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História House of Cards - The danger in starting a fire.


Escrita por: tarika

Notas do Autor


Olá meus amores! Olha só quem voltou, euzinha.
Admito que esse capítulo não é um dos meus preferidos, poderia sim ter ficado melhor, mas eu não queria começar de novo e fazer vocês esperarem ainda mais. (O pessoal do twitter me mataria -q)

Enfim, boa leitura! ♥

Capítulo 10 - The danger in starting a fire.


Fanfic / Fanfiction House of Cards - The danger in starting a fire.

- Você pode ficar lá em casa, não tem ninguém na sua mesmo.

- Não, tudo bem.

- Mas você não pode ficar sozinho assim, Taehyung.  

- E por que não? A minha perna só tá engessada, ainda posso me virar.

- Não seja teimoso. Me deixe cuidar de você, hm?

E como resistir a um pedido desses, me digam. Como resistir àqueles lábios cheinhos e aqueles olhos tã...

- Alô casal sunshine, eu ainda estou aqui. Infelizmente, mas ainda estou. – Naquele momento, eu nem lembrava mais da existência de Hoseok.

Jimin suspirou alto, revirando os olhos. Ao menos agora eu podia ter a certeza de que eles não cairiam nos tapas a qualquer momento. Ri baixo, pensando no quanto Hoseok conseguia ser inconveniente, porém não esperava que ele pudesse ir mais além.

- Vocês podem discutir essa ladainha depois? Bem longe de mim? E Taehyung, deixe o Jimin cuidar de você, ele deve estar louco pra dar uma examinada em todo esse seu corpinho.

Existem pessoas sem limites e existe Hoseok, que está muito acima destas.

Senti meu rosto esquentar e bati com a mão na testa, completamente envergonhado. Foi nesse momento que me arrependi de não ter implicado com ele quando estávamos com Yoongi.

- Você é retardado, cara. – disse o moreno ao meu lado, rindo.

- Vai se foder, Park Jimin. Tchau Tae. – o mais velho despediu-se rápido e virou a primeira esquina.

Continuamos em silêncio até estarmos em nossa rua. Jimin nem mesmo permitiu-se considerar a possibilidade de que talvez – apenas talvez – eu quisesse ir para minha própria casa porque nem sequer me deu tempo de seguir na direção do meu gramado mal cuidado, e não tardou em passar o braço ao redor de minha cintura, arrastando-me consigo na direção de seu – ao contrário do meu – verde e macio gramado.

Retirou as chaves do bolso com um pouco de dificuldade, levando em consideração que carregava duas mochilas no ombro esquerdo enquanto o outro braço me apertava, supostamente impedindo-me de fugir. Destrancou a porta com dois giros e entrou, tirando os sapatos e jogando as mochilas ali mesmo, na entrada.

Entrei logo em seguida, tirando os sapatos e dizendo um "com licença" baixinho. Ele me fitou por dois segundos.

- Não é como se você nunca tivesse vindo aqui antes, sabe... – falou enquanto atravessava o corredor que levava até a cozinha.

Senti meu rosto esquentar, pensando no quanto aquilo deveria ter soado bobo em seus ouvidos, afinal, eu estive ali naquela casa em todos esses últimos anos e nunca havia me importando com formalidades, não havia porque começar agora.

Meu estômago roncou alto e fui atrás dele, na cozinha. O encontrei com a cara enfiada na geladeira, retirando de lá um recipiente contendo um líquido alaranjado.

- Quer suco? – caminhou até a mesa, deixando o jarro ali.

Murmurei um "sim" em resposta, acenando levemente com a cabeça. Ele andou até um dos armários, tendo de se esticar um pouquinho para alcançar mais ao fundo e trouxe de lá dois copos.

Tornou o jarro em ambos e me entregou um deles.         

- Obrigado. – sussurrei e ele assentiu, dando um sorrisinho.

Levei o copo até meus lábios, sentindo o líquido gelado e levemente cítrico descer por minha garganta, refrescando-me.

- Combina com o seu cabelo.

- Hm? – murmurei sem desgrudar os lábios do copo, apenas desviando meus olhos até os seus.

- O suco. Combina com o seu cabelo. – explicou.

Terminei de beber, observando os cubos de gelo que derretiam no fundo. Desviei meu olhar para o copo em suas mãos, ainda pela metade e depois até a jarra.

- É... – levei a mão aos meus fios, segurando uma mecha entre os dedos. –  Acho que eu não devia ter tingido dessa cor.

