1. Spirit Fanfics >
  2. House Of Wolves >
  3. De Volta Pro Futuro

História House Of Wolves - De Volta Pro Futuro


Escrita por: WantedKilljoy21

Notas do Autor


Vamos lá, cantem comigo: THIS GIRL IS ON FIREEEEEEEEEEEEEEEEE!!!! THIS GIRL IS ON FIREEEEEEEEEE!!!!

Eu sei, nem eu mesma tô acreditando que eu tô aqui hoje. Mas, mais uma vez, essa semana vai ser tão corrida que se eu não postasse hoje, agora, não sei quando eu ia conseguir postar. Bem, enfim...

Gente, o tão esperado presente chegou!!! Tá na hora da gente saber como o Frank vai lidar com a notícia da gravidez.

Eu sei que ninguém quer papo comigo agora, então vão, BOA LEITURA, a gente se vê lá embaixo!!!!

Capítulo 10 - De Volta Pro Futuro


Fanfic / Fanfiction House Of Wolves - De Volta Pro Futuro

Frank não sabe por quanto tempo ficou segurando aquele teste de gravidez. De tempos em tempos ele balançava o teste e voltava o olhar o resultado, esperando que fosse diferente, como se o bastonete fosse um termômetro que você sacode para que a temperatura volte ao normal. Sentindo um certo pânico começar a se instaurar, ele pega o celular sobre a pia e digita uma mensagem.

Para JJ:

*Onde você está?*

Não demora muito para que a resposta apareça.

De JJ:

*Na casa de "amigo" :). Por que?*

Para JJ:

*Você volta pra casa amanhã?*

De JJ:

*Não estava planejando, mas por quê?*

Para JJ:

*Eu preciso conversar com você. É meio urgente.*

De JJ:

*Você tá bem? Eu tô em Arlington, mas posso pedir um Uber agora mesmo.*

Para JJ:

*Não, não precisa. Nós podemos conversar amanhã. Não tem necessidade de você voltar no meio da noite. Pode aproveitar o resto da noite.*

De JJ:

*Como se eu fosse capaz de aproveitar qualquer coisa agora. Frankie, o que tá acontecendo? Você tem certeza que está bem? Eu juro, eu posso estar em casa em meia hora.*

Pegando novamente o teste sobre a pia do banheiro, Frank olha o resultado. Pelo visto, nada vai mudar em uma noite, então essa conversa por esperar até amanhã.

Para JJ:

*Certeza absoluta. Desculpa te deixar nervosa. Amanhã nós conversamos direito. Eu te amo!*

De JJ:

*Eu também te amo. Se algo mudar, me avisa. Eu chego aí num piscar de olhos. Beijos, fica bem.*

Para JJ:

*Eu sei disso. Se cuida também.*

E com isso ele coloca o celular sobre a bancada do banheiro, no entanto o teste de gravidez continua em suas mãos. Milhares de pensamentos começam a passar pela cabeça de Frank. Um bebê. O que diabos ele vai fazer com um bebê? Como ele vai criar um bebê? E... puta merda... como ele vai contar isso a Gerard?

Ter um filho com alguém com quem se tem um relacionamento estável já é assustador, pensar em ter um bebê com o homem casado, de quem você é amante há pouco mais de oito meses é irresponsável e inconsequente. Gerard vai surtar com certeza. Vai odiá-lo. Achar que ele fez de propósito. Especialmente depois da conversa sobre Frank se sentir mal em ter que esconder o relacionamento dos dois. Isso não pode estar acontecendo!

Frank sente seu coração disparar e sua respiração ficar errática. Suas mãos começar a suar e a tremer, e antes que ele possa pensar que é mais uma crise de hipertensão, um suco gástrico sobre rapidamente por sua garganta, fazendo-o girar o corpo, cair de joelhos no chão diante do vaso sanitário e vomitar violentamente.

"Ótimo." Ele pensa. "Agora eu não sei mais distinguiu uma crise de hipertensão, de um ataque de pânico ou de enjoo de gravidez."

Não demora muito para que o estômago de Frank esteja completamente vazio, restando a ele movimentos estomacais involuntários, sem que nada realmente saia. Após sentir que é seguro, ele dá descarga no vaso e se levanta, seguindo para a pia, onde lava o rosto e enxagua a boca. Respirando fundo, Frank dá uma boa olhada no espelho. E como num passe de mágica, ele começa a notar mudanças em seu corpo que não pareciam estar lá há 20 minutos atrás.

Seu peitoral parece ligeiramente mais inchado do que o normal, como alguém que acabou de praticar exercícios de musculação. Obviamente não chegam a ser seios, mas um leve inchaço que, provavelmente seria imperceptível para qualquer outra pessoa. Outra mudança são seus mamilos, que parecem levemente mais escuros que o normal. Talvez ele esteja ficando louco e vendo coisas onde não tem, mas mesmo assim, seus olhos continuam a escanear seu corpo.

Frank sempre foi magro. Uma figura esbelta, como diria sua mãe. A única vez em que seu corpo mudou radicalmente foi aos 22 anos, quando ele teve uma de suas crises de insuficiência renal mais forte e os médicos receitaram esteroides e cortisona, para tratar e proteger o orgão e, ao mesmo tempo, fortalecer o sistema imunológico do rapaz. Durante esse período, cinco meses para ser exato, um dos efeitos colaterais da alta dosagem de remédios foi um ganho repentino de peso. Na verdade, Frank sofreu com retenção de líquidos e inchaço, o que o fez parecer ter engordado rapidamente. No entanto, quando a cortisona alterou ainda mais a pressão arterial do rapaz, Frank precisou abandonar o medicamento, voltando rapidamente para seu peso normal.

Então, analisando seu corpo, Frank nota que suas formas também mudaram bem sutilmente, como se ele tivesse ganho uns três quilos nas últimas semanas. Mas foi ao virar-se de lado, que o coração de Frank pulou uma batida. Seu abdômen, que geralmente é reto, agora contém uma leve curva abaixo do umbigo. Passando a mão pela curva, Frank não sentiu nada de anormal ou diferente. Novamente ele pensou que poderia estar perdendo a cabeça e vendo coisas aonde não existem. Ele deve estar enlouquecendo.

Lavando o rosto novamente, Frank pega o celular e o teste de gravidez e segue para o quarto, onde veste uma calça de pijama e uma camiseta e se abriga embaixo das cobertas. Se revirando de um lado ao outro, não demora muito para Frank perceber que não conseguirá dormir, então ele joga as cobertas de lado, pega o celular e o teste de gravidez e segue para o andar de baixo da casa.

Sua primeira parada foi a cozinha, onde ele pegou uma garrafa de Gatorade, sabendo que precisava se hidratar após vomitar. Seguindo para a sala, ele coloca o celular e o teste de gravidez sobre a mesa de centro, se joga no sofá e bebe metade de Gatorade. Com a cabeça deitada sobre encosto do sofá, Frank se sobressalta ao ouvir o telefone tocar.

Olhando para o celular sobre a mesa, ele sente o coração disparar ao ver o nome de Gerard surgir na tela. Ele pondera se deve atender, mas seu coração fala mais alto e ele logo aceita a ligação.

- Oi. - ele sorri, mesmo sabendo que Gerard não pode vê-lo do outro lado da linha.

