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História How Not to Fall in Love For A Hybrid - Ele Tem Problemas Psicológicos


Escrita por: unniepopcorn

Notas do Autor


NALSNLAKSNSKLNDLKSND OI SKDNLKSNDLKSNDKLSNDKLSNDLKNSD <3

Capítulo 2 - Ele Tem Problemas Psicológicos


Abri meus olhos lentamente. Encarei o teto.

Minha cabeça doía como nunca. Levantei meu tronco e então notei que estava no chão. 

Por que cargas d'água eu estou no chão? 

Ouvi de longe barulhos semelhantes a um choro. 

Virei meu corpo, tentando encontrar a fonte do barulho. 

Sentado no chão, escorado na minha cama estava o garoto que havia invadido a minha casa no dia anterior. Ele mantinha os joelhos juntos e os braços entrelaçando as pernas. Seu rosto estava apoiado nos joelhos e ele parecia fungar.

– O quê está acontecendo? – Perguntei, tentando levantar, mas caindo para trás no mesmo momento. Eu estava muito tonto.

Notei quando o garoto de nome Taehyung levantou seu rosto. Seu semblante parecia confuso e triste.

Ele de repente sorriu. Um sorriso calmo. Limpou seus olhos cheio de lágrimas e correu até mim.

– VOCÊ NÃO MORREU. EU NÃO TE MATEI. AH, POR DEUS. EU ACHAVA QUE VOCÊ TINHA MORRIDO. OBRIGADA, MEU SANTINHO. – Ele gritava, me chacoalhando. Eu estava extremamente confuso.

– Por que você está gritando? E o que aconteceu? Por que você ainda está em minha casa?

Ele então parou. 

– Ontem. Depois que eu te empurrei da cama, você caiu no chão e um pouco depois morreu. Q-Quer dizer, dormiu, desmaiou, eu não sei como essas coisas funcionam. 

E então tudo veio a tona. 

" – O que é você?

– Eu sou um híbrido. – Ele disse, logo depois me empurrando de cima de si. 

Caí no chão com facilidade, ainda boquiaberto, logo levantando.

– Um o quê?

– Um híbrido. E você não pode me machucar por isso! – Ele disse, um pouco mais alto. Talvez querendo parecer autoritário, mas parecia mais assustado. 

Olhei para ele. 

– Como? – Olhei para as minhas mãos. Eu estava ficando louco? "

Meus olhos foram de encontro com a do tal híbrido. Logo depois para a sua cabeça. Um capuz tapava suas orelhas que na noite anterior estavam visíveis. 

– Você é um híbrido. – Proferi, encarando o chão. Era muita informação para mim.

– Sim. – Ele respondeu.

Deixei meus olhos caírem sobre sua face. 

Seus olhos estavam inchados e marejados, possivelmente pelo choro. Seu semblante parecia extremamente cansado, talvez ele não tenha dormido. Ele realmente parecia assustado ao pensar que talvez teria me matado. Suas roupas estavam rasgadas e ele parecia ter ferimentos nos pés descalços. Suas mãos também não passavam em branco, pois pareciam estar cortadas em diversos pontos.

Droga. Eu não queria sentir aquilo. Não queria sentir pena. 

E então olhei para a janela do meu quarto. Estava de noite.

– Por quando tempo eu fiquei desmaiado? – Perguntei, confuso

– Um dia inteiro. Eu achei que você tinha morrido e ham... Não sabia o que fazer. Peço desculpas por não ir embora, bem... Eu realmente fiquei preocupado e... – Ele ameaçava a chorar mais uma vez – Eu vou embora logo.

Ele se virou e já estava andando em direção a porta.

Eu não podia expulsá-lo. Seria crueldade demais da minha parte.

Não tome decisões precipitadas. Não tome decisões precipitadas.

Ah, dane-se.

