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História HOT PINK - Uma terça-feira de manhã


Escrita por: mim_segura

Notas do Autor


OLÁAAA,
primeiramente obrigada pelos comentários que dão um super up pra postar YAY
segundo, espero que curtam o cap e acho que vão rçrçrçr

Capítulo 5 - Uma terça-feira de manhã


   Não dessa vez, encontro à tranca da porta e arrasto, e então caímos para outro lado da porta, LE esta em cima e nós encaramos. Não posso ficar com essa maluca mais nenhum segundo. Levanto-me e saio correndo o mais rápido que posso apesar de estar mancando, as meninas não estão mais ali então o caminho fica bem mais fácil. Abro a porta do banheiro e esbarro com as amiguinhas estranhas da LE querendo entrar.

   As cumprimento com um aceno de cabeça, e, sigo reto em direção a minha próxima aula.

   Quando estou quase na porta algo me segura, um braço quente. Kook.

-Hani – ele me abraça e nunca agradeci tanto pelo seu abraço, nunca quero que me solte.

-Desculpe-me – me encaixo em seu peito e fecho os olhos, mas a única coisa que imagino é LE e por um momento sinto suas mãos que agarraram tantas vezes meus braços, agora cercadas em minhas costas.

-O que aconteceu, Hani? – ele se afasta e então vejo no fundo LE e suas rebeldes andando descontraídas, preciso sair daqui.

-Eu preciso ir para aula... - o encaro e volto a olha-las.

-Por quê? – ela me aperta ainda mais, e fecho os olhos com força.

-Preciso pensar um pouco, conversamos mais tarde eu prometo que vamos conversar por mais de 5 minutos – sorrio.

-Ta então... – ele se aproxima pra me beijar, mas me afasto e vou para aula sem olhar para ele ou para LE.

    Geometria? Tinha que ser eu me sento ao fundo enquanto espero pelo professor. Algumas pessoas olham para mim preocupadas, eu gostaria de ir embora, mas como eu poderia ir embora no meio da aula? Droga.  Na minha antiga escola quando eu queria ir embora cedo eu fingia uma dorzinha ali, outra aqui. Por algum motivo não tenho nem cabeça pra fazer isso, então simplesmente me levanto assim que o professor chega.

-Professor – digo enquanto vou ate ele com cara de dor.

-O que foi é... Hee Yeon? – ele diz olhando rapidamente uma listinha em sua mesa, onde ele deixa a sua maleta, suponho que tenha alguns livros.

-Eu cai, há poucos minutos nesse intervalo, eu pensei que estava tudo bem só que meu tornozelo não para de doer, sinto que esta inchado... – finjo que olharei para o tornozelo, mas ele me corta.

-Quer passar na enfermaria?

-Sim

    Enfermaria era algo novo pra mim, ao menos um pouco, na minha antiga escola de primeira éramos mandando para casa, tínhamos a Sra. Taeyeon que sabia algumas coisas de enfermagem e primeiros socorros além de ser a professora de ciências. Eu estava curiosa para ir, e ao mesmo tempo com medo alias eu tinha realmente machucado o tornozelo, só que ontem, hoje ele esta bem melhor quase não sinto a não ser que comece a por peso enquanto ande. Mas há um problema, onde é a enfermaria?

    Não ligo para onde seja, pego minhas coisa e saio mancando para o corredor, mas algo aperta meu ombro, uma mão, sinto as unhas gravando minha pele, e dou um gemido fraco.

-Ai

-Sr. Mark, eu posso ir com ela? Ela ao menos sabe onde é a enfermaria e mesmo se soubesse só chegara amanhã nesse ritmo – LE?

   DROGA NÃO.

-Tudo bem Senhorita... – ele pensa um pouco sem saber seu nome.

-LE! Mark, caramba 4 anos com vocês e você sempre esquece meu fabuloso nome?  - Ela pega a minha mão me pegando de surpresa e me puxa pra fora, até que eu dou outra gemida e ela vê que estou machucada ainda.

-Me larga garota – solto-me da mão dela e a encaro.

-Você quer ajuda ou não?

-A sua ajuda? Não obrigado. – Saio mancando o mais rápido que posso, mas ela me alcança facilmente.

-Não complica as coisas vai. Desculpe por tudo, era só um aviso pra você e o seu namoradinho.

-Será que podemos trocar de parceiro para o trabalho? – como trabalharemos nesse ritmo?

-Eu pensei melhor e arrumei esse brinquedo com Solji – ela saca da bolsa uma câmera, não muito velha, só que não de última geração eu diria, eu nunca tinha visto uma assim cara a cara, mas acho que sei que é uma câmera, não é?

   É toda metalizada, e tem uma lente meio redonda. Temos um treco onde tiramos e vemos a imagem, eu deduzo que sirva para isso.

-Vamos produzir um filme? – digo analisando o “brinquedo”

-É um filme, eu gravo e você atua – ela começa a apontar a possível câmera para mim, eu continuo andando dessa palhaçada.

-Confia em mim, sou uma ótima cinegrafista acredite. – ela sorri olhando para o provável lugar onde vemos o que a lente esta captando.

