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História House of Cards - Capítulo Três


Escrita por: MissTayHan

Notas do Autor


Boa noiteeee!
Primeiramente, era para eu ter postado ontem, mas tive um fórum na faculdade e cheguei em casa morta, então desculpem, do fundo do meu kororo! <3
Agora, vamos ao capítulo, até lá embaixo!

Capítulo 3 - Capítulo Três



O despertador de meu celular tocava incessantemente a mais de quinze minutos, mas eu não movia um músculo para esticar o braço para fora da cama e desligá-lo em cima da mesa. Estou completamente acabado, graças a festa de ontem e a todo o fogo de Jessica, mas não vou negar que eu também estava com muito tesão e excitado, por isso não procurei evitar. Muito pelo contrário, eu necessitava daquilo, não só para me satisfazer, mas também para esquecer os pensamentos estranhos que rondavam minha cabeça.

Conclusão: estou me sentindo um lixo. O cansaço tomou conta de mim e não conseguirei sair da cama nem com todas as forças do mundo. Outro fator que não está ajudando, é a ressaca. Minha garganta estava seca, meu estômago vazio, eu não teria condições de ir beber ou comer alguma coisa, devido minha indisposição, mas eu com certeza colocaria tudo para fora se ousasse colocar algo para dentro de meu estômago.

Meu corpo todo doía. Era como se um trator tivesse me esmagado. Não iria para a escola, assim como sei que muitos que estavam na festa também não vão. Hoseok e Taehyung provavelmente serão uns dos que não vão. Mas nunca ligamos para isso, pelo contrário, isso é bom para manter nosso status, principalmente o meu com meu psicológico, que estava duvidando de muitas coisas. Mas na verdade, acho que para minha cabeça confusa, só piorou.

Eu ainda estou tentando entender o porquê de a imagem criada em minha cabeça de Jungkook surgir do nada quando eu estava com Jessica. Mesmo usando e abusando de suas curvas, de seu corpo magnífico de mulher, eu ainda me lembrava dele. O pior é que não era em um momento qualquer. Ás vezes era quando ela gemia meu nome, ou puxava meus cabelos, ou pior, em uma das três vezes que gozei, dentro dela ou em sua boca.

Isso já está virando loucura! Jungkook é apenas um amigo que aprecio. Tenho que parar de confundir meus sentimentos por ele. Eu não sou gay. E sobre ontem e sua imagem criada por mim, foi maluquice, paranoia, uma peça pregada por minha mente que não significa nada. Sou homem, porra!

– Senhor Park!? – Escutei senhora Kim bater na porta de meu quarto. – O senhor está aí!?

Me deu preguiça até de responder. Minha garganta estava queimando devido o excesso de álcool e seca. Abri a boca lentamente para tentar dizer algo, mas minhas cordas vocais falharam e minha voz saiu como um sussurro, que duvido muito que ela tenha ouvido.

– Senhor Park!? – A porta se abriu e ela entrou de mansinho. – Não vai para a escola?

– Nãaaao... – Resmunguei e apertei os olhos.

– Está se sentindo bem? – Senti seu peso sobre a cama e sua mão em minha testa. Senhora Kim se preocupa comigo, mesmo eu fazendo besteiras por aí. – Já sei, está de ressaca!?

Eu queria dizer algo, mas não conseguiria. Apenas balancei a cabeça em positivo, mas logo me arrependi, pois fiquei um pouco tonto, mesmo estando deitado. Apertei os olhos e fiz careta. Acho que ela entendeu que eu estava em petição de miséria e levantou para sair.

– Vou deixar você descansar. – Disse. – Irei ao mercado, mas vou deixar um lanche pronto para você se sentir fome. Tchau!

Ela fechou a porta e respirei agradecendo aos céus por ter essa mulher em minha vida!



[...]