- Oi, meu príncipe.

- Está tudo bem?

- Sim, tudo bem. Eu liguei pra sabe de você. Senti que você não estava muito bem quando foi embora, então quis ligar, ouvir a sua voz e ter certeza de que está tudo bem.

- Você não precisava fazer isso. Nós vamos nos ver em alguma horas. - Frank sorri de novo, encantado com a preocupação e o cuidado de Gerard.

- Eu sei que vamos. Mas eu senti algo no coração, como se eu precisasse ligar pra você. Não sei, como se algo tivesse acontecido e eu precisasse saber que você está bem. - diz Gerard, e Frank sente o coração palpitar. Seus olhos vão direto para o teste de gravidez positivo sobre a mesa de centro.

- Você não precisava se preocupar. Eu estou bem. De verdade. - ele mente. Tudo que Frank queria nesse minuto era o abraço acolhedor de Gerard e a certeza de tudo que vai ficar bem.

- Tem certeza? Eu consigo sentir pela sua vozinha de que tem algo te incomodando.

- O que está me incomodando é estar longe de você.

- Não precisávamos ficar longe. A gente podia ter se encontrado no Refúgio mais tarde. Esse evento tá um saco, eu já estou indo embora de qualquer maneira. Menos de duas horas, eu estaria no nosso Refúgio. Tem certeza que não quer mudar de ideia?

- Uma proposta tentadora, mas eu já estou na cama, aconchegado debaixo das minhas cobertas, ansioso para que amanhã chegue logo e a gente possa se ver. Além de mais, eu precisava de um dia em casa pra saber o que a JJ anda aprontando.

-Okay, okay, se você diz, eu não vou insistir. Só queria mesmo te ligar pra saber se está tudo bem.

- Está sim, não se preocupe.

- Não me preocupar com você é algo impossível. Mas já que vamos passar essa noite separados, eu espero que você sonhe comigo.

- Eu sonho com você todos os dias.

- Durma bem, meu príncipe. Mal posso esperar para te ver amanhã.

- Eu também estou ansioso pra te ver amanhã. Durma bem. Eu te amo.

- Eu te amo mais.

- Altamente discutível. - ele diz, rindo.

- Boa noite.

- Boa noite.

E de alguma maneira, a ligação de Gerard traz a calma que Frank precisava. Colocando o celular sobre a mesa de centro novamente, Frank pega o teste de gravidez e o observa mais uma vez. Ele coloca o teste no bolso da calça do pijama e se acomoda no sofá. Não demora muito até que ele pegue no sono.

                --------------------------------

O dia mal clareou e a porta da frente da casa de Frank se abre, fazendo o rapaz despertar com um susto. Olhando para a entrada, ele vê JJ andando em sua direção com provavelmente a mesma cara de sono que ele. Os cabelos amarrados num coque desgrenhado, a jaqueta jogada no ombro e o tênis desamarrado denunciam que a mulher saiu da onde estava com bastante pressa.

- Ei, o que você tá fazendo aqui? Mal clareou?

- Clareou o suficiente pra eu voltar pra casa. - ela diz, sentando na mesa de centro, de frente pra Frank.

- JJ, você não precisava fazer isso.

- É, como se eu pudesse ficar lá mais um minuto, sabendo que você estava aqui, precisando de mim. Nada do que você não tenha feito por mim antes. - ela diz, tirando um sorriso do rosto do rapaz.

- Você é incrível.

- Você também não é tão ruim. - ela ri, dando um tapa no joelho do rapaz. - Agora desembucha, Iero. O que houve? Você meio que me assustou com aquela mensagem ontem.

- Bem, eu preciso te contar uma coisa, Na verdade, preciso te mostrar uma coisa. Mas eu preciso que você não surte muito, porque eu já estou surtado a ponto de ter um enfarte. - ele diz, e pelo tom de voz, JJ entende que é bem sério.

- Okay! Eu farei meu melhor. Manda! - ela diz. Ele, então, coloca a mão no bolso, retira o exame e entrega pra amiga.

Confusa, JJ segura o bastonete e o analisa, mas sua confusão logo some ao ver os dois tracinhos no visor. Seus olhos castanho se arregalam e ela leva uma das mãos à boca.

- Oh, meu Deus! Isso é seu?

- De quem mais seria?

- Oh, meu Deus! - ela exclama de novo, e então olha pro amigo, que mantém uma expressão meio perdida. JJ respira fundo e tenta se recompor. - Okay, essa foi minha cota de surto. Já passou. Vamos lá! - ela diz, e Frank sorri. - Quando você fez isso?

- Ontem a noite.

- Uau! E você tem certeza?

- Bem, eu só fiz um teste e deu positivo. Eles dizem que quando dá positivo, é positivo mesmo. Eu seja, eu tô grávido! Eu vou ter um bebê do Gerard. Cacete! - ele diz, enterrando o rosto nas mãos.

- Primeiro de tudo, se acalma. Se estressar agora não vai ajudar em nada, muito pelo contrário, só vai piorar as coisas. Fica calmo e respira fundo. - ela pede e ele obedece. - Frankie, por que você não me disse ontem a noite? Por que não pediu pra eu voltar pra casa?

- Porque não ia mudar nada. Eu ia continuar grávido. Além do mais, eu precisava de um tempo pra absorver a situação. Pensar no que isso significa. - ele diz, e seus olhos enchem de lágrimas. - Eu vou ter um bebê, JJ! O que eu vou fazer? Como eu vou explicar isso pro Gerard?

- Bem, se o Gerard não sabe como se faz um bebê, seus problemas são um pouco maiores do que você pensa. - ela diz, conseguindo arrancar um sorriso do amigo.

- Como eu vou contar pros meus pais? Pro meu avô? "Pai, mãe, sabe o cara casado com quem eu tenho um caso há oito meses? Então, eu tô grávido e vou ter um filho ilegítimo! Vocês não estão felizes com seu netinho bastardo?" - ele diz, prestes a realmente ter uma crise de nervos.

Saindo de seu lugar na mesa de centro, JJ se senta ao lado do amigo e o abraça forte. Os dois não falam nada por alguns bons minutos, apenas permanecem abraçados, até a jovem ter certeza de que Frank se acalmou um pouco.

- Certo, acho que você está vendo Game of Thrones demais. - ela começa. - Segundo, você não pode pensar nem por um segundo que sua família não vai te dar todo apoio do mundo. Durante toda sua vida, eles te negaram suporte em algum momento?

- Não.

- Então pronto. Quanto ao Gerard, eu não posso responder 100% por ele, mas eu duvido que ele não vai ficar feliz com a notícia. Frank, o Gerard te ama, ele te adora. E ter um filho com você? Eu já posso vê-lo babando em cima de você e desse bebê. Mas antes de tudo, eu acho que você tá colocando o carro na frente dos bois. Você fez um teste de farmácia que deu positivo, mas isso pode não significar nada. Você precisa de um exame de sangue e um ultrassom. Você precisa ter certeza absoluta.

- Acho que você está certa.