   Paro um pouco e a encaro com a câmera, apesar de tudo talvez não seja uma péssima ideia eu mesmo não pensarei em nada, então é melhor do que falarmos um discurso todo sobre feminismo se é que podemos considerar isso um ato sobre sexualidade e artes, mas eu já não sei mais nada sobre nada.

-É última vez que confio em você, e olha que nos conhecemos ontem.

-Nunca conheci alguém tão careta como você – mostro a língua e então ela me deixa me apoiar em seu ombro e assim chegamos à porta da enfermaria, mas LE para a uns três passos da porta fechada.

   Ela me solta e sorri.

-A porta é ali. – ela aponta para frente. – Mas, por que não simplesmente saímos?

   A encaro e penso, se eu for para enfermaria eu posso acabar levando uma advertência por ter mentindo e seu eu sair? Vou levar uma advertência se descobrirem claro, mas e se não?    

-Vamos

-Precisamos ser rápidas então, suba aqui e segura isso – ela me à câmera e me sinto uma verdadeira cineasta segurando esse troço, então ela dobra um pouco o joelho na minha frente.

-Quer que eu suba nas suas costas? – fico meio assustada, LE parecer quase mais magra que eu se eu subir é capaz dela se estraçalhar no chão.

-HANI RÁPIDO – escutamos passos de salto alto, droga será alguma professora?

   Não penso duas vezes e subo nas costas dela, ela não perde tempo em levantar e sair correndo pela porta de vidro aberta, por várias vezes penso que despencaremos uma da outra, outras vezes já sinto que a câmera escorregara da minha mão e se quebrará todinha, mesmo que fique segura estou gravando a cabeça da Hani e o chão que passa correndo entre a pequena tela.

-Você é mais do leve do que eu pensava – diz LE

   Não respondo deixo ela me levar segurando seu pescoço e me concentrado para manter a imagem focada ao maximo.

-Aonde vamos? – ela me põe sentada em um banco não muito próximo do colégio.

    Respiro fundo enquanto penso onde podemos ir. Minha casa com certeza não, minha mãe estará lá e se eu falar os motivos que queria ir embora ou simplesmente inventar um ela ficaria louca de qualquer jeito.

-Eu sou nova aqui, não faço a menor ideia de onde ir.

-Vamos – ela se agacha na minha frente novamente e como não tenho opção a não ser ficar 3 horas no banquinho esperando dar o horário do final do período escolar, subo.

   Dessa vez as coisas são mais simples, meu pé parece estar sobre uma nuvem de emoções por estar nas costas de uma quase desconhecida, minha mente me acusa de loucura por isso e meu coração? Ele gosta da sensação, apesar das mancadas de LE comigo em apenas dois dias, estar em suas costas é como um bravo ato de amizade que eu nunca tive, posso sentir suas costas em mim e é estranho, então começo a rir.

-Você é louca Hani? – LE para e tenta olhar para trás.

-Continua

    E então me volto à câmera, consigo gravar um pedaço de rosto de LE e ela sorri, então finalmente tomo coragem e volto a câmera para mim, dou um sorriso tímido e digo:

-Olá, ér... – penso um pouco e LE ri das minhas tentativas falhas.

-Hoje estamos bolando aula! – ela grita para chegar no alcance da câmera.

-Sim... – fecho os olhos de vergonha e volto a filmar a rua.

-Hani e eu, LE. Estamos fazendo um programa de pessoas que bolam aula, e rezando para não descobrirem, e para os meus netos assistindo isso, fechem os olhos e não copiem sua avó LE – tento grava-la enquanto fala, eu ate consigo um bom ângulo mas ela não consegue olhar para a câmera enquanto caminha então parece uma maluca.

    Depois de uns 10 minutos caminhando, e LE me mandando gravar isso e aquilo, paramos em um shopping.

-O que estamos fazendo aqui? – pergunto descendo.

-Temos duas horas e meia, e esta passando os clássicos, eu trouxe 20 reais e você?

-Dez eu acho - parte era meu dinheiro do ônibus, mas fazer o que.

    Entro sem ajuda apesar de andar um pouco devagar consigo caminhar sem problemas. Primeiro vamos passando por diversas barracas de lanche, o shopping esta vazio para uma terça de manhã, claro! LE vibra seus olhos quando passamos por lojas de roupas, não em todas. Na verdade em uma única peça de roupa. Um tipo de roupa de surf e não entendia por quê ela ficou tão vibrada, ela surfava?

-LE você quer ir experimentar? – sorrio enquanto ela me encara assustada com a pergunta.

-Ta tão na cara? – seus olhos se arregalam.

-Ta na sua testa – passo a mão em sua testa e ela me afasta com raiva.

-Quer saber, eu vou. Quem sabe eu compre outro dia?

    Lá vamos nós, sento-me no primeiro banco que vejo e espero LE conversando com uma atendente. Depois de uns minutos ela esta saindo do trocador com uma camiseta de tecido realmente parecido com roupas de surf da quiksilver e um short de piscina confortável. A roupa modelava todo seu corpo, alinhava seus seios, fazia sua cintura ficar mais fina do que parecia, sua pernas estavam num tom bronzeado claro e assim concluo que LE é surfista ou algo assim.