- Eu gosto. – o olhei de relance e depois voltei a encarar os fios que eu ainda segurava. – Gosto do contraste.

- Contraste?

- Uhum. – murmurou. – O contraste com os meus, sabe?

Finalmente soltei a mecha alaranjada e levei meus olhos até os seus, em seguida, até seus fios negros, que agora eu notava eram realmente tão contrastantes com a minha cabeleira colorida de maneira tão energética.

Voltei para seu rosto, encontrando ali aquele sorriso sincero, aquele sorriso que fazia meu coração disparar, aquele sorriso que me fazia querer sorrir de volta. E foi o que fiz.

~♠~

Na semana seguinte, Jimin teve de ficar na escola até mais tarde para cumprir seu castigo junto de Hoseok. Nos primeiros dias, ele tentou arduamente me convencer a ir para casa, mas teimoso como sempre fui, estava lá todos os dias quando ele saia da biblioteca, suado, com o rosto sujo de poeira e pronto para me acompanhar até em casa.

Houve duas vezes onde consegui convencê-lo a me deixar ir para minha própria casa, mas logo ele aparecia por lá e ali ficava pelo resto da tarde. Às vezes, até ficava para o jantar.

Meu pai continuava com as piadas idiotas, vez ou outra deixando meu vizinho com as bochechas rosadas, mas não era nada que não nos rendesse várias risadas depois, quando estávamos dentro de meu quarto.

No último dia de detenção, eu esperei por Jimin, como de costume, mas já eram quase três da tarde e nada daquele sorriso de dentes levemente tortos.

Esperei por mais alguns minutos, até que decidi entrar na biblioteca para saber se algo havia acontecido. Tirei a mochila das costas, deixei-a sobre o banco e andei em direção às grandes portas de madeira da biblioteca. Abri com cuidado, ouvindo-as ranger.

- Jimin...? – minha voz ecoou pelas prateleiras.

Adentrei o cômodo, fechando as portas com cuidado, evitando que elas batessem.

O lugar era enorme, havia várias prateleiras cobertas de livros que levavam até os fundos, onde tudo ia se tornando cada vez mais escuro.

Ali à minha frente, algumas mesas de madeira estavam distribuídas lado a lado. À esquerda, estava a mesa da suposta bibliotecária, que por acaso, não se encontrava ali. Logo mais ao fundo, à direita, havia uma escada em um leve espiral que levava até o segundo andar. De onde eu estava era possível notar mais algumas prateleiras dispostas pelo andar, uma ou duas mesas e várias almofadas distribuídas em alguns pontos.

Andei até os degraus, ponderando se Jimin estaria lá em cima e no quanto seria complicado chegar até lá sozinho.

Coloquei minha mão direita no corrimão, preparando-me para subir, mas antes que pudesse fazê-lo, escutei uma voz conhecida.

- Psiu, aonde você pensa que vai? – virei-me e lá estava Jimin com um espanador em mãos.

- Eu ia te procurar. Por que essa demora?

- Hoseok não veio, estou tendo que limpar lá atrás sozinho.

- Como não veio? – andei até ele.

- Na verdade, até veio, mas disse que tinha esquecido algo importante e saiu correndo. – explicou, coçando nuca.

Juntei as sobrancelhas, tentando pensar em algo que faria Hoseok deixar Jimin ali, sozinho com aquela biblioteca enorme, mas não consegui pensar em nada.

- Tudo bem, eu te ajudo a terminar.

- Não precisa, só falta organizar algumas enciclopédias lá no fundo e eu termino. – entrelaçou seus dedos aos meus, levando-me até uma das mesas – Senta aqui que eu já volto.

Quando pensei em protestar, ele já se afastava por entre os corredores de livros.

Arrastei uma das cadeiras e me sentei, tamborilando os dedos na madeira, fazendo o som ecoar pelo local. O sol do meio da tarde adentrava pelas janelas próximas à entrada, mas apesar disso, o lugar permanecia frio.

Suspirei e desviei os olhos para a estante mais próxima, observando aqueles livros de cores desgastadas, lendo e relendo alguns títulos. Um deles destacou-se entre os outros, chamando-me a atenção por conta de seu título inusitado.

Levantei-me e andei até lá, tomando-o em mãos. A capa gritava "A Sombra do Vento", o segurei entre os dedos e abri, virei uma, duas páginas e parei na dedicatória.

"Para Joan Ramon Planas,

que merecia algo melhor."

 

Segui para a próxima página, li e reli as primeiras linhas.