- E se você realmente estiver grávido, você precisa descobrir o que isso vai significar pra você, por seu corpo e pra sua saúde. Não se esqueça disso. Existe uma lista de coisas que você precisa fazer, antes de pensar no produto final. Eu estou tentando ser o mais imparcial e racional possível, mas você precisa pensar em você primeiro, antes de tudo. Então, antes de surtar, vamos ter certeza primeiro, ter todas as informações que nós precisamos, depois a gente pensa no que fazer, tá bom?

- Tá bom!

- E seja lá qual foi o resultado disso tudo, eu tô aqui com você. O tempo todo. - ela diz, segurando a mão dele. Frank sorri e segura a mão da amiga com mais firmeza.

- Eu sei.

- Agora você precisa começar a se arrumar pro trabalho e eu preciso dormir um pouco, porque eu mal preguei os olhos depois da sua mensagem. Durante a manhã, eu vou ligar pra um médico obstetra amigo meu e marcar uma consulta pra você. Ainda hoje, se possível.

- Perfeito.

- Tenta manter sua rotina como se nada tivesse acontecido.

- Não sei como vai ser possível. Não sei como eu vou olhar pro Gerard e não contar pra ele. Ontem já foi um sacrifício não contar quando ele me ligou de noite.

- Deixa pra contar quando você tiver algo de concreto. Eu sei que vai ser difícil, mas não adianta você falar alguma coisa e isso acabar sendo um alarme falso.

- É, eu sei.

- Assim que eu tiver o horário da consulta, eu te ligo. E você, se precisar de alguma coisa, só me ligar ou mandar uma mensagem de SOS. Combinado?

- Combinado. - ele sorri e abraça a amiga. - Eu te amo, JJ! Não sei o que seria de mim sem você.

- Ainda bem que você nunca vai ter que descobrir. E eu também te amo. - mais uma vez os dois permanecem abraçados por um tempo. Nesse momento, é tudo que Frank precisa, se sentir acolhido e protegido.

--------------------------------

Chegando ao Capitólio uma hora antes de seu horário normal, Frank encontrou pouquíssimos colegas de trabalho. Apenas uns cumprimentos rápidos foram trocados, pois o RP não estava com cabeça para conversar com ninguém naquele momento. Chegando à sua sala, Frank rapidamente tranca a porta atrás de si, isolando-se do mundo exterior.

Olhando para o relógio, ainda faltam um pouco mais de uma hora pra chegada de Gerard, o que dá tempo suficiente para Frank se acalmar e pensar em como vai encarar o homem e não contar sobre a possível novidade. Será um dia complicado. Além de Gerard, Frank ainda espera a ligação de JJ sobre o horário no obstetra, sem contar nos enjoos, que já começam a aparecer. Se Frank não estiver grávido de fato, não há dúvidas de que pode ter algo muito sério acontecendo.

Aproveitando o tempo livre, Frank começa a adiantar seu trabalho, enquanto não há tantas distrações.

--------------------------------

Mergulhado em seu trabalho, Frank perde a noção do tempo até o telefone de sua mesa tocar. Olhando a linha um piscar, o RP já sabe que a ligação vem da mesa de June.

- Alô!

- Bom dia, Sr. Iero.

- Bom dia, June, como vai?

- Bem, obrigado. O Senador Way pediu que o senhor fosse até o gabinete dele. - as palavras da secretária fazer o coração de Frank disparar.

- Há quanto tempo o senador chegou?

- Há uns 15 minutos.

- Certo. Pode avisar que eu irei assim que possível. Obrigado, June.

- De nada, Sr. Iero. - e com isso a ligação se encerra.

Olhando para o relógio novamente, Frank vê que são 9 da manhã. Cedo demais para JJ ter acordado, depois de uma noite praticamente em claro. Afrouxando um pouco o nó da gravata, Frank sabe que não poderá deixar Gerard esperando o dia inteiro, em algum momento eles precisarão se encontrar e Frank precisa passar toda a calma do mundo e não colocar seu pequeno segredo em risco.

Colocando seu celular no bolso, ele se levanta, respira fundo e segue para o gabinete de Gerard.

--------------------------------

Gerard anda de um lado ao outro em seu gabinete. Desde ontem, quando Frank disse que preferia ir pra casa ao invés de encontrá-lo no Refúgio, o senador está com uma sensação estranha que não consegue se livrar. Algo em seu peito diz que tem alguma coisa acontecendo, mas ele não sabe explicar o que é e ontem a noite, ou falar com Frank pelo telefone e ouvir a voz do rapaz, essa sensação aumentou, virando uma angústia inexplicável.

Ele precisa ver Frank. Precisa tê-lo em seus braços. Precisa beijá-lo e abraçá-lo e sentir seu coração batendo contra seu peito. E só assim, quem sabe, essa sensação vai passar.

Duas batidas suaves e então a porta se abre. Gerard solta o ar que nem sabia que estava prendendo. Sorrindo pra ele, Frank entra no gabinete e tranca a porta atrás de sim. Gerard nem espera o rapaz abrir a boca e avança sobre ele, tomando-o em seus braços e beijando-o de forma urgente e apaixonada. Frank não desvia do rompante de Gerard. Ele mesmo precisava urgentemente desse contato. De estar nos braços desse homem. De sentir seus braços o envolvendo. Sentir seu cheiro. De sentir seu gosto.

Mesmo quando eles consegue interromper o beijo, suas testas continuam unidas, enquanto eles tentam voltar a respirar novamente. Gerard, então, da um passo pra trás e segura Frank pelos ombros, olhando-o de cima até embaixo.

- Deixa eu olhar pra você. - e então toma o rosto do rapaz entre as mãos. - Deixa eu te ver.

- Eu tô aqui, Gerard. Eu tô bem aqui. - diz Frank, colocando as mãos sobre as mãos do senador.

- Eu sei, mas desde ontem eu estou com uma sensação estranha, um sentimento esquisito que tá me comendo por dentro. Eu preciso ter certeza de que você tá bem - ele diz, e as palavras do homem atingem Frank como um soco. Ele engole seco e força um sorriso.

- Você é muito superprotetor, isso sim.

- Com você? Nenhuma superproteção ou cuidado excessivo é demais. Você o meu bem mais precioso, meu tesouro, meu príncipe. Eu não sei o que faria se algo acontecesse com você. - a voz de Gerard é urgente, o que deixa Frank ainda mais angustiado.

- Eu tô bem, de verdade.

- Você parece um pouco abatido. - ele diz, e Frank precisa pensar rápido.

- Eu não me senti muito bem ontem a noite, mas já passou. Eu já estou bem. - ele inventa.

- Frank... - Gerard fecha os olhos.

- Foi algo rápido. Um pico de pressão. Eu tomei meu remédio, descansei por meia hora e já estava bem de novo.

- Foi na hora que eu te liguei? Por que você não me disse? Eu podia...

- Não foi quando você me ligou. Foi bem depois. E eu juro que já estou bem, de verdade. - ele diz, olhando nos olhos de Gerard. O senador hesita por alguns segundos, mas acaba relaxando. Ele dá mais um beijo em Frank e finalmente o libera de suas mãos ansiosas.

- Okay! Eu ainda estou com essa sensação dentro de mim, mas se você está dizendo que está bem, então eu acredito.

