História House of Cards - A Alma de uma Borboleta (TEMPORADA 2) - Weak Spirit - Chance To Change You

(JIN)

Confesso que já me acostumei ao estilo de "espírito vagante", mas ainda sinto aquele peso nas costas... Deus me castigou brutalmente, se é que existe alguém mais forte em algum lugar acima de nós, pelo menos eu, não vi nada até agora sendo um espírito. 

Eu estava na antiga casa de S/N, que como dito antes, agora era meu lar, que também agora pode-se dizer que é um local assombrado por mim. A casa ficou tanto tempo desabitada que colocaram a venda e alugação, tanto para moradia como para comércio. Eu não queria ninguém morando aqui, com barulhos, movimentações, isso me estressa! Toda maldita semana vem pessoas para ver o local, famílias, comerciantes ou solteiros procurando o primeiro lar. Eu não podia deixar que tomassem meu lugar, não até descansar em paz! Não sou nem um pouco atencioso à visitas sem aviso, sou agressivo e eles tem medo disso! Vou ter que fazer isso até ninguém mais aparecer por aqui? Ah... como seria ótimo estar vivo. 

Em casa, eu senti uma forte do no peito, ela era mais forte do que eu as outras que eu sentia quando os meninos estavam com problemas... então essa dor, era dela.... S/N estava com problemas. Ela é uma pessoa tão próxima á mim que sinto ás vezes seus sentimentos, saber o que ela sente quando estou perto dela. Isso é um pouco ruim, saber que ela pode estar depressivamente triste e eu ter que aguentar isso, sem poder abraça-la. Depois que a dor piorou de repente, vi que o problema aumentou e rapidamente apareci no local em que estava, minha alma me levou para a casa de Namjoon o que me aliviou um pouco já que soube do seu sumiço dessa noite. Eu ouvi choros da mesma, já ouvia antes mesmo de chegar aqui, estava ecoando de uma janela do banheiro, as luzes estavam acessas e me perguntei o porquê na casa de Namjoon. Ao me aproximar, vi ela que mexia em tudo quanto é canto do banheiro, estranhei... ela queria achar alguma coisa? Sim, algo para cortasse a si mesma e eu como sempre, me desesperei! Cada vez mais que ela aproximava aquela tesoura em seu pulso, comecei a bater no vidro, mesmo socando com força, não quebrava já que eu sou um mero espírito. Certa hora ela me olhava, eu sei que não era eu quem ela via e sim a borboleta rosa que baria contra a janela.

-Jin...! Eu finalmente vou poder alcançar você! Me espere! - A escutei dizer e paralisei na hora.

Eu gritava mesmo sabendo que ela não me ouvia, mas... era impulso meu. Comecei a chorar ainda socando a janela e por alguma razão aquilo me fez exausto, mas tão exausto que caí no chão sentado, minha alma enfraqueceu... não entendo. De repente ouvia ela chorar e berrar de dor, eu sentia sua ardência no meu pulso, mas a dor não me incomodava de algum jeito. Os meninos a resgataram e aquilo me deu um alívio desgraçado. 

Mas falando com mais detalhes agora.

Meu corpo enfraqueceu por alguma razão, não sinto exaustão por ser espírito, o que era aquilo? Quando olhei de volta para a janela não vi minha borboleta, olhei para o chão abaixo e lá estava ela... pobrezinha, com suas asas caída e moles, estava exausta. Desgatei minha própria alma? Me levantei com as pernas bambas indo até ela, a peguei com cuidado deixando-a descansando em minhas mãos. A borboleta de alma tem um certo brilho ao redor dela, mas a minha estava cessada de cansada... o que eu tinha que fazer? 

Entrei na casa vendo Yoongi cuidar da minha pequena com todo carinho. Ela tinha razão em dizer que nada iria melhorar, mas teria que ter paciência e fazer mais esforço que isso...se for forte. 

Mas vocês já foram fortes tempo demais, amigos. Eu sinto muito pelos meus atos de pura esquizofrênia.

Eu queria estar com vocês.

Mas não posso

Já que tirei minha própria vida.

(NAMJOON)

Eu saí da casa um tanto perplexo pelo que S/N fez com ela mesma, bem...pelo menos agora tudo está bem, eu espero. 

