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História How I Met A Angel !!! - Iii


Escrita por: netfeellix

Capítulo 3 - Iii


Mais de quatro meses haviam se passado e muita coisa aconteceu. Quando fui diagnosticado com depressão e transtorno de personalidade boderlaine meu médico disse que escrever seria uma coisa boa, colocar para fora tudo que eu estava sentindo quando eu não conseguia falar ia me fazer sentir melhor e eu realmente melhorei quando comecei a escrever. Isso também fez com que eu começasse a colocar na internet todas as histórias que eu escrevia fez com que eu me tornasse conhecido no mundo das histórias e a uns dois meses uma história minha, para ser mais preciso, a história de como eu conheci Mark ficou muito famosa fazendo até uma editora entrar em contato comigo e dizer que queria publicar a minha história. No mesmo momento aceitei e agora eu estou aqui em uma sessão de autógrafos em uma livraria famosa de Seoul.

- Eu sabia que tudo ia dar certo.

- Eu devo isso a você também. Se não estivesse comigo talvez eu nem estivesse aqui hoje.

- Eu só fiz o que achava ser o certo.

- Obrigado Jaebum.

- Não tem que me agradecer, você que mudou minha vida.

Sorri e o abracei.

Eu nunca havia visto tanta pessoa que me amam num mesmo lugar. Quase chorei com tantas pessoas dizendo que eu havia mudado a vida delas. Se elas soubessem como mudaram a minha também.

 

 

**

 

- Eu estou cansado.

- Imagine eu. Acho que deveríamos comer fora.

- Ah não, vamos para casa.

- Então está bem.

Yugyeom vinha em minha direção sorrindo e de braços abertos.

- Olha a estrela aqui.

- Eu não sou nenhuma estrela. Você já conhece o Jaebum? – Ele não estava do meu lado, sumiu.

- Quem é Jaebum?

- Um amigo, mas ele sumiu, depois eu te mostro ele.

- Então para onde está indo agora?

- Para casa, eu e Jaebum vamos jantar e provavelmente assistir uns filmes.

- Bom eu vou sair com o Bambam, eu disse que iria ter esse cara para mim.

- Pelo amor de Deus quem tem esse nome?

- Eu já disse que o nome dele é complicado, não dá para sair falando o nome dele por ai sem se embolar por isso prefiro o apelido mesmo.

- Entendi.

- Boa saída então.

- Bom jantar com seu namorado fantasma.

- Ele não é meu namorado, nem fantasma.

- Sei.

Yugyeom saiu da minha vista assim que Jaebum chegou.

- Aonde estava?

- No banheiro por que?

- Eu ia te apresentar um amigo meu, mas você sumiu.

- Fica para outro dia.

Fomos para casa e dessa vez o cansaço fez com que pedíssemos comida japonesa. Era a minha comida favorita no mundo e eu não fazia ideia de como Jaebum poderia saber disso, até lembrar que ele era amigo de Mark.

Após o jantar e as coisas lavadas e guardadas, Jaebum e eu deitamos no sofá e ficamos assistindo séries. Eu estava com a cabeça deitada em seu colo e ele fazia carinho na minha mão. Observava a série tão concentrado que eu sorri, achando aquilo muito bonitinho. Fixei meu olhar nele.

- O que foi?

- Obrigada.

- Pelo que?

- Pelo dia de hoje e por todos os outros. Desde que chegou eu tive uma melhora de oitenta por cento. Palavras do Jinyoung.

- Você não tem que me agradecer. Eu só fiz o que achei certo. Se fosse ao contrário teria feito a mesma coisa por mim.

- Sim eu teria. Mesmo assim eu quero te agradecer.

- Então. De nada.

Na manhã seguinte quando acordei no sofá Jaebum não estava lá, olhei no relógio da sala e ele marcava sete e meia, onde ele tinha ido era um mistério para mim. Acabei indo dormir no quarto dessa vez, minhas costas já não eram as mesmas. Naquela manhã havia consulta, acordei as dez e ele ainda não havia chego, resolvi me arrumar e ir mesmo assim, se eu não fosse nessa consulta Jinyoung iria em pessoa me buscar em casa.