– Droga, eu não acredito que farei isso – comecei, falando comigo mesmo –. Você não quer passar a noite aqui? Está tarde. É perigoso sair por aí, andando sem rumo. Quer dizer, você mora na rua, certo? E hoje está fazendo uma noite fria. Você pode passar a noite aqui, se quiser. Amanhã acharemos uma solução para o seu problema.

Falei tudo rápido demais. Mas fui sincero, a culpa me corroeria se eu deixasse ele ir embora. Quer dizer, ele é um híbrido. Eu já havia lido coisas a respeito de híbridos, mas não acreditava que eles realmente existissem. Taehyung parece ser inocente demais, indefeso demais. Eu seria um desgraçado se deixasse-o sair assim, no meio da noite. 

Ele se virou para mim. Parecia estar um pouco indeciso com sua resposta. Talvez ele estivesse temeroso demais para aceitar. 

E então um estrondo de fez presente do lado de fora. Assustando tanto a mim quando a ele. E em seguida uma chuva desabou do céu. 

Ele abaixou as orelhas – ato que eu achei extremamente fofo – e me encarou.

– Acho que eu não tenho escolha. – Respondeu, sorrindo.

Não evitei sorrir também. Ele parecia uma criança com um sorriso retangular estampado nos lábios. 

– Tudo bem. – Comecei. E então me toquei: Eu nem ao menos o conhecia direito e já o convidei para passar a noite em minha casa. Eu mal sabia o que falar ou o que fazer. O nervosismo tomou conta de mim naquele momento.

Taehyung também parecia extremamente nervoso, pois batucava seus dedos sem parar nas próprias pernas.

Pigarreei, tentando chamar atenção. 

– Érr... Então... Você não quer tomar um banho? Você parece ter passado a noite aqui e deve estar muito cansado. 

Ele me encarou e sorriu. 

– Claro. 

Aquilo estava estranho demais. Primeiro eu acordo no chão de minha própria casa, logo depois eu convido um híbrido para passar a noite nela e agora ele estava prestes a usar meu banheiro.

A famosa e estranha vida de Jeon Jungkook.

– Ham... Você sabe onde fica o banheiro... Pode ir indo que eu levo uma toalha limpa e algumas roupas.

– Mas eu tenho roupas. – Ele respondeu e puxou sua camiseta para baixo, a encarando. – Elas só estão um pouco...

– Rasgadas. – Completei. Não queria parecer grosso. Mas não podia deixá-lo usando aqueles trapos, as peças mal cobriam seu corpo. – E imundas.

– Érr... Mas eu gosto delas. – Comentou, apontando para o desenho de uma ovelha em cima de uma nuvem que estampava sua camiseta,

– Tudo bem, apenas deixe-as no banheiro. Colocarei elas para lavar depois. Mas por enquanto, vá tomar banho. Levarei roupas limpas para você.

O menor concordou com a cabeça e simplesmente seguiu para o banheiro em silêncio.

Esperei ele fechar a porta e caminhei até o meu quarto pegando as coisas que eu havia prometido à ele.

É como cuidar de uma criança. O problema é que eu também sou uma criança – mentalmente, claro.

Eu estava prestes a levar as coisas para ele, quando ouvi um grito.

Corri até o banheiro e bati na porta três vezes seguidas, logo entrando sem nem ao menos ouvir uma resposta.

– Tudo bem? O que aconteceu?

– A ÁGUA ESTÁ GELADA. AHHHHH! MUITO GELADA. FRIO. FRIO. – Ele gritava esganiçado.

E foi então que notei que o garoto estava sem roupas. Ok, tudo bem, eu já havia o visto sem roupas, mas acontece que da última vez, seu corpo estava submerso sobre a água da minha banheira. Dessa vez, ele estava de pé, com tudo exposto. 

Corei instintivamente. 

Joguei a toalha para ele.

– Você só precisa apertar esse botãozinho para a água ficar quente. – Expliquei a ele.

– Eu já apertei. Umas quinze vezes. 

Encarei-o. Ele não havia feito isso. 

Liguei a água apenas para checar se eu realmente estava certo.

A água continuava gelada.

Fechei meus punhos em um sinal claro de frustração.

