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História SuperStar (ChanBaek) - Five!


Escrita por: vkookfool

Capítulo 5 - Five!


Fanfic / Fanfiction SuperStar (ChanBaek) - Five!

Eu disse oh oh

Você me pegou de jeito, de jeito.

Estou com medo do meu coração ser partido

Antes da noite terminar.


Quando Byun BaekHyun liga para você, às onze e trinta e três da noite, gemendo e dizendo que "precisa de você", você faria de tudo menos negar.

E foi exatamente o que eu fiz.

Me despedi de Xiumin, dando uma desculpa qualquer sobre a minha mãe estar passando mal, e corri direto para o ponto de ônibus, o qual eu rezei para ser o mais próximo possível.

No caminho para o estúdio, eu pensei no que BaekHyun tanto tinha para ter me chamado numa hora daquelas.

Espero que realmente valha a pena.

— X —

Saí do ônibus e olhei no relógio de pulso que marcava mais de meia noite. Coloquei a máscara e toquei o interfone, mas não obtive resposta alguma, tentei novamente, e nada.

Uma luz na parte de dentro se acendeu e logo vi a figura de BaekHyun se aproximando, enquanto usava uma regata e uma bermuda cinza. Ele sorriu pra mim e eu não tive como não sorrir de volta.

— Você veio, eu preciso muito da sua ajuda. — ele me puxou para dentro, logo trancando a porta e me enfiando no elevador ao seu lado. — Eu tive uma ideia maravilhosa para Artificial Love.

E então, eu parei por um minuto para refletir; eu tinha realmente saído da festinha do Sehun, onde Luhan estava cantando, para ouvir BaekHyun dizer que tinha uma ideia para a música dele?

— Você me tirou da festinha do Luhan pra isso? — eu perguntei indignado e BaekHyun me olhou com os olhos arregalados.

— Luhan? Você estava em uma festa com o Luhan? — conforme ele dizia, mais próximo ele ficava.

Puta que pariu!

Eu engoli em seco antes de assentir com a cabeça e ouvir BaekHyun gritar alguma coisa que eu não entendi muito bem, que logo foi seguido de um "desgraçado, filho da mãe".

— Eu não acredito que você estava com ele, ChanYeol? Como você pôde fazer isso comigo? — ele bateu o pé assim que o elevador parou e nós saímos.

O puxei pelo braço, querendo uma resposta para todo aquele mau humor inesperado.

— Qual o problema de eu sair com ele? Para te falar a verdade, eu nem o conheço, só estávamos na mesma festa.

BaekHyun respirou de uma maneira aliviada, chegando a fechar os olhos e se desvencilhando de mim.

— Esqueça, Yeolly. Vamos, temos muito o que fazer. — ele agarrou meu pulso, me puxando até uma porta, que logo descobri ser o seu quarto.

Ele me jogou na cama e eu já estava logo pensando algo nada casto quando uma pasta preta parou em minhas mãos.

— A nova letra de Artificial Love baseei bem no nosso "relacionamento" — fez aspas com os dedos. — E antes de qualquer coisa, eu não estou te chamando de falso.

" Você tem aquele sorriso falso

(amor artificial)

Lágrimas falsas

(amor artificial)

Amor falso

(amor artificial)

Esse é o seu, seu

Amor, amor, oh, oh (no, no, oh oh)"

— Eu não sei o que... — eu comecei a dizer, já que ele havia mudado totalmente a minha música. Minha música!

— Eu também pensei em uma coreografia para esse refrão, quer ver? — ele perguntou e eu nem tive tempo de responder pois ele já se levantou e pegou duas bengalas dentro do armário, logo voltando para a cama. — Tudo bem, você vai ficar com essa e eu com essa daqui, ficaremos um de frente para o outro, tudo bem?

Dessa vez eu consegui assentir.

Então levantamos da cama e BaekHyun apoiou a bengala no chão, fiz o mesmo.

— Tudo bem, essa é a parte do lalala. — ele disse. — Siga meus movimentos se conseguir.

