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História House of Cards - Capítulo Oito


Escrita por: MissTayHan

Notas do Autor


Muito boa noite meu ninduchos!
Como foram de Natal?
Espero que bem e que tenham ganhado muitas coisas de KPop! *w* Rsrsrs... Só em sonho mesmo!
Bom, essa é última postagem desse ano e adianto que tenho muitos planos para o ano que vem, fiquem ligados!
Sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 8 - Capítulo Oito


 A sala de espera mesmo sendo bem grande, tornou-se desconfortável. Jihyun estava neutra, ora tentava manter a mãe calma, ora tentava me acalmar, principalmente quando me via lançar olhares mortais para sua mãe. Ela também não ficava muito atrás, às vezes me olhava como se eu fosse um intruso, mas na sua mente, eu realmente era.

Ainda não falamos absolutamente nada. Quando elas chegaram, procuraram o médico de Jungkook, mas ele não disse qual era seu quadro. Depois disso, troquei poucas palavras com Jihyun e expliquei o que havia acontecido. Pude ouvir quando ela contou a sua mãe e ela ficou com uma cara de “Que diabos ele fazia em frente ao nosso apartamento?” Percebi que ela só não brigou feio com a filha em respeito ao local.

Caguei para o que ela pensava! Estou aqui pelo Jungkook e juro que vou comer os dedos se alguém não me trouxer notícias, porque minhas unhas já eram. Não estava só nervoso, estava com medo. Ele não só desmaiou de repente, como também tinha sangue saindo por sua boca. Isso não deve significar algo bom vindo de alguém com uma doença como a dele.

Já havia avisado minha mãe e ela estava a caminho do hospital. Claro que ela levou um susto, mas logo a tranquilizei dizendo que não era algo comigo, mas ela ficou ainda mais confusa, então disse para ela vir e depois eu lhe contava tudo, agora eu só precisava de companhia, um apoio, um ombro amigo.

De repente o médico de Jungkook, dr. Kim Seokjin, surgiu e todos nós levantamos no ímpeto. Os três disputaram a frente do médico, principalmente senhora Jeon e eu, que mais parecíamos dois leões brigando pelo posto de macho alfa.

Meu coração acelerou com medo do que o médico diria. Minhas mãos soavam e minhas pernas tremiam. Eu tinha que me controlar ou eu seria mais um a ser hospitalizado e minha mãe surtaria quando chegasse. Preciso manter a calma para não acabar enlouquecendo.

Não tem nada de grave acontecendo com Jungkook, ele vai ficar bem!

– Senhora Jeon. Jimin. – Ele nos cumprimentou e a mulher me olhou torto, mas seu olhar ainda era confuso.

– Como meu filho está? – Ela perguntou.

– Ele já acordou, mas ainda está meio mole devido os medicamentos. – Ele disse e nós três suspiramos aliviados, mas ainda não sabíamos o tinha acontecido com ele.

– Mas por que ele passou mal tão de repente? – Eu perguntei e sua mãe me olhou com cara de poucos amigos e como se mandasse eu não me meter, mas não me importo. – Num minuto ele estava bem e no outro cuspindo sangue até desmaiar.

– Seu organismo está ficando cada vez mais fraco e a quimioterapia ainda dilacera seu corpo por dentro, isso vai acontecer até ele não aguentar mais e ser definitivo...

Ficamos em silêncio e Jihyun tapou a boca com a mão para não cair em prantos fortemente. Sua mãe tentava não chorar e respirava fundo. Mesmo seu filho estando bem, ouvir aquela sentença de morte de Jungkook era duro demais. Eu podia ver a dor em seus olhos e pode-se dizer que ali, eu senti compaixão por ela.

Eu senti um nó em minha garganta que estava completamente seca. E meu peito doía, era como se alguém estivesse com um bisturi abrindo minha carne, tirando meu coração e eu pudesse ver tudo, até eu ter a rápida visão de meu músculo vermelho ainda pulsando sendo segurado e morrer um segundo depois, como se alguém quisesse que eu visse aquela parte tão essencial sendo arrancada de mim a força.

