História Hora de uma nova aventura - Coração em trevas

Pov: Atreus

Isso que eu chamo de azar, acabamos de salvar o vale e ele pode sumir em algumas horas. Fui treinado para matar monstros, mas agora vejo que também devia tê-los estudado, talvez se tivesse feito isso poderia ter evitado toda essa tragédia; minha irmã poderia estar viva. Sei que reclamar do passado é inútil, mas sem dúvida as lembranças são difíceis.

At: ...E então? O que faremos?

Finn: Estou usando meu rastreador de eletronegatividade para capturar ondas de 2,55 e 2,58 kj. – o aparelho que ele usava era um celular preto com azul (como o tag heuer racer ). – o radar mostra grandes concentrações abaixo de nós. At o vulcão está ativo?

At: Não, nem era para estar, é um vulcão morto.

Finn: O demônio o esta reativando; qual o caminho mais rápido para o núcleo?

At: Tem uma mina antiga de caperantum, mas foi selada a uns dez anos.

Finn: Tudo bem vamos lá!

Finn foi na frente e eu logo atrás dele, a caverna que levava ao interior do vulcão não era confiável, tudo podia desabar a qualquer momento, tínhamos que andar com cuidado ou tudo podia acabar ali para nós.

Finn: Eu coloquei um temporizador no celular, temos 3 horas antes de tudo colapsar. Devem levar cerca de 20 minutos para chegarmos lá em baixo. – Começamos a decida então até o núcleo do vulcão; era difícil, o tempo havia deteriorado muito as passagens e os últimos tremores das batalhas causaram mais desabamentos; passaram-se uns 10 minutos e ainda descíamos.

At: Finn, você não tem nenhum feitiço ou uma arma para nos ajudar a chegar lá? Como um tele transporte ou algo parecido?

Finn: Até tenho, mas as passagens estão soterradas, e a madeira que usaram como suporte para a construção do túnel possui runas inibidoras de magia para impedir a entrada de demônios.

At: Demônios são pura magia, então eu entendo a questão das madeiras, mas por que o soterramento seria um problema?

Finn: Magia nada mais é do que ciência extremamente avançada por assim dizer, ela é uma ciência que nos permite usar e desusar das essências cósmicas e naturais desse mundo, e assim como toda ciência ela se limitar ás leis básicas do universo; se não á espaço para os átomos passarem eles não passarão.

At: Não entendi nada.

Finn: Pense assim; Tem um corredor e você quer chegar no outro lado; é só correr certo?

At: Sim

Finn: Porem e se tiver um muro bloqueando o meio do corredor?

At: Você não conseguira passar, entendi..... mas não tem como quebrar o muro?

Finn: Tem

At: Como?

Finn: Sendo um Deus.

At: Caramba!—Finn até riu ao ver minha reação, foi então que me bateu uma curiosidade—Finn.

Finn: Fala.

At: Como funciona esse lance de nível de demoníaco? Mesmo que eu não estude, como sou um guerreiro acho que teria ouvido falar de algo assim.

Finn: Bem faz sentido você nunca ter ouvido falar de algo assim. É uma tese criada por meu mestre Constantine. Com o tempo ele percebeu que apesar de todos os demônios serem parecidos em forma, haviam distinções tanto em suas ações como em suas essências, então ele os classificou de acordo como o nível de desastre que poderiam causar. Os do tipo carvão, por exemplo, são os mais fracos e desprovidos de inteligência que qualquer outro demônio. Os do tipo enxofre em contra partida são os mais poderosos e podem destruir grandes cidades com facilidade.

At: E por que você acha que aqui só pode haver um tipo selênil ou enxofre?

Finn: Se pronuncia selênio, e também são os únicos tipos de demônios espertos e poderosos o suficiente para controlar outros de sua espécie.

At: Entendo, devo me preocupar então?

Finn: Não precisa de tanto, sua força e experiência devem ser o suficiente para lidar com eles; mas tome cuidado, essas espécies são muito conhecidas por suas possessões poderosas.

At: Entendido.

Finn: ... Falando nisso algo nesse lugar esta me incomodando.

At: O que foi? Algum monstro?

Finn: Não é isso, é como... não sei explicar; algum tipo de essência ancestral ou coisa parecida.

At: Essência ancestral?

Finn: Bem esqueça, não deve ser nada; locais muito antigos costumam acumular resíduos mágicos mesmo, isso deve ser por causa do carpitanium.

 Ouvi Finn falar mais alguns minutos sobre classes de espécies monstruosas, foi distração o suficiente para passar o tempo até chegarmos ao núcleo do vulcão. A princípio não encontramos nada, mas aos poucos começamos a ouvir ruídos e sussurros, seguimos os sons até um posso de lava, e encontramos o demônio se alimentando dela, porém havia mais, atrás dele havia um homem ruivo cheio de tatuagens nas costas e ele repetia as mesmo palavras como e um encanto; voltado para um circulo feito de sangue.

