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História How I Met Him. - Capitulo único.


Escrita por: Jhoe-

Notas do Autor


Minha primeira fic, scrr.
Provavelmente vão encontrar alguns erros (ou não), já que deu preguiça de revisar de novo.
Outra coisa, eu não desenvolvi os outros personagens por motivos de: o foco principal é namjin e é um monólogo,enton...
Enfim, boa leitura!

Capítulo 1 - Capitulo único.


Fanfic / Fanfiction How I Met Him. - Capitulo único.

   EU ME ESQUECI DE COMPRAR O PRESENTE DELE! 

   MERDA, MERDA, MERDA! 

   — Alô, é da floricultura? Eu gostaria de encomendar um buquê de flores para hoje. Todas precisam ser rosa, independente do tipo. Pode misturar várias, não tem problema. Daqui a pouco eu passo pegar. Obrigado.

   Ouvi algumas batidas na porta e mandei entrar. 

   — É seu marido Namjoon, tá perguntando que horas vai ser o jantar e se você vai buscar ele. 

   — Peça desculpa para ele por eu não poder atender agora. A reserva está feita para ás 19h30 e eu busco ele. 

   — Ok. — fechou a porta e saiu.

   Se alguém me dissesse que eu conheceria o amor da minha vida logo no meu primeiro ano de faculdade, eu socaria a cara da pessoa e a mandaria para um sanatório. 

   Lembro-me como se fosse ontem. Início das aulas, eu estava realmente animado para começar minha tão sonhada faculdade de música. Cheguei à universidade e avistei algumas barracas e o conselho estudantil dando as boas vindas aos calouros, porém me perdi por alguns segundos observando alguém em particular. 

   Eu estava encantado com aquele garoto, era talvez o mais lindo que já vi em toda a minha vida. 

   Seus cabelos loiros o deixavam bem atraente e o sorriso estampado naqueles lábios lindos era esplêndido.  Era atencioso com todos ao seu redor. Ele emanava doçura, e tudo isso distribuído em um belíssimo corpo um pouco mais baixo que o meu, e olha que eu sou bem alto. 

   Nunca fui tímido, mas eu estava visivelmente nervoso. Queria falar com aquele garoto, mas quando olho novamente para ele vejo seus lindos olhos escuros me encarando de volta.

   Senti minhas bochechas esquentarem e rapidamente desviei o olhar seguindo em direção ao anfiteatro para a recepção.

   Eu estava agindo de forma estranha, concordo, mas não conseguia tirar aquele sorriso da minha cabeça e o olhar que ele me lançou foi tão... Curioso. 

   Precisava me recompor e parar de delirar. Talvez aquele garoto não fosse nem bissexual quem dirá gay. 

   Após assistir a todas aquelas palestras chatas, fui para meu apartamento não muito longe dali. Ainda precisava desfazer minhas malas e comprar comida para meu gato. 

 

   Chegando à portaria, encontro aquele garoto novamente. Agora ele conversava animadamente com o porteiro e pareciam bem íntimos. Passei direto e segui meu caminho. Foi difícil ignorar meus batimentos acelerados.

   Perdi tempo demais procurando minha chave naquela bagunça que eu chamava de bolsa e quando abri a porta meu gato resolveu sair correndo e pular em cima de mim. 

   Pois é, eu tinha um gato que não agia como tal. Talvez por ter sido criado com cachorros ele tenha pegado o costume de sempre esperar na porta. 

   Ouvi uma risada doce e quando olho para o lado, aquele garoto estava parado em frente à porta ao lado da minha. 

   — Você tem um gato bem diferente, e ele é lindo também. Qual o nome? 

   — O Sook sempre me recebe desse jeito, como se fizesse anos que não nos vemos. — ele riu novamente. Ah, como eu tinha adorado aquela risada, mesmo sendo um pouco estranha.

   — Que indelicadeza da minha parte. — estendeu a mão para mim. — Meu nome é Kim Seokjin. Sou o vice-presidente do conselho estudantil, então quando precisar pode pedir minha ajuda calouro. 

   — Kim Namjoon. — apertei sua mão e ele me ajudou a levantar. — Pode deixar.

   — Tenha uma boa noite Namjoon.

   — Igualmente... Seokjin. — sorriu e entrou. 

   Eu podia sentir meu coração querer saltar para fora do meu peito. Que sorte ter ele como vizinho. 

   No dia seguinte, Seokjin me apresentou a faculdade inteira e eu conheci alguns amigos dele. 

   Hoseok e o calouro Taehyung, que cursavam artes. Conheceram-se ali na faculdade também e estavam "enrolados". 

   Seokjin estava no segundo ano de culinária. Adorava cozinhar e pretendia abrir seu próprio negócio.

   Acabei conhecendo o Yoongi e Jimin, calouros de música também e Jungkook, calouro de administração, e devo admitir que ter juntado essa galera não foi uma ideia muito boa. 

   Veja bem, Hope e Taehyung mais brigavam que se pegavam depois de um tempo. Suga tinha uma queda por Hoseok e parecia que era recíproco. Depois que os palhaços terminaram, Suga e Hope começaram a se pegar (muito). Taehyung acabou conhecendo outro calouro, chamado BaekHyun e eles passaram a ficar, mas o clima ainda era tenso entre V e Hope, que sempre se alfinetavam. Jimin e Jungkook, pois é, depois de tanto brigarem e se odiarem, começaram a namorar e estavam mais sérios do que nunca. 

   No início foi difícil, as amizades eram complicadas e sempre sobrava para eu resolver algo envolvendo aquelas pestes, mas no meio de tudo isso surgiu algo muito bom e agora somos um grupo muito unido. Depois de um ano, eu era o único solteiro ali. Eu pegava um ou outro durante as festas, mas nada muito alarmante. 

   Mesmo que minha amizade com Seokjin tenha crescido bastante no decorrer daquele ano, não passava disso. 

   Aquela admiração que eu sentia quando o conheci estava mais forte do que nunca e quanto mais eu o conhecia, mais gostava dele. Era incrível como ele era lindo tanto por fora quanto por dentro. 

   Pena que o namorado idiota dele não o dava o devido valor e respeito. Traia sempre que podia e menosprezava tudo que o loiro gostava de fazer. Mesmo que ele sempre sorrisse, eu podia ver o quanto ele estava machucado e eu queria poder protegê-lo daquele babaca. 

 

   Passamos as férias de fim de ano juntos, já que ninguém pretendia voltar para casa. Devo admitir, foi o melhor natal que já tive, nos divertimos tanto que não consigo nem me lembrar de outro dia que tenhamos rido daquele jeito.

   A festa da faculdade não foi das piores, mas só fomos porque Yoongi nos obrigou. Naquele dia, Seokjin e o namorado terminaram após brigarem feio. O loiro viu o cafajeste fodendo com um garoto no banheiro e não parava de chorar. 

