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História House of Cards - Capítulo Seis


Escrita por: MissTayHan

Notas do Autor


Boooooa noite meu amores!
Primeiro, desculpem não ter postado semana passado, mas eu estava em semana de prova na faculdade, que acabou hoje na verdade, aí eu pude dar uma revisada básica e vim postar, mas desculpem de novo!

Sobre o capítulo, bom, não vou comentar sobre o término do anterior porque vocês estão roendo as unhas... Rsrsrsrs... Só não me matem, nem por isso, nem pelo outro motivo que vocês provavelmente também irão querer descontar em mim... Rsrsrsrsrs...
Só uma coisa: o segredo do Jungkook não é o "Q" da fanfic, e sim "COMO" as coisas serão tratadas no final.

Capítulo 6 - Capítulo Seis


Eu andava de um lado para o outro no meu quarto, prestes a formar um buraco no chão. Não conseguia me controlar, a raiva me consumia de dentro para fora, estava prestes a explodir, mas Hoseok, no celular ao meu ouvido tentava me acalmar. Era uma tentativa falha.

Podia sentir cada célula do meu corpo esquentando e fazendo meu rosto ficar vermelho, meu sangue bombear cada vez mais rápido pelos meus acelerados batimentos cardíacos que pareciam uma britadeira e tudo o que eu mais queria era algo para socar fortemente, arrebentar a mão até precisar colocar gelo e depois repetir tudo de novo e de novo.

Eu não podia acreditar no que havia acontecido. Eu estava tão perto, mas tão perto dele, no entanto, o mundo gira ao nosso fracasso. Não que fosse dar certo logo de cara, mas ao menos por um minuto, um mísero minuto eu pensei que pudesse dar certo, com Jungkook, mas sua mãe sempre estará ao nosso encalço e dará um jeito de esmagar com suas próprias mãos todas as minhas chances, que já são mínimas.

- Hoseok, é sério, eu não estou aguentando, eu vou matar alguém, de preferência aquela mulher louca!

- Fica calmo e me explica direito o que aconteceu. – Hoseok não conseguia entender o que eu dizia, eu estava nervoso e contava apenas cortes do que houve. – Vai, respira fundo e me conta...

 

 

 

Flashback On

 

– Você... não quer entrar?!

Ela sorria sugestiva e eu bem entendia suas intenções. Pelo que Jungkook sempre disse, ela é uma boa pessoa e gosta de ajudá-lo e era o que estava fazendo agora. Eu veria Jungkook.

– C-claro...

Foi só o que consegui dizer, eu não podia ouvir meu cérebro, meu coração estava batendo rápido demais para que eu ouvisse qualquer parte de meu corpo mandando alguma mensagem, eu não conseguia captar.

– Pode vir, minha mãe não está em casa a essa hora. – Ela dizia colocando a chave na porta. – Mas você deve saber né, com certeza estava vindo daqui quando caí na sua frente.

Ela dizia animadamente, mas eu apenas dava um sorriso torto em resposta, estava mais nervoso do que quando perdi a virgindade. Mas quando ela girou a chave e abriu a porta eu congelei. Meus pulmões falhavam, não conseguia colocar um ar sequer para dentro. Meu corpo inteiro não respondia meus estímulos, estava paralisado pela ansiedade e um pouco de medo.

Com a porta escancarada bem a minha frente pela primeira vez, eu podia ver uma parte do lado de dentro daquele medonho apartamento. Sim, eu tinha medo, porque não sabia se eu encontraria algo assustador ali, como mordaças e camisas de força para que a louca da mãe de Jungkook o prendesse.

– Pode entrar. – Ela disse sorrindo docemente para mim.

Olhei para o lado de dentro e procurei pela figura que mais desejo ver há tempos, mas não tinha sinal dele, até que ouvi passos ao longe e engoli em seco. Ele estava a poucos metros de mim, e agora sem aquela maldita porta entre nós.

Respirei fundo antes que ficasse roxo e parecesse um idiota na frente de Jungkook e andei em direção ao apartamento. Tentei manter os pés firmes ou eu me estatelaria no chão de tanto que eu tremia. Ia colocar o primeiro pé dentro da sala quando ouvi uma voz familiar. Era melodiosa, calma, parecia um cântico.

– Noona, você chegou?

