com o aviso, Luiza se voltou de supetão, o cabelo claríssimo dançando ao redor do rosto e os olhos verdes arregalados de apreensão.

– Posso limpar a sala de reuniões antes...

– Você é nova por aqui, não? – perguntou Caio, imaginando o que havia nos olhos da garota, no seu rosto, que o fazia fitá-la mais do que o necessário.

– Sim... essa é a primeira vez que trabalhamos aqui – murmurou Luiza em voz tão baixa que ele fez força para ouvir. – Queremos realizar um bom serviço.

– Tenho certeza de que sim.

Caio a observou lidar com um aspirador de pó quase da sua altura e muito mais volumoso, sentindo o súbito e ridículo desejo de tirar o objeto de suas mãos pequenas e forçá-la a lhe dar toda a atenção. 

O que estava acontecendo com ele? De repente percebeu, para seu horror, que estava ficando excitado. 

Havia muito tempo não tinha uma reação sexual tão rápida e violenta, Raios! Não era mais um menino que se excitava diante da visão de qualquer mulher. 

Não entendia o efeito que Luiza provocava porque isso não fazia parte de sua experiência de vida. Ela era graciosa, e não fazia o seu tipo.

Ele gostava de mulheres altas e curvilíneas com cabelo negro, e dificilmente se afastava dessa preferência.De várias maneiras, fora do mundo dos negócios, Caio era uma pessoa com hábitos rígidos, sem vontade de se comprometer e descontando de tudo que era novo ou diferente. 

Sua criação o ensinara a ser assim, encerrando-o dentro de uma concha de discrição, ceticismo e objetividade. 

Ainda muito jovem aprendera que para muitos sua imensa fortuna o tornava uma fonte de lucro, um alvo a ser alcançado, adulado e por fim usando e enganado pelos ambiciosos e gananciosos.

Já no final do turno Luiza encontrou aquela sala vazia. A luminária ainda estava acesa, e o laptop continuava aberto sobre a escrivaninha, mas ela estava cansada e sabia que não havia oportunidade melhor para terminar o serviço. 

Espanava o tampo da mesa quando ele reapareceu, bloqueando a moldura da porta com o físico atlético e fazendo Luiza estremecer.

– Vou tirar isso do seu caminho – murmurou Caio, pegando o laptop e passando tão perto dela que a fez sentir seu perfume.

– Não precisa... posso trabalhar se o senhor puder me aguentar por cinco minutos mais... – gaguejou ela.

Luiza notou sobre a escrivaninha a foto emoldurada de uma jovem loura com duas crianças do lado…

– Lindos filhos – elogiou.

– Não são meus – apressou-se Caio a dizer. – Divido esta sala com outra pessoa – mentiu.

Ela arregalou os olhos enquanto segurava o aspirador com força, porque ele não parecia um homem acostumado a dividir nada com ninguém, embora não soubesse de onde tirara essa impressão. 

Talvez pelo fato de ser alguém que parecia uma rocha gigantesca e poderosa.

– A propósito, meu nome é Carlos – apresentou-se ele com delicadeza. – Carlos Ruso...

– Prazer em conhecê-lo – respondeu Luís, muito constrangida porque isso não fazia parte das regras.

Os homens nos escritórios só falavam com as faxineiras quando eram senhoras que os faziam se lembrarem da avó ou da mãe ou se eram garotas provocantes. 

Zoe fora apelidada pelas colegas de trabalho de “bomba-relógio”, e costumava atingir os homens por causa do rosto lindo e das curvas generosas.

 Contudo nenhum jamais olhara para Luíza duas vezes, Assim pensando, ligou o aspirador e encheu a sala de barulho, vendo com satisfação a careta que ele fazia. Por fim, desligou o aparelho e saiu da sala sem olhar para trás.

Caio repetiu que era estranho se dirigir tão delicadamente a uma mulher e perceber que ela não estava emocionada nem parecia atraída.

 A garota escapara de sua presença assim que fora possível, Seria tímida? Não estava acostumado a analisar as mulheres com muita atenção além da beleza de seus corpos consultou o relógio de pulso. 

Tinha um jantar de negócios e enquanto deixava a sala pensou em como Luiza era sexy.



Notas Finais


#Caluh


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