   Vê-lo daquela forma fez com que eu sentisse uma raiva imensurável e meio sem pensar eu apenas parti para cima daquele desgraçado. 

   Por alguns segundos eu não enxerguei nada. Nem a dor e o sangue em meus punhos fizeram com que eu parasse. Apenar parei quando senti um par de mãos me puxando para trás. 

   — NAMJOON!!! — Seokjin soluçava de tanto chorar. Eu o encarei e a única reação que tive fora o abraçar, deixando que suas lágrimas rolassem. 

 

   Agora na enfermaria, o loiro que já não chorava tanto tratava das feridas em minhas mãos. Aquele silêncio não era de todo desagradável, mas ainda assim tive que dizer algo.

   — Eu sinto muito. — ele me olhou surpreso e apenas revelou um sorriso de lado. 

   — Acho que tá tudo bem. Obrigado Namjoon. — sorriu. Eu queria preservar aquele lindo sorriso em seu rosto para sempre. 

   Enquanto eu acariciava sua bochecha, limpando algumas lágrimas que insistiam em escapar, ele me fitou e aqueles olhos ainda marejados se fecharam ao passo que nossas bocas se aproximavam cada vez mais, até que se tocaram enfim. 

   Sua boca era tão macia e, mesmo tendo sido apenas um toque, meu corpo inteiro se arrepiou e vê-lo corado daquela forma só me fez ter mais vontade de agarrá-lo. 

   — Jin, você é a pessoa mais maravilhosa que existe e canalha nenhum merece que você chore por ele.

   — Eu pretendia terminar com ele. Sabia de suas traições, mas mentia para mim mesmo dizendo que ele ainda gostava de mim. Sei que sou bobo, mas agora chega. 

   — Chega de fazer papel de trouxa. — rimos baixo. — Vamos voltar, os meninos devem estar preocupados. 

   — Obrigado mais uma vez. Nunca pensei que alguém bateria em outra pessoa por minha causa. 

   — Pensei que você ia dar uma de puritano dizendo que é errado bater nas pessoas. — provoquei.

   — Sim, é errado, mas ele mereceu. Achei foi pouco na verdade, só te tirei de cima dele porque suas mãos sangravam bastante. — eu ri alto com esse comentário. Quem diria que aquele garoto doce gostaria de ver alguém apanhando. 

 

   No início do outro ano, tudo parecia tranquilo. Sem confusões para eu resolver, as coisas entre eu e Jin estavam normais, mesmo depois daquele beijo que a gente preferiu achar que foi coisa do calor do momento. E assim foi por um tempo. 

   Um calouro de culinária estava próximo demais de Jin. Os meninos falavam que era meu ciúme falando mais alto e que ele não estava interessado romanticamente no loiro. Nem eu sei por que estava me sentindo daquela forma, só sei que eu não gostava daquele garoto. 

   — Namjoon, você está exagerando. E outra, eu sou solteiro e posso muito bem me relacionar com quem eu quiser, não acha? 

   — Claro que pode, vá em frente. Fique com ele então. Não me importo. — era mais do que óbvio que eu me importava, e aquela atitude dele me irritava. 

   Não era segredo para ninguém que durante aquele tempo eu havia nutrido algum sentimento pelo mais velho. Às vezes parecia que ele sentia o mesmo, mas continuava confuso. 

   O término com o ex dele o fez mudar um pouco. Ele ficou com algumas pessoas após aquilo e ficava nervoso quando eu estava por perto. Não entendia bem o motivo daquilo, mas ele passou a agir diferente comigo e aquilo me aborrecia, assim como a frequência com que nos falamos apenas diminuía com o passar dos dias.

 

   Depois de um mês, nada havia mudado. Já era quase páscoa e a faculdade fez mais uma festa. Tudo era motivo de festa naquele campus.

   — Namjoon, o Jin tá bêbado lá na festa e tá quase sendo estuprado por uns caras do último ano do curso dele. 

   Nem terminei de ouvir o que Yoongi dizia e já sai em disparada. Corri o mais rápido que pude e quando avistei Jin caído com a blusa rasgada e os rapazes tentando tirar o resto de sua roupa, enfureci-me e desferi um soco no primeiro que alcancei. 

   O rapaz, ainda atordoado, e seu amigo fugiram. Aproveitei a oportunidade para colocar Jin em minhas costas e levá-lo para casa.

   — Namjoonie, o que você tá fazendo aqui? Me solta. — tentou descer das minhas costas, mas estava tão fraco que não persistiu.

   — Estou salvando uma princesa em apuros. Princesa essa que não sabe se cuidar sozinha e atrai todo tipo de problema. Você merece uma bronca Seokjin.

   — Não quero a sua ajuda. Agora me deixa em paz e finja que eu não existo, do jeito que você tem feito. — não consegui responder àquilo. Primeiro porque discutir com bêbado é perda de tempo e segundo porque ele não estava totalmente errado, mesmo que em parte seja culpa dele também.

   Esqueci de pegar a chave do apartamento do Jin, então o levei para o meu. Era ao lado mesmo, que diferença faria.

   Deitei Jin no sofá e busquei um copo d’água para o loiro. Após beber, ele começou a murmurar algo que pude ouvir muito bem, mesmo que tenha sido bem baixo.

   “Me desculpe.”

   Sorri involuntariamente e o abracei, me ajoelhando a sua frente.

   — Pelo quê exatamente? — eu estava abusando um pouco da situação, admito, mas era um momento único e eu precisava aproveitar.

   — Você sabe... Por... Por ter agido como um idiota e... Eu sabia que você gostava de mim. Sou meio lento pra essas coisas, então Hoseok me contou que você estava pensando em se confessar para mim. — eu apenas observava aquilo atônito. — Eu entrei em pânico e te tratei mal. Sinto muito.

   Não pude segurar uma risada e a expressão confusa no rosto do loiro apenas me dava mais vontade de apertá-lo.

   — Você acha mesmo que sou insensível a ponto de me confessar quando você acabou de passar por um término de namoro horrível, sem ao menos te dar a chance de se recuperar? — ele abaixou a cabeça envergonhado e em seus lábios se formou um bico. Tão fofo. — Jin, eu gosto de você, muito mesmo. Você é incrível e eu admiro tudo em você. Eu sinto muito também pelo meu ataque de ciúmes repentino. Não devia ter feito aquilo.

   Nesse mês que não nos falamos muito eu havia constatado o quanto eu gostava daquele loiro e não era pouco.

   — Tá tudo bem. Eu não devia ter namorado aquele garoto só para te deixar enciumado. — ele arregalou os olhos assim que pronunciou aquilo, levantando a cabeça devagar para me encarar, encontrando meu rosto surpreso o fitando.

