Naquele mesmo dia em que eu conheci Zayn, eu o chamei para sair e ele concordou prontamente, quer dizer...
— Por favor, só uma vez. Se você se arrepender, eu nunca mais te procuro. — Jurei.
— Tudo bem, me pega ás oito nesse endereço. — Ele me entregou um papel. — Alias, tem uma coisa que eu preciso fazer.
E crianças, seu tio Zayn me deu o maior banho de marguerita que eu já tomei, mas depois ele me deu o sorriso mais bonito que eu já vi.
Então aquilo valeu a pena.
***
Crianças, o encontro com Zayn foi incrível, então cheguei em casa e seus tios, Harry e Louis, estavam sentados no sofá, detalhe importante: O tio Harry estava com um tapa-olho.
— LOUIS! EU ENCONTREI! EU ENCONTREI A PESSOA CERTA! É ELE, ZAYN É O FUTURO SENHOR PAYNE! — Me sentei rapidamente e olhei para os dois com euforia. — Você lembra a nossa conversa? Lembra como eu descrevi a pessoa certa?
— Hm... — Louis pareceu pensar. — Gosta de cachorros...
— Eu amo cachorros! Eu tenho tipo cinco. — Zayn riu.
— Bebe Whisky, sabe diálogos de O Caça Fantasmas. — Louis continou.
— Adoro whisky! — Zayn sorriu. — E caça fantasmas! “Ray! Quando alguém te pergunta se você é Deus, você diz sim!”.
— Sim! Exatamente! Ele é tudo isso, mas eu deixei o melhor para o final. Estão preparados? — Questionei e os dois assentiram.
— Ei, Liam. Você quer? — Zayn estendeu o prato com azeitonas para mim. — Odeio azeitonas!
— MINHA NOSSA! ELE ODEIA AZEITONAS! ISSO É INCRÍVEL! — Louis quase se levantou para pular no sofá.
— Ah! Deus! A teoria da Azeitona! — Harry sorriu para Louis.
— A teoria da Azeitona é baseada nos meus amigos, Harry e Louis. L odeia azeitonas, H ama azeitonas. De uma forma estranha isso faz com que eles sejam um grande casal e dá um equilíbrio perfeito. — Coloquei a azeitona na boca.
— Sabe, tem um pote de azeitonas na minha casa faz um tempão. — Ele chegou mais perto.
— Posso resolver seu problema?
— São todas suas.
— ISSO! GOL DENTRO, PAYNE! — Louis comemorou.
— Ei, ainda são dez e meia. O que aconteceu, Liam? — Harry, o capitão gancho, questionou.
— Ahn, bem...
— Preciso de uma trompa azul e francesa. — Zayn disse enquanto caminhávamos para sua casa.
— Não pode ser um guarda-chuva azul? — Questionei.
— Bem, poderia. Se você conseguir os dois, terá créditos em dobro comigo. Mas ambos têm que ser azul e francês. — Zayn sorriu.
Então uma van azul parou ao nosso lado, o que me fez quase rir, porque era algo azul.
— Malik! Entre aqui rápido! Você vai cobrir uma tentativa de suicídio na ponte de Manhattan. — Uma mulher gritou.
Zayn me olhou.
— Desculpe, eu... Eu preciso ir, mas eu me diverti muito! — Ele sorriu mais e logo ficou sério, me olhando por alguns segundos de puro silêncio.
— AÍ VOCÊ O BEIJOU, CERTO? — Louis questionou eufórico.
— Ahn, não. Eu achei que era o momento certo. Se ele for a pessoa certa, quero que o nosso primeiro beijo seja incrível.
— Uh, que fofo, Liam. Você amarelou como uma garotinha. — Harry debochou.
— O quê?! Isso não é verdade. Quer saber? Eu não preciso dos conselhos de primeiro beijo de um pirata não solteiro desde a primeira semana da faculdade.
— Oh, Liam. Até mesmo o solteiro mais burro do mundo diria o mesmo que eu disse. — Harry cruzou os braços. — E se não acredita, ligue para ele.