Meus músculos se contraiam um a um enquanto eu me espreguiçava na cama. Minha garganta ainda estava queimando e eu necessitava de água, depois de algum remédio para azia. Mas tirando isso, eu já me sentia muito melhor e já podia levantar.

Tirei o cobertor de cima de mim e me apoiei sobre os braços, botando força e me levantando lentamente. Minha cabeça rodopiou um pouco e fiquei tonto. Coloquei a mão na testa e esperei que a tontura passasse. Depois me levantei devagar e não calcei os chinelos para sentir o piso gelado e me sentir refrescado.

Caminhei para o banheiro de minha mãe, onde estavam guardados todos os remédios. Abri a porta do armário e procurei algo para azia. Encontrei o pequeno sachê e o peguei. Segui para a cozinha e ela estava vazia, não havia sinal de senhora Kim. Olhei o relógio na parede e marcava dez horas, logo constatei que ela ainda estaria no mercado fazendo as compras para o almoço.

Peguei um copo d'água na geladeira e rasguei o saquinho em minhas mãos, o despejando dentro do copo e ele começou a efervescer. Sentei e deitei a cabeça na mesa, esperando o remédio ficar pronto. Quando ele havia terminado de dissolver, peguei o copo e bebi em um gole. O gosto não era muito agradável e fiz careta. Coloquei o copo na pia e procurei pelo lanche que senhora Kim deixou. Estava tudo dentro do micro-ondas, wafles e omelete. Havia uma jarra de suco de laranja na geladeira para acompanhar e comi escutando meu estômago gritar de alegria.

Quando terminei, lavei o prato e o copo e voltei para o meu quarto, onde peguei uma roupa limpa e tomei um banho. Já me sentia muito melhor e eu sairia um pouco. Iria para a casa de Hoseok conversar, colocar para fora o que se passa comigo. Embora ele não possa me ajudar, porque com certeza ele nunca teve sentimentos por alguém, ou muito menos dúvidas quanto a sua sexualidade. Mas talvez só o fato de desabafar faça eu me sentir mais leve, mas também não direi sobre essa dúvida sexual. Não quero que ele pense besteiras sobre mim, então serei cauteloso.

Já estava pronto para sair quando senhora Kim chegou e me viu rodando minha chave no dedo e assoviando.

– Aonde vai tão bonito e cheiroso!? – Suas mãos estavam cheias de sacolas.

– Na casa do Hoseok, mas eu volto para o almoço. – Disse depositando um beijo em sua testa. – Obrigado pelo lanche!

– De nada, meu anjo! – Ela me jogou um beijo. – Não se apresse porque o almoço vai demorar um pouco, o mercado estava cheio e me atrasou toda.

– Tudo bem, também não vou voltar tão rápido assim. – Disse abrindo a porta. – Até mais, senhora Kim!

– Tchau, meu filho! – Respondeu e bati a porta.

Andei descontraído pelo corredor e assoviando. Cheguei ao elevador e ele estava lá parado. Entrei e de frente para os números dos botões, hesitei em apertar o andar de Jungkook. Mordi meu lábio inferior e a angústia tomou conta de meu ser, junto com um frio na barriga como se eu estivesse em uma montanha russa. E de fato estava. Se eu não tomasse cuidado ou não pulasse fora antes de tudo sair do controle e dos trilhos, eu sofreria grandes consequências.

Eu não sabia o que fazer. Meu interior pedia para ver – tá bom, ouvir – Jungkook, mas o pouco que me resta de dignidade gritava para eu passar longe de sua porta. Só que eu não sabia qual dos dois ouvir. Os botões piscavam para mim, pediam para ser enfim apertados e me levarem para meu carro, onde eu fugiria, ou para o apartamento de Jungkook, onde eu me sentiria ouvindo a maior orquestra do mundo.