   — Você é uma criatura diabólica Seokjin. E o pior de tudo é que esse seu plano funcionou, mas agora mesmo eu quero te bater.

   — DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA, INFINITAS DESCULPAS NAMJOONIE. — eu ri do desespero do garoto. Mesmo estando bravo naquele momento eu não conseguia permanecer bravo. — Pode me bater se quiser, eu mereço.

   Assim que fechou os olhos esperando algo, eu levantei minha mão e acariciei seus cabelos bagunçados. O olhar espantado dele me pegou desprevenido e após alguns segundos eu pude sentir a boca de Jin na minha.

   Agora quem estava espantado era eu.

   — Você estava com uma expressão tão linda que eu... Senti vontade de te beijar. — aquele garoto era uma caixinha de surpresas. Eu gostava dele cada vez mais.

   — Jin. — ele me encarou envergonhado. Eu apenas sorri e ele retribuiu.

   Deixei que ele dormisse em minha cama, enquanto eu apaguei no sofá mesmo.

 

   O que aconteceu naquela noite havia sido o início definitivo daquilo que mais tarde eu e Jin chamaríamos de amor.

 

   Era setembro e faltavam apenas alguns dias para o meu aniversário. Eu não tinha intenção alguma de fazer uma festa ou comemorar, e não me lembro de dizer para nenhum dos meninos que dia seria.

   Porém aquelas pestes só podiam estar de brincadeira comigo. Jin conseguiu descobrir o dia do meu aniversário, olhando alguns documentos da faculdade, e contou àquelas pestes. Resultado: 12 de setembro, sábado, houve uma festa surpresa no apartamento do Jin para mim.

   Minha cara de indignação era mais do que óbvia, mas ao ver Jin e os outros tão contentes por me irritarem eu não pude evitar rir também. A alegria deles era contagiante e nem mesmo o mais ranzinza de todos consegue ficar triste perto deles.

   Já que se deram ao trabalho de fazer aquela festa, mesmo que eu não tenha pedido, eu aproveitei o máximo que consegui e foi realmente divertido, mas ao final da festa sobrou apenas para eu, Jin e Yoongi limparmos a bagunça. Jungkook e Jimin foram “aproveitar” o final de semana no quarto e V seguiu o exemplo deles. Yoongi disse que Hope iria fazer uma ligação, mas voltaria logo.

   — Joonie, por que você não gosta de comemorar seu aniversário? — me surpreendi com aquela pergunta. — Não precisa responder se for algo que te incomoda.

   — Meu pai sempre foi o primeiro a me desejar os parabéns no meu aniversário, mas ele morreu em um acidente há alguns anos. Eu era muito próximo dele, então isso me afetou demais e eu acabei perdendo o interesse em comemorar mais um ano perto da morte.

   — Isso é uma forma bem pessimista de se enxergar aniversários, mas não deixa de ser verdade. — disse Yoongi.

   — Sinto muito Joonie.

   — Não tem problema. Eu me diverti bastante. — felizmente consegui tranquilizar Jin.

   Após uns minutos, Hope apareceu e nos ajudou a terminar a limpeza. Eles haviam bebido um pouco demais então emprestei meu apartamento para dormirem. Por sorte eu tinha um sofá-cama e eles ficaram por ali mesmo, já que eu sabia o que aqueles safados pretendiam e não fariam aquilo na minha cama de jeito nenhum.

   Ao voltar para o apartamento do Jin, encontro o loiro parado na porta de seu quarto com um roupão rosa. Estava surpreso com aquilo e curioso para saber no que isso ia dar.

   — Sabe, durante esses cinco meses que nós temos ficado, eu passei a te ver de outra forma Joonie. Eu me surpreendia cada vez mais com a pessoa maravilhosa que você é e... O que eu quero dizer é que... Eu g-gosto de vo-você, m-muito mesmo e eu quero que você se-seja meu... Na-na-namorado. — as bochechas de Jin estavam mais vermelhas que a roupa do Papai Noel e eu estava sentindo um misto de emoções inexplicável, não pude evitar sorrir de orelha a orelha.

   Ainda eufórico, caminhei até aquele cosplay de tomate e ataquei seus lábios com vontade, o prensando na lateral da porta, nos afastando apenas quando o ar se fez necessário.

   — Abra o meu roupão Joonie. — fiz como ele pediu e me surpreendi ao ver que ele estava apenas de cueca. Voltei a encará-lo enquanto em seu rosto se abria aquele maravilhoso sorriso que eu tanto adorava. — Hoje eu serei seu presente. Feliz aniversário.

   Ah, como eu havia esperado por aquilo. Eu ansiava por aquele corpo com todo o meu ser. Não esperei mais nenhum segundo e voltei a beijá-lo na intensidade do meu desejo, que não era pouco.

   Joguei aquele roupão incômodo no chão e coloquei uma das pernas de Jin ao meu redor, que logo entendeu o que eu queria e pulou em meu colo. O loiro passou a me beijar com mais intensidade enquanto suas mãos brincavam loucamente com meus cabelos.

   Eu estava enlouquecendo apenas por beijá-lo.

   Nos separamos rapidamente para tomar fôlego e assim que o beijou se iniciou novamente, Jin desceu e começou a me empurrar, logo me fazendo cair sentado na cama. Sentou-se em meu colo e passou a rebolar sobre meu membro ao mesmo tempo em que suspirava baixo em meu ouvido, me arrepiando por completo.

   Fechei meus olhos, apenas aproveitando aquele atrito gostoso que nossos corpos criavam, só voltando a abri-los quando senti a mão do loiro desabotoando minhas calças.

   — Tão injusto que apenas eu estou seminu. — disse manhoso

   — Você devia estar nu já, isso sim. — provoquei, tirando a blusa que ainda usava.

   Assim que eu estava apenas de cueca também, Jin rapidamente voltou a sentar-se sobre mim, agora me deitando na cama.

   — Ah Joonie, como pode você ser tão lindo. — mordeu o lábio inferior. O olhar de Jin em mim era de puro desejo e aquilo estava me fazendo perder a cabeça.

   Ainda sob os panos, forcei meu pênis na entrada do loiro, recebendo como reposta um gemido alto. Um sorriso largo brotou em meus lábios, mas tão logo deu lugar a um gemido baixo por conta de uma mão curiosa que adentrou minha box e me masturbava devagar indo do falo até a base.

   — Joonie, eu já esperei demais. Não aguento mais. — assim que disse, ele retirou o último pedaço de pano que me cobria e jogou em qualquer lugar, logo começando a me chupar.

   Engolia-me por completo, fazendo rápidos movimentos de vai e vem e de repente parava, apenas lambendo a ponta enquanto me encarava com um sorriso safado nos lábios. Segurei sua cabeça, ditando seus movimentos e não demorou muito para que eu me desfizesse em sua boca.

