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História House of Cards - Troublemaker.


Escrita por: tarika

Notas do Autor


Olá!
Como quem é vivo sempre aparece, cá estou eu.

Boa leitura.
PS: esse gif que eu coloquei é muito gayyyyyy.

Capítulo 8 - Troublemaker.


Fanfic / Fanfiction House of Cards - Troublemaker.

Quinze minutos depois, cansei de esperar por Jimin e me levantei da arquibancada, saindo da quadra logo em seguida.

Estava no horário do intervalo, mas os corredores estavam estranhamente vazios. Ouvi uma algazarra vinda do refeitório e lentamente – por conta do gesso – segui até lá. Cheguei a tempo apenas de ver Hoseok afastando uma pequena multidão que havia se formado. Quando as pessoas se afastaram, pude notar Jimin sentado em uma cadeira em meio a algumas outras que estavam caídas no chão. Sua boca sangrava e ele parecia cansado.

Antes que pudesse decidir se devia ou não ir até lá, vi Hoseok estender-lhe a mão e logo em seguida, eles saíram em direção aos corredores.

Decidi que seria perigoso os deixar sozinhos, então por precaução – apenas por precaução – achei melhor segui-los. Por incrível que pareça, eles não discutiram nem sequer uma vez, apenas andavam lado a lado, em silêncio.

Depois de passarem por vários corredores, pude vê-los entrar na enfermaria. Aproximei-me para poder ouvir o que diziam lá dentro e me assustei quando de repente a porta foi aberta, mas para minha surpresa, quem saiu de lá foi a própria enfermeira.

Virei-me para o bebedor e fingi estar bebendo água enquanto ela passava pelo corredor.

Escutei a voz de Hoseok e me aproximei da porta para escutar melhor.

- Você é burro ou o quê? E se eu não tivesse aparecido? Você é só um, sabia? Eles iam te bater até te deixar inconsciente!

- Eu não podia simplesmente deixar as coisas como estavam, podia? – Jimin disse tão baixinho que tive de me esforçar para ouvi-lo.

Então aquele idiota havia mesmo ido atrás de Namjoon e Yoongi?

- E onde está o Taehyung? – escutei um suspiro alto e pude imaginar Hoseok, frustrado e com uma das mãos na cintura.

Ouvi o som de pés de madeira arrastando no piso.

- Puta merda! Ele ainda deve estar lá na quadra!

Foi então que decidi entrar em cena. Abri a porta e enfiei-me dentro da pequena sala.

- Eu tô aqui.

Me olharam surpresos, obviamente não esperavam me ver ali.

Um silêncio se estabeleceu na sala, até que Hoseok pigarreou e disse que iria procurar a enfermeira. Depois que ele saiu, continuamos em silêncio.

Era difícil me manter de pé por muito tempo com uma das pernas estando engessada, então me arrastei até o banco de madeira que havia ali e me sentei.

Depois de um tempo observando, Jimin sentou-se ao meu lado.

- Então...

- Não, não! – falei, sacudindo as mãos.

- Mas é que...

- Eu não quero ouvir, sério. – interrompi novamente.

Eu não o olhava, mantinha meus olhos fixos no chão, mas podia sentir os seus pesando sobre mim.

- Taehyung...

Suas mãos em meu rosto e seus lábios nos meus, tudo muito rápido. O afastei com um empurrão.

- Você tá ficando louco?

Jimin não respondeu, apenas juntou nossas bocas mais uma vez.

Coloquei as mãos em seu peito e tentei afastá-lo, em vão. Ele passou os braços pela minha cintura, mantendo-me próximo de si. Resisti o máximo que pude, mas era quase impossível me manter forte ao mesmo tempo em que sentia Jimin tentar aprofundar aquele selar. Entreabri meus lábios e permiti que ele me beijasse com toda a vontade que parecia ter.

Devido à minha falta de experiência, levei alguns milésimos de segundos para corresponder, entretanto ele não pareceu se importar. Beijava-me com pressa, uma de suas mãos acariciava meu rosto, enquanto a outra ainda segurava minha cintura com força.

Não sei quanto tempo durou aquele beijo, mas assim que nossos lábios se afastaram, eu me levantei e saí da enfermaria. Jimin veio logo em seguida, chamando meu nome enquanto eu o ignorava, andando lentamente pelo corredor. Eu queria poder correr como da vez em que o vi no shopping. Queria poder despistá-lo e me livrar de suas desculpas, mas aquele maldito gesso me atrapalhava.

Ainda não havíamos nem mesmo nos afastado da enfermaria quando ele segurou meu pulso, fazendo-me parar de andar.

- Me deixa explicar, Taehyung!