Fui a pé até o pronto-socorro aonde estava Taehyung, ficaria no hospital até o amanhecer para conseguir falar com meu amigo.

Ao entrar na sala de repeção, uma das balconistas me olhou e abriu um sorriso.

-Boa noite, senhor. No que posso ajuda-lo? 

-Vim parar ficar com Kim Taehyumg, perdão se cheguei muito tarde.

-Ah sim.... - Ela olhava algumas folhas. - Bem, mesmo que o horário de visitas tenha cessado, o senhor pode passar a madrugada com ele.

Sorri e agradeci, ela me disse seu quarto e logo fui até o local. Ao entrar em seu quarto, ele ainda estava inconciente ou dormindo, não sei dizer ao certo... mas respirava, isso era importante. Me sentei na poltrona que ficava ao lado, o olhei e suspirei um tanto alto lembrando da boate. 

-Eu fui irresponsável, Tae. Me perdoa. - Segurei sua mão, estava um pouco fria e aquilo me assustava. - Devia ter o impedido de ter feito essas coisas, mas... eu queria vê-lo feliz e que fizesse as coisas que bem entendia, então apenas o segui... mas eu estava errado, assim como você. 

Suspirei um tanto alto e logo ouvi Taehyung dar um longo suspiro também, o mesmo virava a cabeça com os olhos semi abertos, ele sorriu e me fiz surpreso.

-Não precisa perdoar... só exageramos. 

-Ah! - Sorri aliviado. - Você está bem...! Como se sente? 

-Feliz... - Olhava para o teto abrindo seu sorriso quadrado, sua voz era mole e rouca. 

-Feliz...? - Aquela palavra já me soava estranha. - Por qual motivo?

-Como você se sentiria se o visse novamente?

-O visse? Quem? 

-Ele... - Me olhava novamente. - Kim Seokjin. Como se sentiria? 

-Eu...? - Engoli seco e ri abafado. - Olha, não sei como te responder isso, eu...

-É um sentimento confuso, não? É difícil imaginar como se sentiria... Eu estou confuso, mas fico feliz por estar.

-Taehyung... o que está querendo dizer?

-Eu o vi, Namjoon. - Ele ria e seus olhos se enchiam de lágrimas. - Eu o toquei...! 

-Você... você viu Jin?! - O olhei surpreso, mas aquilo era... impossível. Ri abafado. - Tae, você sonhou com ele? 

-Não... - Levantava um pouco a cabeça. - Eu o vi! Eu o toquei... ainda posso sentir a seda de sua roupa branca nos meus dedos, Namjoon! Eu juro! 

-Ok... - Soltei sua mão desviando o olhar, aquilo era um tanto... chato. - Olha, não precisa ficar jogando na cara que você consegue sonhar com ele, ok? Eu nem dormi consigo mais.

-Mas eu não sonhei, Nam... - O olhei novamente e seu sorriso desaparecia. - Eu tinha morrido...

-O que? - O olhei assustado. - Você o que?!

-Namjoon, eu tive uma parada cárdiaca na frente da boate e eu não sabia disso... sabe porquê?

-Por...que? 

-Por que minha alma continou andando e eu não senti nenhuma dor, quando olhei para o lado... lá estava ele comigo. Seokjin estava falando, me vendo e me tocando, não foi um sonho.

Ele falava com tanta sinceridade...! Mas isso não era algo que eu acreditava, era além da minha imaginação! Da minha capacidade de pensar! E eu não sou burro! O que você está falando, Taehyung?!

(SUGA)

Ela adormeceu finalmente, foi díficil convênce-la de que tudo ficaria bem, mas conseguimos, eu, Hoseok, Jimin e Jungkook. Deixamos ela dormindo no quarto, fechei a porta depois de Jimin saí, suspiramos e nos olhamos. 

-O que vamos fazer? - Hoseok passamos as mãos no rosto. - Só eu que sinto que a situação piorou? 

-Não... - Respondi levando as mãos na cintura e olhando para o chão pensativo. - Temos que tirar ela e todos nós desse sufoco de algum jeito.