   Ergueu-se novamente e permaneceu ajoelhado. Sentei-me, retirando aquele pano que atrapalhava. Jin estendeu o braço e alcançou um vidro de lubrificante, em seguida passando em mim e em sua entrada se preparando. O loiro gemia enquanto seus dedos o penetravam e aquela cena estava tão excitante que não me contive e passei a estimular seus mamilos.

   Assim que estava pronto, encaixou-se em cima de mim e desceu devagar. Quando eu estava por completo dentro dele, comecei a masturbá-lo para ajudar a se acostumar com o volume. Soube que estava pronto quando o próprio Jin passou a se movimentar descendo e subindo devagar.

   Eu simplesmente não podia esperar nem mais um segundo. Segurando sua cintura, passei a estocá-lo com mais força, o que só aumentou os gemidos que saiam de nossas bocas.

   — Mais Joonie, eu quero ma-mais. — aumentei a velocidade e a força das estocadas e o loiro precisou me abraçar com mais força para manter o equilíbrio. Seus gemidos em meu ouvido apenas me deixavam com mais vontade de fodê-lo com toda a minha força. — Não precisa se segurar. Eu s-sou... Aaah... O seu presente e vo-você pode... Ah... Fazer o q-que quiser comigo.

   Segurei-o pelas pernas e me levantei, andando até uma poltrona que havia no quarto. Ao sentar-se, o loiro enlaçou suas pernas com força ao meu redor e eu voltei a estocá-lo com tudo que eu tinha. A poltrona balançava e era arrastada até encostar-se à parede.

   — Joonie... — eu sabia o que aquele olhar queria dizer e eu já estava quase no meu limite também. Fora necessário apenas mais algumas estocadas bem fortes para que ele, arqueando as costas, se desfizesse, sujando meu abdômen.

    Coloquei o loiro de quatro, ainda apoiado na poltrona e voltei a estocá-lo até que eu gozasse em seu interior.

   — Jin, isso foi... — sentei na cama ofegante, e a imagem de Jin cansado e soado sentado naquela poltrona a minha frente era sexy demais.

   — Incrível, eu sei. Vem. — estendeu a mão para que eu o ajudasse a se levantar. — Vamos tomar um banho.

   Óbvio que não seria apenas um banho, mas eu apenas o peguei no colo e fomos em direção ao banheiro. Acabamos transando mais uma vez, lógico e assim que saímos do banheiro Jin, ainda nu, parou próximo a cama para secar um pouco seus cabelos. Minha sanidade foi para o espaço ao ver uma expressão pervertida em seu rosto e fodemos de novo, agora na cama. Repetimos a dose na manhã seguinte, mas dessa vez foi no sofá da sala.

 

   — Então agora vocês namoram oficialmente? Já não era sem tempo. — Taehyung ria.

   — Realmente. Só tenho pena dos meus ouvidos que foram obrigados a ouvir os hyungs gemendo no apartamento do Jin noite passada. — reclamou Yoongi.

   — Cala a boca Yoongi. Você não geme baixo então não pode reclamar deles. — eu não via alguém corar daquela forma desde o cosplay de tomate do Jin. Só deu tempo de rirmos enquanto Yoongi enchia Hoseok de tapas.

 

   Não me lembro de muita coisa que aconteceu durante o resto do ano, só algumas festas que bebemos demais e fizemos algumas loucuras nada convencionais, algumas brigas idiotas e um natal sem graça — para os outros — já que cada um foi passar o feriado com a família. A diferença é que Jin passou com a minha família. Nosso namoro estava realmente sério e eu não sentia um pingo de vergonha de exibir aquela princesa para todos, mas o melhor de tudo é que minha mãe o adorou. Meus parentes disseram que eu tive sorte de achar alguém tão maravilhoso quanto o Jin e aquilo apenas me deixava mais feliz.

   — Querido, sua família não está com saudade de você? Por que não foi passar o feriado com eles? — agora que minha mãe mencionou isso, nem se passou pela minha cabeça ter perguntado antes. Sentia-me um insensível.

   — Eu duvido que sintam. — sorriu fraco, mas em seus olhos havia uma certa tristeza. — Mas espero que eles estejam tendo um natal tão bom quanto o meu.

   — Oh Jin, sinto muito se eu disse algo que te chateou. — minha mãe, agora meio desesperada, tentava contornar aquela situação.

   — Está tudo bem nonna, você não fez nada de errado. Não precisa se preocupar quanto a isso.

   Eu e minha mãe nos entreolhamos, acho que ela percebeu que eu não sabia nada sobre aquilo também. Levantei-me e levei Jin até a varanda do meu quarto no segundo andar, longe daquela quantidade de parentes.

   — Não gosto de te ver triste. — acariciei gentilmente aquelas lindas bochechas. Porra, tudo nele era lindo.

   — Não gosto de falar sobre a minha família. Não gosto nem de chamá-los de família, apenas os considero meus progenitores.

   — Você não precisa falar sobre isso se não quiser, ok?

   — Depois de conhecer sua família, eu até me esqueci de tudo que passei na minha. Acho justo você saber, então vou resumir. Meus pais sempre foram muito rígidos em relação a tudo, tanto comigo como com a minha irmã, nunca tivemos liberdade para fazer nada e eles queriam que eu fizesse faculdade de direito, para herdar a empresa do meu pai. Aos dezesseis anos me apaixonei por um garoto e meus pais descobriram e pagaram para ele e sua família se mudarem para o mais longe possível. Depois disso fugi de casa e morei com uma tia até ser maior de idade. Aqui estou eu agora.

   — Caralho, não consigo nem imaginar pelo que você passou, mas fico contente que tenha consegui passar por tudo isso e ainda ser esse garoto maravilhoso que eu amo tanto. — sorri.

   — Você disse... Que me ama? — ele corou violentamente. Aquilo foi tão fofo que eu queria mordê-lo. — Acho que é a primeira vez que você diz com todas as letras que me ama.

   — Jin, eu amo você. Muito. — apertei suas bochechas. — Aish, por que você é tão lindo?

   — Eu também amo você, agora solta minhas bochechas. — ele riu e eu o beijei. Adorava tudo nele, mas principalmente seu beijo. — Eu também te amo, Joonie. Muito.

 

   No ano novo, voltamos para a universidade. Não que houvesse algo de importante para fazer e as aulas não começariam tão cedo também, mas eu queria passar mais tempo a sós com Jin. Ele já estava no quarto ano e eu no terceiro, num piscar de olhos ele se formaria e eu ficaria aqui mais um ano.