O caminho era calmo, ainda mais por ser sábado de manhã, as ruas estavam quase vazias, algumas pessoas passeavam com seus bichinhos e outras faziam exercícios. Era a primeira vez que eu prestava atenção nas coisas que aconteciam a minha volta. As vezes, quando eu ainda estava com Mark, eu me sentia avulso a tudo que acontecia a minha volta, nunca estava animado, nunca queria fazer nada, estava sempre para baixo e triste. Estava começando a perceber que talvez o problema não fosse eu e sim ele. Já que desde que ele se foi e Jaebum chegou, tudo parece mais leve, como se um peso enorme houvesse saído das minhas costas.

Cheguei cedo ao consultório de Jinyoung e fiquei ouvindo música até que ele me chamasse em sua sala.

- Nossa, nem parece que nos vimos no mês passado. Você está bem.

- Eu sei. Jaebum tem me feito muito bem.

- Não vejo a hora de conhecê-lo. Poder agradecer eu mesmo.

- Isso vai acontecer antes do que imagina.

- Assim espero.

Jinyoung me fez várias peguntas, desde como eu me sentia naquele momento, até em como eu me sentia com relação do Mark e até mesmo ao Jaebum e se eu não estava sendo convidativo com Jaebum apenas para que ele contasse para Mark que agora eu estava bem e então eu disse que eu não estava bem por causa da relação que eu tinha com o Jaebum, eu estava bem pelo fato de como Jaebum me fazia me sentir.

No final da consulta Jinyoung havia diminuído minha dose de antidepressivo e eu já não precisava mais comprar calmantes.

Eu só queria chegar em casa e rezar para que Jaebum estivesse em casa. Eu queria vê-lo. Caminhava calmamente pela cidade quando passei em frente uma loja, ela tinha um par de meias listradas vermelhas e eu sabia que Jaebum iria adorar, entrei e as comprei. Continuei meu tour pela cidade e estava quase chegando no apartamento quando encontrei com Mark, pela direção que ele vinha estava voltando da casa de Jackson. Ele até fez menção de atravessar a rua, mas eu fui mais rápido.

- Oi Mark. – Sorri alegre para ele amarrando minha blusa na cintura.

- Oi... Jae.

- Como vai?

- Eu vou bem e você?

- Ótimo. Acho que desde que terminamos essa é minha melhor fase.

- Vejo que está de manga curta. Nunca usava, lembro que tinha vergonha.

- Sim eu tinha. Mas agora eu entendo que elas são marcas de uma luta que eu tive que enfrentar e que felizmente sai vitorioso.

- É bom ver que está se curando. Acho que deveríamos tomar algo um dia desses.

- Eu acho que não. Acho que ainda tenho muito para melhorar e não posso melhorar se o causador dos meus maiores surtos estiver ao meu lado.

- Você que sabe.

- É, eu que sei. Bom, acho que vou indo. Comprei uma coisa para um amigo e não vejo a hora de ver a carinha dele.

- Um amigo?

- É. Ele é seu amigo também. Jaebum.

- Jaebum?

- Sim. Eu tenho que ir Mark. Tchau.

Deixei ele para trás e entrei em meu prédio, não queria ir de elevador iria demorar demais, eu queria ver Jaebum logo por isso subi correndo de escadas.

Entrei em casa como uma bala e sorri quando ouvi o barulho das panelas na cozinha, entrei com tudo e assustei Jaebum que quase deixou cair a panela com todo o Kimchi no chão.

- Que susto. – O abracei.

- Tudo bem?

- Sim. Por que toda essa alegria?

Ainda estávamos abraçados, mas agora Jaebum segurava minha cintura.

- Hoje eu tive consulta. E eu não preciso mais tomar calmantes.

- Que bom. – Ele me apertou. – Eu sabia que iria conseguir. Temos que comemorar.

- Eu já estou comemorando.

- Como assim.

O beijei. Ao contrário do que imaginei, não me senti errado muito menos culpado por beijar o amigo do meu ex, na verdade naquele momento eu não estava nem ai para Mark eu só queria ficar beijando Jaebum até não conseguir mais.

- Por que me beijou?

- Porque eu gosto de você.

- Sério? – Seus olhinhos brilhando fizeram meu dia ficar ainda mais feliz.

- Sim. E eu quero te agradecer outra vez.

- Não precisa.