Peguei o celular e saí do apartamento, discando o número correto.
— E aí, Liam! Agora você me liga para jogar Laser Tag porque Laser Tag é demais! — Niall disse e eu escutei um barulho de tiros de armas de Laser Tag. — Ei! Eu te acertei primeiro, estou de olho! Sei quem é sua mãe.
— Niall, preciso da sua ajuda!
— Certo, me encontra no bar em quinze minutos. VAI DE TERNO! — Ele desligou.
****
—... E agora H&L acham que eu amarelei. Qual sua opinião? — Terminei de contar e olhei para Niall.
— Eu não estou acreditando que você ainda não está usando um terno! — Niall disse, dando ênfase a última parte da frase.
— Ele sequer me deu um sinal! — Me defendi.
— Ah, e você espera que ele comece a piscar como em um Código Morse? — Niall inclinou a cabeça pro meu lado e começou a piscar. — Liam? Me beija. NÃO! Você simplesmente vai lá e o beija.
— Mas ele não deu um sinal! — Tentei.
Niall revirou os olhos e bufou, olhou para Louis e segurou em seu rosto, o beijando brevemente. Então ele olhou para mim enquanto Louis tentava se recuperar do ato inesperado.
— Por acaso o Louis me deu um sinal? — Niall questionou.
— NÃO! — Louis gritou e olhou para Harry. — Eu juro que não, amor.
Harry sorriu doce.
— Está vendo? Agora eu vou para casa me deitar e saber que o lance com o Louis nunca vai rolar. Você deveria ter beijado ele. — Niall bebericou seu uísque.
— Eu deveria ter beijado ele! — Suspirei, me dando por vencido. — Talvez semana que vem, semana que vem ela volta pra Nova Iorque.
— Uma semana na vida de uma garota ou um cara bonito é igual a um ano. Ele vai te esquecer e você nunca mais vai vê-lo.
— Acho que sua teoria está errada, Niall. Aí está ele. — Olhei para a TV do bar e todos olharam juntos, Harry pediu que Rick, o barman, aumentasse o volume e o mesmo o fez. Escutamos Zayn falar sobre a notícia e logo eu levantei, decidido. — Eu vou beijar ele! Agora!
— Liam, como seu futuro advogado, digo que isso é muito louco! — Louis me olhou.
— Eu nunca faço coisas loucas, Louis. Está na hora de mudar. Vou fazer o que o cara da ponte não fez, vou pular. — Eles me olharam estranho. — Certo, isso não foi uma boa metáfora. Porque para mim é se apaixonar e casar e para ele é a morte.
— Em minha opinião, foi a metáfora perfeita. — Niall piscou.
— Ok, eu vou lá. — Fui até a saída.
— Liam, espera! Vamos com você. — Harry e Louis me acompanharam, olhei para Niall e ele revirou os olhos.
— Ok, eu vou. Mas com uma condição...
****
— LIAM FINALMENTE VESTIU O TERNO! PRECISO COLOCAR ISSO NO MEU BLOG. — Niall disse.
Eu ri e logo avistei o restaurante em que eu havia levado Zayn e ao seu lado justamente a outra parte do que eu precisava.
— Para o carro! Eu preciso descer rápido aqui! — Falei e o taxista parou. — Gente, eu já volto. Preciso fazer algo.
Saí rapidamente do carro e entrei na loja de guarda-chuvas, corri até o caixa.
— Há algum guarda-chuva azul francês? — Questionei.
— Sim, mas não está a venda. É meu.
— Por favor, eu preciso dele. — Insisti e o caixa negou.
Bufei e tive uma ideia, o guarda-chuva estava dentro do balcão, então eu simplesmente pedi que o caixa fosse buscar um guarda-chuva branco com retângulos desenhados, ele foi. Subi no balcão e peguei o guarda-chuva azul, saí correndo e entrei no restaurante pegando o trompete azul, corri para o carro enquanto o garçom me xingava.