- Explicar como? Você me abandona por meses, me troca pelo Jungkook e me deixa de lado, de repente você me arrasta até um beco, me beija e então vai embora. Depois eu apanho pra caralho, aí você reaparece, me trata como se eu fosse feito de porcelana, vinga minha surra, se machuca e agora me beija de novo. Qual o seu problema? Tá querendo me enlouquecer?

- Tenta me entender, porra! – ele passava a mão pelo rosto, frustrado.

- Entender o quê? – sou eu quem deveria ser entendido ali.

- Eu estou apaixonado pelo meu melhor amigo, mas que droga!

Ok, por essa eu não esperava. Sabe quando você não tem certeza se realmente ouviu algo ou se seu cérebro está te pregando alguma peça? Pois é.

- Como é?

Jimin suspirou, uma das mãos cobrindo os olhos enquanto a outra ainda apertava meu pulso. O rosto tão vermelho quanto o meu e a respiração acelerada.

- Desculpe. – disse tão baixo que eu não teria ouvido se o corredor não estivesse completamente vazio. Ele soltou meu pulso, passou por mim e foi embora.

Continuei parado ali, tentando processar as informações. Estava tão compenetrado em meus pensamentos que nem mesmo notei alguém se aproximando, assustei-me quando um braço rodeou meu pescoço.

- Olá Taehyung! – cantarolou Hoseok – Como se sente após uma declaração dessas?

Ele começou a saltitar ao meu redor, dançando valsa com um parceiro imaginário. Parou em minha frente, segurou minhas mãos e sacudiu meus braços, fazendo-me parecer um boneco de posto de gasolina.

- Vamos, se anima! Dança comigo! – dizia, saltitando como um antílope.

- Eu vou embora.

Soltei minhas mãos e segui para o pátio que levava até os portões. Hoseok veio em meu encalço, falando sem parar, dizendo que eu deveria voltar para a aula.

- Eu não vou voltar. Eu quero ir pra casa. Eu...

- Você é um idiota, isso sim. – interrompeu-me – Você é apaixonado pelo cara desde que nasceu e agora que descobre que é correspondido, fica aí todo carrancudo?

- Não sou apaixonado por ele desde que nasci.

- Tudo bem, então é apaixonado desde que o conheceu.

- Não, eu... Ah, esquece. Só quero ir pra casa, preciso pensar.

- Pensar em quê, Taehyung? Vocês se gostam, fiquem juntos, fim.

Fiz o de sempre, ignorei.

Passei pelos portões sem nenhum problema, levando em conta que o porteiro estava tirando uma soneca. Hoseok veio logo atrás, estranhamente silencioso.

~ ♠ ~

- Sério?

Afirmei com um aceno.

- Ah cara, não acredito que vocês se beijaram e eu não vi!

Permaneci em silêncio enquanto Hoseok reclamava.

- Mas e aí?

- E aí o quê?

- O que aconteceu depois?

- Ah... Bem, eu saí da enfermaria e ele veio atrás, o resto você já sabe.

- Vocês são dois idiotas. – suspirou.

- Não, ele é o idiota, eu sou só a vítima nessa história.

- Certo, ele é o idiota da história. Você é só burro mesmo...

O olhei indignado, exigindo uma explicação.

- Olha Taehyung, eu concordo que Jimin errou feio, mas pelo jeito, ele está arrependido. Eu mesmo o vi se desculpar.

De certa forma, concordo com Hoseok, mas eu não podia simplesmente aceitar as desculpas e deixar pra lá. Podia?

- Por que insistir nessa idiotice? Você sabe que quer fazer as pazes com ele, então o desculpe de uma vez e fica tudo bem.

- Mas eu não posso simplesmente perdoar e deixar pra lá, Hoseok...

- Claro que pode! Quem falou que não? – disse, erguendo os braços.

Coloquei o cotovelo sobre a mesa e apoiei meu rosto em uma das mãos. Pela janela do quarto, avistei a casa em frente a minha, que agora parecia mais distante que o normal. Eu poderia mesmo perdoar Jimin? Mas e se aquilo tudo fosse só para me fazer desculpá-lo? E se depois ele novamente me deixasse de lado?

- Olha, eu não acho que ele estava brincando quando disse aquilo. – disse Hoseok, como se adivinhasse meus pensamentos.

- Mas e se estivesse?

- Confia em mim, não estava.

Ao menos uma vez, decidi depositar minha confiança em Hoseok.

- Tudo bem. O que eu faço? – suspirei derrotado.

- Esse é o meu garoto! – gritou Hoseok, levantando-se de minha cama e correndo até mim.