Era como eu me sentia com Jungkook. Ele estava sendo brutalmente tirado de meus braços, depois de eu tê-lo segurado apenas uma vez e olhado bem fundo em seus lindos olhos castanhos e cintilantes. Mesmo que ainda não fosse agora a hora dele partir, eu sabia que ela estava cada vez mais próxima, sem que ninguém pudesse impedir.

– Podemos vê-lo? – Jihyun perguntou engolindo o choro.

– Claro, mas um de cada vez. – Assentimos. – E lembrem: ele não pode fazer esforço ou sofrer fortes emoções.

– Tudo bem, você pode ir primeiro, Jimin! – Jihyun ordenou e sua mãe lhe agarrou pelo braço.

– Ficou louca menina? Nem conhecemos esse rapaz direito! – Ela exaltou um pouco sua voz.

– Eu o conheço e Jungkook também, posso lhe garantir! – Ela disse desafiando a mãe e com bastante determinação em continuar. – Pode ir Jimin, minha mãe e eu teremos uma conversa bem séria agora.

Assenti e saí de lá seguindo dr. Kim até o fim do corredor. Não era um caminho longo, mas parecia uma corrida de cem milhas. Eu estava ansioso para ver Jungkook de novo e ver com meus próprios olhos que ele já estava bem, pelo menos por enquanto.

 Paramos em frente à porta e ele a abriu lentamente para mim. Respirei fundo. Dessa vez ele estava consciente e teríamos um “segundo primeiro encontro”, claro que bem melhor e menos dramático, com menos sangue e lágrimas. E eu poderia olhar mais uma vez em seus olhos, admirar aquele mar castanho escuro que eu tanto sonhei em ver.

Passei pela porta e dr. Kim a fechou atrás de mim, nos deixando a sós. Ele estava distraído quando me viu. Seus olhos pareciam pesados. Seus lábios ainda estavam sem cor. Sua pele estava pálida como a de um zumbi. Mas mesmo assim, ele sorriu docemente, emanando uma aura mais pura que qualquer ser divino.

Derreti. Meu peito estufou em alegria, que pude esquecer completamente o porquê de estarmos ali e que ele estava tão debilitado.

– Oi... – Ele disse baixo e fraco.

– Oi! – Respondi no mesmo tom.

Caminhei até sua cama e sentei ao seu lado. Ele estava recostado a cabeceira da cama, com suas pernas enroladas por um grosso cobertor. Suas mãos entrelaçadas sobre seu colo, enquanto ele passava a morder o lábio inferior um pouco nervoso. Achei fofo e sorri para ele, segurei suas mãos e acariciei o dorso de uma de suas mãos com o polegar.

– Como se sente?

– Melhor... bem melhor. – Ele disse e sorriu sugestivo para mim, como se eu fosse o motivo de sua melhora. Sorri, segurei firme sua mão e ele a apertou.

– Fiquei muito preocupado com você. – Disse. – Você me assustou.

– Desculpe, não queria preocupar você, nem minha irmã e minha mãe... – Sua voz estava carregada de culpa, embora não devesse.

Ele nunca teria culpa de qualquer coisa que acontecesse, ninguém tem. Mas também não tem como não ficarmos preocupados, eu mesmo não posso definir tudo que senti quando o vi caído no chão. Avassalador, talvez essa seja a palavra que chega o mais perto possível de descrever o que foi para mim aquele momento.

– Você não tem culpa de nada, está bem? – Segurei seu rosto com uma de minhas mãos e ele deixou o peso cair sobre ela, apreciando meu toque.

Sua pele era macia, e mesmo estando um pouco gélida, era gostoso de sentir e me deixou sem fôlego por vê-lo tão extasiado com meu toque. Estávamos em sintonia, nós dois tínhamos a respiração descompassada e um sentimento emanando de nossos peitos pelo contato físico que fazíamos depois de tanto tempo apenas ansiando.

– Não acredito que você está aqui. – Ele fechou os olhos e inalou o cheiro de minha pele. – Obrigado por tudo!