– Eu. Não. Acredito. Que. Você. Queimou. O. Meu. Chuveiro. – Proferi cada palavra lentamente, expressando minha total relutância em acreditar na capacidade de um ser tão pequeno em destruir as coisas com facilidade. 

Me virei para ele completamente irritado, porém tive uma mudança drástica no meu humor ao ver a imagem do garoto de cabeça baixa. Lágrimas deslizavam silenciosamente, molhando suas bochechas.

– Desculpa... Eu... Eu... Ah, a culpa é minha. – Finalizou, desabando em lágrimas.

Por um momento eu me senti completamente culpado. 

– Para... Quer dizer. Ah droga. Eu não sei o que fazer. 

O garoto parecia ficar ainda mais triste. Eu estava completamente confuso, o que se faz quando alguém começa a chorar dessa forma? Normalmente sou eu que sou consolado por meus amigos. Mas agora... Agora eu devia fazer algo.

– A culpa não foi sua, ok? Esse chuveiro já estava velho. Amanhã ligarei para o meu amigo e ele virá consertar, ok? Não se preocupe. Por que você não se veste e vai para a sala? Você pode assistir algum filme, se quiser.

Ele me encarou, e concordou com a cabeça. 

– Eu não conseguiria conviver com outra pessoa, nem se quisesse. – Murmurei para mim mesmo, quando o garoto saiu.

Saí do banheiro alguns minutos depois e não encontrei o garoto. Eu ainda não havia o entregado as roupas, então tinha certeza que ele provavelmente estava perambulando pela minha casa apenas de toalha.

Caminhei até a cozinha e o encontrei sentado no chão com um pacote de salgadinhos nas mãos.

– Não coma isso! – Berrei, o assustando. – Está aí faz, tipo, uns dois meses.

Ele me encarou, enfiou a mão no pacote barulhento e logo enfiou uma quantidade gigante daquela porcaria na boca.

– Mesmo assim é bom. – Comentou, com as bochechas cheias e rosadas, fechando os olhinhos.

– Ham... Isso é um pouco nojento. – Comentei – Largue isso. Vamos sair para comprar alguma coisa comestível para você.

Ele levantou as orelhinhas após me ouvir falar aquilo. Eu não estava acostumado com aquilo, a questão de ele não ser completamente humano era um pouco confusa, mas eu preferi afastar aquele pensamento, pelo menos por aquele momento.

– Você vai comprar mais salgadinhos? – Perguntou, sorrindo.

– Não, eu vou comprar comida de verdade. Agora vista isso – Respondi, jogando as roupas em sua cabeça.

Eu havia separado uma calça minha que eu havia comprado há uns quatro anos atrás. Eu tinha certeza que ficaria perfeita nele, já que o mesmo tinha um corpo um pouco menor que o meu. E uma camiseta também consideravelmente velhinha. Meu corpo era maior que o do garoto, então eu não tinha escolha.

– Amanhã sairemos para comprar roupas novas para você.

– Mas e as minhas?

– Vamos guardar elas, sim? Ficaremos com elas apenas pela lembrança. – Sorri amarelo. Qual o problema do garoto? Quem usa trapos quando se tem a chance de ganhar roupas novinhas?

O garoto não disse nada, apenas ameaçou tirar a toalha para se trocar.

Gritei.

– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? VÁ SE VESTIR NO MEU QUARTO, POR FAVOR. – Falei, tapando meus olhos.

– Mas por quê? – Perguntou.

– Por que diabos você se vestiria na frente de alguém? – Perguntei, o empurrando na direção do meu quarto, logo praticamente o jogando para dentro e fechando a porta – Vista-se rápido – berrei.

20 minutos depois, o garoto saiu de meu quarto.

– Você sabe o que "rápido" significa? – Perguntei e ele me olhou confuso.

– Ham... Desculpe. Eu estava com dificuldade para vestir essa coisa – apontou para a calça jeans que adornava suas partes baixas.

Soltei uma gargalhada. Ele realmente parece uma criança.