BaekHyun jogou o corpo para o lado esquerdo, em seguida, para o direto; fazendo esses movimentos enquanto se abaixava e quando se abaixou, colocou a bengala apoiada entre as costas e os braços, se esfregando no chão de uma forma que eu não deveria achar sexy.

Mas eu infelizmente achei e puta merda!

— Entendeu?

— O que disse?

BaekHyun bufou antes de se levantar e vir atrás de mim, segurando a minha bengala... Não, espera... a bengala de madeira, pintada de branco.

Vocês entenderam.

— Põe essa bunda para trás, ChanYeol. Isso, agora você se mexe para um lado esquerdo enquanto tateia o seu peito com a mão direita. — ele me dava as instruções e eu as seguia. — Isso, não está ótimo, está bom, mas com o tempo melhora.

Ele voltou ao seu lugar e eu voltei a respirar normalmente.

Até ele me empurrar no chão com a bengala e me olhar de cima.

— Quero que você fique deitadinho enquanto eu faço isso. — ele sussurrou antes de se virar de costas e se sentar em mim.

Isso mesmo, ladies e gentlemen, ele sentou em mim, Park ChanYeol, virjão, dezessete anos de experiência na arte de se foder sozinho; entendam como quiserem.

— Você precisa rebolar a seu quadril desse jeito, Yeolly. — ele moveu o seu quadril para cima e para baixo, me fazendo sentir aquele repuxar no final da barriga.

Não, não, não e não!

Eu realmente estava ficando duro com o BaekHyun rebolando em cima de mim? Como isso foi acontecer?

E então, o ápice da noite chegou; BaekHyun se virou de frente para mim, me puxando pela gola da camiseta e encostando nossas testas.

— Acho que deveríamos treinar o fanservice agora mesmo, Y-ol-ly. — ele sussurrou pausadamente para mim, me fazendo engolir em seco assim que meu apelido saiu por aquela boquinha rosada.

Mas então, a realidade pairou sobre mim e eu o empurrei para longe de mim; ainda tendo uma ereção molhada entre as pernas.

— O que acha que está fazendo, cara?

Eu gritei, perdi a cabeça, me deixei levar pela situação e pelo stress que consumia meu corpo naquele momento.

BaekHyun não podia ter feito isso comigo, não podia!

— Estou apenas te mostrando os movimentos. Por que tanto stress? — ele disse enquanto se apoiava nos cotovelos para se levantar do chão.

Me sentei na cama macia enquanto bagunçava os cabelos castanhos e fechava os olhos, vendo se assim eu conseguia entender melhor a merda que estava acontecendo na minha vida.

— Eu acho melhor eu ir embora. — me levantei, mas fui puxado de volta pelo mais novo.

— Já está tarde e não tem mais ônibus a esse horário, fique aqui essa noite, eu posso dormir no escritório. Me desculpe, Yeolly...

— Não me chame de Yeolly!—  protestei, engrossando um pouco mais a voz.

— Tudo bem, ChanYeol, boa noite.

BaekHyun recolheu as bengalas antes de sair de seu quarto e ao bater a porta, a luz de apagou.

E alí meu estômago borbulhou, de uma maneira estranha e que eu nunca senti antes.

[05/10/16 00:58] ChanYeol:
Oi, Xiumin!

[05/10/16 00:59] ShiuMin:
Oi, Chany, aconteceu alguma coisa?

[05/10/16 00:59] ChanYeol:
Não, mas eu precisava falar com alguém, tô meio estressado.

[05/10/16 01:00] Shiumin:
Entendo...

[05/10/16 01:00] Shiumin:
Pense em outras coisas, vc deve apenas estar ansioso pra alguma coisa.

[05/10/16 01:03] ChanYeol:
Deve ser, obg :)

[05/10/16 01:04] ChanYeol:
Eu gostei de ter ficado com vc hj na festa

[05/10/16 01:04] ShiuMin:
Jura? Eu tbm ❤

[05/10/16 01:05] ShiuMin:
(: *

[05/10/16 01:07] ChanYeol:
Eu tô melhor agr, vou tentar dormir. Boa noite, Min.

