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História How deep is your Love? - Nada a perder


Escrita por: kawaiimayumi

Notas do Autor


Eooo

Capítulo 7 - Nada a perder


Chegamos ao colégio. “Eu tenho que achar aquele menino e perguntar a ele quem me escreveu aquela carta” lembrei no momento em que passei no portão da escola.

- Mark, a gente se vê na sala? Preciso procurar uma pessoa.

- Ah, OK.

Não me lembro muito do rosto do menino, mas acho que consigo identificá-lo. Depois de um tempo procurando em volta, acho-o com outros meninos de skate. Vou até ele, não sei como perguntar. Estou com um pouco de vergonha, mas tenho que criar coragem. Eu não posso simplesmente ignorar aquela maldita carta, tenho que descobrir quem a escreveu.

- Ah, oi. - Chamo-o a atenção.

- Oi. Você é a menina da carta, né?

- Sim, e.. Eu queria falar com você sobre ela. Quero saber quem a escreveu.

- Bom.. É que ele me pediu pra não contar.

- É que aquilo foi muito estranho. Ele praticamente disse na carta que me conhece mais do que eu mesma, eu fiquei assustada. Só quero saber quem ele é.

- Tá bom. Eu não gosto muito do cara mesmo. O nome dele é Raul, é da sua sala, e é um dos caras mais babacas da escola. – O que?! O cara que rasgou a minha tarefa e quase me fez morrer é o meu admirador secreto?!

- Mas ele tirou sarro de mim no meu segundo dia de aula! Ele rasgou a minha tarefa!

- Bom, parece que ele se importa.

...

A aula foi de boas. Tirando o fato de eu ficar encarando Raul pra ver se ele fazia alguma coisa. Ainda não acredito que ele me fez aquela carta! Ele é o maior babaca, e ainda ofendeu o Mark. Com certeza não gosto nem um pouquinho dele.

Encontro com Mark na saída. Ele me pergunta sobre o meu dia.

- Lo, com quem você foi falar de manhã?

- Ninguém importante. Mas, como foi o seu dia?

P.O.V. Mark

Eu continuo querendo saber com quem ela foi falar. Fiquei um pouco magoado de ela não ter me contado, mas, o que eu posso fazer? Ela não tem nada a ver comigo e eu não posso simplesmente querer que ela me fale alguma coisa, eu não sou o pai dela.

Eu ainda quero saber. Droga. Tenho que desencanar logo disso. Vou pedir a Richard para me levar logo a alguma dessas festas. Estou até um pouco empolgado com a ideia de conhecer uma nova mulher, talvez.

Deixo Lóris em casa e vou para o meu apartamento. Começo a refletir melhor se deveria realmente pedir a Richard, mas penso melhor, e.. O que eu tenho a perder? Se não der certo, tudo bem, eu tento novamente.

Pego o meu telefone e procuro o número de Richard entre os contatos, e o envio uma mensagem.

Mensagem on

Mark: Richard, eu tava pensando aqui e queria te pedir para me levar em uma dessas suas festas.

Richard: Sério? Eu sempre te convido mas você nunca aceita. Por que isso de repente?

Mark: Porque eu acho que está na hora de desencanar dessas coisa toda. Você poderia me apresentar alguma de suas amigas.

Richard: Você é bem direto, mas OK, te apresento sim. Até porque eu também acho que você deveria gosta de alguém que esteja mais perto de sua idade, se é que me entende.

Mark: Idiota.

Richard: Só estou rindo da sua cara.

Mark: Vai me levar ou não?

Richard: Levo sim.

Mark: OK

Richard: Não vai nem me agradecer?

Mark: OK, obrigado.

Richard: Kkkkkkk.

Mensagem off

Não sei como sou amigo de Richard. Bom, o importante é que eu vou para a festa, mando mensagem para ele mais tarde perguntando quando é. Mas por enquanto, decido dormir um pouco, minha cabeça está muito cheia.

P.O.V. Lóris

Estava pensando, aquele garoto de hoje, ele até que é bonitinho. Será que... Eu deveria me aproximar? Talvez Sim, não tenho nada a perder mesmo. E é um fato que eu tenho que arranjar amigos aqui, não posso ficar o dia inteiro atrapalhando Mark, tenho que conhecer novas pessoas.

De tarde, depois do almoço, sinto uma vontade de tomar alguma coisa. Será que tem alguma cafeteria aqui por perto? Queria um cappuccino. Então, tomo banho e me arrumo para sair, mas antes, deixo uma mensagem para Mark falando que saí, pra depois ele não ficar preocupado comigo.

Saio de casa e pego um ônibus para o centro, com sorte eu encontrarei alguma coisa.

...

Depois de um tempo procurando, acho uma cafeteria muito bonitinha, ela tem um estilo meio hipster, digamos assim, um pouco tumblr. Entro e vejo como é mais lindinha por dentro, e todo mundo que está aqui é bonito, meu Deus.

Sento em uma mesa onde já tem um cardápio e dou uma folheada nele. Até que enfim, acho o meu divino Cappuccino. Uma moça vem em minha mesa e eu faço o meu pedido. Quando ela vai embora, olho melhor em volta. Ele está lá! O menino de hoje está lá! Com seu skate ao lado da mesa. Será que eu falo com ele? Talvez seja melhor eu fingir que nem o vi, não tenho coragem o suficiente.

Mas antes que eu pudesse notar, ele me olha, e dá um sorrisinho. Seu sorriso é lindo, acho que fiquei tão contemplada com ele que acabei sorrindo de volta. Então, ele levanta da cadeira, pega o seu skate e vem em minha direção. Eu entro em pânico, obviamente, mas quando vi, ele já estava sentado em minha mesa

- Oi, menina da carta.