– Mas e então, onde vamos?

– Em um restaurante que faz o melhor lámen da cidade. – Respondi. – Mas antes... Coloque isto. – Entreguei-lhe uma touca preta. – Vai ajudar a esconder suas orelhinhas.

O garoto sorriu para mim. Aquilo me deixava feliz. Ver o quanto ele parecia confiar em mim. 

Quarta-Feira 7:37 PM.

Chegamos ao restaurante de Jin Hyung. Meu segundo melhor amigo tinha uma, na verdade lancheria – na qual ele chamava de restaurante – no centro da cidade. Ficava cerca de 20 minutos a pé de minha casa, algo que eu agradecia muito. Pois era simplesmente o melhor lugar do mundo. Jin é realmente um cozinheiro incrível. Ele, além de ser dono do estabelecimento, também cozinhava alguns pratos no lugar e isso não podia me deixar mais feliz. 

Entramos no lugar, logo ouvindo o tilintar de sininhos da porta. O cheiro que eu reconhecia como sopa de algas do meu amigo exalava já pela porta da frente.

Sorri. Eu sentia falta de sua comida.

Passei meus olhos pelas pessoas, a procura de Seokjin, quando me assustei com um aperto forte em minha cabeça.

– MEU NENÉM VOLTOU. – Gritou meu Hyung. O garoto escandaloso sempre aparentou ter uma tara por cabeças, pois sempre gostou de abraçar a minha. Eu realmente me sentia uma criança perto dele, por mais que ele fosse tipo, apenas uns 4 anos mais velho do que eu.

– Hã... Oi, Hyung.

– OI, HYUNG? OI, HYUNG? CRIANÇA ABUSADA, VOCÊ SOME POR DOIS MESES E ME VÊM COM 'OI, HYUNG'? EU SENTI SUA FALTA, SABIA? NAMJOON ESTÁ SEMPRE PERGUNTANDO DE VOCÊ. JEON JUNGKOOK, VOCÊ ESTÁ MORTO! – Os poucos clientes que antes estavam concentrados em suas comidas, pareceram, de repente se focar na gente. Ok, a comida de Jin é maravilhosa, mas seus gritos me cansam. Não sei como há pessoas que frequentam isso aqui ainda. 

Até Taehyung, que antes parecia alheio a tudo e todos, teve seu foco captado por Jin, assim como meu Hyung teve seu foco captado pela presença do mais baixo.

– Quem é ele, Jeon? – Perguntaram ambos ao mesmo tempo.

– Hyung, esse é Taehyung, meu... Ér... Meu... Meu... Meu namorado. – Soltei simplesmente, arregalando os olhos.

Eu não havia dito isso. Não mesmo.

Até Seokjin arregalou os olhos. 

– Mas você... V-você... Jimin... – O mais velho parecia realmente confuso com o fato de eu ter arrumado um namorado, sendo que ele sabia que eu havia sumido por conta do término com Jimin.

– E esse, Taehyung, é meu Hyung, Seokjin. – Tratei de terminar com aquilo logo. – Então, Jin, estamos com fome. Por que você não traz duas tigelas de lámen para mim e para Taehyung? Agradeceríamos muito. Vá, Hyung, vá – Fui o empurrando para que ele fosse para a cozinha logo. 

Me virei para Taehyung.

– Olha, desculpa por isso. Eu não queria complicar as coisas e explicar que você é um híbrido aqui, no meio de tanta gente. Amanhã pedirei para ele ir até a minha casa e explicamos tudo, ok? Eu não sei o que eu estava pensando quando disse aquilo para ele. Mas que droga! Eu apenas fiquei nervoso. Desculpa.

Notei que Taehyung não tinha sua atenção focada em mim. Ele na verdade parecia bem desinteressado à tudo que eu falava.

– Ei, Taehyung, você está ouvindo? Ei! – Chamei, balançando-o pelos ombros. 

– Ham, o quê? – Ele perguntou, confuso.