Não! Eu preciso ser forte. Não vou me entregar assim tão fácil. Sei que não vou para o paraíso, que sou um tremendo filho da puta, mas cometer mais um pecado como esse eu não vou. Não sou gay! Eu gosto de mulher! Eu só estou confundindo as coisas. Jungkook é apenas um pobre garoto aprisionado que tenho pena e quero vê-lo livre. Preciso enfiar isso na minha cabeça.

Apertei o botão do G1 e o elevador se fechou. Recostei no espelho e fechei os olhos, respirando aliviado e orgulhoso de mim mesmo. Espero que essa seja a primeira vitória de muitos momentos de fraqueza. E o próximo será passar o dia sem ir falar com Jungkook. Eu sei que consigo. Já passei por situações muito mais arriscadas do que essa, que eu poderia simplesmente perder a vida. Agora parece ser mais fácil, só preciso ser eu mesmo e fazer minha especialidade. Viver e curtir a vida, assim, com muita bebida e garotas eu esqueço de vez essa maluquice.

As portas se abriram com um apito e saí de lá indo em direção ao meu carro. Desliguei o alarme e entrei por minha porta. Cassei uma boa música no pen drive que ficava sempre conectado no rádio e aumentei o volume. Dei partida com o pé indo fundo no acelerador, ao som de "Estrada para o inferno", AC/DC, que sinceramente, sei que um dia a usarei.

No ritmo que eu estava, cheguei a casa de Hoseok rapidamente. Estacionei o carro na calçada de frente para o seu prédio e entrei sendo logo reconhecido pelo porteiro, que me deixou passar dizendo um bom dia. De novo peguei outro elevador e subi até o andar de seu apartamento. Toquei a campainha e esperei a empregada da família abrir a porta. Eu gostava dela, era bem ajeitadinha. Hoseok já deu uns catos nela. Quando a porta foi aberta, ela fez uma reverência e me deixou entrar.

– Senhor Jung está no quarto. – Ela disse e eu segui pelo corredor até o quarto de Hoseok.

– Hoseok, tá vivo!? – Abri a porta devagar e fui entrando.

Ele estava em sua cama, completamente morgado, todo aberto e só de cueca. Tive que rir da cena e me segurar para não pegar meu celular e tirar uma foto. Mas eu acabei não fazendo isso, porque sei que Hoseok ficaria puto e não vou avacalhar ele desse jeito. Então Fechei a porta atrás de mim e caminhei lentamente para a cama. Puxei o cobertor que estava pendurado na cama e o dobrei numa ponta. Balancei um pouco a ponta e me preparei para bater em Hoseok. Um, dois, três...

– ACORDA FILHO DA PUTA! – Bati nele com a ponta do lençol. Ele se assustou e sentou na cama espantado como se tivesse visto um fantasma.

– Quê isso?! – Ele olhava de um lado para o outro. Comecei a rir e Hoseok foi acordando aos poucos.

– Você tinha que ter visto sua cara... – Passava a mão na barriga que doía.

– Porra, Jimin! – Ele retomava a consciência. – Vai tomar no cu!

Ele esfregou os olhos e balançou a cabeça. Sentei na cadeira da mesa de estudos que ele usa para tudo, menos para estudar. Ele levantou da cama e foi até o guarda roupa, abriu uma gaveta, pegou uma calça jeans e a vestiu cambaleando. Ele voltou para a cama e se jogou, sentando em seguida e abraçou um travesseiro. Sua cara estava horrível.

– Se acalmou, Bela Adormecida?! – Zombei, mas ele bocejava e me mostrou o dedo do meio.

– O que você quer uma hora dessas? – Disse ele levemente irritado. – Não devia estar de molho também?

– Já estou melhor, e eu queria conversar com você. – Disse mordendo os lábios. Hoseok percebeu e franziu o cenho.

– Que foi? Vai me dizer que não usou camisinha com a Jessica ontem? – Arregalou os olhos.

– Hey, claro que eu usei! – Me defendi. Não sou doido a esse ponto. Um filho é o que menos quero, muito menos com a Jessica. – A questão aqui é outra, apesar de envolver ela também.