   Naquele ano, Jin começaria a estagiar. Precisaria de experiência para conseguir um emprego quando terminasse tudo e assim que as aulas começassem eu duvidava que não conseguiríamos nos ver com frequência, ou se quando nos víssemos estaríamos tão cansados que apenas iríamos capotar cada um em seu apartamento.

   E foi exatamente como eu disse. Aquele ano foi difícil para nós dois e nosso relacionamento havia esfriado um pouco, mas nada muito preocupante. Muita coisa aconteceu no decorrer daquele ano, Jin e eu brigamos feio uma vez e ficamos um mês sem nos falar. O stress e o cansaço misturados com a saudade causaram aquilo, mas assim que tivemos uma folga acertamos tudo. Porém um dos acontecimentos mais importantes da vida de Jin esperou até seu aniversário para acontecer.

   Durante anos os pais dele o procuraram e como a tia que o abrigou havia morrido, não conseguiram muitas informações sobre onde o filho poderia estar. Passado um tempo, eles viram uma notícia sobre um garoto que estava se destacando no meio acadêmico e que prometia ser um ótimo profissional no ramo culinário. Assim que leram aquilo, reconheceram o garoto da foto. Por estarem com medo de se aproximar do loiro tão repentinamente, decidiram falar com alguém mais próximo dele, que no caso era eu.

   Assim que os conheci, fiquei muito surpreso. Eles apenas imploraram pela minha ajuda, pois haviam errado muito feio e queriam se redimir com o filho. Admito que por receio eu neguei de primeira, mas assim que as férias começaram definitivamente eles me procuraram de novo para implorar mais uma vez. Dessa vez não fui capaz de negar, então após pensar com muito cuidado e perceber que eles estavam realmente arrependidos, decidi ajudá-los.

   Tentei preparar Jin para aquilo e eu estava com medo de acabar deixando-o zangado comigo. Assim que o loiro terminou de resolver suas pendências com o conselho, já que agora era o presidente, voltou para seu apartamento. Chegando lá encontrou seus pais sentados no sofá e eu sentado na poltrona.

   — Omma? Appa? Joonie, o que eles estão fazendo aqui? — percebi que seus olhos estavam cheios d’água e corri para abraçá-lo.

   — Jin, meu amor, seus pais tem algo para lhe dizer. — contei para o loiro como os mais velhos o encontraram e tudo que havia acontecido até agora e assim que terminei Jin decidiu ouvi-los.

   — Então vocês são namorados, entendo. — a mãe de Jin começou. Levantou do sofá e se ajoelhou no tapete se curvando em frente ao loiro, seu pai fez o mesmo. — Jin, nos perdoe. Nós erramos muito com você e sua irmã e nos arrependemos do fundo do coração.

   — Meu filho, estávamos cegos na época e não soubemos como ser bons pais. Nos perdoe, por favor.

   — Levantem-se. — assim o fizeram. Os três estavam chorando e eu me sentia deslocado, mas quando tentei sair Jin mandou eu me sentar novamente. — Por que vocês me procuraram agora, depois de tantos anos?

   — Agradeça a sua irmã, ela que nos fez abrir os olhos. Assim que você saiu de casa, deixando apenas aquele bilhete, passamos a fingir que Hae-Won era filha única. Um dia, ela chegou em casa chorando e quando perguntamos o motivo ela disse que a culpa era toda nossa. Descobrimos mais tarde que ela estava sofrendo bullying no colégio, algumas garotas bem cruéis cortaram o cabelo dela, disseram também que já que ela sentia tanta falta do irmão mais velho, que era motivo de vergonha para a família, por que ela não fugia também e matasse os pais de desgosto. Enfim, depois de ver todo o sofrimento da sua irmã, não pudemos mais negar nosso próprio sofrimento e o quanto você devia estar mal também.

   — Sempre tivemos muito medo do que poderia acontecer com vocês dois e decidimos prendê-los, alegado que era proteção quando na verdade devíamos ter ensinado como enfrentar seus próprios desafios e superá-los. Erramos muito com você Seokjin e não vamos mais fazer isso com Hae-Won também.

   — Viemos também porque sua irmã nos fez prometer que passaríamos seu aniversário com você. — sua mãe tirou de sua bolsa uma pequena caixa vermelha e entregou para Jin. — Mais uma vez, nos perdoe filho.

   Assim que Jin abriu a caixinha, encontrou um colar e entalhado nele havia a palavra “amare”, que significa amor em latim. Encontrou também uma carta de sua irmã.

   “Querido irmão

   Eu sinto muito por não poder estar ai com vocês agora, mas saiba que eu te amo muito e espero que possamos ser uma família agora. Sinto muito sua falta e penso sempre em você. Podem ter se passados anos, mas eu nunca me esqueço de como você sempre foi bondoso, gentil e amável comigo, sempre me ajudando quando eu mais precisava. Quando vi esse colar em uma loja antiga, comecei a chorar desesperadamente. Pensei que eu nunca mais poderia ter a minha família de volta e eu precisava concertar isso, não queria ser infeliz para sempre. Pensei em você exatamente no minuto que li “amare”. Você é a pessoa mais maravilhosa que já conheci e espero que agora você seja ainda melhor do que antes.

    De sua irmã que te ama muito, Hae-Won.

 

   Ps: Me liga ou me manda mensagem. Não quero mais ficar um minuto sem falar com você. <3 (xx) xxx-xxxx

 

   Jin chorava como um bebê e seus pais o encaravam aflitos, esperando alguma resposta. Apoiou a cabeça entre as mãos e sem pensar duas vezes me levantei e o abracei. Ele envolveu seus braços ao meu redor e encostou sua cabeça em meu peito, chorando cada vez mais. Assim que ele se acalmou um pouco, voltou o olhar para seus pais.

   — Eu perdôo vocês. — eles abriram um sorriso de orelha a orelha e se levantaram correndo para abraçar o filho.

   Jin sorriu quando viu que uma lágrima escorria dos meus olhos. Óbvio que até eu estava feliz por aquela reconciliação, tudo que eu mais queria era ver a pessoa que eu amo feliz e tinha dado certo.

   Resolvi ir para o meu apartamento e deixei Jin conversando com os pais. Abri o grupo que eu havia sido adicionado e vejo que aquelas pestes estavam planejando uma festa surpresa para o loiro, já que seu aniversário seria amanhã.

 

   Quase meia noite, ouço alguém bater na porta e quando abro vejo um loiro sorrindo de orelha a orelha.

   — VOCÊ É INCRÍVEL! — me abraçou e me encheu de beijos. — Não sei nem como te agradecer por ter ajudado os meus pais. Ah, queria tanto que você conhecesse minha irmã. Pelo que eles me contaram ela é sensacional. Eu sabia que era seria alguém maravilhosa quando crescesse, mas ainda assim estou tão orgulhoso. — já falei que eu amo o sorriso daquele garoto?