- Não se estresse, tá bom? Se alguma coisa acontecer de fato, você vai ser o primeiro a saber. - diz Frank, tentando acreditar em suas próprias palavras. - Bem, agora a gente precisa trabalhar. Temos uns assuntos bem sérios pra resolver hoje.

- A última coisa que eu queria era trabalhar hoje. - diz Gerard, e Frank precisa controlar a vontade de concordar com o senador. Mas o trabalho vai distraí-lo e desviar sua mente da ansiedade que está ameaçando tomar conta.

- Eu destranco a porta, enquanto você pede pra June ligar pro Cole e para os outros assessores. Temos uma reunião no plenário sobre o corte orçamentário da saúde. - diz Frank, seguindo para a porta. Gerard sorri.

- E depois eu que sou mandão. - ele diz, visivelmente mais relaxado, enquanto pega o telefone e liga para a secretária.

Com sorte, o resto do dia vai seguir rápida e tranquilamente.

--------------------------------

A reunião sobre a proposta do Partido Republicano de fazer um corte no orçamento da saúde levou a manhã toda, e não foi uma reunião agradável. Poucas vezes, no último ano, Frank viu Gerard tão transtornado. O fato do partido rival querer diminuir a verba da saúde, deixando os mais necessitados à mercê de sua própria sorte, sem nenhuma garantia de receber auxílio médico necessário, deixou o senador quase fora de si. O bate boca entre Gerard e o senador republicado Travis Butler foi tão acalorado, que alguns senadores precisaram intervir para que a discussão não chegasse às vias de fato.

Para Travis, não é obrigação do governo prover as necessidades básicas para o povo, como saúde, moradia, alimentação e educação, e esses são os pontos que Gerard defende com mais ferocidade. Travis vem de família de políticos, assim como Gerard, no entanto sua visão permaneceu retrógrada assim como a visão de seu tataravô, que foi um escravocrata famoso nos livros de história americanos.

Enquanto a discussão da reunião corria sem controle, Frank dividia sua atenção entre o trabalho e o celular. De tempos em tempos, o RP checava seu telefone, para saber se JJ havia ligado e ele não tinha notado, ou se, pelo menos, o celular tinha sinal, caso a moça estivesse tentado ligar e não estivesse conseguindo. Mas o sinal estava ótimo, a bateria estava cheia, então só restava mesmo a Frank aguardar pela ligação.

O RP quase deu graças a Deus quando o presidente do Senado resolveu abrir um recesso na discussão. Frank se sentiu mal sabendo que, enquanto um assunto tão importante era discutido, sua mente viajava em seus próprios problemas.

Juntando seu material, Frank, Gerard, Cole e mais três assessores seguiram de volta para o gabinete de Gerard. Chegando lá, o senador foi direto ao frigobar, de onde tirou uma garrafa de água e a bebeu quase inteira. Visivelmente nervoso, Gerard corria a mão pelo cabelo, enquanto terminava de beber a água.

- Aquele Butler... urgh, como aquele moleque me tira do sério! - ele bufa, jogando a garrafa vazia no lixo.

- Ele é um burguesinho prepotente que só sabe repetir o que o pai fala. - diz um dos assessores.

- O importante é que somos maioria na votação, e eu duvido muito que eles consigam aprovar o corte. - diz Frank.

- Somos maioria, mas uma maioria apertada. O Greene, o Quentin e o Watson ainda não se posicionaram definitivamente. Se eles votarem a favor e alguém de abster da votação, eles podem aprovar o corte e isso vai ser um desastre. - diz Gerard.

- Não vai acontecer! O RP do Quentin já me disse que o voto dele é negativo sem sombra de dúvidas. Ele é natural do Queens, em NY, e está correndo atrás da reeleição. Se o nome dele for envolvido no corte do orçamento da saúde, ele pode dar adeus à carreira política. - garante Frank.

- E o Watson? - pergunta Gerard.

- O Watson não me preocupa, mas o Greene ainda está em cima do muro. É com ele que precisamos nos preocupar. - diz Frank, sendo interrompido pelo toque do que seu celular.

Olhando o visor, ele vê nome de JJ. Rapidamente ele se levanta, chamando a atenção de todos na sala, especialmente de Gerard. Tentando parecer o mais impassível possível, Frank ergue o celular rapidamente e caminha em direção à porta.

- Com licença, mas eu preciso atender essa ligação. - ele diz, saindo abruptamente, sem dar margens para perguntas.

--------------------------------

Ele atende a ligação e pede que JJ aguarde alguns segundos. Chegando em sua sala, Frank tranca a porta e, enfim, se sente seguro para falar com a amiga.

- Eu já estava ficando maluco, esperando sua ligação. - ele reclama.

- Eu imagino. Desculpa a demora, mas foi difícil falar com o Jason pela manhã. Ele estava no meio de um parto. Mas enfim, eu falei com ele.

- E aí?

- Eu expliquei que você fez um teste de farmácia e que tinha dado positivo, mas que você queria ter certeza. Ele disse exatamente o que eu disse ontem, que você precisa de um exame de sangue e um ultrassom.

- E quando ele pode fazer isso?

- Hoje mesmo. Ele atende até às 18h, mas como nossa situação é, digamos, delicada, ele marcou um horário pra você ás 19:30h. Tudo bem?

- Perfeito! Eu dou uma desculpa pro Gerard e saio mais cedo.

- Falando nisso, como ele está? Desconfiou de alguma coisa?

- Desconfiar, não desconfiou, mas ele disse que está com uma sensação estranha.

- É instinto paterno.

- JJ!

- Ele não pode me ouvir, Frankie. Então nos encontramos no consultório às 19:30h.

- Você vai comigo?

- Mas é óbvio que eu vou! Eu, hein? Parece que bebe. - ela diz, arrancando um sorriso do rapaz.

- Obrigado.

- Não me agradeça. Você sabe que eu faço tudo por você.

- A recíproca é mais que verdadeira.

- Eu te mando uma mensagem com o endereço. Nos vemos mais tarde. Beijos!

- Beijos! - encerrando a ligação, Frank guarda o celular no bolso. Em algumas horas ele saberá se sua vida mudará para sempre.

 --------------------------------

Voltando rapidamente para a sala, o primeiro olhar que Frank encontra é o de Gerard. O senador para aflito. Discretamente Frank sorri, tentando espantar a ansiedade do homem. A reunião com os assessores avança até a hora do almoço, quando o grupo resolve fazer uma pausa para a refeição. Os assessores deixam o gabinete, restando apenas Frank e Gerard pra trás.

- Eu pensei em pedir alguma coisa pra comer aqui mesmo. Você se importa? - pergunta o senador.

- Claro que não. - responde Frank.

- O que você vai querer? Vou pedir pra June fazer os pedidos.

- Eu quero uma Salada Caprese. - ele responde, mas só de pensar na comida, seu estômago já embrulha.

- Mais o quê?

- Só isso.

- Só isso? Você vai comer só isso?

- Eu não estou com muita fome.

- Você precisa se alimentar melhor. Pelo menos eu vou pedir um suco reforçado pra você, tá bom?

- Tá bom. - o rapaz sorri.

Não demora muito para que o bistrô entregue os pedidos e os dois homens comecem a comer. Enquanto Frank força cada garfada da salada, Gerard aproveita seu Ravióli ao Sugo. Vendo que o momento é perfeito para iniciar a conversa, Frank quebra o silêncio entre os dois.

