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História How Can I Say - A girl's fault


Escrita por: ChanyeolFGod

Notas do Autor


Olha quem voltou \o/
Eu estou de volta com mais um capítulo e espero que gostem <3

Fernanda: Chou Tzuyu
Joseph: Chu Sung Hoon
Anne: Kang Jiwoo
Dylan: Hyungwon
Elizabeth: Jeon Miseon

Capítulo 3 - A girl's fault


Fanfic / Fanfiction How Can I Say - A girl's fault

Lá estava ela, deitada numa cama depois de mais uma noite igual a todas as outras. O homem que estava ao seu lado acabara de sair pela porta. A jovem menina escutava a conversa do lado de fora, onde basicamente negociavam o preço de seu corpo. Doía seu coração ouvir seu próprio pai botar um preço na filha e a vender para um homem qualquer que tinha dinheiro e estava frustrado com a vida, procurando algo para o satisfazer. Ela olhava para o teto coberto por espelhos, olhando para o próprio rosto pensando o que ela tinha feito para merecer tudo isso que passava.

                Fernanda Rainier acabara de fazer 18 anos mas isso não queria dizer que ela era nova no ramo. Seu pai, Joseph Rainier a obrigava a se prostituir desde nova, quando tinha apenas 15 ele a disse que precisava fazer dinheiro e a arrastou para aquele lugar podre e estragador de sonhos, sem poder nem ficar com o dinheiro. Joseph era um homem que não se importava com os outros, tendo seus benefícios ele estava feliz. Ele era um homem infeliz, que tratava a filha como lixo desde que perdeu sua esposa no parto de Anne, sua irmã mais nova, que atualmente tem 10 anos.

                Fernanda sentou-se na cama e olhou para os lados, arrumando o cabelo e procurando suas roupas no chão. Avistou-as e pegou cada peça, logo se levantando para coloca-las em seu corpo nu. Depois de colocar cada peça de roupa, Fernanda foi até a porta e a abriu, saindo do quarto depois de apagar a luz colorida e baixa do quarto. Desceu as escadas e encontrou seu pai com dinheiro em suas mãos, olhou com certo desgosto e apenas seguiu reto, mas seu pai a segurou pelo braço e a puxando, fazendo ela olhá-lo.

                - Fez um bom trabalho com o homem, até deu dinheiro a mais. – Joseph olhou Fernanda com um certo orgulho. – Deve ser boa no que faz. – Nesse momento Fernanda sentiu uma extrema vontade de cuspir na cara do pai.

                - Não preciso de comentários maldosos. – Fernanda disse com desgosto. – Sei bem o que faço e não deveria ser um orgulho para um pai ver a filha numa situação dessa. – A menina soltou a mão do pai de seu braço. – Deveria sentir nojo de si mesmo, porque é isso que eu sinto de você. – Olhou na cara do pai, jogando o que queria dizer.

                Fernanda se virou e seguiu andando até a porta de entrada daquele lugar obscuro, vendo todas aquelas meninas dançando e se pendurando em postes enquanto homens de todas as idades as olhavam e desejavam uma noite com elas. Ela deixou o local, logo indo até o ponto de ônibus para ir para casa e finalmente ter o descanso que merece. No caminho até o ponto, Fernanda recebia vários olhares de homens e mulheres, alguns olhares maldosos de desejo e alguns de desgosto de pessoas que não viam seu sofrimento. Ela usava um vestido simples porém bonito, era preto e desenhava muito bem suas curvas, o sapato era alto e vermelho enquanto a maquiagem não muito exagerada mas bem trabalhada nos olhos.

                Chegando em casa, Fernanda trancou a porta da frente e se jogou no sofá, dando um profundo suspiro. Estava tudo escuro, só o brilho da televisão iluminava a sala, até que uma forte luz chegou aos olhos de Fernanda, a deixando um pouco tonta. Quando olhou para o outro lado da sala sua irmã estava lá a olhando com um olhar sonolento e com seu pijama de ursinhos, andando na direção de Fernanda.

                - Demorou para chegar hoje. – Anne comentou, sentando em seu colo.

                - Eu sei, querida. – Fernanda disse mexendo nos cabelos da irmã. – Foi um dia cheio. – Fernanda soltou mais um suspiro longo.

                - Não gosto de te ver assim. – Disse a irmã.

                - Eu não gosto de me ver assim também. – Foi naquele momento que Fernanda parou para perceber algo aterrorizante. Fernanda foi feita de escrava sexual por vários homens e se ela não fizesse nada sua irmã seria a próxima, ela não poderia deixar isso acontecer. – Anne, faça suas malas, você vai para a casa da nossa tia. – Fernanda disse um pouco desesperada.

                - Tá bom. – Disse saindo de cima do colo da mais velha, indo fazer suas malas.

