História House of Cards - A Alma de uma Borboleta (TEMPORADA 2) - I Need U, My Friend

(S/N)

O que poderia realmente estar acontecendo comigo? Seria mesmo por causa do Jin? Eu estou com medo. Com medo de perder minha cabeça e virar uma doente mental, piorando cada vez mais nosso estado. 

Hoseok me acalmou, fiquei no colo dele ainda chorando e soluçando, as tremedeiras pararam e minha respiração voltava ao normal. O mesmo me abraçava cada vez mais que eu tentava dizer algo, mas não conseguia, então ele apenas falava "Shhh vai ficar tudo bem" e eu acredito em Jung Hoseok. Gosto de mentalmente...chama-lo de, J Hope, pois é nessas horas, que ele é minha esperança...Exatamente igual á sua vó. 

-Ela está bem? - Ouvi a mãe de Taehyung perguntar e senti sua mão em meu braço. - O que ela tem?

-Faz poucos dias que ela tem esses sintomas de ataque de pânico. - Ouvi Jungkook falar com a voz trêmula e angustiada. - Não sabemos o que fazer, ao menos temos Hoseok.

-Ah que horror... - Sra. Kim suspirava. - Espero que ela melhore, obrigada Hoseok por cuidar dela. 

-É meu dever protege-la. - J Hope olhava ela e sorria, me acalmei mais com sua frase. - Dou minha palavra. 

Depois de um tempo, os outros já voltavam para a sala e Hoseok continuava ali comigo, mas agora eu apenas olhava para minhas mãos, com medo de que elas tremessem novamente. Senti a mão se Hoseok em meu rosto, ele tirava alguns fios de cabelo, o olhei e ele pegava meu rosto dando um sorriso de lábios. 

-Está se sentindo melhor? - Apenas concordei com a cabeça e desviei o olhar. - Ei... Não tenha medo, estamos aqui com você, ok? 

Ele pegava minhas mãos ainda me olhando, o olhei novamente.

-Eu estou aqui com você. 

Foi nessa hora que consegui sentir um alívio no coração e uma paz na alma. Eu confio tanto em Hoseok. Estamos praticamente no mesmo estado, mesmo que ele tenha passado por mais coisas, ele é mais forte que eu.

O mesmo pegou uma de minhas mãos dando leves beijos, senti meu rosto queimar de leve enquanto eu o olhava. 

-Quer ir pra casa? - Me olhava novamente e neguei com a cabeça. - Ter certeza?

-Tenho...- Falei baixo me deitando com a cabeça em seu peito novamente. 

-Tudo bem então, quer voltar pra sala? - Novamente neguei e ele suspira. - Quer ficar aqui?

-Quero... 

-Ok...ok. - Dava outro beijo em minha mão. 

Eu me sentia mal por ter tido esse ataque justamente quando a mãe de Taehyung está aqui conosco e ainda preocupando a todos. Me sinto péssima. Eu me odeio tanto. 

(HOSEOK)

Eu não consigo mais me largar dela que claramente precisava de alguém ao seu lado á todo o tempo, e essa pessoa será eu, dei minha palavra. Ela se acalmou, mas ainda estava sentida e em choque por causa do pânico. 

Fiquei com ela ali, a mãe de Tae foi se despedir de nós e Taehyung parece ter voltado a morar com ela. Bocejei e S/N estava a bom tempo imóvel, a olhei e ela havia caído no sono. Ri abafado e acariciei seus cabelos, logo ouvi a voz de Jimin na porta.

-Vamos, Hoseok? - Logo o olhei e sorri de canto e ele sorria também a olhando. - Dormiu?

-Está acapotada. - Ri de leve. - Me ajuda com ela? 

-Claro.

Ele veio até mim e a pegou no colo, logo nos despedimos dos outros e fomos para casa.

Chegando, Jimin a colocou na cama, a cobri e logo saímos do quarto fechando a porta, suspirei com a cabça baixa.

-Hyung, está bem? - Jimin perguntou e o olhei dando um sorriso fraco.

-Só preocupado. Estou bem.

-Quer dormir na minha cama pra ficar com ela? - Me olhava com preocupação estampada no rosto.