- Te trouxe um presente.

- O que é?

- Um par de meias.

Jaebum correu para a sala para ver o presente e as colocou na mesma hora. Ele era apaixonado por meias, e ficava muito fofo com elas.

- Muito obrigado, eu amei.

- Eu sabia que era sua cara mesmo.

Ele sorriu e me abraçou.

- Se eu não estivesse cansado ia te chamar para sair, comer alguma coisa, mas eu só quero um banho e minha cama.

- Vai me deixar sozinho?

- Acho que agora a cama é nossa.

Ele sorriu e fomos tomar banho.

Jaebum mexia os pés com as meias novas e sorria em minha direção.

Desde que ele veio para cá ele estava dormindo no quarto que Mark usava para deixar suas coisas do trabalho, não era o melhor quarto do apartamento, mesmo assim Jaebum nunca reclamou e até deu o seu jeitinho para que ficasse do seu agrado.

O abracei de lado e acabei adormecendo com o carinho que ele fazia nas minhas costas. Era tudo tão gostoso e tão real que se eu mesmo me visse a uns meses atrás e dissesse que isso iria acontecer, eu não teria acreditado.

Na manhã seguinte acordei e Jaebum ainda dormia como um anjinho ao meu lado, eu queria me mexer, estava morrendo de vontade de ir ao banheiro, mas e o medo dele acordar? Estava tão bonitinho que eu ia ficar com dó.

- Para de me encarar e vai logo no banheiro.

Pulei de susto e Jaebum abriu os olhos.

- Como sabia que eu estava com vontade de ir ao banheiro?

- Eu só sei. Agora vai, eu vou fazer o café.

Me sentei na cama e fiquei observando Jaebum sair do quarto. Me sentei no chão e puxei a caixinha onde guardava minhas navalhas, abri a caixa no mesmo momento em que Jaebum voltou para o quarto, ele me olhou e murchou o sorriso que trazia consigo.

- O que está fazendo? – Olhei para ele sorrindo.

- Acho que está na hora de me livrar disso aqui também. E disso.

Embaixo da cama ao lado da caixa das navalhas havia uma caixa com todas as minhas fotos com Mark, observando-as eu via que a muito tempo já não estávamos felizes. Era só questão de tempo mesmo.

- Tem certeza. Não sobre as navalhas, sobre as fotos?

- Tenho certeza sobre tudo, não quero nada do meu passado me prendendo. Agora eu só quero olhar para frente Jaebum.

Ele se abaixou ao meu lado e beijou minha testa. Disse que isso era uma coisa que eu tinha que fazer sozinho e me deixou no quarto.

Me sentei no chão do banheiro e rasguei foto por foto enrolando todas as navalhas nos pedaços para que não cortassem mais ninguém. Ao contrário do que achei, não derramei nem uma lágrima se quer, na verdade a única coisa que saiu de mim foi um peso enorme quando eu joguei tudo dentro de um saco e joguei na lixeira.

Jaebum me esperava sentado na mesa com uma cabeca de café, me sentei ao seu lado.

- Pronto, fiz o que tinha que ser feito.

- Estou orgulhoso de você, mas posso te fazer uma pergunta?

- Pode.

- Não está fazendo isso por mim, está?

- Sim e não. Eu te agradeço muito pelo que fez e pelo que está fazendo, você me ajuda muito nessa caminhada longa, mas eu acho que a maioria dessas coisas eu estou fazendo por mim.

Ele sorriu e tomou o café. Naquele dia arrumamos toda a casa ouvindo música no último volume, aproveitei para trocar as cortinas e deixar a luz entrar, encontrei até uns materiais de pintura que eu tinha quando estava na faculdade, talvez eu voltasse a usá-los.

Quando o sol se pôs eu e Jaebum estávamos jogados um de casa lado da sala. Estava quase dormindo de cansaço quando algo flutuando caiu diante os meus olhos, apanhei e o analisei.

- Jaebum olha o que eu achei.

Ele se virou para mim.

- O que é isso?

- Que estranho, isso é uma pluma, não tenho nada de pluma em casa.

- Deve ter vindo lá de fora.

- Pode ser.

Voltei minha atenção para o sol se pondo na janela e senti o carinho nos meus dedos, fechei os olhos e sorri. 



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