- Escuta, eu vou precisar sair mais cedo hoje. - ele diz, fazendo Gerard ergue o rosto imediatamente.

- Por quê?

- Naquela hora que o celular tocou, era a JJ. Ela precisa da minha ajuda com um problema que ela arrumou, então eu vou encontrar com ela ás 19:30h em Downtown.

- Ela tá bem? Tem algo em que eu possa ajudar?

- Não, não, ela tá bem. É coisa boba. Nada de mais, sério.

- Então nós nos encontramos no Refúgio hoje, não é? - pergunta Gerard, deixando Frank sem saída. Se o rapaz recusar pela segunda vez, Gerard saberá que há algo errado. Então Frank não tem pra onde correr.

- Claro! Hoje, sem falta, no Refúgio. - e força um sorriso, mas por dentro seu coração martela.

- Okay. Se tiver alguma coisa que eu possa fazer pra ajudar a JJ, me avise, tá bom?

- Tudo bem!

--------------------------------

O resto do dia passou voando. Quando deu sua hora, Frank pegou suas coisas e partiu como um raio, só se dando ao trabalho de se despedir de Gerard rapidamente, já que os dois se encontrarão mais tarde no Refúgio.

Ás 19:30h em ponto, o rapaz encontrou JJ na porta do prédio onde fica o consultório do obstetra. Sem enrolação, os dois seguiram direto para o consultório. Ao entrarem no consultório, eles encontraram o ambiente vazio. Apenas Frank, JJ e a recepcionista estavam na sala. A recepcionista fez Frank preencher uma pilha de formulários, deixando o rapaz ainda mais nervoso. Depois de entregar os formulários para a recepcionista, não demorou muito para que Frank e JJ fossem encaminhados para a sala de exames.

Quando a porta se abriu, Frank e JJ foram recepcionados pelo obstetra. O Dr. Jason Martin não era nada do que Frank esperava. O homem não parecia ter mais do que 35 anos, era alto, cabelos e olhos claros, um sorriso largo e encantador e absurdamente bonito. Olhando de rabo de olho para JJ, ele viu a amiga ruborizar e, de repente, tudo fez sentido dentro dele.

- Julia Jaden Parker. - disse o médico, se aproximando da dupla.

- Me chame assim de novo e eu te deixo sozinho pra lidar com esse aqui. - ela diz, apontando para Frank.

- Como quiser... JJ. - ele sorri de canto de boca, deixando a moça ainda mais vermelha. Frank nunca tinha visto a amiga reagir a ninguém assim em toda sua vida. Ele fica atônito. - Bem, presumo que você seja o Frank Iero. Sr. Iero, eu sou o Dr. Jason Martin, obstetra, especialista em gestações masculinas.

- Muito prazer, Dr. Martin. Mas pra começarmos bem e diminuirmos um pouco esse meu nervosismo, por favor, me chame de Frank.

- Então vamos combinar assim, eu te chamo de Frank e você me chama de Jason. Estamos combinados?

- Combinados.

- Bem, vamos nos sentar e conversar. - ele diz, e os três se acomodam em seus lugares. - A JJ me disse que você fez um teste de farmácia ontem e que deu positivo, certo?

- Certo.

- Fora isso, você vinha sentindo algo fora do normal? Algum sintoma diferente?

- Bem, eu tenho alguns problemas de saúde e eles mexem muito com meu organismo. Mas de uma semana pra cá, eu vinha me sentindo mais cansado que o normal, tive algumas crises de tontura e alguns enjoos. Então ontem eu passei na farmácia, comprei um teste e fiz. E deu o que deu.

- Bem, você falou em alguns problemas de saúde, nós logo vamos conversar sobre isso. Primeiro vamos tirar a prova dos nove, okay? Eu vou tirar uma amostra do seu sangue e vou mandar pra análise. Em aproximadamente 40 minutos teremos o resultado. Caso seja positivo mesmo, nosso próximo passo vai ser um ultrassom, pra determinarmos a idade gestacional e vermos se está tudo bem com o feto. Certo?

- Certo.

- Então vamos começar. - ele diz, batendo palmas e partindo pra ação.

Jason é rápido e Frank mal sente a picada da agulha em seu braço. Com a amostra, o médico seguiu pessoalmente para o laboratório, para acompanhar o exame, deixando Frank e JJ sozinhos na sala. JJ esfrega as mãos geladas de Frank, enquanto tenta se acalmar. Exatos 40 minutos depois, Jason retorna para a sala.

- Bem, Frank, você está definitivamente grávido. - ele diz a Frank paralisa, sem saber como reagir à informação. - Eu não sei qual a sua situação, mas eu sempre dou parabéns aos futuros pais, pois independente de tudo, uma nova vida é sempre um presente.

- Isso, Frankie. - diz JJ, dando um beijo na têmpora do amigo e sussurra. - Independente do que acontecer, você vai ter um bebê e é isso que importa.

Diante do silêncio de Frank, Jason resolve continuar seu trabalho.

- Que tal a gente partir pra um exame físico agora? E depois ver esse bebezinho?

- Okay! - diz Frank, levantando-se e seguindo o médico.

Jason leva Frank até uma segunda sala e lhe entrega uma camisola hospitalar. Enquanto Frank se troca, Jason prepara a mesa de exames e a máquina de ultrassom. Quando Frank retorna, já está tudo pronto esperando por ele.

- Você pode se deitar aqui pra mim, Frank? - pede Jason. JJ ajuda o amigo a se acomodar na mesa de exames e o cobre com um fino lençol, enquanto Jason liga e ajusta o aparelho de ultrassom. - Olha, normalmente, eu faço os exames físicos primeiro. Batimento cardíaco, pressão arterial, exame pélvico e todo o resto, mas eu sinto que hoje é um dia pra abrir uma exceção. Então, se você puder erguer a camisola até a altura do peito, nós vamos começar com o ultrassom, okay? - Frank olha para Jason por alguns segundos, como se seu cérebro demorasse a registrar as informações. A confirmação da gravidez ainda não foi totalmente assimilada e agora Frank está prestes a ver seu bebê. Ele não sabe se conseguirá suportar tanta coisa de uma vez.

- Deixa que eu te ajudo. - diz JJ, erguendo a camisola, deixando toda a barriga de Frank exposta, apenas com o lençol cobrindo suas partes íntimas.

- Eu preciso avisar, isso é gelado. - diz Jason, colocando uma certa quantidade de gel no quadrante bem abaixo do umbigo de Frank.

Com o transdutor, o médico começa a passear pelo abdômen do rapaz. Frank segura a mão de JJ como se sua vida dependesse disso. Seus olhos estão fixos no teto e sua respiração é rasa e ligeira. Enquanto Frank permanece congelado, preso em sua própria bola de pânico, JJ não tira os olhos de Jason. Cada expressão, cada erguida de sobrancelha, cada apertar de olhos, deixando a moça cada vez mais ansiosa. Será que há algo errado? Mas antes que ela possa se manifestar, Jason abre um grande sorriso.

- Aí está! Firme, forte e saudável. - ele diz. E, pela primeira vez, Frank reage.