Passos vindo ao longe chamaram minha atenção e mais que depressa movi o outro pé para dentro. Ele estava vindo de algum lugar de dentro do apartamento e com certeza se assustaria ao me ver, na verdade ele não saberia quem sou eu, ou ele me reconheceria?

Mas antes que pisasse firme naquela sala, uma outra voz surgiu atrás de mim, me fazendo dar um passo para o lado e bater as costas na porta completamente assustado. Quando olhei para a pessoa, era uma mulher que parecia estar bem irritada, depois vi Jihyun com uma expressão apavorada.

– Quem é você? – Sua voz era medonha.

A mulher passou pela porta e parou ao lado da garota. Não sei qual de nós dois ela xingava mais com aqueles olhos esbugalhados e intimidadores.

– De-desculpe Omma, ele... – Jihyun estava nervosa, tentava formular alguma coisa em sua cabeça para nos safar, aquela era sua mãe. – ...ele estava me ajudando com as sacolas... – Engoliu em seco e me olhou. – ...ele foi muito gentil comigo.

Tentei disfarçar dando um meio sorriso para a mulher e ela viu as sacolas ainda em minha mão, e mesmo franzindo a testa, pareceu acreditar, mas afinal, não era mentira que eu estava apenas ajudando Jihyun antes dela me convidar para entrar.

– Obrigada, mas posso ajudar minha filha agora! – Ele pegou as sacolas de minha mão.

Olhei para Jihyun e ela me pedia desculpa com o olhar. Ela não tinha culpa de nada, só queria me ajudar, não sabia que sua mãe chegaria e interromperia nossos planos, mas eu também não posso dizer que fiquei feliz com isso. Trinquei o maxilar para me conter e depois sorri torto paras as duas mulheres a minha frente. Sorriso mais falso que esse, só os que dou para Jessica.

– Jihyun, o que houve? – Despertei de meus próprios xingamentos a mulher mais velha.

Jungkook!

Ela chegou tão depressa enquanto ele ainda vinha em direção a sala, não lhe dando tempo de chegar, o que facilitou as coisas para sua mãe. Seja lá quem ela estava pensando quem eu fosse, ela queria se livrar de mim rápido.

– Nada, o rapaz já está de saída! – Sua mãe ditou a ordem já pronta para fechar a porta.

Suspirei derrotado e olhei para a sala ao fundo e vi apenas uma silhueta fina e pequena virar no corredor e apontar como se viesse para mim, mas fui obrigado a dar dois passos para trás enquanto a porta se fechava bem a minha frente e Jihyun suplicava perdão com seus olhos ao lado de sua mãe.

Com um baque, lá estava ELA, mais uma vez entre nós como uma muralha que eu queria socar, esmurrar até que ela caísse.

 

Flashback Off

 

 

 

– Eu odeio essa mulher, Hoseok, odeio! – Puxava meus cabelos com tanta força que doeu meu couro cabeludo.

– Eu sei e entendo, mas não vai adiantar você ficar xingando ela, ainda mais se for para mim, você no mínimo devia dizer na cara dela, não que vá resolver alguma coisa, lógico, só vai servir para ela achar que você é um louco e te manter mais longe ainda do filho dela.

– Hoseok, você não tá ajudando... – Sentei na cama frustrado e meus ombros caíram.

Eu precisava sim xingar e gritar, mesmo que não fosse resolver todos os meus problemas, mas eu ao menos colocaria para fora toda a raiva que me consumia por dentro, de uma forma mais “saudável”, já que normalmente eu socaria a parede e ferraria minha mão. É, Jungkook está me mudando em certos aspectos sem eu nem perceber. Nunca que eu seria tão controlado assim.

– Hoseok, eu estou perdendo as esperanças e o pior é que eu sei que ele sente algo por mim. – Suspirei lembrando o quão perto chegamos pela segunda vez. – Será que a irmã dele contou que nós quase nos vimos?

– Se ela for como você diz, ela deve ter contado, ela ia ajudar vocês não é...

– É, mas como sempre, tudo conspira contra. – Bufei. – Como disse minha mãe, eu tenho que fazer dar certo, de algum jeito.

– E você tem alguma noção do que fazer?

