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História Hora de amar - Capítulo 5


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 5 - Capítulo 5


Luiza voltou para casa naquela noite e foi recebida pelos latidos alegres de Baskerville na pequena cozinha que todas as moradoras da casa dividiam. Baskerville era um chihuahua de 4 anos que pertencera a Berliane, sua mãe de criação, e que agora se tornara a mascote das mulheres da casa, mimada por todas.

Isso era um alívio para Luiza, que temia encontrá-lo solitário quando voltava depois do trabalho. Com Bask debaixo do braço, Luiza preparou um sanduíche com pão e queijo e foi se sentar na frente da televisão junto com as outras moradoras da casa.

Quando voltou à empresa na noite seguinte, a sala de Caio estava iluminada, mas vazia. Com uma absurda sensação de desapontamento, arrumou para a sala de reuniões, mas assim que entrou viu ele parado junto à janela.

 Uma espécie de descarga elétrica percorreu seu corpo da cabeça aos pés. Ele falava ao telefone em um idioma estrangeiro, mas ela captou algumas palavras que pareciam grego. 


Erguendo a mão de modo imperioso para que ela entrasse, Caio a analisou, percebendo que não usava maquiagem e que o cabelo estava preso.

 Queria provar seus lábios polpudos e tocar seu corpo delicado, sonhara com ela na noite anterior, acordara excitado, e qualquer mulher que conseguia deixá-lo nesse estado merecia sua total atenção e nenhuma conseguira até este momento. 

Já não importava quem Luiza  era, mas o que ela podia fazê-lo sentir. Pois quando se tratava do sexo feminino, o maior problema de Caio era o tédio.

– Já acabei aqui – avisou em poucas palavras, guardando o celular e se aproximando dela.

– Se tem certeza...

– Claro que tenho – respondeu ele com segurança, passando por  perto de Luiza e sentindo seu perfume floral.

Percebeu pelos seus olhos que a atração era mútua. Então se Socrates lhe dera uma tarefa, pretendia realizá-la em tempo recorde. Conheceria Luiza profundamente e esperava não ter que passar muitas horas extras no escritório. 

Muito constrangida, sem saber o que se passava na cabeça do homem, Luiza começou a limpar a sala de reuniões. Era infantil se sentir assim perto de um estranho, disse para si mesma com irritação, porém talvez isso fosse por causa de sua inexperiência.

 Tinha 23 anos e era virgem, sua vida sexual fora truncada desde a adolescência porque precisara deixar a escola e tomar conta de Berliane, com uma doença terminal. Portanto as oportunidades de ter experiências sexuais haviam desaparecido; quando reconquistara a liberdade após a morte da mãe de criação, tornara-se muito cautelosa a respeito dos homens. Essa era a primeira vez que seu coração batia mais forte diante de alguém do sexo oposto.



(..... )


– Conheci um homem...-costumava confidenciar Jenny Braga, sua mãe, quando ela ainda era criança. – Alguém especial vou me ausentar por algum tempo.

E sua mãe desaparecia por alguns dias, deixando Luiza sozinha no apartamento sem aquecimento, dinheiro, comida ou roupas limpas.

Mas era pior quando trazia os homens para casa, avisando Luiza para não sair do seu quarto e ficando deitada na cama ou no sofá da sala o dia inteiro, bebendo, rindo alto e se esquecendo de levar a filha para a escola, alimentá-la e dar banho nela, por fim, perdera a guarda dela.


(... )



QuandoLuiza terminou de limpar todas as salas, Caio continuava atrás da escrivaninha. Ela passou a cabeça pela porta e perguntou com timidez:

– Posso limpar aqui?

– Fiquei a vontade – respondeu sorrindo e a deixando de novo petrificada. – Quer um drinque? –perguntou, já com um copo na mão.

Espantada com a oferta, Luiza respondeu:

– Não, obrigada.

Na verdade queria aceitar, mas dava muito valor ao seu emprego para flertar com um dos clientes.

Além disso, um homem lindo como Carlos Ruso só iria querer uma breve aventura com ela. Não era de seu nível, social nem intelectualmente.

Irritado com a recusa, Caio imaginou se deveria ter oferecido um jantar em vez de um drinque. Pelo canto do olho viu quando ela tratou de sair da sala assim que terminou seu trabalho, e essas escapadas o deixavam ainda mais excitado.


Por sua vez, Luiza refletia se deveria evitá-lo e que só iria atrair problemas se procurasse puxar conversa com Carlos.




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