Erguendo a cabeça, ele olha para o monitor. Não há nada ali que ele consiga identificar como um bebê, mas de repente seu coração dispara. Tem um bebê ali dentro. Um bebê que, segundo o médico, é forte e saudável.

- O bebê... o bebê está bem?

- O bebê está ótimo. Ótimo tamanho. 2,3 centímetros, braços e pernas já estão se desenvolvendo, assim como os dedinhos das mãos e dos pés, com isso, eu consigo afirmar que seu bebê está com 9 semanas exatas.

- No... nove semanas? - Frank gagueja, sem conseguir tirar os olhos do monitor.

- Isso dá quanto tempo em meses? Esse negócio de semanas é muito complicado. - diz JJ.

- Você considera um mês de gestação quando a pessoa passa da 4ª semana. Com 9 semanas, o Frank está na primeira semana do terceiro mês.

- Então ele está com três meses?

- Não, ele está com dois meses e uma semana. Ele só vai completar três meses quando chegar à 12ª semana.

- Entendi. - diz JJ, então se vira pra Frank. - Dois meses, Frank. Seu bebê tem 2 meses.

- Vocês querem ouvir o coraçãozinho?

- Ele tem batimento? - pergunta Frank, perplexo.

- Claro que tem. E bem forte, por sinal. Aqui, ouçam. - ele diz, apertando um botão no aparelho de ultra som. No segundo seguinte o ambiente é invadido por um som alto e rítmico.

- É o batimento. Meu... meu bebê tem batimento. - ele diz, e seus olhos se enchem de lágrimas.

- Seu bebê tem batimento, Frank. - diz JJ, igualmente emocionada.

E de repente tudo vira real. Tem uma vida crescendo dentro de Frank. Uma vida que é parte dele e parte de Gerard. Que pode ter os olhos dele e o nariz de Gerard. O sorriso dele e as mãos de Gerard. O cabelo dele e o queixo de Gerard. Pode ter a agitação de Frank, e a doçura de Gerard. Um bebê! Deles. Dos dois. Mas acima de tudo, dele.

Frank cobre os olhos com a mão livre e solta o soluço que estava preso na garganta. Ele não se importa com o que o médico vai achar. Ele só precisa chorar. Desabafar. Colocar pra fora toda a angústia que o estava corroendo por dentro.

Ainda com os olhos tampados pela mão, Frank sente a testa de JJ encostar em sua têmpora, e ele nem precisa abrir os olhos pra saber que a amiga chora ao seu lado. A mão que segura a dele permanece firme, já com a mão livre, JJ acaricia os cabelos do amigo.

- Eu vou dar uns minutos pra vocês. Daqui a pouco eu volto pra continuarmos com os outros exames. - diz Jason, sentindo que aquele é um momento muito particular.

O médico sai e os dois amigos permanecem abraçados, absorvendo esse momento tão especial.

--------------------------------

Mais ou menos 15 minutos depois o Dr. Martin voltou para a sala de exames. Com Frank mais calmo, o médico pôde dar prosseguimento nos exames de rotina. Aproveitando que Frank já estava deitado na mesa, Jason colocou os suportes para as coxas e pediu que Frank encaixasse as pernas ali, para um rápido exame pélvico. Frank não pôde evitar o desconforto ao sentir os dedos do médico invadindo seu canal, mas felizmente o exame foi rápido e o médico não achou nada de errado.

Em seguida, Jason levantou a camisola hospitalar novamente e fez um exame em todo abdômen de Frank. Sentindo o médico pressionar os dedos em várias partes de sua barriga, Frank soltou um leve chiado quando Jason pressionou um ponto perto do osso pélvico. Vendo o olhar assustado do rapaz, Jason se apressou em acalmá-lo.

- Vai ser comum sentir dores nos quadris e leves cólicas no ventre pelas próximas seis semanas. Seus quadris vão começar a se expandir para sustentar o aumento do seu útero. E as cólicas também são normais, pois é o seu corpo se adaptando ao crescimento repentino do seu útero. Só fique atento se a cólica for muito forte e especialmente se vier acompanhada de sangramento, seja de qualquer tipo.

- Okay. - ele diz.

- Bem, fisicamente está tudo bem. Agora vamos te pesar, ver seus batimentos e aferir sua pressão.

- Jason, quando eu disse que tenho alguns problemas de saúde... bem, esse é um dos assuntos que precisamos tratar.

- Tudo bem. Vamos ver logo essa parte e então sentamos pra conversar. Certo?

- Certo.

Após completar a bateria de exames rapidamente, Jason voltou ao seu consultório e sentou-se com Frank e JJ.

- Bem, Frank, sua pressão está 14 por 10, o que é excessivamente alta. Então eu posso concluir que você tem um quadro de hipertensão pré existente.

- Sim, minha hipertensão é hereditária. Meu pai e meu avô também são. Eu fui diagnosticado aos 15 anos. E além da hipertensão, eu sofro de insuficiência renal crônica. - ele diz, e vê o semblante do médico se fechar. Jason faz algumas anotações na ficha de Frank.

- Você toma remédios pra controle?

- Sim. Para a pressão, eu tomo vasodilatadores e betabloqueadores, e para a insuficiência renal, eu tomo inibidores de enzimas.

- Certo. Bem, Frank, eu não vou mentir pra você, okay? Se você decidir seguir com a gravidez e se decidir que eu serei seu médico, nós dois teremos uma relação de extrema sinceridade e confiança um com o outro. Da mesma maneira que eu vou esperar que você não me esconda nada, eu também prometo que não vou esconder nada de você. Combinado?

- Combinado.

- Então vamos lá! Só a hipertensão sozinha, já colocaria você em um grupo de risco, graças a sua hereditariedade. Significa que o fato de você já ser hipertenso antes de engravidar aumenta o risco de você ter qualquer tipo de complicação. Uma delas é pré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica, que é a pré-eclâmpsia que ocorre em pessoas que já possuem um quadro de hipertensão.

- Ou seja, independente do cuidado que eu tiver, eu terei pré-eclâmpsia de qualquer maneira.

- Infelizmente sim. - ele diz, e imediatamente JJ segura a mão do amigo. - O que nós vamos fazer é trabalhar para que seu quadro não evolua para a eclâmpsia, o que pode levar ao parto prematuro e risco de morte para pai e bebê.

- Oh, Deus! - diz JJ, levando uma das mãos à boca.

- Infelizmente, as más notícias ainda não acabaram. Seu quadro de insuficiência renal crônica também um fator de risco pra sua gravidez. Além de afetar ainda mais os seus rins, os riscos de levar a gravidez adiante envolvem aborto espontâneo, descolamento de placenta, parto prematuro, ruptura tanto da placenta, quanto da parede uterina. O que também aumenta o risco de morte para pai e bebê.

- Eu seja, não há saída, meu filho e eu vamos morrer de qualquer jeito. - diz Frank, com a voz trêmula.

- Não foi isso que eu disse. Eu te dei as más notícias, agora eu vou te dar as boas notícias. As chances de controlarmos sua pressão e evitarmos a eclâmpsia é de 65%. Com o tratamento adequado você tem 55% de chegar à 40ª semana de gestação e dar à luz um bebê saudável. Quanto à insuficiência renal, só o fato de você ter engravidado já joga por terra muitas estimativas e estudos. Ou seja, vai ser uma gravidez de risco? Sim, será uma gravidez de alto risco até o final, mas não há nada que me faça acreditar que você não vai conseguir terminar essa jornada com seu bebê nos braços.

