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  3. Capítulo III

História How bad I am? - Capítulo III


Escrita por: __nightstar

Notas do Autor


Ficou meio curto, mas no próximo eu dou uma turbinada skkska
Boa leitura❤

Capítulo 3 - Capítulo III


*Sook P.O.V*

Levantei-me da cama num pulo, ofegante. Coloquei a mão em meu braço enquanto olhava para o chão, retomando tudo sobre a noite passada, sentindo um arrepio percorrer meu corpo.

Não... Eu devo ter sonhado.

— SOOK! — Escutei meu pai gritar e pulei de susto.

O mesmo abriu a porta com força e me olhou, em seguida suspirou e bom... Ele estava bravo.

— Você bebeu quanto ontem? — Perguntou cruzando os braços.

— Um pouco. — Falei o olhando.

— O que aconteceu? Você está pálida, mais do que já é.

— Eu estou bem. Preciso me trocar, você pode me dar licença? — Disse me levantando.

— Você se lembra que eu vou viajar, certo? Volto daqui a um mês, a viagem vai ser longa.

— Sim, eu me lembrava. — Menti. — Não se preocupe, está tudo certo.

— Tem certeza? Está estranha.

— Eu estou bem, já disse. — Falei firme.

O mesmo apenas me olhos por alguns segundos e saiu do quarto, fechando a porta em seguida. Eu andei até o espelho e olhei meu reflexo. Estava com um vestido branco e curto. Não foi um sonho, e isso me assusta.

“Todo santo dia, cada palavra que você disser, cada jogo que você jogar, cada noite que você ficar acordada com medo, eu estarei te observando.”

Engoli seco e fui para meu banheiro, onde achei minha mala no chão, com um bilhete colado. Me abaixei para ver a mala, e a abri, vendo muitas roupas simplesmente jogadas dentro. Abri o bilhete, vendo uma letra diferente da minha ou da de meu pai. 

"Todos os dias a partir de agora, em minha casa. A localização você pergunta para Taehyung. Está bêbada demais e por isso te deixei o bilhete. E lembre-se também que eu estou te observando. Mato você e seu pai junto. Ele parecia se ajeitar para uma viagem, não quer que eu vá atrás dele, certo?”

Tapei minha boca com uma de minhas mãos e deixei o papel cair, olhando para meu reflexo no espelho. Meus olhos marejaram. Eu realmente tenho medo deles a partir de agora. Eles são demônios, criaturas que até então não existiam para mim, e agora ameaçam meu pai.

Dong, meu pai, não tem nada a ver com isso. Não é justo. Não é justo comigo e muito menos com ele. Park Jimin, você é um covarde.

*Sook off*

*Park Jimin on*

— Sua orelha está vermelha. Será que tem alguém falando mal de você? — Escuto Taehyung falar enquanto entrava na cozinha.

Olhei para ele enquanto comia o cereal, o mesmo abriu a geladeira e tirou dali uma lata de cerveja, me fazendo soltar uma risada nasal.

— Cerveja assim? Logo de manhã? — O questionei, levando o a colher de cereal a minha boca, e mastigando em seguida.

— Você é o que? Minha mãe? — Riu.

Dei de ombros e continuei comendo, enquanto ele se sentou ai meu lado, levando a lata à sua boca mais uma vez, dando um bom gole da bebida.

— Você acha que a garota vai ficar calada? — Perguntou.

— Ela não tem opção. Fiz uma carta ameaçando a mesma e seu pai. — Falei e olhei nos olhos do mesmo. — Todos tem medo de nós, Taehyung.

— Às vezes me pergunto se é bom mesmo ser um monstro. — Falou e olhou para a lata de cerveja, segurando-a.

— Os humanos são os verdadeiros monstros.

Levantei-me e peguei a mochila, olhando para Taehyung que continuava sentado.

— Você vai ficar com a garota hoje. — Disse e me retirei da cozinha, escutando a voz irritante de Taehyung.

— Ela é sua responsabilidade, Park Jimin! — Berrou.

— Eu tenho cara de quem vai aguentar criança mimada, Taehyung? Boa sorte! — Falei e saí de casa, fechando a porta.

Caminhei até a garagem e subi em minha moto, ligando-a em seguida. Coloquei o capacete e parti em direção a escola.

No caminho acabei por me lembrar que teremos que nos mudar para a casa principal, ou pelo menos deixar mais algumas coisas para os finais de semana lá. Seria mais fácil apenas matá-la. Se não fosse o juramento que fiz a minha garota... Esqueça.

