1. Spirit Fanfics >
  2. Hot Calls >
  3. 06; Bicycle Idiots

História Hot Calls - 06; Bicycle Idiots


Escrita por: hisfavgurl

Notas do Autor


Me desculpem, me desculpem, me desculpem pela demora! Fiz um capítulo grandinho pra compensar. Não ficou como eu queria, mas eu espero que vocês gostem <3

Capítulo reescrito

Capítulo 7 - 06; Bicycle Idiots


Fanfic / Fanfiction Hot Calls - 06; Bicycle Idiots

Lambi as costas da mão, espalhando o sal ali mesmo e segurei o limão na mesma mão. Peguei o copo de tequila, levantei ao alto, vendo as outras três meninas que estavam dentro da rodinha fazerem o mesmo.

Arriba! — Levantei o copo — Abajo! — Abaixei o copo — Al centro. — Brindamos os copos, lambendo o sal da mão, virando a tequila goela a baixo e mordendo o limão em seguida. — A dentro!

As pessoas que estavam a nossa volta gritavam e batiam palmas, fazendo-me levantar o copo vazio no alto. Sentia minha cabeça rodar e apertei os olhos fortemente, sorrindo e saindo do meio daquela montoeira de pessoas.

Caminhei até o centro da sala, onde várias pessoas dançavam e balancei o quadril no ritmo de Company, da Tinashe que soava alto na caixa de som. Entreguei o copo vazio para uma garota loirinha que me olhou estranho e sorri para ela, vendo-a revirar os olhos. Dei risada comigo mesma e continuei me balançando, fechando os olhos ao sentir meu corpo roçar com os demais adolescentes que dançavam também.

Cerca de 40 pessoas ali. Nada mais que isso. Apesar de conter pouca gente, a festa estava legal. O clima era bom, as músicas eram dançantes, haviam bebidas de sobra e as pessoas conversavam entre si mesmo não se conhecendo.  

Eu não preciso de amor, não.

Então não torne isso algo maior

Eu não sou sua namorada, não.

Eu não sou quem eu deveria ser.

Eu só preciso de uma companhia, companhia.

Desci as mãos, passando-as por todo o meu corpo, permitindo-me sentir cada curva existente em meu tronco enquanto rebolava no ritmo sexy da música. Senti duas mãos apertarem fortemente minha cintura e um corpo forte e alto roçar contra a minha estatura mediana. Desci meus olhos e, mesmo com a péssima iluminação, pude reconhecer aquelas tatuagens. Mordi o lábio inferior ao notar de quem se tratava e sorri levemente, fechando os olhos e voltando a me concentrar em meus movimentos.

Companheiro, mande um salve para o seu parceiro.

Eu sou sincera com esse cara, eu sei

Eu o chamo

Quando paro de me sentir sozinha

Eu o espero

As vezes não.

Virei-me, ficando cara a cara com Justin e encarei seus olhos caramelados. Passei a língua entre os lábios enquanto tentava, quase que impossivelmente, encarar apenas seus olhos, sem deixar que meu olhar descesse até seus lábios que me pareciam tão chamativos. Visto que não consegui cumprir com o que me era proposto, engoli em seco, encarando sua boca volumosa, fazendo-me soltar uma lufada de ar contra a mesma.

Justin levou uma de suas mãos, que até então estava em minha cintura, até minha nuca, acariciando o local e sorrindo marotamente em minha direção. Sua mão que permanecia em meu quadril, puxou meu corpo, aproximando-o do seu e movimentando nossos corpos juntos, como se fossemos um só.

Seus olhos não desgrudavam dos meus e aquilo estava me deixando um tanto quanto atordoada.  

Não preciso de problemas com ninguém.

Eu sei como conseguir isso, então pare de me seguir

Só preciso de um tempo, uma transa e pode ir embora

Você podia dizer que já teve tudo,

Mas sem condições.