Xxx: Ilmaxi, ilmaxi, liqelli, liqelli....

Finn: Isso é parpetim.

At: E o que significa?
Finn: Significa que temos de para-lo antes que ele termine.

Pov: Finn

Xxx: Ilmax-

Finn: EI!— eu grito e o encantador para o ritual. —levante-se e se vire bem lentamente.

Xxx: Vai me matar?

Finn: Vire-se!—ele obedece e se vira lentamente nos deixando ver seu rosto, ele era alto, branco e possuía uma barbicha pequena; seus cabelos e olhos eram vermelhos como sangue e possuía uma cicatriz de cirurgia na região do coração—Eu tenho perguntas para você e é melhor que responda – fiz uma ameaça invocando minha espada de sangue de demônio azul.

Xxx: “Sangue de azok Não esperava isso.”-- Ele havia sussurrado.

Finn: Serei curto e grosso, é você quem esta controlando este demônio? – a criatura que ainda se alimentava do poço de lava possuía um símbolo arcano brilhante na testa, que significava “controle”.

Xxx: Sim

Finn: Foi você quem o fez trazer o miasma para o vale?

Xxx: Sim

At: DESGRAÇADO!!!—At ia para cima dele, mas eu o impedi—Finn! O que esta fazendo!? É por causa dele que minha irmã MORREU!

Finn: Eu sei, mas precisamos fazer isso direito. —ele parecia muito enfurecido, mas concorda receoso de minha decisão que também me afligia um pouco—Pois bem última pergunta; quem é você?

Xxx: Essa resposta você já tem.

Finn: Nós nos conhecemos?

Xxx: Sim, e de muito tempo atrás, tentei roubar o coração de sua amada não lembra?

Finn: .........Ricardio– falei com um tom sombrio e franzindo o cenho.

Ricardio: Maravilhoso! Não esperava monos do grande herói de OOO. Agora, acho que quer me matar não é mesmo.

Finn: Pois é, quero muito – disse apontando a espada para ele – mas não vou—tanto AT quanto Ricardio pareciam meio surpresos—você virá comigo e será julgado em um tribunal por seus crimes.

At: Finn! ELE NÃO MERECE JULGAMENTO!! MECERECE MORRER AQUI E AGORA!!!—AT estava enfurecido. Tentei explicar a situação.

Finn: De acordo com a lei artigo 3 paragrafo 7 subseção A. Caso um mago seja pego praticando magia profana, deverá ser levado a julgamento perante o supremo tribunal dos magos como réu.

Ricardio: Hmm parece que alguém tem estudado muito nesses últimos anos não é. E caso eu não queira lhe acompanhar?

Finn: Então de acordo com a mesma lei paragrafo 8, é me dada autoridade para lhe dar seu veredito e aplica-lo aqui e agora.

Ricardio: Então nesse caso não tenho escolha, mas antes me permite dizer algo?

Finn: O que?

Ricardio: Nixqloa. – instantaneamente o demônio se levanta e nos ataca, Ricardio tenta fugir, mas eu o bloqueio seu caminho.

Finn: At! Cuide do demônio que eu pego Ricardio!
At: Certo! – nos separamos e eu interceptei Ricardio.

Finn: Acabou.

Ricardio: Não até que eu decida- ele desembainha duas espadas semicerradas e começa a me atacar, ataques na vertical e diagonal são seus preferidos tentando me acertar infinitas vezes, consegui esquivar da maioria e tive de defender com a espada em dois golpes, mas ele nem conseguiu me atingir.

Finn: O que você pretendia?
Ricardio: Você já vai descobrir.

Finn: ........hmm..!!!!—percebo seu plano e me viro rapidamente-- AT CUIDADO!!!!

Ricardio: ITDKENA!!!—quando ele fala isso o demônio se incha e explode formado uma densa nuvem de energia pela caverna, a explosão desmaia At e com essa distração Ricardio tenta me cortar, mas eu me esquivo para baixo e consigo desarma-lo congelando suas espadas com a minha, o rendo e começo a questiona-lo.

Finn: O que você pretende?

Ricardio: Para alguém tão experto você ainda não entendeu?

Finn: O QUE!!? O QUE CARALHOS PODE SER TÃO IMPORTANTE AO PONTO DE TE TRANSFORMAR EM UM MANIACO HOMICIDA QUE ESTRAÇALHOU CENTENAS DE VIDAS INOCENTES!!!!? –pronto havia chegado ao meu limite, estava tomado pela raiva irracional e por um ódio muito grande desse coração à minha frente—RESPONDA!

Ricardio: HAHAHAHAHA!!!! Parece que finalmente consegui, te fiz perder a razão não foi? Haahahahah..... Essa caverna é um coração!