   — Você não tem noção de como fico feliz em te ver assim sabia? — dei o abraço mais apertado que pude nele. — Eu sei como você pode me agradecer, Jinnie.

   — Só por ter me chamado assim, já sei o que quer. — me empurrou, fazendo com que eu sentasse no sofá, sentando no meu colo em seguida e começando a me beijar.

   Era difícil para Jin segurar os gemidos, mas só de pensar que os meus sogros poderiam nos ouvir eu fiz de tudo para não provocar demais. Mesmo aquele ser sendo extremamente sexy, mordível e tudo mais, consegui me controlar por uma noite.

 

   A festa estava muito boa, de fato, mas o presente que os pais de Jin deram para ele foi o melhor. Nunca sentimos falta de conversar pelo celular, já que estávamos sempre junto e quando não, nos víamos pelo campus.

   — Você vai precisar de um celular para poder conversar conosco e sua irmã, e pelo que seu namorado nos contou você nunca se incomodou em comprar outro desde que seu último aparelho quebrou. — dizia seu pai entregando a caixa com o aparelho novinho em folha.

   — Eu pensava em comprar outro, mas apenas quando eu terminasse meu curso. Muito obrigado appa, eu adorei. Já vou salvar o número da Hae e do Joonie.

   — Não passo o meu então, você não quer. — Tae sempre dramático.

   — Aish, não seja bobo Tae, claro que quero o número de vocês também. Muito obrigado por tudo pessoal, eu realmente adorei. — abraçou um por um. — Omma, appa, muito obrigado também.

   — Aigoo, não mereço um filho tão maravilhoso assim. — os três se abraçaram. — Nós já vamos querido. Se cuida, nós te amamos.

   — Já? Tem certeza? — eles assentiram. — Então tchau, tragam a Hae na próxima. Quero agradecer pessoalmente pelo presente.

   — Pode deixar. — se abraçaram uma última vez e se foram.

   — Por que sua irmã não veio hyung? — questionou Jungkook.

   — Ela sempre teve a saúde meio fraca e justamente hoje ela teria um exame importante pelo qual ela espera desde o ano passado. Uma chance única para descobrir a causa do problema.

   — Espero que ela fique bem logo. Manda mensagem pra ela logo Jin, acho que ela está louca para falar com você. Melhor ainda, liga para ela. — Jin parecia animado com a minha ideia e foi para seu quarto fazer a ligação.

   — Poxa, queria ouvir a conversa.

   — Para de ser curioso Taehyung. A propósito, cadê seu namorado? — perguntou Yoongi.

   — Ah, aquele canalha. Nós brigamos. — gesticulei para que continuasse. — Um calouro sem noção deu em cima dele e ele retribuiu. O calouro nem sabia que ele namorava, já que o cafajeste não mencionou, ou seja, eu posso muito ser corno e não saber. Agora ele não para de me mandar mensagens e eu apenas ignoro.

   — Eita cu, que situação. Ainda bem que eu e Hoseok estamos tranquilos, né Hobi.

   — Será? Não sei. Quem sabe, não é mesmo. — Hoseok fez graça, deixando um baixinho meio furioso.

   — Obrigado pelo apoio, vocês são demais hyungs. — ironizou, revirando os olhos.

   — Não fica assim Tae, tenta pegar ele no flagra. Ai você termina, não vou deixar você fazer papel de trouxa.

   — O Namjoon-hyung é um bom amigo, não vocês. — mostrou a língua.

   Ouvimos uma porta bater e Jin saiu de seu quarto com um sorriso enorme. Presumi que a conversa havia sido melhor do que ele esperava e aquilo apenas me deixava ainda mais feliz. Ele viu que todos estavam curiosos para saber como foi e não demorou muito a começar a falar.

   — Minha irmã é incrível. Queria tanto que ela tivesse vindo, sério. — sentou-se ao meu lado e suspirou pesadamente. — Ela precisava dormir, do contrário teríamos conversado muito mais. Pelo menos posso mandar mensagem de noite, quando não estamos em aula.

   — Jin, eu estou muito feliz por você. — apoiei meu braço em seu ombro e depositei um beijo apertado em sua bochecha, o que o fez dar uma risada baixa.

   — Acho melhor vocês me ajudarem a limpar meu apartamento, antes que resolvam ir embora.

   Assim que terminamos a limpeza, cada um foi embora. Já estava tarde e Taehyung e Yoongi haviam bebido um pouco mais do que deviam, resultando em um garoto extremamente infantil e um extremamente safado.

   — Jinnie. — sussurrei no ouvido do loiro o abraçando por trás enquanto ele tentava trocar de roupa. — Agora seu presente sou eu. — mordi levemente sua orelha e ao notar seu arrepio continuei. — Pode fazer o que quiser comigo.

   — O que eu quiser? — assenti, logo sendo empurrado com força para a poltrona. Ah, aquela poltrona.

   O loiro colocou a música Birthday Sex em meu celular e começou a dançar no meu colo. Eu só não podia tocar nele, o que era torturante já que ele estava muito gostoso rebolando daquele jeito para mim.

   Transamos até nossos corpos implorarem por descanso, o que demorou um pouco já que aquele loiro maravilhoso estava empolgado até demais. Não sei como eu aguentava tudo aquilo.

 

   Mais uma vez o natal havia chegado e naquele ano passamos na casa dos pais de Jin. Ele contou para minha mãe tudo que havia acontecido e ela ficou muito feliz em saber. Adorei conhecer Hae-Won, ela era muito parecida com o irmão mais velho, até mesmo na bondade que emanava e era muito bom conversar com ela.

   Nada fora do comum aconteceu durante o ano novo. Passei com a minha família e Jin com a dele e foi muito estranho ficar quase duas semanas longe dele, mesmo que tenhamos conversado por mensagens e ligações. Percebi então como eu havia me tornado dependente dele e aquilo me preocupava um pouco, afinal eu passaria quase um ano longe dele, talvez mais, assim que terminasse a faculdade então precisava aprender a aguentar um pouco a saudade.

   Aquele era o último de Jin na faculdade. Último ano em que ele faria loucuras pelo campus comigo e os meninos. Último ano comigo. 

   Admito, eu estava sendo dramático, mas não queria que Jin ficasse tanto tempo longe de mim. Mesmo que ainda fosse início do ano, eu já havia planejado muita coisa para aproveitarmos cada segundo. 

   Eu apenas me esqueci de um pequeno detalhe. Se o quarto ano já consegue ser chato e difícil o suficiente, imagina o quinto? Pois é, vários dos meus planos foram por água a baixo, tanto por compromissos da faculdade de última hora como por estarmos exaustos. Quase não fomos às festas, exceto os aniversários dos nossos amigos, parecíamos um casal de idosos. Por sorte, não éramos os únicos já que praticamente toda a galera do quarto e quinto ano estava daquele jeito, com exceção de alguns que alguns que retiravam ânimo do cu.