Puxou-me pelos braços, fazendo com que eu me levantasse da cadeira em frente ao computador. Agarrou no meu pulso e correu até a janela, enquanto cantarolava.

- Agora você vai até lá.

- Eu o quê!?

~ ♠ ~

Hoseok me empurrou até a calçada e depois voltou correndo para dentro de minha casa, tão rápido que nem tive tempo de protestar. Quando percebi já estava em frente à casa de Jimin, olhando para a porta, considerando se devia tocar a campainha ou voltar para casa e fingir que nada havia acontecido. Respirei fundo, tentando controlar o nervosismo, decidido a fazer a campainha soar.

O costumeiro “ding dong” agora parecia coisa de outro mundo. Os minutos que Jimin levou para chegar até a porta me pareceram horas, e em todos eles eu desejei sair correndo dali.

- Pois n... Taehyung? – olhou-me assustado.

- Oi.

 - Olha, se você veio até aqui pra dizer que não vai mais ser meu amigo, nem precisa começar. Eu juro que esqueço aquilo e a gente volta a ser como antes, por favor! Eu não quero acabar com nossa amizade por uma bobeira minha e...

Sério que ele acha que vim até aqui pra acabar com nossa amizade? Olhei para o outro lado da rua, procurando por alguma ajuda. Encontrei-a na janela do meu quarto, com um grande sorriso brilhante.

Movi os lábios sem pronunciar nenhuma palavra, tentando comunicar-me com Hoseok. “O que eu faço?”, perguntei. Ele moveu as mãos como se estivesse me empurrando. Seus lábios moviam-se, dizendo algo que eu não conseguia entender. Estreitei os olhos, e finalmente pude entender o que ele tentava dizer.

“Beija ele!”

Voltei meus olhos para Jimin, que continuava falando sem parar. Respirei fundo, tentando criar coragem.

- As coisas não precisam ser assim, é só...

Em um impulso, segurei seu rosto, fazendo-o parar de falar, e selei nossos lábios. Jimin permaneceu estático em todos os segundos daquele simples selar.

Afastei-me lentamente, com receio de sua reação. Seus olhos estavam vidrados em mim e teriam continuado se Hoseok não tivesse começado a gritar do outro lado da rua. Ele gritava nossos nomes, comemorava e fazia o que sabia fazer de melhor, me passar vergonha. Segurei Jimin pelos ombros e o empurrei para dentro de sua casa, tentando fugir do constrangimento.

Mesmo depois que entramos, ainda era possível ouvir Hoseok gritando do outro lado da rua, então permanecemos em silêncio até que a gritaria cessasse.

- Seus pais estão em casa? – apesar de já saber a resposta, precisávamos começar de alguma forma.

- Não... – seu olhar variava entre a mesa de centro e o sofá.

- Certo. Então, é...

- O que isso quer dizer? – interrompeu-me.

- Hm? Isso o quê?

- Ah, qual é Taehyung! Porra, você acabou de me beijar e... Puta merda... Você me beijou.

- Bem, – senti meu rosto esquentar – é que eu precisava esclarecer as coisas e, sei lá.

- Não tem nada esclarecido aqui.

- Como não?! Eu te beijei, ué!

- Exatamente! Por que você me beijou? – minha vez de observar o sofá e a mesinha de centro.

Ouvi passos, fechei os olhos e suspirei, esperando por sua aproximação.

- Taehyung, olha pra mim. – lentamente levei meus olhos até os dele – Por que você veio até aqui?

- O Hoseok disse que eu precisava vir até aqui para esclarecer nossa situação. – meus olhos se voltaram para o chão e meu tom de voz diminuía gradativamente.

- E qual é a nossa situação?

- Bem, você disse que estava apaixonado pelo seu melhor amigo, que supostamente sou eu... Sou eu, não é? – o encarei, esperando uma confirmação.

- Sim, é você. – soltou uma risadinha soprada.

- Então, eu também estou apaixonado. Não por mim, claro, isso seria idiota – ri baixinho –, mas pelo meu melhor amigo, que supostamente deveria ser você.

Meu rosto ardia tanto que, por um momento, tive medo de entrar em combustão instantânea. Jimin deu um longo suspiro.

- Isso quer dizer que você não veio até aqui para acabar com nossa amizade? – neguei com um aceno – E eu disse aquilo tudo em vão?

 Afirmei com a cabeça, deixando uma pequena risada escapar.

- Então, eu posso te beijar quando quiser? – eu não estava vendo, mas sabia que ele sorria.

- É melhor perguntar primeiro. – respondi tão baixo que achei até que ele não havia escutado.

- Posso te beijar agora, Taehyung? – aproximava-se cautelosamente.