E em um ato impensável, levei minhas mãos até sua nuca, puxando-a em minha direção e, finalmente, encostando nossos lábios. Não foi necessário que eu pedisse passagem, logo ele cedeu. Passei minhas unhas levemente em sua nuca e puxei seus cabelos com pouca força. Nossas línguas batalhavam por espaço, e eu podia jurar que não havia mais ninguém ao nosso redor. O céu poderia cair naquele instante, e eu não repararia. Até que senti o ar faltar em meus pulmões e a mesma sensação pareceu vir de Justin, já que ele separou nossos lábios, dando um forte chupão no meu inferior.

Os companheiros que eu tenho,

Não conto para ninguém

Nunca fui o tipo de me exibir

Com o que consigo

E você não pode ser o tipo de cara que só aparece

Me trate como se fosse um encontro

E nós podemos subir.

Não preciso de problemas com ninguém

Apenas sei como conseguir

Pare de me seguir.

Abri a boca, puxando o ar, tentando retoma-lo e em seguida abri meus olhos, vendo que Justin se preparava para dizer algo. Revirei meus olhos, imaginando o que sairia da boca dele naquele instante e levantei a mão, impedindo que ele dissesse alguma coisa.

— Se você falar que é errado por causa Ryan agora, eu vou te arrebentar. — Sorri pacificamente, e o garoto lambeu os lábios que antes estavam colados aos meus, soltando um riso nasalado.

— Na verdade eu diria que não esperava por isso, e que você beija melhor do que eu imaginei, mas fico feliz de não ser tão previsível quanto você. — Deu de ombros e eu abri a boca, fingindo choque.

— Detesto que digam que eu sou previsível, nunca mais faça isso. — Falei, semicerrando os olhos.

— Detesto várias coisas também, mas não tenho controle sobre elas. — Arqueou a sobrancelha, me deixando instigada.

Eu já havia escutado aquela frase. Franzi o cenho, tentando lembrar onde é que eu havia escutado tais palavras, mas nada me vinha à cabeça no momento. Dei de ombros, quase que imperceptivelmente e ignorei a situação, sorrindo de canto em seguida ao voltar minha concentração para Justin novamente.

— Nós poderíamos ter feito disso menos clichê, e poderia ter acontecido muito antes, mas convenhamos, você é um frouxo e tem medo do que seu amigo vai dizer. — Provoquei, levantando a sobrancelha em desafio e rindo em seguida ao vê-lo ficar sem palavras por alguns instantes.

— Não é medo, é que eu respeito o possível relacionamento do meu melhor amigo, linda. — Ironizou, fazendo-me soltar uma risada. Nada debochado, eu realmente havia achado engraçado.

— E que respeito não é mesmo? Se não é Justin Bieber, o garoto mais respeitoso de toda a Califórnia. — Provoquei, roubando um selinho do mesmo e piscando em seguida, saindo de sua visão e caminhando em direção as bebidas que estavam em cima da prateleira da sala.

[...]

Justin Bieber narrando.

— Eu? Afim da garota do Ryan? Imagina... — Christian provocou, fazendo-me revirar os olhos. Desde quando ele se tornou tão irritante?

Eu estava sentado nas poltronas da sala de estar, ao lado de Lewis e na frente de Christian enquanto eles me enchiam com piadinhas pela cena na “pista de dança”.

— Eu quando não estou afim de uma garota, faço igual ao Bieber, dou uns beijos nela no meio de um monte de gente. Isso aí é a maior tendência, Chris! —  Lewis provocou, fazendo-me revirar os olhos. — Mas não te culpo, Justin, ela é uma tentação, muito... — Deixou a frase no ar e eu revirei os olhos.

— É, ela é muito bonita mesmo. E beija bem também... — Sorri malicioso, recebendo uma risada dos garotos ao entenderem o sentido da frase — Ryan vai me matar quando souber que fiquei com a mina dele. — Torci a boca, dando um gole na minha bebida e encostando o corpo no encosto macio da poltrona.