– Não precisa me agradecer, eu jamais deixaria você para trás. – Afaguei sua bochecha com o polegar.

Eu não queria sair dali, estava tão bom, apenas apreciávamos um ao outro, sem se importar com mais nada. Era doce e inocente. Nunca pensei que me sentiria tão satisfeito com um toque tão casto como esse. E é assim que seria para sempre, eu cuidaria dele com zelo, como se ele fosse a mais linda obra de arte e merecesse ser apreciado com louvor.

– Você é bonito! – Ele disse pegando minha mão e beijando a ponta de meus dedos.

– Você também é. – Sorri de canto.

– Vou contar essa como a primeira vez que você diz isso!

– Por quê? Eu já disse antes, qual o problema? – Franzi a testa.

– Eu estava horrível, você só deve ter dito aquilo por dizer. – Ele disse e eu comecei a rir. Jungkook sempre será o ser mais lindo da face da Terra diante dos meus olhos.

– Você é lindo de qualquer jeito para mim! – Segurei seu rosto com as duas mãos e ele corou devida minha proximidade.

Estávamos cara a cara. Eu podia sentir sua respiração batendo em meu rosto e também escutar seus batimentos acelerados, além do “bip” que ficava mais constante. Ele olhava em meus olhos, já os meus alternavam entre os seus e sua boca. Ele mordia os lábios apreensivo e isso me deixava com uma tremenda vontade de beijá-lo, mas era melhor eu ir com calma.

– Eu quero muito beijar você... – Passei o polegar por seu lábio inferior.

– Então beija! – Parecia que ele tinha pressa e estava afobado.

– Se eu te beijar, não vou conseguir parar...

Com Jungkook eu seria diferente de todo tipo de relacionamento que já tive. Ele é puro, devo ir com calma, tudo no seu tempo, quero que ele aproveite cada fase de nosso relacionamento. Vai ser algo novo para mim também, e eu quero que nós dois possamos curtir as belezas de um namoro, com encontros, beijos castos e apaixonados. O problema é que eu não sei se vou conseguir me segurar.

– Não pare! – Ele segurou minha blusa e me puxou para mais perto.

Nossos narizes se roçaram. Senti meus lábios coçarem e pedirem para que eu avançasse nos dele. Céus! Se eu o beijasse, teria que buscar forças sobrenaturais para poder parar. Ele é convidativo, sei que posso me viciar e nunca mais querer soltá-lo. Autocontrole sobre meus desejos foi algo que nunca tive.

– Kookie, melhor não... – Soltei seu rosto e peguei suas mãos fazendo-o soltar minha blusa. – Eu quero, muito mesmo, mas vamos com calma.

Ele assentiu triste e olhou para baixo. Me dói muito ser rígido com isso, mas é o melhor, afinal, ainda tem muita coisa a ser tratada, como sua mãe, que deve estar tendo uma boa conversa com Jihyun. Depois que estivermos acertados e ela começar a me aceitar na vida de Jungkook e entender que eu jamais o machucaria, poderemos avançar. Preciso que ela confie em mim primeiro.

– Me desculpe, está bem? – Acariciei seu rosto e o abracei.

Ele enterrou o rosto na curva de meu pescoço e o senti aspirando meu cheiro. Fiquei arrepiado da cabeça aos pés. O apertei ainda mais contra o meu corpo. Era muito bom poder senti-lo, finalmente eu poderia protegê-lo como sempre quis. Ele estava ali, ao meu alcance e isso bastava, era nisso que eu tinha que manter o pensamento para ter controle sobre meus desejos. Ele não era mais algo distante.

– Tudo bem, você está aqui, isso que importa! – Ele beijou meu pescoço e estremeci. – Esperei tanto por isso...

– Eu também! – Afaguei seus cabelos e depois beijei o topo de sua cabeça.

Ele se aninhou em mim e desejei nunca mais soltá-lo, aquele era o seu lugar. Mas a porta se abriu e nos soltamos para olhar. Era sua irmã e ela sorria para nós dois. Eu ainda tinha um braço ao redor de Jungkook e ele tentava não se desprender, segurando minha blusa, de novo.

