História Hospital Hopkins Ville - Atiradores - PARTE 2

 "Todos nós vamos morrer, não cabe à nos decidir como e nem quando. Mas podemos decidir como vamos viver" - Webber, Richard
    
                         Melanie

- EU JÁ MANDEI TODOS SE DEITAREM NO CHÃO - Gritou pela décima vez

- Calma, por favor - Falei me abaixando

- Eu quero ficar perto do meu filho - Um homem falou se levantando e indo para perto da encubadora.

- Eu vou atirar - O sequestrador apontava para o homem

- Por favor não atire - Falei me levantando

- DEITA NO CHÃO PORRA - Gritou balançando a arma

- Pensa nos bebês - Falei na esperança dele ter alguma piedade

- TODOS VÃO MORRER, VOCÊS,  OS BEBÊS E O CARALHO - Gritou nervoso, pude observar sua mão enfaixada, era o cara que a Alice fez a sutura, eu só conseguia pensar nos bebês - Cadê a sua amiga bonitinha hein? Fazia questão de matar ela, uma pena né? - Falou me olhando dando um sorriso sinico

- E..eu não sei - Falei gaguejando, nessa hora eu me lembrei da Alice, será que ela está bem?

                              Alice

Eu preciso sair daqui, não posso ficar deitada, Mel pode estar em perigo e o Luke, só de pensar meu coração doeu. O meu corte estava muito profundo, fui até o armário do necrotério e peguei um pano, e coloquei no meu braço

- Vai ficar tudo bem - Falei para mim mesma tentando acreditar no que eu acabei de dizer.

                      James Evans

Era a interna Taylor McQueen, não posso negar que eu fiquei aliviado por não ser nenhuma das garotas, mas, ainda ficava uma sensação estranha, tão jovem perder a vida assim, meu pensamento estava na Mel, espero que nada tenha acontecido com ela. Fui para a ala da pediatria ver se encontrava Luke, os corredores estavam cheios de sangue.

- Que não tenha morrido mais ninguém -Repetia para mim mesmo, quando estava chegando perto da pediatria ouvi vários choros de crianças.

- CALEM A BOCA PORRA - Escutei uma voz masculina gritar. Entrei na pediatria agachado, para não ser visto, vi um corpo jogado no chão, tentei chegar mais perto para ver e meu Deus, era é o Luke, minhas mãos começaram a soar, isso não pode estar acontecendo. Nessa hora um homem armado apareceu.

- Posso ajudar Doutor? - Perguntou rindo olhando para Luke caindo no chão. Me levantei e não respondi - Péssimo dia para ser médico - Falou e sacou a arma, dei um chute em sua mão e fiz a arma cair.

- Acho que não - Respondi

- FILHO DA PUTA - Gritou e se abaixou para pegar a arma, dei um chute nas costas dele e ele caiu totalmente no chão. Envolvi meus braço envolta do seu pescoço, apertei até ele ficar sem ar e desmaiar.

- Vai até o telefone, aciona a segurança do hospital para esse andar, rápido - Gritei para a mãe de uma criança, que correu até o telefone e fez isso - Luke, Luke fala comigo. - Falei me abaixando perto do seu corpo, o pulso dele estava fraco.

- Ele está caindo faz meio hora - Comentou a mulher

- Não me deixa irmão - Falei chorando segurando as mãos dele, ele estava pálido, parecia estar morto, tenho que tirar ele daqui e levar para cirurgia, senão, ele não vai resistir por muito tempo.
                      
                     Minerva Oliver

Eu estava na minha sala assinando uns documentos, quando alguém entrou sem bater, aposto que era o Harris, mal educado como sempre.

- Não sabe bater não? - Perguntei sem olhar, enquanto assinava os papéis.

- Levanta sem fazer barulho ou você roda - Falou um homem apontando a arma na minha direção

- Por favor, não atire - Falei me levantando

- Venha comigo e fecha o bico - Falou segurando meu braço com força. Não tinha como nem acionar o alarme senão eu morreria

- Anda coroa - Falou me empurrando para fora da sala

- Calma por favor - Respondi sendo puxada pelo homem

- Puta que pariu - Falou olhando para o monte de policiais que estavam no corredor.

- Graças à Deus - Sussurrei

- Solte a arma - Falou um policial

- Fiquem longe, eu vou atirar - Falou colocando a arma na minha cabeça

- Fique calmo, não faça isso - O policial falou

- O negócio é o seguinte eu quero 70 milhões de dólares, e quero o mais rápido possível ou ela morre - Respondeu apertando meu braço mais ainda

                             Alice

Preciso ver o Luke, eu preciso. A ala da pediatria era quatro corredores antes do necrotério, e o medo de sair e esbarrar com um deles? Mas, não posso deixar o Luke sozinho nessa. Olhei para os lados, e fui andando com cuidado, já tinha passado por três corredores, só mais um. Virei com cuidado, e vi uns homens de preto, era a SWAT, eles pareciam estar caçando a sala aonde o Luke estava. Sai correndo em direção à eles

- Senhorita, você está bem? - Um deles falou me olhando

- Sim, sim, preciso de ajuda aqui - Falei rápido indo em direção a porta, parecia até que não sabia falar de tão nervosa. Entramos na sala, e os policias algemaram o cretino que atirou no meu Luke, ele estava desacordado. Do outro lado, James estava ajeitando o Luke na maca, cheguei perto, e lá estava ele, tão vulnerável, pálido. Segurei sua mão chorando enquanto o James arrastava a maca, senti ele apertar minha mão, ele havia aberto os olhos.

- Meu amor, aguenta por favor - Chorava e muito

- E..u - Tentava falar e eu interrompi

- Não fala meu amor, só fica comigo, fica bem - Falei enquanto segurava sua mão

- E..u vo..u - Não completou e largou a minha mão, fechando os olhos. Olhei desesperada para o James, não pode ser.

- Ele? - Perguntei para James, não consegui completar, queria perguntar se ele havia morrido mas as palavras não saiam. James não falou nada, apenas caminhou com a maca. Vi o James desaparecer com a maca que carregava o Luke, isso não pode estar acontecendo. Desabei no chão e comecei a chorar, ali mesmo, na poça de sangue, o sorriso do Luke dizendo que "tudo vai ficar bem" vinha na minha cabeça, as suas piadas, implicâncias, seu jeito, quanto mais eu lembrava dele mais eu chorava e por fim, a imagem mais recente dele, a última imagem que eu vi, ele tentando falar enquanto apertava a minha mão.