Luiza caminhava para a parada de ônibus quando um homem grande e musculosa saiu das sombras.
– Luíza? Estava à sua espera.
O bom humor que ainda restava em Luiza desapareceu, era Jason, namorado de Mel, sua ex-colega deapartamento. Louro, de olhos azuis e com ar ameaçador ficou aborrecida com a insistência, já que deixara bem claro não queria conversa com ele.
– O que faz aqui? – perguntou erguendo o queixo. – Por que estava à minha espera?
– Queria vê-la e falar com você... só isso.
– Mas eu não tenho nada para falar – retrucou Luiza, claramente de mau humor.
Jason a segurou, sua mão parecia uma garra de ferro.
– Mereço uma chance...
– Por que acha que merece? – gritou Luiza.
Estava cansada, e a última coisa que desejava era ser confrontada por um homem que já lhe causara muitos problemas.
– Graças ao seu egoísmo perdi a amizade de Mel e minha casa!
– Mel e eu nos separamos, sou livre de novo por isso estou aqui – informou Jason com ar convencido.
– Não tenho interesse... largue-me, Jason! – exclamou Luiza com impaciência enquanto tentava se livrar da mão enorme e pesada.
– Relaxe, garota como já disse, só quero ter uma conversinha...
– Largue meu braço! – gritou ela furiosa. – Agora mesmo!
– Largue-a – disse alguém com a voz calma.
Jason se voltou de supetão, arrastando Luiza, que fez uma careta de dor.
– O que você tem a ver com isso? – perguntou com agressividade.
Luiza arregalou os olhos para Carlos, ele devia ter visto o que acontecia ao deixar o prédio. O rosto de Jason estava lívido de raiva e claramente ameaçador.
– Largue a Luiza – comandou Caio com frieza.
– Não se envolva nisso – pediu Luiza com voz ansiosa, tentando de novo se libertar do aperto de Jason.
Apesar de não estar acostumado a salvar donzelas em perigo, Caio não hesitou. Viu o encontro dos dois ao sair do prédio e soube que precisava intervir, pois sem dúvida Luiza estava tendo problemas com o grandalhão.
– Isso mesmo, não se meta... ou vai se arrepender! – girou Jason com raiva. – Esta conversa é particular...
– Não quando está claramente machucando uma mulher – interrompeu Caio impaciênci.
Praguejando, Jason avançou de punhos cerrados, porém com grande agilidade Caio aparou o golpe e deu um soco no peito do outro.
Jason recuou com uma careta e largou Luiza com brutalidade, empurrando-a para longe, Luiza se desequilibrou e soltou um grito de dor ao cair.
Quase ao mesmo tempo, ouviu um outro grito de fúria e passos de alguém que corria, no espaço de um minuto, Caio se debruçava sobre ela e a levantava.
– Não tente se mover – ordenou, notando o sangue que escorria da calça do uniforme dela. – Pode ter quebrado alguma coisa.
– Acho que não... está só doendo – murmurou Luiza.
Caio desligou o celular, em que estava falando em grego, e avisou:
– Vou levá-la ao médico.
– Não é necessário – replicou ela tentando se levantar, mas o movimento súbito fez sua cabeça rodar, obrigando-o a ampará-la.
– O que aconteceu com Jason? –Luiza quis saber segurando a cabeça com a mão.
– Fugiu quando notou a minha resistência, precisará dar queixa na polícia contra ele.
– Não quero procurar a polícia por causa de Jason – respondeu Luiza, pois não desejava mais confusão o que Jason queria com ela?
Neste instante, um carro parou ao seu lado, e o motorista desceu correndo e abrindo a porta de trás.
Caio a suspendeu nos braços, chocado com sua leveza, e concluiu, com um suspiro, que por baixo da roupa devia ser apenas pele e ossos.
Ajeitou o corpinho frágil no assento de trás do carro e se acomodou ao lado o carro partiu.
Cheia de perguntas, Luiza fitou Carlos Ruso, que a fitava também com a testa franzida.
– De quem é este carro? – perguntou ela. – Quem está dirigindo?
– O carro é meu um dos seguranças se ofereceu para trazê-lo até aqui e dirigir para que eu pudesse tomar conta de você.
– Se está convencido de que preciso de um médico, por que não chamou uma ambulância? – perguntou ela com curiosidade.
– Sabia que seria mais rápido ir de carro, e você precisa ver um médico você foi atacada.
Luiza baixou as pálpebras, fraca demais para responder Caio era dominador, e ela jamais gostara desse tipo de homem.
Achava que todos os mandões eram como Jason sua ex-colega de apartamento, Mel, admirava o que chamava da grande masculinidade de Jason, até perceber suas mudanças de humor e crises de raiva, sem mencionar o hábito de flertar com as outras mulheres.
Mas não era justo comparar Carlos e Jason, refletiu Luiza apesar de ser um quase estranho, Carlos se arriscou para socorrê-la, o que a espantava.
– Jason o machucou? – perguntou ela, imaginando o que ocorrera durante a briga depois de sua queda no chão.
Caio esfregou o queixo com força.
– Ele me deu um soco antes que eu o atingisse para valer fiz boxe na faculdade vou ficar com um hematoma, porém nada mais do que isso.
– Lamento – murmurou Luiza. – Não esperava rever Jason...
- Ele é seu ex-namorado?
– Céus, não! Jamais me envolveria com alguém assim, ele saía com minha amiga.
Caio ficou pensando qual seria a verdadeira história de Luiza com o homem das cavernas, que devia tomar anabolizantes que afetavam seu cérebro.
Fitou Luiza era tão pequena e frágil que teve ímpetos de tomá-la nos braços no entanto não faria isso.
Desde quando consolava mulheres? Sexo era uma coisa... demonstração de carinho era outra, que só trazia complicações.
Tudo bem que a salvou do brutamonte e agora iria garantir que recebesse cuidados médicos, porém nada mais que isso.
Já tinha decidido que iria falar bem de Luiza para o avô dela e sobre o modo rude como ela se dirigira a ele antes, demonstrava apenas que era honesta e direta.
A próxima vez que a encontrasse seria na Grécia com Socrates pensou que devia estar contente por ter terminado sua missão, mas algo o incomodava, deixando-o de mau humor.
O carro estacionou em frente a uma casa luxuosa Luiza franziu a testa enquanto Caio descia e a tomava nos braços antes que pudesse protestar.
– Posso caminhar! – exclamou ela. – Onde estamos? Pensei que fosse me levar ao pronto-socorro.
– Onde teríamos que esperar durante horas para você ser atendida Dmitri Vakros é médico e meu amigo. Está acabando uma cirurgia e já nos atenderá – explicou Caio.
Uma enfermeira saudou Luiza e ajudou-a a vestir uma camisola, depois a conduziu para uma sala onde um grego baixo e troncudo pediu que se sentasse na maca.
Franziu a testa diante das manchas escuras em seu braço, escutou seu coração e seus pulmões, enquanto a enfermeira cuidava do machucado em seus joelhos provocado pela queda.
#Caluh❤
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