Caí para trás me deixando deitar um pouco e relaxar meu corpo, eu estava com todo o corpo tencionado, podia sentir os nós em minhas costas. Eu precisava muito descansar, mas não era só deitar na cama, ou tomar um chá e dormir, eu precisava descansar a cabeça, eu estava a mil, não parava de pensar em Jungkook, tentar resolver todas as equações do nosso “não-relacionamento” . Eu precisava de paz.

– Mais ou menos, só tenho que perguntar sobre o dia que eu o vi no elevador. – Disse esquecendo que ainda não havia contado isso para ele.

– Que? Quando foi isso? – Ele se exaltou.

Contei sobre aquele frustrante dia e conversamos sobre tudo. Chegamos a conclusão que se eu ainda quero lutar para ter o que eu quero, tentar descobrir o máximo possível sobre aquele dia era minha melhor opção.

Por que eu ainda não tinha perguntado? Ele me deixou distraído demais com todo aquele papo de sexo e amor. Confesso que não foi algo que eu tenha odiado, longe disso, afinal, descobri que ele gosta de mim tanto quanto eu dele, mas isso me deixou um pouco “incomodado”. Não devia sentir isso, não sendo a respeito de Jungkook.

Depois de muito conversar com Hoseok, me acalmei, tomei um longo banho e consegui ir dormir. Amanhã seria um dia longo e eu falaria com Jungkook, custe o que custar, eu vou dar um jeito de deixar nossa situação o menos pior possivel.

 

 

[...]

 

 

Eu respirei fundo de frente para aquela porta, fitando a campainha e lembrando o que ocorreu no dia anterior. Tive náuseas só de lembrar a cara daquela mulher que se diz mãe. Bom, cada um tem seu jeito de criar seus filhos, mas com certeza a mãe de Jungkook cria os seus da pior maneira, ao menos ele.

Pois é, por que só ele vive preso em casa? Jihyun merece ter uma vida normal mais do que ele? É tão difícil entender e cada vez mais várias perguntas vão surgindo em minha cabeça, com respostas que possivelmente serão obscuras. É só o que eu sinto, mesmo Jungkook parecendo ser um garoto bem conformado com sua vida, exceto por mim.

Cerrei os punhos e estiquei a dedo para tocar a campainha. Depois de soar, esperei alguns segundos até ouvir os passos dele. Como sempre, sentei recostado a porta.

– Oi! – Ele disse em seu tom sereno que me faz derreter.

– Oi... – Tentei ser convincente, mas soou triste.

– Parece frustrado, é por causa do que aconteceu ontem?

Então sua irmã contou a ele o infeliz acontecimento. Não imaginava que fosse o contrário, mas não pensei que fosse me sentir tão mal que ele soubesse. É como lhe dar esperanças e depois lhe tirar passados dois segundos.

– Sua irmã te contou...

– Aham, eu sinto muito, pela minha mãe ter atrapalhado, eu queria muito ter visto você. – O imaginei com uma cara de choro e um bico e por um instante sorri.

– Por que ela mantém as pessoas longe de você? É o motivo dela te deixar o tempo todo trancado? Quer dizer, não o tempo todo, porque outro dia eu vi você e ela no elevador.

– Quê? Quando? – Ele se assustou.

– Faz uns três ou quatro dias, sei lá, mas eu entrei no elevador e tinha um garoto e uma mulher, mas só percebi que eram vocês quando ouvi o porteiro gritar “Senhora Jeon”, só que já era tarde e eu nem pude... olhar para você direito...

Ele ficou em silêncio. Apertei os olhos, eu não estava mais aguentando ficar sem saber absolutamente nada sobre ele. Saber que ele tem dúvidas sobre sexualidade e que gosta de sorvete de baunilha não é conhecer alguém. Eu preciso saber o que ele e sua família tanto escondem, esse mistério está me matando.

– Por que... não me contou sobre isso? – Ele parecia ter um nó na garganta e por mais que eu não gostasse de fazê-lo se sentir mal, eu precisava de respostas, mesmo que doesse nele.

– Por que VOCÊ não me contou que podia SIM sair de casa? – Eu estava cansado de tudo isso, mas acabei parecendo irritado. – Eu não aguento mais não saber o que está acontecendo com você...

Ele ficou em silêncio de novo. Respirei fundo tentado manter a calma, mas parece que hoje eu não conseguiria repetir o que fiz ontem. Eu não estava ficando só irritado, mas também magoado por achar que ele não confia em mim.