Finn: !?

Ricardio: Ainda não entendeu? Então permita-me explicar. Essa montanha na realidade é um dos Colossos.

Finn: Oque? – eu fiquei atônito, isso não podia ser verdade, mas explica o porquê de eu sentir energia ancestral na caverna—Se isso é verdade o você esta fazendo!?
Ricardio: O ressuscitando—AGORA FOI DEMAIS

Finn: VOCÊ PERDEU A PORRA DO JUIZO!!!!? SE FOR VERDADE E ELE VOLTAR A VIDA TODOS MORREMOS!!! NÃO SÓ ESSA MONTANHA COMO TODO MUNDO CORRERÁ PERIGO!!!

Ricardio: Esse é o plano gênio. E quando ele acabar meus mestres me recompensarão, não apenas com esse corpo, mas com o sangue de meus inimigos e o coração de minha amada doce hehehe.

Finn: Como assim!? Alguém te mandou fazer isso!?? QUEM!!? ME RESPONDA AGORA!!

Ricardio: Aaaaa, não se preocupe, eles me mandaram dizer bem devagarinho só pra você, os nomes daqueles que estão chegando são; Dolor; Bellum e Mortem – imagine como se seu corpo congelasse e por um instante todas as funções de seu corpo parassem de funcionar, o que eu sentia era isso em dobro; gelo na espinha e medo são palavras perfeitas para descrever.

Finn: Por quê? O que os lordes da dimensão negra querem aqui?

Ricardio: A você sabe, e sabe muito bem, depois do que você fez na dimensão negra todos querem sua cabeça, todos lá sabem a verdade, sobre o que você fez com Bahamut. Achou mesmo que atingir um Ômega não traria consequências, no instante em que voltou selou o destino de seu mundo; agora Finn o humano sinta seu coração mergulhar em trevas hahahAHAHAHHAHA!!!!—depois de ouvir isso digo sem remorso, e com ódio ardente na voz

Finn: Ricardio o coração—levanto a espada de azok bem alto com o braço direito enquanto o outro segura Ricardio no chão—pelos seus crimes cometidos contra a magia e a este vale, eu Finn Mertens, mago de classe diamante e membro dos  8 cabeças de hidra, te declaro culpado por perverter os princípios mágicos e te sentencio a morte pela espada.

Ricardio: Vida longa aos lordes—ao dizer isso eu finco a espada azul em suas costas fazendo seu sangue jorrar, mas o mesmo nem chega a cair no chão, pois fica congelado no ar, o poder da espada congela Ricardio até o último pedaço, e quando eu retiro minha espada o corpo racha se dividindo em milhões de pedaços.

Eu pensei que havia acabado ali, mas na realidade Ricardio conseguiu completar o seu plano, o demônio que estava se alimentando de lava era um tipo parasita da classe selênio, ele vinha acumulando energia há muito tempo, quando ele explodiu nessa caverna foi como um desfibrilador ressuscitando um coração. Essa montanha é um colosso morto, sentinelas criadas pelos deuses durantes suas guerras, seu poder é descomunal; não podia permitir que ele acordasse, a lava subia mais e mais, era como sangue voltando a pulsar, e não havia como subir para a superfície a tempo, fiquei limitado a uma única opção, não podia usar Bell, ele poderia devorar a energia, mas não a tempo de salvar a todos e as outras espadas não tinham funções para isso me restava apenas minha arma mais poderosa. Mergulho meu braço de metal na lava e recito.

Finn: Se mostre o laço que entre magia e ferro fora criado, que a essência ancestral e as chamas da alma se dobrem ao meu comando--- uma luz verde começa a sair de minha mão e começa a se distinguir da lava—que o poder divino se dobre à minha vontade e que o olho negro se abra e mate.

Então a luz verde se torna negra e essa luz se estende por toda lava, quando ela termina de se espalhar os tremores simplesmente param e as coisas ficam normais novamente.

Pov: Atreus

Finn:..... Atreus! Atreus! Atreus! ATREUS!—e recebo um tapa na cara

At: AI!! Cacete o que aconteceu!?

Finn: Ai graças a Glob, você esta bem?

At: Bem? Como assi- ai!—meu corpo estava todo dolorido—caramba, por que estou assim parece que fui atingido por uma bomba.

Finn: Você meio que foi na verdade.

At: Hã? Espera ai, o que foi que aconteceu? E o demônio? Cadê aquele homem tatuado?

Finn: Bem vou tentar resumir pra você.

-20 minutos depois-

Finn: Então foi basicamente isso.