– Sua mãe chegou, Jimin, e acho que você precisa conversar com a minha, também.

– Claro! – Virei para Jungkook e ele me olhou mordendo os lábios... de novo. – Eu volto para me despedir.

Jungkook assentiu e o soltei. Passei por Jihyun e ela sorriu para mim, depois saí do quarto. Fechei a porta e andei pelo corredor, no final dele, em um banco, estava senhora Jeon, que quando me viu, levantou para me esperar. Fizemos uma reverência e nos sentamos lado a lado.

Eu estava com um pouco de medo. Ela não tinha mais aquele olhar mortal, mas eu ainda estava apreensivo. Claro que nada me afastaria de Jungkook, mas convivendo com ele, seria bem mais difícil de lhe dar com minha antipatia por sua mãe e não quero magoá-lo. Realmente seria bom se nos entendêssemos.

– Primeiro, quero te agradecer por socorrer meu filho. – Ela disse calma pela primeira vez no dia.

– Disponha, eu sempre farei o melhor para Jungkook. – Fui totalmente sincero. – Gosto do seu filho.

– Eu sei, é sobre isso que eu quero falar agora. – Assenti. – Jihyun contou que você e meu filho são amigos há algum tempo, que conversam bastante... Eu até notei que ele estava diferente, mais sorridente. – Sorri com essa noticia. – Eu sei que você acha que eu sou uma louca, mas entenda, só fazia o que achava necessário.

– Eu sei, eu também protegeria o Jungkook com todas as minhas forças. – Concordei.

– Obrigada por trazer um pouco de alegria para o meu filho!

– Apenas gosto do seu filho, e muito, só quero vê-lo bem... – Dei de ombros.

– Claro, mas ele ainda é meu menino, sempre vou cuidar dele do jeito que for preciso. – Soou rigorosa e eu não a culpo.

– Não se preocupe, minhas intenções são as melhores. – Segurei sua mão e ela sorriu para mim.

Conseguimos nos entender. Agora estou bem mais calmo. Não que dependesse dela meu relacionamento com Jungkook, aprovação das pessoas foi algo que nunca fiz questão, mas tenho certeza que ele não ficaria muito bem com isso, já que ele segue como lei tudo que sua mãe diz. E não seria nada bom a gente se engalfinhando e estressando Jungkook em seu estado. É muito melhor assim, nós dois de contas acertadas.

Nos cumprimentamos de novo e saí para voltar ao quarto de Jungkook e me despedir, ou ele ficaria chateado. Andei depressa pelo corredor e quando abri a porta, ele logo sorriu para mim e Jihyun já tinha um brilho de satisfação nos olhos.

– Conversei com a sua mãe.  – Fechei a porta atrás de mim e caminhei até a cama. Jihyun estava de um lado e eu do outro. – Acho que ela gostou de mim.

Ele sorriu, o sorriso mais lindo do mundo, capaz de iluminar todo o universo. E era exatamente como eu imaginava, caloroso, intenso, de tirar meu fôlego de tão perfeito.

Escutei um pigarro e olhei para Jihyun que parecia esperar por algo.

– Então... – Ri de sua cara.

– Obrigado, Jihyun, por fazer uma boa propaganda de mim!

– De nada! – Disse ela toda convencida. – Vocês merecem ser feliz!

– Obrigado Noona! – Jungkook abraçou a irmã. – Isso é muito importante para mim.

– Eu sei meu anjo, eu sei... – Ela também o abraçou e beijou suas madeixas. – Eu sei o quanto vocês precisam um do outro!

Ele soltou Jihyun e virou para mim com mais um sorriso matador nos lábios. Eu o puxei para um abraço também. Ele me apertou, como se estivesse com medo que eu fosse embora, mas eu tinha mesmo que ir, minha mãe esperava para irmos embora.

– Eu tenho que ir, já está tarde. – Fui soltando seu corpo aos poucos.