— Vai! Rápido! — Gritei para o motorista e ele saiu. Harry, Louis e Niall me olharam estranho. — As pessoas levam flores, eu sou um pouco diferenciado.
— Ou estranho. — Harry disse.
Em alguns minutos o táxi chegou, respirei fundo e olhei para meus amigos.
— Me desejem sorte. — pedi.
— Liam vai arrasar com o repórter! Ele vai entrar no ar! — Niall tentou. — Essa foi boa. Toca aqui!
Mas ninguém tocou porque tinha sido péssima.
— Louis, guarde este dia. Porque no meu casamento, quando você for o padrinho, você vai discursar sobre isso. — Sorri e Louis assentiu sorrindo, então eu saí do táxi.
— EI! POR QUE O LOUIS VAI SER SEU PADRINHO? EU SOU SEU MELHOR AMIGO, LIAM! EU! — Niall gritou e eu o ignorei.
A medida do tempo em que eu caminhava até a porta do apartamento de Zayn, milhares de coisas passavam pela minha mente, menos uma.
Toquei a campainha e então cachorros começaram a latir, lembrando-me que Zayn tinha dito que tinha cinco cachorros. Saí correndo para o táxi, mas meus amigos me encorajaram a voltar, respirei fundo e voltei. Zayn apareceu na janela junto com os cachorros e me olhou.
— Liam?
— Eu só... — Não soube o que falar e abri o guarda-chuva azul, colocando sobre minha cabeça e levantei a trompa francesa para ele ver. Ele sorriu, o sorriso mais bonito.
— Vem! Sobe! — Ele disse e eu fui.
Lá em cima
— Então, Liam, o que faz com que você venha para o Brooklyn, uma da manhã vestindo um terno? — Zayn me olhou.
— Eu vim pegar suas azeitonas; que agora consequentemente são minhas. — expliquei devagar.
— As prefere com Gim ou vermute?
— Quer me deixar bêbado? — Arqueei uma sobrancelha.
— É um bom começo. — Ele se aproximou e ligou o rádio ao nosso lado, logo sorriu e foi para a cozinha.
Autor(a) Point Of View
— Então, Louis. A teoria da azeitona se baseia em você e no Harry, certo? Ele adora azeitonas e você odeia azeitonas. — Niall disse, dentro do táxi.
— É, odeio azeitonas. — Louis respondeu.
— Duas semanas atrás, bar espanhol da Rua 79 teve um prato de azeitonas que você comeu. O que aconteceu? — Niall franziu a testa.
— PRECISA JURAR QUE ISSO NÃO VAI SAIR DESSE TÁXI, NIALL! — Louis disse alto, como sempre.
— Eu juro. — Niall ajeitou o terno.
— Eu juro. — Ranjit, o taxista, disse.
— Uma vez Harry e eu saímos, eu pedi salada grega e ele perguntou: “ei, posso ficar com suas azeitonas?”, então eu respondi: “claro, eu odeio azeitonas.” — Louis disse.
— Mas, Louis... Você gosta de azeitonas.
— Eu sei! Eu tinha dezoito anos e eu era virgem. Esperei minha vida inteira para que alguém quisesse minhas azeitonas. — Louis sorriu.
— Louis; uma dica do seu amigo experiente, Niall incrível Horan. Não se case.
Harry parou ao lado de Louis e colocou metade do seu corpo para dentro do táxi.
— Harry, eu gosto de azeitonas!
Harry sorriu doce.
— Faremos dar certo.
Liam Payne Point Of View
— Acho que gosto da teoria da azeitona. — Zayn disse, enquanto estávamos abraçados de frente um para o outro, no meio da sua sala.
— Acho que gosto da sua nova trompa e do seu novo guarda-chuva. — Eu disse.
— Acho que gosto do seu nariz. — Ele sorriu.
— Acho que estou apaixonado por você. — Respondi.
— O quê? — Zayn arregalou os olhos.
— O QUÊ?! — Lucy e Tom disseram em uníssono.
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