At: Ok espera ai me deixa ver se eu entendi. O demônio explodiu e eu desmaiei, e enquanto eu estava desmaiado você descobriu que na realidade que aquele homem era um coração mutante que ganhou um corpo através de magia negra. E o plano dele era que o demônio se explodisse para que a energia acumulada nele se espalhasse por essa caverna que na verdade é um CORAÇÃO de um colosso criado pelos deuses; MAS você impediu essa ressurreição usando o poder do olho da morte no seu braço direito e matou aquele coração usando uma espada de gelo feita de sangue de demônio?

Finn: É basicamente isso.

At: A não, ok, normal, nada de estranho nisso. Na realidade, por incrível que pareça eu tenho apenas uma pergunta.

Finn: O que foi?
At: Se você podia usar um poder tão incrível assim por que raios você não o usou de uma vez e acabou com tudo de uma vez? Poderia ter acabado fácil fácil com os monstros lá de cima, com o demônio, o homem tatuado, o colosso e com todo resto!
Finn: Lei da troca equivalente. Tudo tem um preço, se usar as espadas da calamidade já esgota minha magia tente imaginar o que acontece comigo quando uso o poder da própria morte.

At: Não sei o que acontece?

Finn: O preço é, toda vez que eu usa-lo eu perco dois anos de vida.

At: A, ok, faz sentido. Agora que tudo foi explicado  e resolvido acho melhor sairmos da caverna não?

Finn: Com certeza.

Pov: Finn

Depois dessa pequena conversa saímos de volta para a superfície e lá fomos recebidos como heróis pelo povo, a maldade pelo miasma havia ido embora de vez e o vale podia começar a crescer novamente, na realidade eu descobri que a razão do vale ser um paraíso digamos assim, era por conta da essência divina do gigante, que mesmo morto transbordava sua energia para os arredores  florescendo e dando vida a tudo, agora as coisas iriam mudar, sem  energia do gigante para revitalizar as terras o trabalho para plantar e reconstruir seria complicado e triplicado; como eu me senti meio responsável por colocar a todos nessa situação resolvi ficar e ajuda-los a reconstruir, fiz uma promessa de que só sairia dali quando tivesse certeza de ter deixado tudo nos trinques. Obviamente a mão de obra no vale não era suficiente depois de todas as mortes então me comuniquei com meus trabalhadores e solicitei ajuda, vieram todos em grande número, não apenas dos meus, como também dos reinos vizinhos, princesa jujuba enviara vários obreiros para ajudar; com o auxilio de Jake que ficou supervisionando a construção de meu reino consegui guiar ambas as construções. Depois de algumas discussões politicas Atreus foi eleito o novo líder do vale e sob minha influência e a concessão de todos os cidadãos o vale de ferro se tornou o primeiro território a fazer uma aliança com meu reinado se tornando nossa primeira colônia em OOO.

As reformas duraram nove meses; e quando finalmente as coisas haviam terminado eu me via na hora de partir, o lugar havia ficado realmente belo, havia prédios agora de altura mediana, e também ferramentas de mineração e plantio mais modernas, a politica havia se estabelecido como Atreus sendo o novo líder do vale e diplomata oficial. Haviam também três chefes representando a população em geral. A economia voltou de forma bem rápida; sem demônios ou doenças foi muito fácil recuperar o dinheiro perdido e as plantações verdejantes apesar do terreno difícil. A única coisa desnecessária que eu vi mesmo foi a estatua minha e do Atreus que os cidadão colocaram no meio do vale simbolizando “nosso feito heroico”, o que eu achei meio desconfortável para falar a verdade. Para mais proteção coloquei ao redor do vale runas novas e mais fortes que impedem a entrada de criaturas não desejadas; e por fim no prédio principal do vale havia duas bandeiras, uma simbolizando o vale e outra azul simbolizando meu reino; como eu ainda não possuía uma bandeira ficaria assim temporariamente.

O último dia foi marcado por uma bela festa de despedida e um grande banquete para toda população. Me despedi de Atreus com um grande abraço que quase custou minhas costelas; e parti rumo a minha casa. Metade dos meus homens voltaram comigo enquanto a outra metade permaneceu para certificar de que tudo ficaria bem, alguns até conseguiram formar uma família e disseram que assim que meu reino ficasse pronto, que eles gostariam de se mudar para lá; e agora finalmente depois de meses eu voltava para meu lar.

Na primeira noite de volta quando acampamos entrei em minha tenda para dormir, poderia usar o tele transporte para chegar logo em casa, mas devido aos recentes acontecimentos decidi acompanhar meus homens para assegurar que estariam seguros no retorno ao lar; antes de dormir peguei meu celular e tentei me comunicar com Jake, mas ninguém respondia. Mais um dia se passou e novamente tentei me comunicar, porém ninguém respondia; na última noite mais uma vez a mesma coisa; se o Jake não conseguia me responder nesses três dias só poderiam haver duas explicações; ou aquele retardado perdeu o celular que eu dei pra ele, ou alguma coisa muito ruim havia acontecido com ele.