- Jason, você acha que ele deve continuar com a gestação?

- Essa não é uma decisão minha e eu não posso opinar sobre isso. O que eu posso dizer é que, caso o Frank resolva continuar com a gestação, eu farei de tudo para dar o melhor tratamento possível pra ele e para o bebê.

- Eu posso ter uns dias para pensar ou eu preciso decidir alguma coisa agora?

- Você pode e deve pensar bem na decisão que vai tomar. Como eu disse, não será uma jornada fácil, mas você não estará sozinho nela. Eu aconselho você entrar em contato com os seus médicos também, ver a opinião deles.

- Eu farei isso. Obrigado. - ele diz, levantando-se da cadeira, sendo seguido por Jason e JJ.

- A JJ tem meu número. Qualquer dúvida, por favor, não hesite em me ligar.

- Pode deixar. E mais uma vez obrigado.

- Não me agradeça. Se cuida. Nos falaremos em breve.

- Até mais. - diz Frank, deixando a sala.

- Tchau, Jason. Obrigada, viu?

- Não tem de quê. Ah, e você pode me ligar a qualquer hora que quiser também, tá? - ele diz, dando uma piscadela. JJ sente as bochechas esquentarem na hora. Girando os calcanhares, ela deixa o consultório e segue Frank a passos largos.

--------------------------------

Assim que chegam na calçada, JJ puxa Frank pelo braço, chamando a atenção do amigo.

- Você ouviu o Jason. É difícil, mas não é impossível.

- E você também ouviu que o bebê pode morrer. Nós dois podemos morrer.

- O Jason não vai deixar isso acontecer, eu te garanto. - ela diz, e ele esfrega o rosto com as mãos.

- Bem, eu tenho muito o que pensar.

- Vamos pra casa. A gente pode ver um filme, comer pipoca, o que você quiser.

- Hoje eu vou pro Refúgio. Já combinei com o Gerard.

- Você vai contar pra ele?

- Agora não. Nem eu sei o que vou fazer, não posso contar pra ele agora.

- Ele vai sacar que tem alguma estranha com você.

- Eu sei, mas eu dou uma desculpa, dou meu jeito.

- Tá bom! Me liga se precisar de qualquer coisa, tá bom?

- Pode deixar!

- Tenta não pensar só nas coisas ruins. Existe uma chance grande de dar tudo certo.

- É, eu vou tentar pensar nisso. Depois a gente se fala.

- Se cuida.

- Você também! - e com um beijo, os dois se despedem, seguindo cada um para um lado diferente.

--------------------------------

Assim que estaciona seu carro na entrada do Refúgio, Frank vê a luz da sala acesa, indicando que Gerard já chegou. Descendo do carro, ele respira algumas vezes, como se tomasse coragem para encarar Gerard. Instintivamente sua mão desce até seu vente. É a primeira vez que Frank faz isso. Ele fecha os olhos por alguns segundos, tentando desacelerar seus pensamentos. Foi muita coisa, tudo de uma vez. A sensação é que Frank acabou de perdeu uma luta de UFC por nocaute.

Ainda com a mão sobre o ventre, Frank lembra do coração de seu bebê batendo, mostrando pro pai que ele está ali, forte e disposto a lutar, se Frank também estiver. Um nó se forma em sua garganta e Frank passa rápido as mãos nos olhos, espantando as lágrimas que ameaçam aparecer. Gerard está lá dentro e, por enquanto, ele não pode saber de nada.

Sentindo-se ligeiramente recomposto, Frank segue para dentro da casa. Assim que ele abre a porta, sua primeira visão é Gerard vindo em sua direção com duas taças de vinho.

- Eu ouvi seu carro e quis te receber da melhor maneira possível. - ele diz, dando um leve beijo nos lábios do rapaz e lhe entregando a taça de vinho. Frank sorri, enquanto a taça de vinho parece queimar em sua mão.

- Eu aceito outro beijo, mas o vinho eu vou ter que recusar.

- Ué, por quê?

- Eu não tô me sentindo muito bem. Acabei de tomar um remédio e acho melhor não misturar com vinho. - ele diz, colocando a taça sobre a bancada.

- O que você tem? Frank, eu disse que te achei abatido, que estava com uma sensação estranha. - é a vez de Gerard largar sua taça de vinho e seguir para examinar o rapaz. - Eu sabia que tinha alguma coisa errada. O que houve? O que você tem? O que você sentiu?

- Meu amor, primeiro de tudo, se acalma. Se você ficar nervoso, eu vou ficar nervoso e nós só vamos piorar a situação. - ele diz, fazendo Gerard diminuir um tom em sua preocupação.

- Okay, você está certo. Mas eu quero saber o que está acontecendo, Frank! Há dias você está estranho. Não é de hoje e não é de ontem. Você anda abatido, quieto, recluso. Eu sei que tem alguma coisa acontecendo. Meu príncipe, por favor, conversa comigo. Me diz o que tem de errado pra eu poder consertar. Seja lá o que for, eu posso consertar.

- Gee, não é nada que você posso "consertar". E antes que você surte, não é nada de ruim. Eu acho que eu só estou passando por uma fase ruim, só isso. Tudo que eu quero nesse momento, é estar aqui com você, me aconchegar nos seus braços, sentir seu cheiro, ouvir sua voz e fingir que o mundo lá fora não existe. Pelo menos por hoje.

- Frank, você está me assustando. Eu sei que é mais do que só uma fase ruim.

- Você pode fazer isso por mim hoje? Você pode só me abraçar, me proteger, falar pra mim que tudo vai ficar bem? Falar pra mim o quanto nós nos amamos e que o resto não importa?

- Frank...

- Eu juro por Deus, Gerard, eu juro que vou te contar. Mas hoje eu só quero fingir que só existem nós dois no mundo e mais nada. Você pode fazer isso? Você pode fazer isso por mim? - ele pede, já sem conseguir evitar os olhos marejados.

Mesmo com seu coração gritando que tem algo muito errado acontecendo. Mesmo com cada célula do seu corpo falando que alguma coisa muito grave está por vir, Gerard acaba com distancia entre os dois e toma Frank em seus braços, envolvendo-o e embalando-o.

- O mundo lá fora não existe. Só eu e você. Nós dois e nosso Refúgio. Eu te amo, Frank. Eu te amo demais.

- Eu também te amo, Gerard. Você não faz ideia do quanto. - algo nas palavras de Frank fazendo o coração de Gerard doer, mas mesmo assim ele se mantém firme no pedido do rapaz.

- Vamos fazer o seguinte? Eu vou encher a banheira pra nós dois, enquanto você tira essa roupa. Você está precisando relaxar.

- Ótima ideia. - ele diz, deixando Gerard passar o braço ao redor de seus ombros e guiá-lo até à suíte master.

--------------------------------

Gerard enche a enorme banheira da suíte com água morna e "tempera" a água com óleos relaxantes e essências revigorantes. Quando a banheira está pronta, ele volta ao quarto, onde espera Frank terminar de se despir. Abraçados, os dois retornam ao banheiro. O primeiro a entrar é Gerard. Assim que se acomoda, ele ajuda Frank a entrar e acomoda o rapaz com as costas em seu peito.