Forcei meus dedos na parte de trás do livro, fazendo com que as páginas se entortassem um pouco e fui soltando-as com o dedão. O forte cheiro de tinta velha chocava-se contra meu rosto e enquanto as folhas passavam, eu tentava pescar algumas palavras aqui ou ali, até chegar à última página.

Havia apenas um único e solitário trecho, disposto do meio da página amarelada. Notei que as palavras ali contidas, eram as mesmas da primeira página, exceto por alguns detalhes, mas o conteúdo ainda era o mesmo.

Fiquei pensando se algo que começa e termina da mesma forma, poderia fazer sucesso e levando em consideração que no meio de tantos livros repetidos, aquele era o único de seu exemplar, cheguei à conclusão de que provavelmente não.

Fechei as páginas, observando sua capa em preto e branco, quando senti dois braços rodearem-me a cintura.

- O que encontrou aí? – soltei o ar que nem notei que havia prendido  – Ah, esse é um bom livro.

- Sério? – questionei, devolvendo o exemplar a seu lugar na estante.

- Na verdade, não sei. – apoiou seu queixo em meu ombro – Foi Hoseok quem me disse.

- Hoseok? – o ouvi murmurar positivamente e fiquei passando os dedos por aquelas capas à minha frente, pensando em quando fora a última vez que vira o mais velho com um desses em mãos.

- Taehyung... – virei o rosto na direção de Jimin, em seguida sentindo seus lábios sobre os meus.

Da mesma maneira rápida que vieram, logo se foram. Tornei meu corpo em sua direção, ficando de costas para a enorme estante de madeira e levei minhas mãos para a cintura do moreno à minha frente, puxando-o para um beijo mais profundo.

Encostei-me aos livros, sentindo suas mãos subirem por meus ombros. Dispôs um dos braços ao redor de meu pescoço enquanto a outra mão recostava-se em meu rosto, fazendo-me um leve carinho com os dedos.

Soltei-me daquele beijo, respirando fundo e abrindo os olhos, notando que os seus ainda permaneciam fechados. Os lábios levemente abertos, sugando o ar aos poucos, convidando-me para outro beijo. Apertei a carne de sua cintura, tentando trazê-lo para mais perto e juntei nossas bocas novamente.

Senti os dedos de Jimin enroscando-se nos meus cabelos enquanto eu subia minhas mãos por seu peito, sentindo o calor de sua pele através do tecido de seu uniforme. Quando me dei conta de que meus dedos guiavam-se até o primeiro botão deste mesmo, afastei-me com um suspiro, vislumbrando seus olhos semicerrados e os lábios úmidos que ele não tardou em arrastar pelos dentes, como se aproveitasse os últimos resquícios de meus lábios.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, apenas olhando um pro outro.

- Melhor irmos para casa.

Meu vizinho limitou-se a acenar positivamente. Deu-me um beijo na bochecha, juntou seus dedos aos meus e arrastou-me para fora daquele cemitério de livros esquecidos.

Andar pelos corredores da escola de mãos dadas com Jimin não era uma coisa a qual eu estava acostumado. E apesar de estarmos completamente sozinhos, não pude evitar me sentir um pouco acuado. Olhei para nossas mãos unidas e depois para seu rosto, logo tendo seus olhos mirados em mim. Ele sorriu e levantou as sobrancelhas, em um gesto silencioso que me perguntava se havia algo de errado, me limitei a negar levemente com a cabeça.

Tê-lo ali, com o rosto sujo de poeira de livros velhos, os cabelos desgrenhados, o típico sorriso de lado, sua mão na minha, pareceu-me mais do que certo, e eu pensei “cara, nada pode estragar isso”. E cheguei a pedir aos céus – à minha mãe – que realmente fosse assim, cruzei os dedos da mão inconscientemente, torcendo para que as coisas continuassem dessa forma, eu e ele, ele e eu.

~♠~

Aquele não foi um dos dias em que consegui convencer Jimin a me deixar ir para casa. Sentamos em seu sofá, um prato de batatas fritas disposto na mesa de centro.

Cuidadoso como sempre, pegou uma das almofadas e colocou ao lado do prato, logo em seguida ajudou-me a colocar meu pé por cima do tecido fofinho. Deixou sua mão ali, levemente repousada em minha coxa, fazendo um leve carinho.

- Quando vai poder tirar isso, hein?

- Na semana que vem, eu acho. – me estiquei para pegar uma batata.

- Até que enfim. – bufou, ajeitando-se no sofá de maneira que pudesse deitar em meu colo.