Bloqueei a tela antes de ler o seu boa noite e me joguei na cama de casal, me enfiando debaixo dos cobertores que tinham o cheiro de BaekHyun.

Puta merda, por que eu fui trata-lo tão mal daquele jeito?

A real é que eu rolei na cama por muito tempo antes de me sentar na mesma, me livrando dos cobertores.

Me levantei e caminhei até a porta, a abrindo e seguindo pelo corredor até o pequeno escritório que tinha no mesmo andar. Vi BaekHyun deitado no sofá, encolhido e de braços cruzados. Abri a porta lentamente e passei a mão diante de seus olhos.

— O que houve, ChanYeol? — ele perguntou.

— Venha para a sua cama, nós podemos dividi-la. — eu respondi.

BaekHyun bocejou antes de se levantar e sorrir para mim e caminhar até o seu quarto.

No final, acabamos os dois na cama, dormindo agarrados para nos protegermos do frio causa pelo ar condicionado.

Eu só não esperava acordar com a bunda de BaekHyun contra mim e com uma ereção matinal que me fez fugir do loiro por uns bons dias.

— X —

Uma semana após a festa do Sehun/micão/ereção por causa do BaekHyun rebolando em cima de mim, eu vi uma cena na hora do almoço que foi o que realmente me impressionou durante todo esse tempo.

Nada menos do que Oh Sehun com os meus amigos e Xiumin na mesa onde nós sentávamos na hora do almoço.

Tá, 'perai...

Peguei a minha bandeja e me dirigi até a mesa, certo de que eu não teria que aumentar o grau dos meus óculos pois não estava vendo coisas.

— Oi, ChanYeol. — Sehun foi o primeiro a me cumprimentar enquanto eu via Kyungsoo dar um pouco do seu almoço na boca de Kai, que se ocupava procurando algo na internet.

— O-oi, Sehun. — me sentei ao lado de Xiumin e sorri para o garoto. — O que está fazendo aqui?

Kyungsoo olhou para mim daquele mesmo jeito que ele olhava quando eu dizia alguma estupidez, que no caso, era quase sempre.

— Na festa da semana passada, depois que você foi embora, eu tropecei nos fios da caixa de som e caí na piscina, então o Kaizinho foi me ajudar, e em troca, eu decidi passar o meu intervalo com vocês. — ele sorriu antes de colocar uma garfada de arroz na boca.

Kaizinho?

Olhei para o Do, mas ele mantinha sua expressão neutra, como se não tivesse ouvido o que Sehun disse.

Sorri antes de sentir um braço ao redor da minha cintura e percebi que era de Xiumin, então ele colocou a cabeça no meu ombro e eu fiquei confuso.

Ele piscou para a direção de Jongin e Kyungsoo e eu entendi o que ele quis dizer, já que ouvi um pequeno gritinho estridente da parte do D.O.

Olhei para o casal e vi Jongin engolir em seco, logo voltando a atenção ao seu celular e negando a colherada de carne que Kyungsoo oferecia.

Me iludi legal...

Xiumin ergueu as sobrancelhas para mim antes de eu rir e dar um beijo em sua testa.

Você até poderia me perguntar o porquê de eu gostar tanto de Jongin, e eu posso te responder claramente: ele me deu um selinho quando tínhamos quatorze anos.

Aconteceu no nono ano, quando ele precisava de ajuda para beijar uma garota, já que ele é claramente bissexual, e então, ele me perguntou o que eu fiz quando dei o meu primeiro beijo.

Coitado, mal sabe que o meu primeiro beijo foi com ele.

E então, eu perguntei "quer descobrir?" e ele sorriu antes de assentir e eu o beijar.

Não foi lá aquele beijo que nossa, que beijão, foi apenas um selar, mas que fez com que eu me apaixonasse por ele rapidinho.