– Sua mãe disse que ia te esperar no estacionamento. – Disse Jihyun.

– Obrigado! – Assenti. – Tchau meu anjo! – Beijei sua testa.

– Ah, fica mais um pouquinho! – Ele fez um bico.

– Não posso, minha mãe está me esperando e também tenho muita coisa para explicar para ela. – Afaguei seus ombros.

– Hum, vai voltar amanhã? – Ele perguntou e lembrei-me de quando ele fez essa pergunta alguns meses atrás.

– Claro que eu vou! – Disse sorrindo e dei mais um beijo em sua testa.

Caminhei devagar até a porta para ainda poder observar por alguns segundos aquela linda imagem de Jungkook sorrindo para mim. Agora não era mais uma imagem criada por minha mente. Agora era real.

 

 

[...]

 

 

Uma semana depois.

 

Ouvir a risada dele era ainda mais incrível com ele a minha frente. Mesmo Hoseok e Taehyung falando merdas sobre mim, eu não me incomodava, se a recompensa fosse essa. Ele estava radiante, alegre como nunca em sua vida, segundo Jihyun, seu sorriso era inspirador e emocionante, até para ela que sempre conviveu com ele.

Agora além de mim, ele também tinha Hoseok e Taehyung, que logo fizeram amizade com ele e vinham quase todos os dias comigo depois da escola para vê-lo no hospital. Jungkook estava se recuperando bem, ele estava lutando e parecia corresponder ao tratamento nessa última semana, estava mais motivado, o que foi muito satisfatório para sua mãe, sua irmã e eu, mesmo os médicos dizendo que ainda não era o suficiente, ao menos ele poderia voltar para casa.

Sim, ele teria alta hoje. Eu não podia estar mais feliz. Finalmente levaria Jungkook para casa com Jihyun. Sua mãe estava preparando o jantar para quando chegássemos com ele. Agora estávamos esperando o médico voltar e autorizar nossa saída, enquanto Taehyung e Hoseok contavam baboseiras para ele.

– É sério, toma cuidado, Jimin tem uma mão muito boba. – Disse Hoseok e olhei para ele o reprendendo, enquanto Jungkook ficava vermelho. – Já o vi tateando muitos lugares quando estava com os “casinhos” dele.

– Isso não é verdade! – Me defendi.

– Claro que é, já cansei de ver você passando a mão... – Ele ia continuar, mas eu o interrompi antes que ele falasse mais do que devia.

– Já chega, vamos mudar de assunto?! – Sugeri.

– Claro, porque não falamos das festas e das boates, podemos levar você em uma Kookie, o que acha? – Taehyung falou e até que achei uma boa ideia. Jungkook precisava ser um adolescente normal agora.

– O que é uma boate? – Ele perguntou confuso.

– É um lugar escuro, mas com luzes coloridas piscando, música alta, pista de dança, várias bebidas... Você pode gostar, claro que com a nossa supervisão. – Tae sentou ao lado dele na cama e passou o braço por seus ombros.

– Parece legal! – Ele sorriu e olhou para mim. – Podemos ir?

Uma boate ou uma festa? Parece viável. Seria um bom lugar para mostrar para Jungkook como é a vida de um jovem de nossa idade e principalmente que não precisamos ficar bêbados e ficar com todo mundo da festa para nos divertir. Só dançar e curtir um pouco com os amigos é o suficiente para uma ótima noite.

– Claro, eu levo você um dia! – Respondi sorrindo de volta.

– Isso, vamos levar o Jungkook para ter o primeiro porre dele! – Hoseok disse animado.

– O que é isso? – Ele me olhou confuso e balancei a cabeça em sinal negativo.

– Nada, não liga para o Hoseok.

O desgraçado ficou rindo e quase mostrei o dedo do meio para ele, só não fiz por causa de Jungkook. Ele estava se divertindo as minhas custas, mesmo antes ele tendo me dado todo o apoio que eu precisei, ele continuava ao meu lado todos os dias ao longo da semana, me encorajando, mas agora que já podíamos falar abertamente, ele aproveitava para rir as minhas custas.