Assim que cheguei, algumas garotas vieram em minha direção, e eu já respirava fundo para não mandá-las a merda. Eu só aceito as garotas quando estou com desejo de luxúria, e bom, não estou.

— Jiminnie, que tal ir à nossa festa na sexta? — Uma delas me perguntou, enquanto eu tirava o capacete, e saía de cima da moto.

— Tenho compromisso. — Disse e olhei para as garotas, mas em especial a Mi-Cha. — Quem sabe na próxima?

Desviei das mesmas, em direção a saída, até que Mi-Cha me puxou, e eu a olhei.

— O que pensa que está fazendo? — Disse olhando para sua mão em meu punho, a olhando em seguida. — Ficou louca?

Todos em volta voltaram seu olhar a nós, e a garota me olhou.

— Transamos na festa de Hoseok a duas semanas. Achei que ia querer algo comigo. — Falou.

— Mi-Cha... — Tirei sua mão de meu punho e a segurei. A mesma me olhou e eu sorri, fazendo com que a mesma fizesse o mesmo. — Eu nunca vou querer algo sério. Muito menos com uma como você.

O sorriso da mesma desapareceu, e todos em volta encaravam. Soltei sua mão, e caminhei em direção ao portão. Vi Taehyung entrando ao lado de Sook, a mesma olhava para baixo, apenas seguindo o maior.

Eles entraram antes que eu, mas nem pararam. Taehyung parecia estar calmo, já a garota completamente tensa. Sorri ao ver a cena dos dois andando lado a lado. Chegava a ser engraçado a tensão no ar.

— Taehyung. — Chamei e ambos pararam de andar. Tae me olhou, enquanto Sook continuava de costas. Cheguei mais perto, e sorri olhando para as costas da garota. — Se ela der trabalho, já sabe.

Ela olhou para trás, mas sua expressão não era de assustada. Ela me encarou e eu simplesmente não conseguia entender sua expressão. Parecia estar brava, mas hesitante em manter-se com postura de durona.

— Park Jimin, não pense que só por isso vou virar o bichinho de vocês. — Falou ríspida, virou-se e seguiu seu caminho.

Taehyung me olhou enquanto eu encarava a mesma se distanciar. Cerrei meus punhos e assim que fui dar um passo em sua direção, Taehyung colocou uma mão meu peito, parando-me.

— Lembre-se da promessa. — Falou e eu tirei sua mão meu peito bruscamente. — Ta estressadinho assim por qual motivo, Jimin? Faz as merdas e depois ainda bravinho!

— Só estou de saco cheio dessa garota. Ela não me respeita, me desafia. — Digo irritado.

— Se acostume, suas ameaças não fazem diferença.

— Ah se fazem. — Olhei para a mesma, que já estava distante. — Uma faz, ou ela nem estaria aqui. Seu pai é seu ponto fraco.

— Ameaçou o pai dela? Está louco?

— Que foi Taehyung? Você já fez coisa muito pior.

Ele ficou quieto e eu olhei para o mesmo, provavelmente eu falei merda

— Todos já fizemos, e... — Falava, mas o mesmo me cortou.

— Não tenta melhorar, Jimin. — Falou e se virou, indo em direção a entrada.

Merda, não devia ter dito isso. Eu e Taehyung brigamos, assim como com todos os outros, mas ele é o mais próximo de mim, somos praticamente irmãos. Ele bravo é uma coisa, chateado é outra.

Balancei a cabeça em negação e caminhei em direção a escola, mas parei e fitei o local por alguns segundos, até decidir não entrar e dar meia volta.

Fui em direção a minha moto e   montei na mesma, colocando o capacete que deixo pendurado no guidão sempre e a ligando.

— Jimin! — Vi Jungkook entrar em minha frente e por suas mãos na moto

— Saia da frente ou te atropelo sem nem pensar duas vezes. — Disse.

O mesmo tirou as mãos e as levantou em sinal de rendição.

Já sei que o meu destino é a casa de Hoseok, e quero conversar com ele a sós, afinal ele, Namjoon e Yoongi são os mais velhos entre nós, e não preciso me estressar com as imaturidades de Jeon ou Taehyung, muito menos com a Sook. Deus, essa garota me irrita tanto.