— Acho a maior idiotice essa história do Ryan de que nós não podemos ficar com as meninas que ele já ficou. Qual é! O garoto pega metade do colégio e nos proíbe de pegar as gatinhas ainda? E isso nem é decisão dele, a Charlotte nem gosta dele desse jeito, já deixou mais do que claro, o que tem de mais um de nós trocar saliva com ela também? Por que nós sempre temos que ficar com as feias ou as que não agradam ele? — Christian bufou, esfregando a mão no rosto, como se estivesse estressado. Encarei Lewis e soltei uma gargalhada debochada — Pô, não é possível que vocês também não fiquem revoltados com isso?!

— Você fica muito gay irritado, Christian, é sério. — Lewis disse, negando a cabeça enquanto ria baixo.

— No mais, concordo com você. — Dei de ombros, sorrindo ao vê-lo assentir.

Passeei os olhos pela casa e de longe pude ver Charlotte dançar desengonçadamente no canto da sala. Ela virou o copo de bebida e chacoalhou a cabeça, rindo em seguida. Era possível notar que a garota já estava meio alta, mas não totalmente bêbada.

Uma garota loira se aproximou com cautela da menina que dançava de forma vergonhosa e tocou seu ombro, ambas se olharam e pareciam “discutir” pacificamente, mas logo foi cessado quando a menina que eu acreditava ser Alexia abraçou Charlie em lágrimas. Charlotte, que até então parecia fingir uma pose de durona que não combinava nenhum pouco com seu jeito, abraçou a amiga, chorando também. Franzi o cenho encarando a cena, o que estava acontecendo ali?

— O que aconteceu com elas, por que elas estão chorando no meio de uma festa? — Questionei, encarando Christian que deu de ombros e girou a cabeça para visualizar o acontecimento.

— Elas provavelmente estão bêbadas. Mulher é toda emotiva, bêbada então... — Suspirou, encarando seu copo vazio — No mínimo uma delas quebrou a unha, ou derrubou o pó no chão. Minha irmã costumava fazer um escândalo por conta dessas coisas. — Ele disse.

Charlie separou o abraço, segurando a amiga pelos ombros em seguida e dizendo um “eu te perdoo”. Sei que disse isso pois fui capaz de ler seus lábios. Sorri mentalmente e me senti a pessoa mais inteligente da noite por ter desvendado o mistério: elas estavam se desculpando.

Alexia pareceu perceber que eu as encarava já que virou seu rosto, me encarando e sorrindo de canto, fazendo-me arquear a sobrancelha. Ela comentou algo com Charlie, que riu e arrastou a amiga em direção ao lugar em que eu estava com os caras.

Charlotte Murray narrando.

Eu e Alexia nos resolvemos e eu me sentia feliz com aquilo. Os cinco copos de vodca com refrigerante que eu havia tomado estavam surtindo efeito e eu podia sentir minha cabeça rodar um pouco, a sensação não era ruim.

Puxei minha amiga, arrastando-a até onde os garotos estavam e sorri ao me aproximar dos mesmos.

— Oi galera! — Alexia cumprimentou animada, sorrindo. Fiz uma careta encarando-a, que animação toda era aquela?

Pude notar o olhar descarado do menino moreno, que eu lembrei que chamava Lewis, que focava em seu decote exageradamente grande. Sorri maliciosa para o garoto como se me fizesse cúmplice do olhar dele, o que o fez rir em resposta.

— Olá, docinho de coco. O que uma bela dama como você faz aqui? — O loiro questionou e eu pressionei os lábios, evitando que uma gargalhada saísse de minha boca.

— Nota-se o motivo de você nunca pegar ninguém, Christian. — Justin deu um tapa na cabeça do garoto que ficou vermelho de vergonha logo em seguida — Pegou essa do cantadas.com.br? — Fez piada e eu me permiti soltar uma gargalhada.  

— Oi gente, queria avisar que vamos jogar Just Dance agora lá na sala, está todo mundo esperando, vocês querem vir também? — Hannah, a dona da festa, perguntou, entrando na rodinha e sorrindo amigavelmente.