-Na sua cama? - O olhei surpreso. - Ter certeza?

-Claro. - Sorriu. - Não tenho problemas. 

Sorri pra ele e concordei. Entrei no quarto e dei suas coisas para dormir na sala, depois de me arrumar me deitei. Suspirei olhando para o teto, depois olhei para ela dormindo, sorri de canto e apaguei a luz do abajur ao lado voltando a ficar de frente, fechei os olhos por um período curto de tempo, depois abri eles novamente, logo olhei para S/N. Estava me sentindo longe demais dela. Me levantei, com cuidado e sem fazer barulho tirei a mesinha o abajur e arrastei a cama até grudar com a dela. Me deitei novamente e dei um suspiri de alívio por ela não ter acordado, a olhei e sorri, fiquei a olhando.

-Boa noite, borboletinha. - Dei um beijo em seu rosto e me deitei para dormir.

(SUGA)

Eu me sinto um pouco desconfortável pelo fato da S/N estar tão intíma com Hoseok, não que seja ruim, mas...me passa um certo ciúmes e inveja. Sim sim, eu gosto dela e eu sou otário demais pra ficar com uma garota como ela, além desse problema que ela está tendo agora, não tenho certo cuidado para acalma-la como Hoseok. Argh, que inveja! 

Não me senti bem depois de sair de lá examente por causa disso, então lá vou eu afundar minhas mágoas em mais cerveja. 

Já no bar, estava deitado na mesa depois de beber três garrafas e já comecei a sentir sintomas de embreaques. Na frente de mim, estava acendendo e apagando aquele meu isqueiro e...bem, porque eu fico com ele? 

Esse isqueiro foi um presente do meu pai antes de falecer em um incêndio, ele próprio se matou depois de minha mãe o trair na cara de pau, depois disso tudo, fugi de casa e morei um tempo na rua, até achar os meninos que me deram suporte. Mas quem realmente me abortou sozinho na rua. Bem, foi exatamente assim que aconteceu.

Era inverno, começo de ano que tudo aconteceu e eu fugi de casa passando a morar na rua sem opções de vida. Passei fome, sede e frio. E em uma noite de neve, estava encolhido debaixo da tenda de uma loja fechada. Senti alguém tocar em meu ombro.

-Ei, o que faz aqui? Está congelando aqui fora.

Eu olhei e era a própria com mais dois garotos atrás, incluindo o Jin, Jungkook era o outro. 

S/N sorriu para mim enquanto eu nem conseguia responder, pois eu via nela algo de especial, eu sabia que eles iriam me tirar dali. 

-Venha. - Jin havia esticado a mão. - Vamos pra casa, amigo. 

Graças a iniciativa dele, eu consegui sair de todo o caos. Jin... agora que eu sinto mais sua falta. Lembro-me perfeitamente de como reagiu a minha história, mesmo não me conhecendo, você me abraçou e consolou-me como se eu fosse seu irmão e assim, me tornei com o tempo... e ainda sou seu irmão, sempre serei. 

Ainda no bar, de repente senti um arrepio na nuca e assustado levei minha mão até ela olhando em volta.

-O que foi isso...? - Estranhei e olhei para uma das colunas de madeira do local. - Borboleta...? 

Eu sorri de canto, eu acreditava que era Jin. O engraçado é que parece que ele sabe quando pensamos nele e necessitamos da sua presença. 

De repente, a borboleta voava até a boca de uma das garrafas, fiquei observando por um tempo até minha ficha talvez ter caído. Ele queria que eu parece com as bebidas. Mas era difícil demais. Suspirei e me fiz cabisbaixo, eu comecei a chorar em silêncio. Senti uma lágrima escorrer em meu rosto e não hesitei em limpa-la. 

-Me desculpa, hyung. - Eu dizia com a voz trêmula. - Mas não consigo sozinho. 

A borboleta batia as asas e novamente fiquei pensativo, a primeira imagem na minha cabeça...foi Jungkook. Eu iria pedir sua ajuda, ele é meu melhor amigo e faz tempo que eu não passo um tempo com ele. 

Preciso de alguém pra conversar normalmente, sem depressões e luto.