Parti em direção a casa de Hoseok sem enrolar nem mais um segundo, e cheguei em alguns minutos, já que ele mora no centro da cidade. Assim que cheguei, o vi entrando em sua casa com uma garota ruiva sorrindo e fechar a porta em seguida. Revirei os olhos e parei a mato na frente de sua casa, descendo e colocando o capacete no guidão da mesma.

Andei até a porta e bati com força, mas nada. Repeti o ato e em alguns segundos Hoseok apareceu com o cabelo levemente bagunçado e roupa amassada.

— Vai a merda, tanto horário pra vir e você me vem logo agora? — Falou e se apoiou no batente da porta. — Ta matando aula por qual motivo?

— Preciso conversar. — Falei.

— Minha namorada está em casa, volte outra hora.

Arregalei os olhos e inclinei a cabeça levemente em sinal de dúvida.

— Que? — Falei.

— Namorada. Sabe, quando você tem relacionamento com alguém. — Disse.

— Namorada?

— Na-mo-ra-da. — Disse pausadamente e sorriu.

— Hoseok, se não me quer aqui avise, não precisa mentir.

— Amor...? — Escutei uma voz doce e a ruiva apareceu descendo as escadas.

Hoseok se virou e olhou para a mesma, que sorriu para nós e acenou docemente. Ela era linda, cabelos com cachos perfeitamente ondulados laranjas, olhos claros e sardas.

— Se olhar pra ela por mais meio segundo eu te teletransporto para o deserto do Saara. — Hoseok disse e eu o olhei. O mesmo me fitava.

— Prazer em conhece-la, posso tomar seu... Namorado... — o olhei. — Por um instante?

— Claro, eu vou subir e tomar um banho para deixa-los a sós. — Sorriu e subiu, nos deixando sozinho.

— Ta vendo? Eu poderia estar lá tomando banho com ela, mas to aqui com um vagabundo que mata aula.

— Eu fiz merda, Hoseok. — Falei e o olhei. — E uma garota ta fazendo parte disso.

— Engravidou uma humana!? — Falou.

— Não! Cacete onde está com a cabeça? E não vai me deixar entrar?

Ele abriu espaço e eu entrei, ja indo em direção a sala. A casa de Hoseok é grande, muito grande. O estilo é muito clássico, mas eu moraria aqui sem nem reclamar. Me sentei no sofá, e o mais velho fez o mesmo.

— Eu defendi uma humana. — Falei e olhei para o mesmo, que me olhou preocupado. — Ela viu meus olhos e em resumo, ela sabe sobre nós. Ela vai ficar na casa principal conosco aos finais de semana, e fica comigo e Taehyung nos dias de aula. Ela tem medo de nós e...

— Defender um humano? Pra que você faria isso, Park? — Me cortou. — Você é o que mais odeia humanos entre nós.

— A garota me lembrou ela, ok!? — Falei estressado e Hoseok ia falar algo, mas suspirou e coçou a cabeça. — Me lembrou aquele dia, Hoseok.

— Park, tem que esquecer o que houve com ela. Já fazem 17 anos.

— Pra quem está vivo a 180 anos, isso não é nada Hoseok.

— Não foi sua culpa, nem a do Jin.

Jin... Eu não o vejo desde o acidente.

— Ela morreu por motivos sinceros e puros. Ela era pura assim como Jin e não podemos julga-los por serem o oposto de nós! — Ele disse.

— Chega Hoseok. — o cortei. — Eu não quero falar sobre os dois.

O mesmo suspirou e se apoiou no encosto do sofá.

— Precisa superar isso. — Falou e se levantou, indo para a cozinha. — É por causa desse trauma que nos mudamos constantemente.

— Meu trauma não foi só por conta do Jin, Hoseok. — o mesmo parou. — Você sabe que ela...

— ELA AMAVA O JIN, PARK. — Gritou e me olhou. — ELA SE SACRIFICOU POR TODOS NÓS, PORTANTO ELA MORREU.

Olhei para o chão e senti minha respiração ficar pesada.

— ELA ESCONDIA ALGO DE NÓS E VOCÊ SE ARREPENDE POR ACHAR QUE NAO ERA PRÓXIMO O BASTANTE PARA PROTEGE-LA. — Berrou. — Mas ela não queria ser protegida. Ela queria lutar.

O mesmo me olhou por alguns segundos e foi para a cozinha, me deixando sozinho.

E eu queria ter lutado por ela. — Falei.



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