– Eu sei que eu prometi que um dia te contaria, mas a gente foi se conhecendo, viramos amigos e eu não suporto a ideia de não poder dar a você tudo o que você quer... – Sua voz falhou. Ele estava chorando. – Ontem você deixou bem claro, mesmo sem querer, que gosta de mim, e eu também gosto de você, Jimin, gosto tanto que eu chego a me odiar por isso!

Agora eu estava confuso. Ele acabou de dizer com todas as palavras que gosta de mim assim como eu dele, mas por que ele parece não querer sentir isso? Então o problema todo não é com sua mãe, e sim com ele? Mas o que o faria não querer se entregar ao que sentimos?

– Por quê? Já disse que não vejo problema em duas pessoas do mesmo sexo gostarem uma da outra! O que te impede de aceitar o que você sente?

– Eu tenho Leucemia, Jimin... Eu já tinha aceitado o fato de que a quimioterapia não faz mais efeito e que eu não tenho um doador compatível, eu tinha aceitado o fato de que eu iria morrer sem a droga de um doador de medula, mas você me faz querer... viver... mas eu sei que eu não vou...

Eu não via. Não ouvia. Não sentia. Minha mente estava em branco, não conseguia pensar em nada. Era como se eu estivesse caindo em um abismo sem fim, como se eu nunca sentisse o baque, porque a sensação de não saber o que esperar e nem quando, era um milhão de vezes pior, onde até a morte seria uma dádiva.

Eu não conseguia falar, mas eu queria, queria dizer algo a ele, dizer que sentia muito e que eu jamais sairia do seu lado, mas parecia que eu havia levado um daqueles socos no estômago que te tiram o ar. De fato, era um soco no estômago, eu nunca esperaria por isso, talvez fosse mais fácil acreditar que sua mãe era uma psicopata e o mantinha em cárcere, do que descobrir que ele está morrendo.

– Eu tinha dez anos quando descobrimos, aí comecei logo o tratamento com remédios, mas desenvolvi tolerância depois de alguns anos, então comecei com a quimioterapia, era da onde eu estava voltando no dia que me viu no elevador, mas já tem alguns meses que os médicos disseram que o meu organismo também achou um jeito de lutar contra e só mesmo um transplante de medula poderia me salvar, mas minha mãe e minha irmã não são compatíveis e a fila de espera é imensa... – Ele soluçou e deixei que minhas lágrimas também rolassem por meu rosto. – Um possível doador seria o meu pai, mas ele abandonou minha mãe quando eu tinha dois anos para ficar com outra mulher e não fazemos ideia de onde ele está...

– CHEGA! Eu não... posso ouvir mais nada! – Com as duas mãos na cabeça eu não conseguia controlar minhas lágrimas, meu desespero e meu medo.

– Jimin, por favor... – Sua voz estava embarganhada, se misturava com inúmeros soluços, me cortava o coração, mas eu não podia ficar mais ali ou eu enlouqueceria.

– Me desculpa!

Peguei minha mochila no chão e saí de lá o mais rápido possível. Ainda pude ouvir sua voz tão amedrontada chamando por mim, e mesmo que uma imensa parte em meu interior gritasse para eu dar meia volta e dizer a ele que ficaria tudo bem, a outra precisava espairecer.

Desci para a garagem, peguei meu carro e saí sem rumo pelas ruas. Tudo era um enorme borrão diante de meus olhos, tanto pelas lágrimas, como pela alta velocidade em que dirigia. Se um acidente acontecesse, como eu já havia mencionado, morrer seria uma dádiva para mim nesse momento. 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


ENTÃAAAAAO... Rsrsrsrs... Please, please, please, não me odeiem, tanto pelo encontro que não rolou como pelo final dramático, mas é como eu digo, tem que garantir o ibope né! Rsrsrsrsrs...

Mas o que acharam? Fui má demais com eles? Vocês choraram? Eu chorei com esse capítulo quando fiz a versão original e quando adaptei essa também, mas ainda tem muita água 'pra rolar aqui! Rsrsrsrsrs...

E lembrando: o segredo do Jungkook não é o "Q" da fanfic, e sim "COMO" as coisas serão tratadas no final.

Bom, espero que tenham gostado, beijokaaaas!!!

COMENTÁRIOS SÃO SEMPRE BEM VINDOS E MOTIVADORES! XD


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