– ‘Tá bom, desembucha logo que estou ficando curioso! – Ele apertou um travesseiro no colo.

Respirei fundo para contar e pensei no que falar e não que não falar. Meu objetivo era contar a Hoseok algumas coisas, mas não que o que rondava minha cabeça era outro garoto. Eu podia dizer que estava pensando em outra pessoa que não queria pensar quando estava com Jessica, mas jamais direi que era outro homem.

Não saberia lidar com isso, com aceitação. Não sou preconceituoso, mas acho que isso não é para mim. Também nunca me vi formando uma família, talvez eu pense nisso bem mais tarde, muito para o futuro mesmo, mas ser gay nunca foi nenhuma possibilidade.

– Ontem, quando eu estava com a Jessica... – Apertei os olhos, sentindo um arrepio só de lembrar. – Eu estava pensando em outra pessoa.

– Park Jimin... – Franziu o cenho e semicerrou os olhos. – Você está gostando de alguém?

– O quê? Não! – Me espantei. – Isso está totalmente fora de cogitação!

– ‘Tá bem, calma, eu só perguntei. – Levantou as mãos como se ele estivesse cometido um crime e estivesse rendido.

Mas de fato, era um crime, era muito errado. Eu não posso gostar dele, não posso gostar de alguém que nunca vi o rosto, de alguém que não conheço. Isso é loucura! Eu só tenho apreço por ele ser tão inocente e frágil, também tenho pena por ele não poder viver aqui fora, por isso pensei nele ontem. Tenho que me convencer que foi só isso.

– Nunca mais diga isso, pelo amor de Deus! – Passei as mãos no cabelo o jogando para trás.

– Por quê? Gostar de alguém é tão ruim assim 'pra você? – Ele perguntou e eu bufei.

– O problema não é eu gostar DE alguém, mas sim QUEM é o alguém. – Suspirei derrotado. – E eu nem sei se eu gosto de verdade dessa pessoa.

– Não sabe ou você não quer aceitar? – Ele sorriu sugestivo.

Olhei para ele e meu olhar ficou cabisbaixo. Por que isso está acontecendo comigo? Eu sempre tive tanta certeza sobre minha sexualidade, agora parece que está tudo misturado em meio a um furacão e eu não sei a qual parte de mim eu devo me agarrar. Aquela que eu sempre tive certeza fazer parte de mim, ou a nova e intrigante parte que parece crescer cada vez mais?

– Hoseok... Eu não posso estar gostando dessa pessoa, é errado de todas as formas possíveis. – Minha voz saía desesperada.

– Mas por quê? Por que é tão errado? – Ele queria saber e eu hesitava em contar ou não.

– Eu... Tenho medo de te contar e você ficar diferente comigo...

– Pode confiar em mim, sou seu melhor amigo não sou?! – Eu assenti e engoli em seco.

– Lembra aquele garoto do meu prédio que eu falei aquele dia... ?

Ele ficou pensativo, tentando puxar na memória sobre aquele dia. Quanto mais eu esperava por sua resposta, mas eu ficava apreensivo. Eu não quero ser rejeitado por meus amigos. Ele e Taehyung são o que mais prezo depois de minha mãe.

– Acho que lembro, você disse que ele era estranho, mas que não podia me contar o porquê. – Ele disse, mas não pareceu surpreso, ou espantado. – É ele?

– É... – Olhei para o chão sem jeito, mas o escutei rindo e o olhei curioso. – Do que está rindo?

– Jimin, é por isso que está com medo? – Ele perguntou indiferente.

– Como assim “por isso”? Acha que é pouco? – Me exaltei. Ele só podia estar zoando com a minha cara. – Hyung, ele é um garoto, um homem como eu, tem pau, acha que é pouco eu estar confuso em relação a ele?