– Vamos?! – Jihyun entrou no quarto sorrindo. – Já falei com seu médico, ele me deu as receitas dos seus remédios e agora podemos ir para casa.

Jungkook sorriu feliz por poder sair daquele hospital. Eu entendia o que ele estava sentindo, era como uma nova prisão para ele ficar ali, mas depois de mais uns dias de repouso, ele poderá começar ater uma vida normal ao meu lado. Como já prometi, vou levá-lo a festas, parques, tudo que ele tiver direito.

Caminhei até seu lado na cama e o ajudei a levantar, ele ainda se sentia um pouco tonto devido os fortes remédios. Ele já estava arrumado e suas coisas na mala que Jihyun tinha levado para o meu carro. Eu os levaria para casa, porque claro, vou jantar e passar o resto da noite com Jungkook.

Ele passou um braço por meu pescoço e eu o envolvi pela cintura, e assim, ao meu encalço, nós fomos para o estacionamento. Eu preferia colocá-lo no colo de uma vez, mas se eu fizesse isso de repente ele se assustaria, então acabamos demorando um pouco no caminho, já que tínhamos que acompanhar o ritmo dele.

– Amanhã nós vamos ver você depois da escola com o Jimin, Kookie. – Disse Taehyung ao pararmos em frente ao meu carro.

– Estarei esperando! – Ele sorriu animado. Ter novos amigos era incrível para ele.

– Vou ver se lembro de alguns micos do Jimin para te contar... Ai! – Dei um tapa na cabeça de Hoseok e Jungkook achou graça.

– Tchau Kookie! – Tae o abraçou e depois Hoseok.

– Tchau! – Acenou e entrou no carro.

Jihyun e eu fomos na frente. Jungkook falava o tempo todo, inclusive sobre eu dirigir, o que ele achava de outro mundo, já que não sou tão mais velho que ele. Prometi que eu lhe ensinaria a dirigir um dia e Jihyun disse que sua mãe poderia se opor, mas eu disse que ela não precisava saber. Jungkook riu divertido e a mais velha não pode deixar de rir também e acabar concordando.

Quando chegamos, eu o ajudei até o apartamento onde sua mãe esperava ansiosa e encheu o filho de beijos, o que ele disse ser exagero, já que ela só saiu do hospital no fim da tarde para vir fazer a janta para quando chegássemos. Eu me segurei para não rir, mas eu também sou assim quando chego da escola e vou vê-lo. Dou beijos carinhosos em seu rosto, mesmo ele protestando por toda a baba, mas no fundo eu sei que ele adora meus beijos.

Nós jantamos e eu fiquei ao lado de Jungkook na mesa. Sua mãe já estava se acostumando comigo, na verdade, acho que ela está gostando porque sabe que eu serei mais um zelando por seu filho e que eu faria qualquer coisa por ele.

Assim que terminamos, levei Jungkook para o seu quarto e ficamos vendo um programa qualquer, mas nenhum de nós prestava atenção. Ele me fez deitar com ele e deitou sobre meu peito. Envolvi seu corpo com um braço e afagava seus cabelos escuros, enquanto ele me abraçava para que ninguém o tirasse dali. Mas se eu pudesse, eu realmente ficaria ali, sentindo o torpor que era seu perfume, seu corpo colado ao meu, sentindo nossos batimentos se encontrarem.

Mas já estava ficando tarde e eu precisava ir embora. Poderia dormir com ele, mas sua mãe não deixaria nem que eu fosse a melhor pessoa do mundo.

– Kookie, eu preciso ir. – Disse sentando e levando seu corpo junto.

– Não, fica mais um pouco! – Pediu me apertando com uma voz manhosa.

– Se toda vez que você me pedir eu ficar, vamos amanhecer juntos. – Disse nos separando.

– E isso não seria bom?! – Ele enrugou a testa e eu ri.

– Até amanhã! – Curvei meu corpo para frente e beijei sua testa.