   O ano passou voando e eu quase reprovei em uma matéria. A formatura do pessoal de gastronomia seria logo no início de dezembro, bem próximo do aniversário de Jin. Todos estavam animados, não mais que nosso hyung, afinal ele seria o orador da turma e ainda faria um discurso em nome de todos, passando o cargo de presidente do conselho estudantil para o seu vice. 

   Fizemos questão de tirar várias fotos do loiro naquela beca engraçada apenas para provocá-lo. Cada bico que ele fazia me dava vontade de mordê-lo, mas me controlei, pelo menos em público, se é que vocês me entendem.

   Foi um dia muito agradável e ver Jin tão feliz foi absolutamente maravilhoso. Tanto eu quanto nossas famílias estávamos felizes e orgulhosos por ele, mas o melhor de tudo foi quando ele disse que logo no início do outro ano ele já começaria a trabalhar em um restaurante aqui em Seul mesmo e não precisaria se mudar do apartamento. 

   Foi a melhor notícia que eu poderia ter recebido. Eu estava tão feliz que não cabia em mim. 

   A formatura de artes foi no início do outro ano, mas Hoseok não participou. Não sei bem o motivo, mas pelo que Yoongi nos disse era por causa de um problema familiar.

 

   Eu imaginava meu último ano da faculdade como sendo algo sem graça, já que não teria meu princeso comigo, mas me enganei. Era ótimo poder chegar em casa depois de um longo dia e encontrar aquele loiro lindo se arrumando para ir trabalhar. Despedia-se com um beijo e corria para o restaurante, não muito longe dali. Tudo estava dando certo para ele e isso me alegrava demais. 

   Já fazia alguns meses que Jin trabalhava lá e certo dia um famoso crítico gastronômico fez uma visita surpresa ao restaurante, o que deixou todos muito nervosos e preocupados. O chefe preparou uma de suas especiarias e estava confiante de que conseguiriam uma boa crítica, mas estavam enganados. O crítico detestou a comida e o lugar perdeu a confiança e credibilidade dos clientes que tanto demoraram a conquistar. 

   Estavam quase falindo quando Jin propôs que chamassem o crítico novamente. A princípio todos pensaram que ele estava louco e o chefe se recusou a cozinhar novamente, o que obrigou Jin a tomar uma decisão. 

   — Eu cozinho. Eu farei algo para ele provar e se eu não conseguir contornar essa situação, podem me demitir sem pestanejar. Minha carreira está em jogo também. 

   Obviamente todos pensaram que ele perdeu a razão, mas depois de tanto insistir acabaram por concordar. O crítico aceitou ir mais uma vez, pois tinha achado Jin um jovem interessante e audacioso. Estava curioso sobre ele.

   Depois de algum tempo sozinho na cozinha, saiu de lá carregando uma bandeja fechada. Ao abrir, todos ficaram abismados e se perguntaram como ele ousava servir algo tão simples como um fricassê. Porém ao verem a reação do crítico ao levar a primeira garfada até a boca, todos sorriram. 

   Jin teve sua foto publicada em um jornal, juntamente com dezenas de elogios por parte do crítico. Ele falou que o restaurante deveria ter alguém como Jin cuidando da cozinha, pois ele era um jovem muito promissor. 

   A vida do loiro estava bem agitada enquanto eu tinha alguns problemas na faculdade apenas por preguiça de entregar alguns trabalhos na data. 

 

   Eu sabia que o ano estava quase acabando quando meu aniversário chegava. Um dia antes da pequena comemoração que eu resolvi fazer, Taehyung apareceu chorando no meu apartamento dizendo que o agora ex-namorado o traia fazia tempo e dessa vez o pegou no flagra. Eu meio que já imaginava no que isso iria dar, já que aquele rapaz não tinha uma boa fama.

   Não costumo festejar meu aniversário, mas Jin me convenceu a pelo menos comprar algumas pizzas, umas bebidas e chamar as pestes. Tae trouxe mais dinheiro e quando a bebida acabou saiu para comprar mais. Voltou meia hora depois com uma garrafa de tequila e algumas cervejas.

   — Tae, você já ta meio bêbado, não acha que uma tequila é demais? — Suga estava certo, parecia que o ruivo queria beber até cair.

   — Lógico que não é demais. E outra, Jin-hyung vai me ajudar, não vai? — Jin apenas encarou aqueles olhinhos bêbados brilhantes e negou com a cabeça. — Mas por quê?

   — Não posso ir trabalhar de ressaca amanhã e você sabe que sou fraco.

   Por fim, Taehyung bebeu quase toda a tequila somente com a ajuda de Hoseok, que acabou ficando feliz demais e sobrou para Yoongi apagar todo aquele fogo. O problema é que não conseguiram esperar chegar ao próprio apartamento e transaram no banheiro do meu. Minha casa era o motel particular daqueles dois, isso era inegável.

   Eu não conseguia acreditar que em algumas semanas eu, Yoongi e Jimin nos formaríamos. Taehyung também, mas a comemoração seria no início do ano seguinte.

   E com a formatura, terminei aquela etapa na minha vida. A festa não foi nada muito grande e eu nem quis participar também, mas pelo que eu soube houve bastante briga e um certo casal se separou. Mais um.

   Jimin disse que seu relacionamento com Jungkook já havia desgastado faz tempo e não via a hora de terminarem. Outro motivo para terem terminado é que Jungkook estava interessado em outra pessoa, assim como Jimin, então foi algo pacífico.

 

   Depois de todos esses acontecimentos, nos separamos. Eu e Jin passamos a morar juntos definitivamente e consegui encontrar um bom emprego em um estúdio de gravação. Eu e Yoongi mantivemos contato, afinal tínhamos nos tornado bem próximos e, consequentemente, sempre via Hoseok também. Eles disseram que Jimin estava morando perto deles e os três se viam e faziam coisas juntos direto. Por “coisas”, lê-se “sexo”.

   Isso mesmo. A curiosidade de Hoseok convenceu Yoongi a tentar um ménage com Jimin e os bobos acabaram gostando mesmo disso.

   Eu não me recordo de muitas que aconteceram depois que terminei a faculdade, já que minha vida se tornou meio monótona. Era do trabalho para casa e vice-versa, apenas algumas vezes que saíamos os cinco juntos ou só eu e Jin, mas ainda assim era muito bom.

 

   Depois de alguns anos, Jin começou a se organizar melhor para abrir o próprio negócio. Já tinha o dinheiro, o local e alguns prováveis funcionários, faltava terminar a documentação, escolher um nome e inaugurar. Estávamos confiantes de que com o talento do loiro e sua especialização em doces e confeitos, aquela seria a melhor bomboniere* da cidade.