– Jimin, me escuta... – Passou as mãos no rosto um pouco irritadiço. – Você é jovem, é normal ter momentos de dúvidas. Você disse que ele é misterioso, na nossa idade, sentimos atração por aquilo que é estranho e perigoso. – Eu ouvia tudo pensativo. Fazia sentido. – Você pode estar apenas atraído pelas aventuras que ele pode te trazer, as encrencas que você poderá se meter e querer ser amigo dele, assim como é sua amizade com Taehyung e eu.

Não sei onde Hoseok aprendeu a falar bonito e soar tão convincente, quando todos não devem confiar em nenhum de nós três. Às vezes fico até com medo das mentiras que inventamos, de acabar acreditando nelas ou deixar de confiar neles dois. Mas nos conhecemos há muito tempo, sei quando eles estão sendo sinceros, e nesse momento, vejo a sinceridade nos olhos de Hoseok.

– Mas se você realmente acha que tem outro tipo de “atração” por ele, não fuja, tente descobrir. – Deu de ombros. – Somos jovens, estamos no tempo de errar, levantar e tentar de novo.

– Mas, e se eu gostar dele? – Mordi os lábios.

– Qual o problema? Tem medo do que as pessoas vão achar? – Assenti. – Jimin, meu filho, sua imagem é de mulherengo, galinha, baladeiro, arruaceiro, 171 da escola, você acha que isso pode piorar? – Disse rindo debochado. Ri com ele.  

– Mas, ser gay não é... errado? – Perguntei receoso.

– Você escutou o que eu disse? Seu lugar no inferno já está garantido meu irmão, aproveita a vida do jeito que puder, não tem mais como voltar com todas as burradas que você já fez! – Ele gargalhou ao terminar e peguei um livro que com certeza nunca fora usado por ele em cima da mesa e o taquei, mas ele agarrou antes que batesse em seu rosto. – ‘Tá bom, brincadeiras a parte, é sério Jimin, não tenha medo de fazer o que tens vontade de fazer porque vão te julgar, não é como se já não fizessem isso. Seja feliz e ignore as pessoas como você sempre fez meu amigo.

– Nossa... obrigado Hoseok! – Cocei a nuca. – Nunca pensei que você fosse ser... um bom conselheiro.

– O mundo é uma caixinha de surpresas meu amigo. – Riu sugestivo. – Eu não imaginava que você cogitaria a possibilidade de ser gay.

Rimos juntos, mas ele tinha razão, quanto a tudo. Eu não me privaria de algo que aparentemente eu quero, só por medo das pessoas a minha volta. Sempre fui um canalha e nunca me importei. A diferença é que agora, mesmo as pessoas apontando para mim, será por algo que me faz bem.

– Hyung, eu só queria que você não contasse isso a ninguém, ao menos por enquanto, até eu ter certeza de tudo dentro de mim mesmo. – Pedi.

– Tudo bem, eu entendo, mas saiba que eu nunca sairei do seu lado e tenho certeza que o Tae também não.

– Obrigado! – Disse baixo, sorrindo gentil e agradecido.



Hoseok P.O.V On


Depois que Jimin foi embora, após aquela longa conversa, fiquei pensativo. Ele é meu melhor amigo, quero vê-lo feliz acima de tudo. Não vou me importar com o fato dele “achar” que está virando homossexual. Na verdade, isso é melhor do que eu poderia imaginar quando ele disse que estava com problemas. Isso não é bem um problema, além de resolver muita coisa em minha vida.

Peguei meu celular em cima da mesa e digitei o número tão conhecido por mim. Fiquei andando pelo quarto e esperando ele atender. Precisou apenas de três toques para que minha chamada fosse atendida por aquela voz rouca e sedutora. Me joguei na cama e fiquei fitando o teto.

Hobi! – Ele atendeu e imaginei seu sorriso típico quando está comigo.

– Oi Tae! Como você 'tá? – Um sorriso também se formava em meus lábios.

Me recuperando da ressaca, e você?