Voltei a conectar nossos olhos, surpreso pela pergunta. Jimin sustentou meu olhar, sorrindo de canto. Abaixei os olhos mais uma vez e confirmei com um mínimo aceno.

Depois foi tudo muito rápido, passos acelerados, mãos na minha cintura e lábios nos meus. Suspirei surpreso, enquanto ele me empurrava delicadamente – e lentamente, por conta daquele maldito gesso – em direção ao sofá. Só percebi que estava sentado quando senti o tecido macio tocando meu braço. Jimin permaneceu de pé por alguns segundos, como se estivesse procurando a melhor maneira de combinar o sofá ao nosso beijo. Sentou-se ao meu lado, virando meu corpo em sua direção, sem desgrudar nossos lábios.

Ele me puxava pela cintura, tentando findar o pouco espaço que nos separava, mas era difícil aproximar-se ainda mais por conta da posição na qual estávamos sentados. Jimin percebeu isso e foi lentamente colocando-se de joelhos sobre o sofá, mas as coisas não mudaram muito, já que eu permanecia sentado.

Senti suas mãos apertando-me mais forte, me empurrando em direção ao braço do sofá. Quando dei por mim, minhas pernas estavam sobre o sofá, com um Jimin ofegante ajoelhado entre elas. Seu rosto estava muito vermelho e imaginei que o meu não deveria estar muito diferente. Respirei fundo, tentando me recuperar do beijo recente, porém quase não tive tempo de inspirar o ar e lá estava Jimin me beijando novamente.

Eu não tinha muita experiência em beijos, mas cheguei à conclusão de que Jimin deveria ser um dos bons. Beijava-me com calma, aproveitando cada mísero segundo daquele beijo. Sua mão esquerda apertava minha cintura, enquanto a outra acariciava meu braço, passando pelo meu pescoço e subindo até o maxilar, tirando-me a sanidade pouco a pouco.

Nem notei quando Jimin deitou-se sobre mim, prendendo-me ao sofá. Uma de suas mãos desceu até minha coxa e só aí eu percebi onde eu havia me metido. Sua boca soltou-se da minha, indo em direção ao meu pescoço, onde recebi um beijo estalado.

- Jimin... – coloquei as mãos em seu peito, fazendo com que ele levantasse o corpo para me olhar.

- Que foi? – seus lábios estavam inchados.

- Ér... Eu preciso ir para casa.

- Por quê?

Rápido, Taehyung! Inventa alguma coisa, pensei.  Jimin me olhava com aqueles olhos pidões, aguardando pela resposta.

- É que... O Hoseok!

- O que tem o Hoseok?

- Eu não posso deixar ele sozinho lá em casa.

O ouvi estalar a língua.

- Logo agora que eu estava começando a gostar desse cara... – Ufa!

Jimin se levantou do sofá e me estendeu a mão, ajudando-me a levantar também. Mesmo depois que eu já estava de pé, sua mão continuou segurando a minha e só se soltou para poder ajeitar meu cabelo. Desta vez, não houve tapa e nem reclamações.

Sorri de leve, sentindo meu rosto se esquentar. Já havia acontecido tantas vezes naquele dia que quase nem me incomodava mais.

- Vamos, antes que aquele maluco destrua a sua casa. – me puxou pela mão até o outro lado da rua.

Quando estávamos em frente a minha porta, as coisas se tornaram um pouco constrangedoras, afinal nenhum de nós fazia a menor ideia de como agir.

- Bom, então... Até depois, não é?

Confirmei com um aceno.

- Tudo bem se eu...

- Tá bom, já chega! Dá licença que tá na minha hora. – interrompeu Hoseok, abrindo a porta de uma vez.

- Hoseok, você...

- Até amanhã! – interrompeu-me, gritando e acenando com uma das mãos.

Permanecemos em silencio até que ele sumisse na primeira esquina.

- O que você ia dizer? – perguntei, lembrando-me que Jimin havia sido interrompido.

- Ah, é que... Eu só ia perguntar se podia te beijar mais uma vez. – disse baixinho.

- Pode.

Puxou-me pelo pulso, capturando meus lábios em um rápido beijo.

- Olá meninos.

Separei-me de Jimin e lá estava meu pai, suas mãos ocupadas com várias sacolas de compras.


Notas Finais


E é isso hehe ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Pra não perder o costume: Desculpem a demora ;-;
Ah, esse capítulo vai dedicado pra fofa da Naomi ♥

Aliás, obrigada pelos mais de 100 favoritos! E mais uma vez, sorry ;-;
Qualquer coisa: @liteuqui ou ask.fm/jubartarika
Até o próximo!


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