-Falamos que pegariamos ídeias com o Tae e tals. Não é? - Jimin bufava. - Eu sei que ele está no hospital, mas... é só para relembrar. 

-É, você está certo. - Falei e olhei Jungkook que estava com cara de choro, tentava segurar. - Jungkook...?

-Eu estou bem...! - Sua voz era de angústia. - Eu só...! Não me contento em vê-la se machucando! 

-Vai fiacr tudo bem com ela, maknae. - Sorri levando uma de minhas mãos ao seu ombro, sorri de canto. - Vamos todos ficar bem.

-Se ficarmos bem... - Ele desviava o olhar triste para mim. 

-Não é "se"... é "quando". Nós vamos ficar bem. Só não sabemos quando. - Hoseok ia até a cozinha. - Quem está com fome?

-Eu. - Levantamos as mãos.

No meio jantar de misto quente que Hoseok fez para nós, notei alguém faltando.

-Hm... - Fiz de boca cheia olhando ao redor. - Cadê o Namjoon?! 

-Nam...? - Jimin franziu o cenho e olhou para trás. - Nam! Namjoon...!

-Espere, não grite! S/N está dormindo. - Jungkook deu um cutucão no braço do outro. 

Engoli o lanche e me levantei desesperado andando pela casa, ele não estava em nenhum lugar! Ele fugiu?! De novo?! QUE DROGA NAMJOON! Não voltei a cozinha, mas ainda em pânico peguei meu celular e liguei para ele.

-Atende...! Atende! - Eu rangia os dentes e de repente, sua voz. - Nam...?

-Suga? Calma, eu não fugi...Estou no hospital com Taehyung e eu estava prestes a te ligar. 

-Pra quê? - Estranhei. - Aconteceu algo com Taehyung?

-Por aí... Ele está falando que viu Jin, mas... sei lá! Não consigo acreditar.

-Ele está acordado? 

-Está. 

-Aonde você está?

-No lado de fora do quarto dele, vão vir?

-Depois de S/N acordar.

-Ah...como ela está?

-Não sei dizer, os cortes foram fundos e pararam de sangrar. Mas com certeza ela ainda não está bem, mesmo adormecida e mais calma.

-Pelo menos ela acalmou... Bem, espero vocês aqui.

-Tudo bem. Tchau.

Ele desligou e logo escutei possos atrás de mim, me virei e era Jungkook assustado.

-Era ele? - Perguntava.

-Ele está no hospital com Taehyung. Não se preocupe. - Sorri de leve afagando sua cabeça, logo voltando a cozinha.

(JUNGKOOK) 

Eu sentia que tinha que fazer algo a respeito de todos, sabe? Ajudar eles a carregar seus pesos! Ah... Mas... seria demais pra mim, pelo menos... ajudar todos? Não, não posso agradar á todos...Ah! O que eu faço?! Não vou aguentar um ano inteiro assim! O natal está chegando e nós estamos aqui sofrendo! Pelo menos posso ajudar S/N... Gosto tanto dela. Mas gosto de verdade dela. Que droga, Jungkook... mas um na cola dela? Já não bastava Suga! Mas pelo menos eu não vou beija-la á força... Ok! Jungkook! Não guarde rancor! 

Depois de Suga voltar á cozinha eu fui em direção ao quarto que S/N dormia, abri a porta lentamente e o feiche de luz lentamente luminava um formato na cama debaixo das cobertas grossas, sorri de canto logo entrando. Entrei deixando a porta encostada, me aproximei da cama lentamente enquanto a olhava dormindo para ver se não acordava. Me sentei ao lado da cama devagar e arrumei a coberta em seu ombro que caía, suspirei e a observei por um tempo, sorri de canto dando um curta risada abafada, levei a ponta dos meus dedos ao seu rosto acariciando.

-Eu prometo faze-la ao menos sorrir nesse natal... - Sussrrava para ela. - Te darei presentes e canções natalinas, vou aquecer seu coração, serei sua lareira nesse inverno. Você não vai ficar sozinha, pequena. Eu prometo. 

Essa era uma promessa para mim mesmo e eu tinha que cumprir, caso o contrário... não sei mais o que fazer, mas nesse natal, aonde quer que Jin esteja! Ele nos verá sorrindo!