– Também, mas eu liguei mesmo para falar de uma coisa que aconteceu ainda a pouco. – Lembrei de toda minha conversa com Jimin.

E o que é?

– Jimin me procurou, ele queria conversar sobre umas coisas que vêm acontecendo com ele, e... – Parei um instante.

E...? – Ele estava impaciente.

– Acho que ele está se descobrindo... gay.

Oh! Sério? – Ficou surpreso.

– Muito sério! – Ri, afinal isso era meio cômico, Jimin gay!

Nunca pensei nessa possibilidade. – Sim, ninguém imaginava isso.

– Nem eu, mas já pensou se ele realmente for gay?! A gente vai poder assumir Tae, sem medo, sem preocupação!

Isso seria incrível! – Sua voz era animada. – Sem falar que eu não teria mais que ver você com a Hani... – Sua voz mudou para irritada e cheia de raiva.

– Pensa que eu também gosto de ver você com aquelas vadias que te comem com os olhos?!

Não tenho culpa se eu sou lindo! – Imaginei um sorriso de deboche em seu rosto, mas não é uma mentira o que ele está falando.

– Hahaha, porque você não para de se gabar e não vem até aqui?!

Para limpar o seu corpo dos resquícios daquela vadia?! Só se for agora!

– Vou te esperar aqui.

Desligamos o celular e eu já estava com um sorriso malicioso nos lábios.


Hoseok P.O.V Off



Já era mais ou menos a hora que eu costumava chegar da escola. Logo eu iria até o apartamento de Jungkook. Hoje cedo eu me recusava a ir, mas depois de minha conversa com Hoseok, me sinto um pouco diferente. Ainda não sei se é realmente o certo a se fazer, mas só vou saber se eu tentar. Como disse Hoseok, não posso ter medo, estou em tempo de errar até acertar. E outra coisa, não vou ligar para o que vão pensar, como ele disse, nunca me importei mesmo.

E cá estou eu. A porta do elevador se abria naquele andar que tenho frequentado muito ultimamente. Caminhei pelo corredor e quando parei em frente a porta que só de ver eu já me acalmava, estiquei o braço e toquei a campainha. Não esperei nada dessa vez, quando o som estridente soou, sua voz ecoou, melodiosa como sempre.

– Jimin...

– Você tava ao lado da porta me esperando por acaso? – Perguntei desconfiado.

– Hum, talvez. – Ele disse e eu ri.

Jungkook já me considerava muito. Eu era uma pessoa desconhecida, mas que lhe mantinha com uma ligação ao mundo exterior, e ele se apegava a isso. Eu era sua esperança. A única pessoa que de fato parecia se importar com os sentimentos dele. E era incrível como ele não se importava se nos conhecíamos de verdade. Ele tinha uma pureza magnificamente linda e de se admirar, que fazia eu me perguntar se realmente era errado eu estar com ele, com alguém tão puro.

Definitivamente não era errado. Ele não era errado. A coisa mais certa que eu poderia fazer era estar ali, conversando com um garoto que eu não conhecia através de uma porta que nem sequer era aberta. 


Notas Finais


Entãaaaao... Ele não gemeu o nome do Kook, mas pensou nele o tempo inteiro, isso 'tá bom 'pra vocês??? Rsrsrsrsrsrs...
E esse VHope começando a surgir... Tao fofinhos! *w* <3 Calma que terão mais momentos desse casal!
E esse Jimin se deixando descobrir esse novo "lado" dele... Que ele descubra logo tudo e tenha muitos momentos JiKook! Rsrsrsrsrsrs...
Por hoje foi isso gente, espero que tenham gotado! Obrigada a quem está lendo, favoritando e tudo mais, amo vocês! <3 <3 <3

COMENTÁRIOS SÃO SEMPRE BEM VINDOS E MOTIVADORES! XD

OBS: excluí a fanfic original para que não causasse problemas a essa, já que ela era bem antiguinha.


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