   — Joonie, o que você de “Sweetest Buzz”? — dizia enquanto desenhava alguns logos em uma folha.

   — Na verdade, esse nome é ótimo. Pensou nisso sozinho? — ele assentiu, abrindo um sorriso em seguida.

   — Então vai ser esse mesmo. Ah, esqueci de te contar. Hoseok quer trabalhar comigo.

   — Pensei que ele iria atrás de algo relacionado ao curso que ele fez.

   — Eu também, mas aparentemente ele perdeu a inspiração ou sei lá o que.

   O moreno estava em um relacionamento a três com Jimin e Yoongi e por incrível que pareça estavam super bem, o que me deixava muito feliz por eles.

   No dia da inauguração da bomboniere, dois rostos bem conhecidos resolveram aparecer, deixando todos surpresos e felizes. A loja estava cheia e as mesas estavam todas ocupadas, deixando Jin muito satisfeito com a primeira impressão que causou. Se bem que as boas críticas ajudaram muito e o fato de Jin ser um sucesso em ascensão apenas enalteceu seu negócio.

   Ao final da noite, Taehyung e Jungkook puderam cumprimentar o loiro com mais calma, o parabenizando pelo sucesso.

   — Fico feliz em saber que vocês estão bem, principalmente você Jimin. — sorriu.

   — Os hyungs me fazem muito bem, mas e você, encontrou alguém durante todo esse tempo que sumiu? — todos voltaram sua atenção para a resposta do mais novo, já que era um interesse de todos.

   — Na verdade sim. Vocês já o conhecem, mas lhes apresentarei novamente. — apontou para Taehyung. — Kim Taehyung.

   — O QUE? — foi incrível o timing perfeito de todos ao dizerem isso.

   — Quem diria, Taehyung e Jungkook. Bom, desejo que vocês sejam muito felizes. — disse Jimin sorrindo.

   — Idem, mas vê se não desapareçam novamente. O que andaram fazendo, além de sexo? — todos riram.

   — Eu assumi a empresa do meu pai e Tae viaja pelo mundo avaliando obras de arte e esculturas. — não conseguimos conter nosso espanto.

   — Alguns tiveram mais sorte que outros, vejam Jin-hyung por exemplo. — Tae apontou para o loiro que agora sorria meio envergonhado.

   — Me dediquei muito, claro que um pouco de sorte ajudou, mas foi tudo graças a todos que me apoiaram tanto. — abracei-o. Não sei como ele conseguia ser tão bom daquele jeito.

   Depois disso, o mais novo casal se mudou para Seul e sempre que podíamos, fazíamos algo juntos.

   Alguns anos se passaram e Jin tinha fazia cada vez mais sucesso. Agora, sua bomboniere era também uma cafeteria e Hoseok era seu mais novo sócio. Eu fui promovido várias vezes e agora era o produtor principal do estúdio de música, responsável por tudo e todos. O dono estava doente e pretendia se aposentar logo, mas não possuía nenhum filho ou alguém próximo que gostaria de assumir seu emprego, então ele o ofereceu para mim. Aceitei sem pensar duas vezes e agora possuía meu próprio negócio também, mesmo eu não tendo sido o fundador.

   Tudo estava maravilhoso, a loja de Jin estava indo muito bem e já possuíam duas outras lojas pela cidade. Meu estúdio tinha contrato com vários artistas famosos e trabalho era o que não faltava. Jungkook e Taehyung haviam casado não tinha muito tempo e Yoongi, Hoseok e Jimin estavam começando a construir uma família. Adotaram dois cachorros e um gato.

   Isso aconteceu há alguns anos atrás, agora eles tinham mais bichos de estimação e Jungkook e Tae adotaram um casal de gêmeos.

   Mesmo que eu e Jin já morássemos juntos desde a faculdade, decidimos nos casar. O pedido não foi algo extravagante, mas eu fiz com todo o meu amor. Aconteceu no dia da inauguração da terceira bomboniere/cafeteria e não, não pedi na frente de todos, apenas dos nossos amigos.

   Um mês de noivado e já oficializamos tudo. Decidimos então nos mudar para uma casa maior e com as ótimas oportunidades que tivemos nos últimos anos, dinheiro não faltava.

   Realmente, a vida estava muito boa. Meus amigos estão sempre por perto, meu marido é simplesmente o mais maravilhoso de todos e desde que adotamos aquelas três crianças maravilhosas, só tem melhorado cada vez mais.

   — Namjoon, acorda e atende ao telefone. — Fui tirado de meus pensamentos pela recepcionista.

   — Não posso mais nem pensar na minha vida em paz? — ela me olhou feio. — Calma, já atendo.

   — Ótimo. ‘To saindo já. Boa noite. — não pude responder, já que ela simplesmente bateu a porta e saiu.

   — Abusada. Alô?

   — Joonie, não se esquece de comprar o remédio do Seung. Ele não melhorou e eu estou preocupado com essa febre alta.

   — Calma meu bem, a babá já chegou?

   — Sim, mas tem certeza de que está tudo a gente sair e deixar ele doente desse jeito?

   — A babá vai cuidar dele e a Youra vai ajudar também. Vamos relaxar e curtir nossa noite, já vou sair daqui ok? Nos vemos daqui a pouco.

   — Ok, até daqui a pouco.

 

   Passei correndo na floricultura e peguei o buquê que havia encomendado, escrevi algo correndo no cartão que vai em cima, comprei o remédio e corri para casa. Tomei um banho, eu e Jin nos despedimos das crianças e fomos para o nosso jantar.

   Nos sentamos em uma mesa muito bem decorada e lhe entreguei o buquê, ouvindo um “obrigado” envergonhado.

   — Sabe Jin, hoje enquanto eu estava um pouco mais folgado comecei a lembrar de tudo que já aconteceu na minha vida, em relação a você. — ele me olhava curioso agora. — Eu sou muito grato por tudo e hoje, no nosso aniversário de casamento, eu gostaria de reforçar mais uma vez o quanto eu amo você. 

   — Eu não mudaria nada do que já aconteceu, já que graças a tudo aquilo eu pude ficar com você. Obrigado Joonie, por me dar uma família e por me fazer tão feliz. Eu amo muito você. — sorriu. Sério, eu já disse o quanto amo aquele sorriso? Ah, é tão lindo. Sei exatamente quando ele está mais feliz, já que seu eye-smile é o melhor de todos.

   Kim Seokjin, obrigado por existir e por me fazer o homem mais feliz do mundo.


Notas Finais


*Bomboniere, pra quem não sabe, é uma loja onde se vende doces, bolos, guloseimas e coisas desse tipo.

Se chegaram até aqui, muitíssimo obrigado e espero que tenham gostado, ;D


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