Ele ficou lá, sentado a minha frente, me fitando com olhos pedintes e os lábios sendo mordiscados. Eu senti muita vontade de ficar, mas não podia, mas também não queria que ele ficasse triste, então uma solução rápida passou por minha cabeça. Curvei o corpo para frente, segurei seu rosto e cobri seus lábios com os meus.

Jungkook se assustou e ficou imóvel. Envolvi sua cintura com um braço e ele se arrastou na cama chegando mais perto. Suas mãos espalmadas em meu peito com certeza sentiam o ritmo acelerado de meu coração, até que elas foram subindo e seguraram meu pescoço. Cada um pendia a cabeça para um lado, embora ele estivesse um pouco sem jeito e às vezes abrisse demais a boca.

– Calma Kookie... – Disse rápido, pois logo ele me puxou e tomou meus lábios para mais um beijo.

Ele estava afobado, mas não o culpo, eu queria isso há tanto tempo, que não pensei nem por um segundo que sua mãe e sua irmã podiam nos ver. Continuei apenas me preocupando em sentir seus lábios e sugá-los. Assumi o controle e o beijei como eu queria.

Sugava e chupava seus lábios sentindo seu gosto, às vezes mordiscava e lambia depois, sentindo ele se arrepiar com a dor e depois com a sensação quente de minha língua. Ele estava gostando. Seu corpo todo se ondulava instintivamente e eu segurava com força sua cintura, fazendo Jungkook deixar um gemido escapar do fundo de sua garganta. Senti uma fisgada lá embaixo e decidi que era hora de parar.

Afastei seu corpo e seu rosto estava completamente vermelho. Sua respiração estava descompassada como a minha, seu peito subia e descia rapidamente. Mal podia acreditar no que havia acontecido. Ansiei tanto para um momento como esse desde que o conheci. Ele e eu, juntos, descobrindo as mais belas façanhas de um sentimento como esse, tão puro e intenso.

Ele descobriria tudo comigo, como agora. Ele nunca havia dado um beijo antes e acho que já começamos bem. Eu apenas descobri o que se sentia quando beijamos alguém que gostamos. É magnífico.

– Você está bem? – Perguntei o fazendo me olhar.

– Uhum... – Assentiu com as bochechas rubras e extremamente fofo.

– Eu tenho que ir, mas volto amanhã, tá bom? – Acariciei sua bochecha com o polegar.

– Tá! – Ele disse como um sussurro e depois selei rapidamente seus lábios.

O deixei sentado na cama, ainda com o rosto vermelho, peguei minha mochila que havia deixado no chão e saí pela porta a fechando atrás de mim. Agora eu tentaria passar pela sala sem que sua mãe e sua irmã vissem o sorriso idiota estampado em minha cara.

 

 

 

 


Notas Finais


AEEEEEE, o Kook está bem, muito aliás né, ganhando vários beiiinhos do Jimin, que não estaria bem?! Rsrsrsrsrs...

A mãe do Kook e o Jimin estão começando a se entender, isso é bom e espero que a partir de agora vocês também não achem mais que ela é uma megera, ela só ama demais o filho. Quem não faria de tudo pra proteger esse Menino de Ouro?! Rsrsrsrsrs...

Gente, Tae e Hobi denegrindo a imagem do JImin foi hilário né?! Rsrsrsrs... Tadinho do Kook, tava sem entender nada... E prevejo altas zoeiras com eles mostrando o "mundo" para o Kook! Rsrsrsrsrs...

Ah, gostaram na capa nova?! Foi um belo presente da @Leh_TaeGi, muito obrigada meu anjo! *w* <333

Como eu já disse na notas iniciais, teremos novidades ano que vem, entre JiKook e outros, por isso uma perguntinha básica pra vocês: VOCÊS CURTEM ASTRO?

Bom, foi isso... Desejo uma Feliz Ano Novo aos meu ninduchos lindos! Rsrsrsrsrs... Beijooooo!

COMENTÁRIOS SÃO SEMPRE BEM VINDOS E MOTIVADORES! XD


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