- Oi, menino do skate. – Pareço confiante, mas tô morrendo.

- Nunca tinha te visto aqui, e eu sempre venho aqui.

- Bom, eu queria visitar lugares novos, então vim parar aqui.

- Acho que não fomos apresentados devidamente. Meu nome é Charlie. – Esse menino é bem charmoso, tem carisma.

- O meu é Lóris. – Nessas horas eu penso como é ruim ter um nome estranho. – Mas pode me chamar de Lo, que é um pouco mais normal.

- Eu gosto de Lóris, é diferente, mas se você quiser que eu te chame assim, tudo bem.

- É que quase ninguém me chama de Lóris, é um pouco esquisito.

- OK, Lo. Gostei do seu cabelo, é diferente.

- Você gosta de tudo o que é diferente, né? Pelo menos eu acho que sim.

- Você está certa. É que eu não vejo graça em coisas que todo mundo gosta... Posso tocar? – Ele pergunta apontando pro meu cabelo, faço que sim com a cabeça, adoro quando as pessoas pegam no meu cabelo.

- É macio... – Enquanto ele acaricia o meu cabelo, meu corpo se arrepia inteiro.

- Eu cuido ao máximo dele.

- Todas as meninas de cabelo colorido que eu já não cuidam, só tavam o “foda-se” e falam “cabelo cresce de graça mesmo”.

- Eu não vejo assim. Porque cabelo não cresce de uma hora pra outra, e eu gosto de cuidar, me sinto bem assim.

- Você é a primeira pessoa que eu conheço que se sente bem tendo responsabilidades. Eu acho um saco cuidar das coisas, menos do meu gato, dele eu cuido.

- Ahh! Você tem um gato?? – Talvez eu tenha pirado um pouquinho, só um pouquinho, nada demais. – Como ele é? Eu adoro gatos. – Quando falei isso, percebi que nunca tinha visto o gato de Mark, eu gostaria de ver.

- Bom... Ele é doido. Tipo, bem doido mesmo, no nível pular na cara das pessoas quando elas passam.

- Esse é o melhor tipo de gato, na minha opinião.

- Sim! Eu não entendo as pessoas quando abandonam um bichano assim.

- Eu também. Como elas podem não gostar de uma coisinha desse jeito.

- Você tem um gato?

- Infelizmente, não. É que eu acabei de me mudar pra cá.

- Mudou de casa, né?

- Não, de país, eu morava no Brasil.

- Brasil? Sério?

- Todo mundo fala que eu não pareço nada uma brasileira, só porque eu não sou morena.

- Sim, estereótipo é foda. Mas como era lá?

- Quente. Não tem outra característica que vem a minha cabeça agora.

- Sério? Como era a sua escola lá?

- Bom, a qualidade de ensino não era tão boa, mas pelo menos eu tinha mais amigos. Aliás, pelo menos eu tinha, porque aqui eu não tenho nenhum.

- Nossa, mas eu achava que você era pelo menos uma amiguinha do Raul, por causa da carta e tals.

- Não, eu odeio ele.

- Mas, eu sou seu amigo agora, né?

- Acho que sim. Ehhh, meu primeiro amiguinho.

- Uma pequena observação aqui: Você é muito fofa! – Ele disse apertando as minhas bochechas. Doeu, mas eu só consegui rir.

...

Ficamos conversando por um tempão, e sério, ele é muito legal, e eu não tô falando isso só porque ele é bonitinho (ele é lindo, na verdade), mas porque ele é muito legal, e ele sabe ouvir as pessoas, isso pra mim é uma qualidade incrível. Ele pediu para me deixar em casa, porque quando vimos, já estava anoitecendo.

- Aqui é a sua casa?

- Sim, você quer entrar?

- Se não for incômodo.

- Claro que não. Vem.

Entramos na minha casa. Ele ficava atrás de mim o tempo todo, acho que estava com vergonha.

- Cadê seus pais?

- Minha mãe tá no hospital.

- Sério? Por que?

- Ela sofreu um acidente de carro a uns dias atrás.

- E seu pai?

- Ele... – A bad voltou.

- Ah, Lo. Me desculpa, eu sei o quanto isso é ruim. – Ele falou se aproximando, estava com vergonha de me abraçar, mas eu queria tanto.

- Tudo bem, você não sabia. – Ele finalmente me abraçou. Tão bom...

Mas nesse momento, ouço a porta se abrir. O meu coração para. Mark está parado na porta, nos olhando.

- Professor Mark? O que está fazendo aqui?

- Charlie! A pergunta é, o que você está fazendo aqui?

- Mark, olha.. – Eu me manifestei no meio daquela bagunça toda. – Eu o encontrei na cafeteria e ficamos conversando por um bom tempo, e quando deu a hora de ir embora, ele se ofereceu para vir me deixar, porque já estava anoitecendo. Foi só isso.

- Mas, por que ele entrou? – Eu acho que ele tá com raiva, só acho mesmo, porque certeza eu não tenho de nada.

- Eu o convidei. – A expressão no rosto dele mudou. Puta que pariu. Ele tá puto.

- OK. Eu vou sair. – Fodeu.

- Lóris. O que foi isso? – Charlie me pergunta com os olhos arregalados.

- Mark está cuidando de mim enquanto minha mãe está no hospital. Me desculpe por isso.

- Não, tudo bem. Acho melhor eu ir embora.

- O que? Por que?

- Você quer que eu fique?

- Sim. – Eu disse com um brilho nos olhos. Mesmo depois da demonstração de raiva de Mark, eu ainda quero ficar mais um pouco com Charlie.

- Está bem.



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