Senti meu corpo se animar, eu amava jogar aquele jogo! Bati palminhas e dei um pulo animado, segurando a mão de Alexia e a de Justin.

— Eu amo Just Dance, é óbvio que vamos jogar! Eu sou a melhor nesse jogo! — Puxei os dois pelo braço, seguindo atrás de Hannah que caminhava até sua sala. Várias pessoas estavam ali, em frente à televisão, esperando que o jogo começasse.  

O Xbox estava ligado e a tela inicial do jogo iluminava a sala que estava escura, e os dois controles estavam depositados em cima da estante. Não hesitei entrar na frente de toda aquela gente e pegar um controle, vendo Hannah fazer o mesmo em seguida.

— Eu sou a melhor nesse jogo, acho que não vai querer competir. — Provoquei, e a menina sorriu convencida.

— Passo horas praticando, duvido que consiga ganhar de mim. — Garantiu e eu consegui ouvir o “uh” que a galera fez atrás de mim. Revirei os olhos com tamanha puxação de saco e dei de ombros.

— Não diga que eu não avisei.

Rolei meus olhos pela tela e nem sequer perguntei se Hannah gostaria de escolher a música, cliquei logo em uma música qualquer que eu gostasse e o jogo começou. Não posso mentir, Hannah jogava muito bem, ela parecia ter decorado os passos, mas não foi isso que a fez vencer de mim. Minha pontuação estava bem na frente da dela.

A torcida atrás de nós era engraçada, alguns gritavam meu nome — e quando eu digo “alguns”, quero dizer Justin, Lex, Christian e Lewis — e outros gritavam o nome de Hannah.

[...]

Depois de algumas partidas mais de Just Dance e várias doses de bebidas diferentes, eu me encontrava bêbada demais, os outros não estavam nenhum pouco diferente. Algumas pessoas já haviam ido embora, mas nós nos encontrávamos deitados na grama do quintal de Hannah, observando as estrelas — menos Christian, ele acreditava estar vendo nuvens. Acho que ele tinha usado drogas — e jogando conversa fora.

— Vocês sabem qual é a fórmula química da água benta? — Justin perguntou, rindo enquanto apontava para as estrelas (ou para a cerca da casa, eu não conseguia ver direito, estava vesga).

— Não faço ideia, não sou bom em geografia. — Christian disse, coçando o rosto. — Qual é?

— H Deus O — Justin respondeu, virando de bruços sobre a grama e caindo na gargalhada.

Não pude evitar soltar uma risada incontrolável. Sentia meu maxilar doer, e minha barriga também, mas eu simplesmente não conseguia parar de rir.

— Essa foi a pior da noite — Disse, puxando o ar enquanto ainda ria. — Alexia, vou ter que dormir na sua casa hoje. — Murmurei baixo, sabendo que ela ouviria pois estava ao meu lado.

— Nem rola, disse para a minha mãe que dormiria na sua casa, se eu aparecer lá eu estou fodida. — Disse simplesmente e eu assenti, lembrando do dinheiro que estava em meu sutiã.

— Tem dinheiro aí? Podemos juntar e pegamos um hotel, tenho cinquenta dólares, o hotel próximo da escola cobra noventa a estadia. — Falei, bocejando. Já estava com sono.

— Não precisa, podem dormir lá em casa, temos colchões infláveis, dá para passar a noite. — Lewis disse, ele era o mais consciente entre nós.

 — Só que Ryan não pode sonhar com isso, teremos que fazer silêncio. — Justin advertiu e eu assenti lentamente.

— Por que Ryan não pode saber? — Christian, o mongol do grupo, questionou.

— Porque isso é nosso segredinho, Chris, precisamos manter isso em segredo. — Alexia disse e colocou o dedo indicador sobre os lábios, fazendo sinal de silêncio.