-Gostou? – ela diz fazendo algumas poses que a deixam parecida com uma modelo, maravilhosa.

-Fica bom em você! – quer dizer, fica perfeito.

-Quem sabe em outro dia... – ela se volta ao provador decepcionada por não poder comprar e me sinto mal por ela.

***

       O cinema é fácil de achar, tem uma placa enorme o marcando.  LE me deixa sentada em um banco próximo ao cinema e compra os ingressos, e o dinheiro ainda dá para uma pipoca, quer dizer acho que LE conhece o carinha da pipoca já que eles conversaram por uns cinco minutos.

    Vamos entrando na sala e finalmente pergunto:

-Qual é o filme? Noviça rebelde? Footloose?

-A Dama e o Vagabundo – nos sentamos no canto sem ninguém em nossa volta.

-Eu gastei 10 reais pra ver um filme que eu tenho o DVD na minha casa? – digo com frustrada.

-Então por que não foi pra lá? Primeiro que esse é o único desse horário, segundo que é sempre melhor ver ao cinema e com uma ótima companhia.

    Olho para a tela sem argumentos. Uma hora ou outra durante o filme pego uma mão de pipoca, o sono começa a tomar conta então meus olhos vagam o cinema escuro, algumas pessoas ali e aqui, na maioria casais e crianças que mais parecem dormir.

    Volto para a tela e finalmente a cena mais esperada pelos casais, eu sempre gostei dessa cena, minha irmã dizia que tinha um certo significado para ela.São cachorros e isso e pela ciência cachorros não tem sentimentos, mas eles tem seu instinto e minha irmã sempre entendeu que há pessoas em quem temos um instinto de ficar com uma pessoa. Eu sempre achei esse olhar sobre a vida de um filme infantil realmente sem forma, mas depois do que aconteceu suas palavras, todas elas, faziam sentindo na minha cabeça, não importa se ela visse ET’s comendo macarrão porque a Terra tem forma de massa, eu só queria ver o que ela via, e no momento eu via LE.

    Não sei em que cena esta porque no momento encaro a cadeira da frente vazia, e me pego pensando no beijo da LE, tudo que ele me fez sentir, todas as coisas que ele me fez pensar, LE me dava uma visão nova de tudo como ela fazia, em dois dias eu vi coisas que ninguém me fez enxergar, mas agora vejo outra visão de beijar alguém. Eu sempre pensei que o simples fato de amar alguém faz de tudo tão bom, mas acho que o tudo tão bom é que nos faz amar alguém. Eu amo o Kook, mas e a parte do tudo tão bom? E a parte das sensações sobre o que é amar? Era algo que eu não conhecia e achei que aprenderia a reconhecer com ele, mas parece que a cada minuto que penso nele eu esqueço o que eu realmente via nele. Esqueço o que eu realmente sentia.

-Hani – escuto um sussurro e meu ouvido tão baixo que me arrepio pensando ser minha mãe.

-Sim? – me viro e LE me encara meio tristonha.

-Desculpe-me por hoje, sério eu não medi minhas ações, eu sei você é nova aqui e tudo parece diferente e eu não sou nada para você, na verdade nos conhecemos em um dia, eu não consigo me aproximar de ninguém porque sempre estrago tudo sendo impulsiva,  aqueles meus amigos nem são “meus” sabe? Mas você me deu uma chance e quero que não se arrependa de estar aqui.

    Pego a câmera no meu colo e a ligo para que posso ver através dela LE mais claramente, consigo ver apenas o que o brilho da tela enorme pode captar, aponto para o seu rosto que esta com a luminosidade do filme.

-LE – digo e ela alterna o olhar entre a câmera e eu.  

    Eu preciso conhecer mais sobre mim mesma, eu preciso explorar esse mundo que eu nunca tive contato. Eu preciso de me descobrir, e sinto que me descubro sempre que penso nela.

-Beije-me – sussurro incerta.

    Ela encara meus olhos em um tempo que desisto então me reencosto da poltrona e quando estou desligando a câmera sua mão segura minha gola puxando a para si e então ela me encara ainda mais. Meu estomago se enche de borboletas pela primeira vez, eu posso compreender a frase. Não resisto e avanço em seus lábios, mas LE parece compartilhar do momento, sinto seus lábios salgados pela pipoca os quero para mim. Sinto novamente nossa conexão ainda melhor, tudo em mim explode, minhas mãos dançam por ela assim como a suas em meus cabelos.

     Não sei quanto tempo ficamos ali, mas só consigo voltar ao meu corpo quando as luzes acendem e eu encaro as pessoas saindo preguiçosas, então olho LE e seu batom esta borrado, e não escondo o sorriso lembrando-me do momento. 


Notas Finais


E é isso, espero realmente que tenham aproveita essa interação porque o proximo cap sinto que muitos vão querer me estrangular (FICA NO AR ~~ )!!

BEIJOOSSSSS E ATE O PRÓXIMO rçrçr


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