Deixei minha mão pousar na testa. 

O que eu estou fazendo com a minha vida, Deus?

– Você não consegue se focar no que eu digo por um minuto? Droga, vamos sentar. – Puxei-o até uma mesa.

Logo Seokjin chegou com as duas tigelas.

– Jungkook! Jungkook! Nossa, isso daqui é muito bom! – Comentou Taehyung, com a boca cheia.

Jin Hyung o encarava com admiração. O mais velho sempre desenvolvia esse sentimento pelas pessoas que apreciavam sua comida.

– Não fale de boca cheia, Taehyung! 

– Desculpa. – Respondeu ele ainda com o lámen escorrendo pelos cantos da boca.

Seokjin apenas achou graça do garoto e logo se virou, voltando para a cozinha. Eu achava estranho. Ele normalmente fiava animado quando eu chegava com alguma noticia sobre mim. Estranhei o fato de ele não me fazer perguntas sobre o meu – falso – relacionamento com Taehyung.

Decidi esquecer o fato do mais velho não dar muita importância para o meu suposto namoro com Taehyung e voltei a observá-lo sorrir enquanto enfiava várias porções de lámen na boca. 

– Está bom? – Perguntei, apenas para ouvi-lo responder de boca cheia de novo.

– Extá ôtimo, Jonguk – Respondeu ele, sem engolir.

Sorri com a imagem. 

Eu estava terminando minha tigela quando Jin Hyung pediu que eu fosse até a cozinha e lá acabou comentando que está surpreso por eu ter encontrado um alguém e acabou mencionando também o fato de que Jimin está voltando para a cidade, o que me fez entender sua falta de animação sobre o meu suposto relacionamento falso. Ele estava preocupado comigo, de como eu ficaria com a volta de Jimin. 

– Tudo bem. – Eu apenas disse. – Eu estou bem. 

Mas tanto eu quando ele sabíamos que não era verdade.

9:20 PM.

Finalmente em casa. Taehyung realmente estava com muita fome, pois além daquela, comeu mais duas tigelas de Lámen e ainda pediu uma para a viagem. Seokjin, obviamente, ficou muito contente pelo garoto ter gostado tanto de sua comida. O mais velho também mandou algumas bolachinhas caseiras de mel e alguns docinhos de cortesia. Era eu que deveria ganhar aqueles doces. Eu realmente esperei que também fosse ganhar. Mas Seokjin apenas abanou para mim, me mandando ir com cuidado para a casa. Obviamente, eu fiquei muito indignado. Taehyung é um ladrão de Hyungs.

– Boa noite, Jeon – Disse, Taehyung, seguindo seu caminho até meu quarto.

– Para onde você pensa que vai? – Perguntei.

– Ué, eu vou dormir. Você não? – Respondeu ele, já entrando em meu quarto e se jogando em minha cama.

– No meu quarto? 

– Mas você não tem mais quartos, tem? Wa! Você tem um quarto super secreto escondido aqui? Me mostra?

– Não, eu não tenho. E é justamente por isso que você vai dormir na sala.

O garoto que já estava se tapando com minhas cobertas super confortáveis e fofinhas parou.

– Eu vou o quê? – Perguntou algo. 

– Dormir na sala. – Respondi, bufando. Era cansativo demais repetir tudo.

– MAS POR QUÊ? – Perguntou, indignado. 

– Porque eu não quero híbrido algum me observando enquanto eu durmo, ué. 

– Então vá você dormir na sala, ué. – Respondeu na mesma moeda.

Soltei uma gargalhada escancarada. 

– A  casa é minha, Taehyung. Eu decido onde você vai dormir. E eu digo que é na sala. 

– Há! Até parece que eu vou ficar naquele lugar frio. Uma boa noite para você, Jungkook. – Finalizou, Taehyung, cobrindo-se por completo com as minhas cobertas.

Olhei-o indignado. Ele não ia me ignorar daquela forma. 

– Saia, Taehyung – Pedi, autoritário, mas não obtive resposta alguma. – Tudo bem, sinto que vou ter que tirá-lo a força, então.