Ficamos quietos, olhando um para o rosto do outro e em seguida caímos na gargalhada pela milésima vez naquele dia.

Porque estávamos rindo?

— Já chega, realmente precisamos ir. Amanhã temos aula e vamos acabar dormindo na sala, não vai ser legal. — Alexia disse, a sensata.

— Podemos ir de bicicleta, a minha está na garagem.

Dito aquilo, nos levantamos da grama e bati a mão sobre o vestido, limpando a sujeira que havia ficado nele. Caminhamos todos até a garagem e eu peguei minha humilde bicicletinha, encarando toda aquela gente logo após.

— Somos cinco, como vamos fazer isso? Só tem uma bicicleta! — Justin disse o óbvio e eu o encarei com cara de paisagem, batendo palma pela descoberta que ele havia feito.

— Parabéns Justin, estou impressionada! — Disse, assentindo em ironia.

— Acho que sei como podemos fazer — Christian disse, ignorando a provocação que eu havia lançado para Justin á segundos atrás. — Charlie, você senta no guidão. Alexia você senta no meu colo e eu sento no varão, Justin senta no banco e Lewis vai no pezinho.

— É, acho que dá. — Lewis disse, cruzando os braços e analisando o pequeno “automóvel”.

Justin sentou no banco, Christian e Alexia sentaram no varão e eu subi no guidão, Lewis tomou seu lugar no pezinho e logo Bieber começou a pedalar.

A bicicleta ia um pouco devagar, tanto pela quantidade de gente quanto pelo motorista que se encontrava um pouco embriagado no momento. Olhei para trás, tendo a visão perfeita de um entulho de gente amontoado e ri, negando com a cabeça..., mas o inesperado aconteceu! Uma pedra enorme se encontrava no meio do caminho e Justin acabou não enxergando a infeliz, fazendo a bicicleta virar e todos nós darmos de encontro com o chão. O silêncio pairou no local e o único som ouvido era o dos carros que passavam e o choramingo baixinho que vinha de mim por conta do meu joelho ralado. Levantei, assim que ouvi o primeiro riso acontecer e logo estávamos todos rindo da situação.

Caminhei até a bicicleta que estava jogada no chão e levantei a pobrezinha, analisando-a, procurando por algum arranhão.

— O apartamento de vocês é muito longe? Falta muito? — Perguntei, encarando os garotos e Lewis negou com a cabeça.

— Não, é logo ali, falta pouco. — Christian apontou com o dedo para um edifício espelhado bastante bonito e eu arqueei a sobrancelha, aprovando o lugar.

— Vamos a pé então, é mais fácil — Justin concluiu, sorrindo. Assenti.

— Eu nunca mais subo nessa bicicleta assassina! Quero distância! — Alexia disse e eu neguei com a cabeça.

— Não fale assim da minha filha! — Acariciei a bicicleta, arrancando mais algumas risadas dos garotos.

[...]

Chegamos ao apartamento, mas antes deixamos minha bicicleta na vaga da garagem dos garotos. Eles tinham um carro, porque é que tinham ido a pé para a festa? Poderiam ter evitado todo esse transtorno! Revirei os olhos, o efeito da bebida já havia passado um pouco, eu só sentia sono.

Subimos a escada, já que Justin se recusou a usar o elevador a noite e chegamos ao 14° andar, após muitas respirações falhas e ofegantes. Abriram a porta calmamente, evitando fazer barulho para não acordar o senhor rabugento e Lewis colocou o dedo sobre os lábios antes de deixar que entrássemos.

— Uau, isso é efeito da bebida ou eu estou vendo um apartamento limpo e cheirosinho mesmo? — Alexia debochou, levando um tapa fraco na cabeça como resposta.

— Somos garotos, não porcos! — Justin repreendeu, revirando os olhos.

— Aí garotos, estou surpresa, mas estou com sono. Vamos dormir! — Pedi, juntando as mãos e fechando os olhos calmamente.

— Ótimo, concordo com Charlie, vamos dormir! — Christian me apoiou, passando o braço por meus ombros.