Quem nasceu trouxa, tende a crescer assim.

E então, um pouco depois, quando nós já tínhamos quinze anos, ele e Kyungsoo começaram a namorar, e eu, a bater punheta pensando naquela boca linda.

Hmrum...

— Vocês estão juntos? — Sehun perguntou para eu e Xiumin.

E aí, fodeu!

Vai o chamar de Xiuminzinho também, Oh Sehun?

— Estamos. — gaguejei.

— Vocês fazem um casal bonitinho.

Eu vou dar na cara desse garoto até o final do dia, anotem.

Pela glória, o sinal tocou, fazendo todos se levantarem e voltarem para suas respectivas salas.

Xiumin agarrou a minha mão e disse que teria que ficar para o clube e se eu quisesse, poderia acompanha-lo.

Tudo bem que ele estava sendo um amigo e tanto, mas não vamos exagerar, não é mesmo?

— Eu tenho ensaio hoje, mas podemos nos falar mais tarde. — eu respondi antes de deixa-lo na sua sala, que era ao lado da minha.

— Tudo bem, então, até mais tarde.

Xiumin sorriu e entrou na sua sala e eu logo tomei caminho para a minha. Sentei no meu lugar de sempre enquanto a sala ia se enchendo, mas Jongin continuava a escrever alguma coisa em seu celular.

Foi aí que eu pensei que meu plano tinha dado certo e que o crush tinha finalmente me notado; já fui abrindo o caderno e escrevendo o nome dos nossos futuros filhos.

— O que aconteceu com ele?— perguntei para Kyungsoo.

— Ele está reescrevendo a sua música, ChanYeol, não seja idiota. — ele me disse antes de desligar o celular e se virar para o quadro.

— Que música? — eu perguntei.

— Artificial Love, claro, você quem a deixou na caixa de correio, não foi?

E então as coisas fizeram sentido para mim. BaekHyun havia colocado a música no correio, já que eu estava o evitando de todas as formas possíveis.

Ah, Deus, como eu fui um imbecil.

E então eu sorri, me sentindo duplamente um estúpido, tanto por ter ignorado BaekHyun, tanto por estar sorrindo.

— Foi sim... — sussurrei.

— X —

Assim que as aulas terminaram, fui correndo para o dormitório de BaekHyun, aliás, eu precisava agradece-lo por ter salvo a minha pele.

Entrei pelas portas dos fundos, e como já era bem conhecido, não precisei de nenhum segurança para me levar ao terceiro andar.

Parei de frente para a porta e comecei a ouvir vozes.

— Olha, cara, eu não sei o que fazer. Tudo bem, eu sei que você quer me ajudar mas tudo isso é demais para mim.

Era a voz de BaekHyun, e como eu não ouvia respostas, deduzi que ele estava falando com alguém pelo celular.

— Eu vou ver o que eu posso fazer, obrigado, de qualquer forma.

Foi o final da ligação antes de eu ouvir algo ser quebrado e em seguida, seus gritos tomaram conta do andar inteiro.

Abri a porta do quarto e BaekHyun parou de arremessar as coisas e me olhou. E eu nunca o vi tão sensível assim.

— ChanYeol, o que você está fazendo aqui? — ele me perguntou.

— Eu vim te agradecer pela música, mas eu p-posso ir embora se quiser.

E então, ele veio até mim e me abraçou. Eu levantei os braços como se aquele pequeno garoto fosse algo perigoso.

Hunf, eu só poderia estar louco.

Aos poucos, eu fui me soltando e segurando seu pequeno corpo, que se enterrava ao meu com mais vontade.

— Me diz, BaekHyun, por que está chorando? — eu perguntei quando ele já havia se soltado de mim.

— Eles disseram que... quando nós aparecermos em público, teremos que... teremos que nos beijar.






Notas Finais


Oi, galerão? Eu tô amando escrever HOC, juro, espero que estejam gostando tanto quanto eu ❤

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