História How NOT Escape Fate (Summer Camp - Second Season) - Universidade e Sensações

Dois anos depois.

Nina point of view 

Ah, natal! Com certeza é a melhor época do ano. Seus parentes vêm te visitar, você ganha presentes, elogios, e ainda come até dizer chega.

E cá estou eu, sentada no sofá, assistindo o tão esperado "amigo secreto" da minha família. 

Victoria estava logo ao meu lado, rindo da cara da coitada da nossa avó, que ganhou uma mini saia mais que curta do nosso primo. 

Uma sensação agonizante toma conta de mim em algum momento, uma sensação de dor. Porque? Eu não sei, estava tudo maravilhoso aqui, mas ainda sim eu sentia dor, como se alguém que eu amasse muito estivesse sofrendo.

Penso em Luiza, mas a ideia logo sai. Ela estava mais que feliz, já que esse é o primeiro natal com sua família em seis anos. Pois é.

Ela com certeza estava feliz.

Meus pais e Tori estavam ao meu lado, todos também aparentemente felizes.

Respiro fundo, tirando o pensamento bobo da cabeça.

Depois de alguns minutos, quando a brincadeira finalmente acaba e é oficialmente meia noite e natal, caminhamos todos animadamente para a cozinha. 

Paro de caminhar quando sinto meu celular vibrar no bolso da minha calça. Uma mensagem.

Vejo que é de um número desconhecido, então logo apago, sem nem ao menos ler. Essas últimas semanas Luiza postou meu número no twitter quando estava bêbada, deixando claro os meus seis meses sem transar e afirmando que eu precisava de um piru, e não era de natal.

Luiza tinha mais de vinte mil seguidores.

 Então, mensagens do tipo vêm chegando, e apaguei essa, assim como apaguei as outras, sem ler.

Ela é a melhor amiga que alguém pode ter, não é mesmo?

(...)

Queria poder dizer que a sensação agonizante de algo acontecendo foi embora com os dias, mas não foi.

Victoria disse que talvez seja a ansiedade, já que mandamos propostas para uma Universidade de Princeton, mas até agora só as respostas dela e da Luiza chegaram. Que aliás, elas já foram, e já era para o próximo mês.

É, talvez eu esteja só um pouquinho ansiosa.

Acordei com o grito esganiçado de minha irmã, gritando por mim, acompanhada de Luiza e mamãe. O coro perfeito para me deixar com uma puta dor de cabeça pelo resto da semana.

- NINA, NINA, NINA! - a porta do quarto se abriu, revelando as três pestes que me atormentavam.

Luiza pulou em cima de mim na cama, com o sorriso rasgando o rosto.

- Você passou, vamos as três para a universidade! - bateu palminhas, jogando uma carta em cima de mim.

Uma carta de Princeton.

- Já imagino a gente nas fraternidades, igual nos filmes. - Tori se joga do meu outro lado na cama, encarando o teto enquanto parecia quase ter um orgasmo.

Claro, se ela não fosse a única ainda virgem do trio, com seus nada bem vividos 18 anos. Ela mal beijava, imagina transar.

- Já imagino a gente nua nas festas e...

- Já imagino as três estudando muito! - mamãe disse alto, antes de Luiza acabar sua fala.

- É, dá no mesmo. - Luiza deu de ombros, rolando os olhos.

Eu estava parada, ainda em choque.

Princeton. Eu passei na Princeton.

Quando percebo, estou dando um grito alto, que fez com que minhas duas amigas pulassem assustadas na cama.

Foda-se, eu vou pra Princeton! 

Saí do quarto correndo, pouco ligando se estava só com calcinha e sutiã.

Eu vou pra Princeton! 

Quando percebo, já estou no jardim, prestes a chegar na piscina, e assim que chego, pulo nela, assim cessando meu grito.

Eu vou pra Princeton, e tenho uma potência vocal maravilhosa! Podia ficar melhor?

Olho para o lado, e vejo Luiza e Tori correrem até mim.

- É hora de banho de piscina? Tô dentro! - Luiza murmurou, tirando suas roupas e pulando na piscina.

- Vocês são lou...- Tori começou, mas não pôde terminar, já que Luiza a puxou pelo pé para dentro da piscina também.

E toda minha opinião sobre minha potência vocal foi para os ares assim que Victoria deu um grito, que tenho certeza que acordou todo o bairro, e talvez a cidade.

(...)

Já era noite, e agora eu arrumava minhas malas, junto com as duas garotas da minha vida.

- Gente, ainda nem tô acreditando que vamos para a Universidade. - Tori ri.

- Parece estranho, mas apesar de toda essa alegria, estou com uma sensação estranha. - Luiza disse, e arregalo os olhos, junto com minha irmã.

- Eu também!  - falamos em coro, antes de nos olharmos assustadas.

- É, então com certeza é a ansiedade. Vamos dar uma grande mudança de vida. - Luiza suspirou, sorrindo fraco.

Não acreditei nisso, mas não contestei.

- Eu vi no site de Princeton que vai ter uma festa de gala no primeiro dia, acompanhada dos pais. - Tori murmurou, se jogando na cama e tirando o celular do bolso.

- Eu também. - Luiza disse - Vai ser lindo! 

- A festa ou os universitários com roupas de gala? - sorrio maliciosa para a ruiva, que faz o mesmo.

- Os dois.

- Suas taradas! - Tori gargalha.

Princeton e seus universitários gostosos, aí vamos nós!