— Como iremos fazer? Ryan está no quarto e meu colchão também, se nós o acordarmos, estamos ferrados. Ele vai falar um monte. — Lewis pareceu entediado ao dizer aquilo, como se soubesse de cor o que aconteceria. Ri de sua atitude.

— Os colchões infláveis estão no almoxarifado, podemos pegá-los e coloca-los aqui na sala. Todos dormimos, contentes, em um colchão e de quebra, ainda nos livramos de uma bronca. — Justin disse, abrindo os braços, como quem acabara de descobrir algo magnifico.

— Ótimo, Justin salvou a pátria! Vão buscar os colchões, me acordem quando a cama estiver pronta. — Me joguei no sofá, fechando os olhos. Era macio e confortável.

— Não, nem pensar, levanta do meu sofá! — Lewis puxou meus cabelos, me fazendo dar um gritinho apavorado e ele revirou os olhos — Vai tomar um banho e aí vocês duas podem pensar em dormir no meu colchão ou sentar no meu sofá, isso é claro e vocês duas estão imundas. — Ele repreendeu e eu bufei.

— Você é bruto garoto, credo! — Repreendi, revirando os olhos e puxei Alexia pelos braços, procurando o banheiro com os olhos.

— Eu já levo alguma roupa para vocês duas, vão se lavar. — Justin disse, concordando com Lewis.

Ele apontou para a porta no final do corredor e eu assenti em agradecimento, sorrindo forçadamente em seguida

Alexia e eu caminhamos até o banheiro e trancamos a porta, tirando nossas roupas em seguida. Costumávamos fazer isso desde quando nos conhecemos.

Liguei o registro, deixando a água cair e olhei em volta, vendo que havia uma pilha de toalhas brancas no armário transparente.

Pelo menos com isso não teríamos problemas.

[...]

Estávamos enroladas na toalha enquanto esperávamos Christian trazer alguma roupa para nós duas, já havíamos gritado por ele há um bom tempo. Abri a boca para pedir pela roupa novamente quando a porta foi aberta minimamente e uma mão passou pela fresta, jogando duas blusas enormes. Uma preta e uma laranja.

— E a minha vagina, garoto? Vai ficar de fora? Traz a porra de uma cueca seu imbecil! — Gritei.

— Cala a boca, desnaturada, o Ryan está dormindo! – Alexia reclamou, tapando minha boca e eu mordi sua mão, fazendo-a me soltar.

A porta se abriu novamente e duas cuecas foram lançadas. Dessa vez, branca e roxa.

Peguei a roxa com desenhos em branco e tentei decifrar se aquilo era um pato ou uma pomba. Franzi cenho ao me dar conta de que ninguém fazia cuecas com estampa de pomba e dei de ombros, colocando a mesma e pegando a blusa preta no chão em seguida. Vi Alexia fazer o mesmo e ambas saímos do banheiro, prontas para dormir e cheirosinhas.

Com o cabelo já penteado e os dentes também escovados — eu tinha roubado a escova de um dos garotos, não sabia qual —, me joguei no colchão que estava arrumado no chão e fechei meus olhos, sentindo o lugar ao meu lado ser ocupado. Abri meus olhos minimamente, só para enxergar quem era o ser ao meu lado e sorri os ver Justin de olhos fechados. Ele ficava uma gracinha dormindo.

Fechei meus olhos mais uma vez e me virei para o outro lado, ocupado por Alexia, soltando um suspiro e sentindo meu corpo descansar debaixo daqueles edredons quentinhos.

Essa festa tinha sido, definitivamente, uma festa e tanto.


Notas Finais


Oi gente! Queria, novamente pedir desculpa a todas vocês pela demora e pelo capítulo meia-boca. Espero, do fundo do meu coração que tenham gostado <3

tt: @mostidoI
wpp: (047) 89 12-27 98
curiouscat.me/sonofgod

Amo vocês e até logo <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...