                Fernanda pegou a chave de um dos carros de seu pai, colocou a irmã no carro e dirigiu até a casa de sua tia. No caminho ela só pensava em correr logo, enquanto sua irmã observava as ruas de Saint-Tropez, notando como a cidade estava bonita. Chegando na casa da tia ela recebeu as duas com o maior carinho, porém Fernanda não ficaria. A mais velha deixou Anne na casa da tia e entrou no carro, indo embora para casa ainda preocupada com o futuro de sua pequena irmã, ainda uma menininha indefesa. Em casa, Fernanda trocou de roupa e novamente deixou a casa, usando uma calça preta, botas pretas e um suéter igualmente preto. Passou em uma loja de materiais construção e comprou algumas coisas que precisaria para a defesa de sua irmã e para sua vingança.

                Dirigiu até o cabaré onde seu pai estava e entrou pela porta de trás. O tempo foi passando e Fernanda continuava dentro de um quarto qualquer, esperando todas as mulheres irem embora. Depois da saída de todas, ela vestiu suas luvas, pegou um taco de beisebol e foi na direção da entrada do lugar, lá encontrando seu pai virado de costas para ela, mexendo em alguns papeis em uma mesa. Andou até o homem, apoiou o taco no chão e olhou para cima fechando os olhos e sussurrando:

                - Me desculpe, Elizabeth, eu não posso mais continuar assim. – Fernanda disse baixo mas foi o suficiente para seu pai ouvir e virar para trás. Viu a filha parada perto de suas costas e bufou, a menina irritada com a arrogância do pai bateu com o taco em suas costas, fazendo ele cair e gemer de dor. – Elizabeth, está me escutando? – Fernanda gritou. – Estou fazendo isso por sua filha. – Falou um pouco mais baixo, com uma lágrima nos olhos.

                O pai de Fernanda a olhou assustado perguntando-se o que a filha faria em seguida, e então a garota determinada segurou o taco com mais força, erguendo-o de novo e levando ao encontro das costas do pai mais uma vez.

                - Está vendo como dói?! – Gritou Fernanda, sem nem hesitar. – Está vendo como dói ter alguém te machucando enquanto você está completamente indefeso?! – Ela continuava perguntando alto ao pai. – Pois agora você vai entender a dor que eu sinto. – Ela ergueu o taco e o olhou mais de perto. – Todos esses anos colocando a culpa em Anne e em mim pela morte da nossa mãe e pela sua amargura. – Apontou o taco na cara do pai. – A morte da Elizabeth não é culpa da Anne e muito menos minha. – Ameaçou bater o taco na cara de Joseph. – A culpa da sua amargura é sua, que não sabe que na vida essas coisas acontecem. Você é um velho amargurado que não pode seguir em frente, por isso faz a vida dos outros um inferno. – Fernanda gritou as duas últimas palavras e cuspiu na cara do velho homem.

                Fernanda então segurou o taco um pouco mais forte, pegou impulso e bateu com o taco na cara do pai, fazendo-o cuspir sangue. A garota não havia se contentado e bateu mais uma vez, e mais outra e mais outra, logo matando Joseph, o próprio pai. Fernanda então foi andando até a porta dos fundos do local, que dava numa pequena rua sem saída escura. Lá ela acendeu uma fogueira e começou a queimar suas luvas, suéter, calça, botas e logo jogou o taco no fogo. Ali na rua mesmo ela vestiu outras roupas, apagou o fogo e foi embora para casa. Já era 5 horas da manhã e Fernanda estava mexendo em seu computador, procurando o avião mais rápido para ir para os Estados Unidos. Achou um que sairia as 8 da manhã, então rapidamente fez suas malas e correu para o aeroporto.

                Esperou um pouco até seu voo ser chamado e quando foi chamado correu como se sua vida dependesse daquilo, entrando logo no avião. Ela olhou para o lado e tinha um homem muito bonito vindo em sua direção, logo sentando na cadeira ao lado. Fernanda ainda mantinha os olhos cheios de nervosismo e o homem não pôde não notar.

                - Fugindo da prisão? – O homem perguntou num tom brincalhão. O homem era alto, magro, belos lábios, cabelos castanhos claros e perecia ser um modelo.

                - Não. – Respondeu assustada. – Fugindo do passado. – Completou.

                - Sei como é. – Riu, e como era uma risada linda. – Sou Dylan. – Estendeu a mão para a menina.

                - Fernanda. – Apertou a mão do garoto, finalmente soltando um sorriso.

                - O que vai fazer em Las Vegas? – Perguntou virando-se totalmente para a menina.

                - Nada de especial, não tenho cronograma, é mais uma viagem de última hora. – Fernanda disse olhando para os olhos do garoto.

                - Olha, eu estou indo passar minhas férias lá, vou estar bem desocupado, porque não me liga e fazemos algo juntos? – Falou e levantou uma das sobrancelhas.

                - Parece uma boa ideia. – Ela disse sorrindo.

                Dylan então deu seu número para a garota bonita e conversaram por um tempo, descobriram várias coisas um sobre o outro e vários interesses em comum. O resto da viagem foi tranquila e logo o avião pousou, acordando Fernanda, que dormiu na última hora do voo. A jovem então saiu do avião e olhou em sua volta, analisando o lugar.

                - Será um novo começo para você, Fernanda. – Disse para si mesma indo na direção da saída.


Notas Finais


O que acharam desse capítulo? O que acham que vai acontecer com Fernanda em Las Vegas? Me digam o que acham. Beijos e até o próximo capítulo <3


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