Caminhei rapidamente até ele, e coloquei minhas mãos onde supostamente estariam suas pernas, logo puxando para baixo.

O garoto realmente pareceu se assustar, pois gritou alto em seguida. 

Puxei-o mais uma vez, dessa vez o arrastando de cima de minha cama, mas o garoto com tamanha astúcia, começou a se chacoalhar como um peixe fora d'água e pulou de volta em minha cama, dessa vez se prendendo na cabeceira com seus braços. 

– EU NÃO VOU DORMIR NA SALA. NÃO VOU. NÃO VOU. – O garoto começou a gritar.

– CALE A BOCA, TAEHYUNG. EU TENHO VIZINHOS! POR DEUS, VOCÊ VAI GERAR PROBLEMAS PARA MIM. 

– NÃO, NÃO NÃO E NÃO. – ELE AINDA GRITAVA.

Joguei meu cobertor no chão e andei até o mais baixo. Tentando desgrudar suas mãos da cabeceira da minha cama.

– SOLTA, TAEHYUNG. MAS QUE DROGA! EU ME RECUSO A DORMIR NA SALA. 

– ENTÃO DORME AÍ NO CHÃO. EU SOU UM BEBÊ, EU TENHO DIREITOS!

– QUE DIREITOS? SEU ÚNICO DIREITO É DE CALAR A BOCA.

– PARE DE SER TÃO CHATO, JEON. VOCÊ É MUITO CHATO. PARECE ATÉ UMA CRIANCINHA FAZENDO DRAMA.

Ah, não. Ele não disse isso. Mas que afronta. 

Fiz então o que me veio a cabeça. Notei que Taehyung estava com os braços esticados e não evitei levar as minhas mãos até suas axilas e começar lá a minha jogada para tirá-lo da minha tão amada caminha.

Taehyung gargalhava alto das cóceguinhas que eu o fazia sentir e por um momento não pude evitar sorrir junto dele. 

– PARA! PARA! PARA! – Ele implorava, mas eu não teria pena. 

E foi então que ele soltou a minha cabeceira. 

Bingo!

Fui rápido, enrolei-o em um cobertor qualquer e empurrei-o para fora do meu quarto, logo trancando a porta.

Eu sou um gênio. Palmas!

Sorri vitorioso e me dirigi até minha cama. 

Eu estava prestes a deitar. Todo arrumadinho, quando ouço a voz de Taehyung ecoar de longe.

– Sim. Eu acho que ele não está bem da cabeça. Acho que seria bom chamar um médico para ele. 

– Ham, meu querido. Você é um bom garoto. Não se preocupe com ele, já estou ligando para o hospital. – Ouvi a voz da minha vizinha, Sandara respondendo-o.

Mas que diabos?

Abri a porta do quarto calmamente, apenas para encarar Taehyung com a porta de entrada aberta conversando com minha vizinha da frente. 

– Ah, sim. Muito obrigado. Mas eu acho que o certo seria ligar para uma clinica de ajuda psicológica. Eu acho que na verdade, ele precisa ser internado. 

Corri até o garoto.

– Taehyung, o que você está fazendo? – Perguntei explicitamente irritado. 

– Ham, eu só estava explicando para a moça aqui da frente que você precisa de ajuda psicológica. 

– MAS QUE DROGA, TAEHYUNG? VÁ LOGO DORMIR NA PORCARIA DO MEU QUARTO. VOCÊ NÃO VAI PARAR A NOITE TODA, NÃO É MESMO? – Gritei com o garoto. – Uma boa noite para você, Sandara! – Resmunguei, fechando a porta na cara da mulher. 

– Obrigado, Jeon! – Disse o menor, fazendo um sinal positivo com os polegares e correndo para o meu quarto, se trancando lá. 

E foi assim que eu dormi no sofá aconchegante e nem um pouco confortável da minha sala.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


LDNSLINDLSKNDLKSNDLKSND. BOA NOITE.


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