Com uma esponja, Gerard derrama porções de água morna nos braços e peito de Frank, até o rapaz começar a relaxar. Gerard, então, começa a massagear os ombros do rapaz. Frank definitivamente está tenso, e Gerard demora alguns minutos para relaxar os músculos do trapézio do rapaz.

A banheira morna e a massagem de Gerard são uma combinação infalível, e Frank logo começa a oscilar entre a consciência e o sono. Ele fecha os olhos por alguns segundos, mas logo os abre de súbito ao sentir as mãos de Gerard em sua barriga. Sem saber como reagir, Frank apenas fica parado vendo as grandes mãos de Gerard passearem por todo seu abdômen, até pararem em seu vente, deixando Frank tenso.

- Posso confessar uma coisa? - a voz de Gerard é baixa e seu tom é quase infantil.

- Claro. - Frank tenta disfarçar a tensão em sua voz.

- Hoje, vindo pra cá, eu vi uma família na rua. Eram dois homens. Um deles segurava o filho no colo. O menino não deveria ter mais do que 3 anos. Tinha os cabelos ruivos, bem vermelhos e sardinhas nas bochechas. Acho que foi uma das crianças mais lindas que já vi na vida. O homem levava o filho no colo, enquanto segurava a mão do marido. Eu acho que era marido dele. O outro, o marido, estava grávido. - ele diz, e Frank sente um calafrio percorrer seu corpo. - Ele devia estar perto de dar à luz. A barriga estava enorme, e eles pareciam tão felizes. Vez ou outra, o menino se jogava pro lado e caia deitado nos braços do pai, só pra conseguir alcançar a barriga do outro pai. Daí ele beijava e abraçava a barriga. Eu fiquei hipnotizado pela cena. O Robert seguiu com o carro e eu ainda me virei pra continuar observando. - diz Gerard, sorrindo, sem tirar as mãos da barriga de Frank.

- Você... - voz de Frank falha e ele precisa pigarrear. - Se a gente pudesse, você gostaria de ter filhos?

- Com você?

- Sim.

- Frank, eu já disse. Eu quero tudo com você. Mas sendo objetivo, sim, eu adoraria ter filhos com você, se isso fosse possível. Imagina um mini Frank ou um mini Gerard correndo pela casa. Eu seria o homem mais feliz do mundo. - ele diz, beijando a têmpora do rapaz.

- Eu também adoraria... se fosse possível. - Frank força um sorriso que Gerard não pode ver. Ele se acomoda ainda mais no peito do homem e se encolhe, como se pudesse se aninhar no colo de Gerard e se esconder do mundo.

Quem dera se pra eles tudo fosse possível.

--------------------------------

Dois dias se passaram. Dois dias de tormento na cabeça de Frank. De dúvidas, incertezas, medos, pesadelos e tudo mais que algo dessa magnitude pode trazer. Frank passou uma noite em claro pesquisando na internet tudo que pode dar certo e tudo que pode dar errado em uma gestação de uma pessoa hipertensa e com insuficiência renal. As probabilidades, os riscos, as sequelas, porcentagem de mortalidade. Parecia que todas as informações haviam conspirado para rechear ainda mais os pesadelos de Frank com imagens de bebês prematuros, mal formados e mortos, até Frank chegar a seu limite, fechar o notebook e, ao menos, tentar dormir.

--------------------------------

O terceiro dia após a consulta chegou e como em todas as manhãs, JJ se senta na bancada da cozinha para todas sua dose ligeiramente ilegal de café, enquanto mexe em seu celular, para saber as primeiras notícias do dia. Frank, que dormira em casa, pois Gerard precisou viajar para Dakota do Sul, chegou na cozinha com sua costumeira cara de sono, cabelo bagunçado e olhos semicerrados.

- Bom dia. - ele disse, dando um beijo no topo da cabeça de JJ, e seguindo direto para a geladeira.

- Bom dia. - ela respondeu, sem tirar os olhos do telefone.

Frank encheu um copo de suco de laranja, colocou um pouco de granola em um bowl, cortou uns pedaços de banana sobre a granola, deu um gole de seu suco e então falou:

- Eu decidi ficar com o bebê. - e então continuou com sua rotina matinal.

JJ levou alguns segundos para processar a informação que acabara de receber. Deixando o celular cair sobre a bancada, ela olha para Frank com os olhos arregalados, enquanto ele continua tomando o seu café da manhã, como se nada tivesse acontecido.

- O que foi que você falou?

- Eu falei que vou ficar com o bebê. Vou levar a gravidez adiante.

- E você diz isso assim?

- Como você queria que eu dissesse?

- No mínimo da mesma forma dramática que você me contou que estava grávido. - ela diz, e ele sorri. Largando seu café da manhã, ele segue até a amiga, segura suas mãos e olha dentro de seus olhos castanhos.

- JJ, eu estou grávido e decidi que vou ter meu bebê.

- Oh, meu Deus, Frankie! Você tem certeza? Certeza absoluta?

- Tenho!

- E tudo aquilo que o Jason disse? Os riscos?

- Eu estou disposto a tentar. Ele mesmo falou que as probabilidades são boas. E você me garantiu que ele não vai me deixar morrer, então...

- Ah, mas ele não vai mesmo! - ela diz, e Frank ri. - Então é isso? Você vai ter um bebê? Você vai ter um bebê de verdade?

- Eu vou ter um bebê! - ele diz, levando as mãos à barriga. JJ solta um grito, pula do banco e corre para abraçar o amigo.

- Meu Deus, Frankie! Parabéns! Eu estou tão feliz, mas tão feliz por você!

- É bom que esteja mesmo, pois você vai me ajudar a criar esse bebê.

- Eu? E o Gerard?

- Eu não sei qual vai ser a reação do Gerard. E também não sei o que ele vai poder oferecer pra esse bebê. Que papel ele vai poder ter na vida desse bebê. Então, até que se prove o contrário, somos só eu e ele.

- E eu!

- E você!

- Eu vou ser tia! Meu Deus, eu não acredito! - ela diz, e então se abaixa na altura da barriga do amigo. - Oi, bebê, aqui é sua Tia JJ! Eu mal posso esperar pra te conhecer. Eu já te amo demais.

- Aposto que ele, ou ela, também já te ama muito! - dando mais um pulo de felicidade, JJ abraça o amigo.

A comemoração é interrompida pela campainha. A muito custo, Frank consegue se soltar do abraço de urso de JJ e segue para abrir a porta. Seu coração para por um segundo e ele o corpo paralisar.

- Brad?

- Oi, Frank! É bom te ver de novo. 


Notas Finais


Eu prometi drama, não prometi? Então começamos a desenrolar essa trama.

- Gerard, sem ter noção do que está acontecendo com Frank.
- Frank descobrindo tudo que pode (e potencialmente vai) dar errado.
- E BOOMMMMMM... Fred Kruger, quero dizer, Brad, voltando das cinzas!!!

Quem mais acha que o potencial pra dar merda tá grande???

Bem, me digam o que vocês acharam!!!

MIL BEIJOS, AMO VOCÊS!!!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...