- Ah, nem faz tanta diferença assim, só é chato quando se trata de degraus.

- Claro que faz diferença, não dá pra te beijar direito com esse negócio aí.

Soltei uma risada, sentindo suas mãos em meu pescoço, puxando-me para selar nossos lábios. Assim que ele sugou meu inferior, senti uma pontada na perna engessada, afinal, a posição era completamente desconfortável.

Afastei-me rapidamente, soltando um “ai” baixinho.

- Viu? – disse, cruzando os braços.

- Mas a minha perna tá em cima da mesa, não dá pra me curvar desse jeito. – ri da cara descontente que ele fazia.

- Tá, mas se esse troço não estivesse aí, sua perna não estaria levantada e eu poderia te beijar o quanto quisesse.

- Mas você pode me beijar o quanto quiser, isso não muda muita coisa.

Mirou-me com o canto dos olhos, levantando-se em seguida e dando a volta no sofá. Parou em minha frente e afastou meus joelhos, colocando o seu por entre eles.

- O que tá fazendo? – Apoiou sua mão no estofado atrás de mim e se aproximou lentamente, a expressão maliciosa.

- Te beijando. – E foi o que fez.

Levei minhas mãos até sua cintura, tentando trazê-lo para perto, mas no final, ele estava completamente certo. Aquele maldito gesso nos impedia de aprofundar qualquer contato, eu queria senti-lo, mas estando sentado ali, era complicado, e ficar de pé me cansava rapidamente.

Apertei sua camisa entre os dedos, ganindo em frustração, fazendo-o rir.

Senti seus dentes arranhando meu lábio e suspirei como uma garotinha apaixonada, sentindo meu rosto se esquentar. O que só piorou quando notei sua perna passando por cima das minhas, sentando-se em minhas coxas. E eu aqui, pensando que não poderia ficar mais envergonhado.

Mas Jimin parecia tranquilo, como se não estivesse fazendo nada de mais, e talvez não estivesse mesmo.

Apertava meu ombro e acariciava minha nuca, beijando-me como se fosse a última vez. Puxei-o para mais perto, não resistindo em colar seu corpo ao meu, fazendo-o gemer entre o beijo e arranhar meu pescoço.

Suas mãos desceram até minha cintura, adentrando a camisa pelas laterais, variando entre me apertar ou fazer algum carinho singelo. Ele se remexia inquieto, fazendo-me suspirar e quando suas unhas arrastaram-se por minhas costas, a única coisa que se passou por minha cabeça foi “Meu Deus!”.

Levei minhas mãos até suas coxas, apertando-as por cima de sua calça jeans. Nessa hora, ele separou nossas bocas, olhando-me nos olhos e logo em seguida levando seus lábios até minha bochecha, descendo por meu maxilar até meu pescoço. Beijava-me ali, me deixando extasiado, minha visão levemente embaçada e eu nem sequer fazia muita questão de abrir os olhos, limitei-me a permanecer com os mesmos cerrados, ainda acariciando suas pernas.

 Ele apertou-me com os joelhos, e só aí notei que minha perna engessada estava começando a ficar dormente, mas ignorei quando senti seus dentes cravados em minha pele. Soltei um leve gemido e, caralho, eu nunca havia ficado tão excitado na minha vida. Nem todos aqueles filmes pornôs com mulheres peitudas me causaram tal euforia.

Jimin se remexeu e acabei sentindo seu membro em minha barriga, soltei um “puta merda” baixinho, pensando logo em seguida: “Eu não acredito que vou transar com um cara”.

Ele voltou a me beijar e suas mãos passaram a subir minha camiseta, e eu acredito sinceramente que teríamos transado ali mesmo se não fossemos interrompidos por alguém gritando seu nome. Separamos os lábios, direcionando os olhos até a entrada.

Eu nunca havia visto a Senhora Park com uma expressão daquelas. 


Notas Finais


hehehehehehe, não me matem.
E aí? O que acharam?
Bom, o capítulo vai dedicado pra lindíssima da @j4ckp0t que me atormenta pra postar HoC, mesmo sendo JiKook shipper de carteirinha. Vocês notaram a capa nova? Foi ela quem fez, ficou linda não é? Muita Obrigada, Ivy ♥
E obrigada a todos vocês, amores.
Se quiserem conversar, me xingar, trocar umas ideias, estou sempre disponível no twitter (https://twitter.com/liteuqui) ou na ask (http://ask.fm/jubartarika).
Então até a próxima, beijos da tia.


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