História How to Break a Heart - Dad, The Dogs, The book and The Call.

[...Mas eu nunca precisei, eles e nem eu sabia o que estava para acontecer então enquanto eles riam naquele dia. Eu estava escrevendo em meu caderno chorando como eu nunca havia chorado...] 

P.O.V. Alice

Um dia depois daquela briga, pelo incrível que pareça, eu voltei para a escola. Eu decidi que não perderia o ano por causa deles. Até por que, sempre fui muito legal com todos, não sei como algumas pessoas conseguem ser tão frias e más ao ponto de machucar uma pessoa por coisas que eu, pelo menos considerava insignificantes. Então eu ainda tinha meus colegas, eles foram bem legais comigo, falaram que se eu precisasse eles estariam ali e que se eu quisesse poderia ficar com eles, e foi assim que eu fiz.

Naquele resto de ano tentei me esforçar o máximo que eu conseguisse, e foi assim que eu fiz. Passei com uma média excelente o que deixou meus professores muito surpresos, até por que fica entre nós, mas até então eu nunca tinha sido o tipo de aluna que estuda, vai bem nas provas.

E eles? Nunca mais vieram falar comigo... Apenas Lucas que sempre me cumprimentava e fazia questão de fazer isso na frente dos meus ex-amigos.

O tempo foi se passando e no inicio do verão daquele ano minha mãe resolveu que nós iríamos passar na casa de praia de um dos seus amigos. Ele era pra mim como um tio ou até mesmo como um pai.

Mas então vocês devem estar se perguntando:”-Miga sua loca cadê teu pai piranha?”.

Bom eu explico... A anos atrás, mais ou menos 3, pois eu tinha 12 anos quando isso aconteceu, ele decidiu que iria morar nos Estados Unidos com a vaca, ops minha linda (sente a ironia)  madrasta Serena. Ela o convenceu depois de uma briga minha e dela, o que sempre acontecia porém daquela vez tudo acabou saindo do controle.

Quase 3 anos antes...

Era um sábado qualquer, de duas em duas semanas sempre ia na casa do meu pai, o que por um lado eu gostava e por outro eu detestava. Ver meu pai sempre foi o lado bom, independente de tudo ele sempre foi muito bom para mim. Mas ela, Serena, nossa como eu odiava aquela mulher. Sempre que ela podia e tinha a chance, ela me colocava para baixo e eu nunca falava nada, apenas ficava la escutando de cabeça baixa. Até um dia eu desabafar com meus melhores amigos: João e Lucas. Contei tudo para eles tudo mesmo toda a magoa que eu guardava dentro de mim por 6 estúpidos anos. E o que eles disseram? Para eu gravar no gravador de voz do celular sempre que eu achava que ela começaria, e que aquilo seria motivo suficiente para ela parar. Eu acreditei nisso. Mas não deu muito certo...

Para variar logo que eu acordei no sábado, eu fui comer obvio ( forevermente gorda). Já deixei meu celular no gravador de voz do celular, pra que quando eu apenas clicasse ele começasse a gravar.

Não lembro exatamente como tudo começou, mas sempre que ela falava algo eu retrucava e dava patas enormes nela ( o que estava me deixando muito orgulhosa de mim mesma). Eu só lembro que a briga terminou com a seguinte frase dela:

Serena- Agora chega já cansei Gustavo- (nome de meu pai) –Essa piralha não pode falar assim comigo, você nãopode permitir isso- fala ela apontando para mim com raiva- Você vai ter que escolher... Ou ela ou eu!-

O que veio a seguir me chocou e me machucou com uma força enorme.

 Gustavo-Você-disse olhando para ela...o que mais doeu é que ele nem sequer chegou a pensar, foi instantâneo.- Alice, arruma tuas coisas e liga pra alguém vir te buscar.

Então sem nem pensar fui correndo para meu quarto e enquanto arrumava minhas coisas liguei para minha mãe que consequentemente estava com Mauro( aquele amigo dela que eu falei mais cedo). Logo depois liguei para João que estava com Lucas almoçando. Contei a eles também o que aconteceu e eles perguntaram se eu tinha conseguido gravar e eu respondi que não sabia.

Então depois de falar com eles, minha mãe já me liga e diz que estava chegando.

Corro para frente da casa sem nem olhar para cara deles ou me despedir. Apenas os ignoro.

Quando entro no carro minha mãe me abraça forte no banco de trás enquanto Mauro dirigia. Coloco o celular em um volume bom, nem tão alto e nem tão baixo, para ver o que eu tinha gravado.

E lá estava, o celular apenas gravou a parte final, quando ela pede para ele escolher entre mim e ela, e ouvir aquilo de novo foi horrível. Mas felizmente apenas aquela parte do áudio foi mais que o suficiente para convencer o juiz a não permitir mais que meu pai me veja.

Dias atuais...

Desde aquele dia nunca mais tive noticias do meu pai, tirando as que meu tio me dava as vezes. Foi por ele que eu fiquei sabendo que meu pai agora morava fora do Brasil. E que ele e Serena haviam se separado. Amem irmãos tava na hora né ...

Mas agora parando de falar do meu pai, e voltando a falar de como meu livro foi descoberto e lançado...

5 meses antes...

Eu e a minha mãe estávamos na casa da praia do Mauro. Lá estavam hospedados eu, minha mãe, Mauro e seu irmão. Ficamos la por dois dias, isso por que minha mãe foi chamada no trabalho para resolver alguns problemas e então eu resolvi voltar com ela.

Quando chego em casa apenas tomo banho e vou dormir, amanha arrumaria minhas coisas, agora estava muito tarde e eu morrendo de sono.

No outro dia quando eu acordei logo tomo banho, faço minha higiene matinal, e vou para cozinha pra tomar café. Minha mãe já havia saído e como estava de férias a casa seria minha o dia todo.

Subo novamente para meu quarto (a casa era de dois andares mas não muito grande, ate por que apenas duas pessoas moravam lá), e vou arrumar minhas coisas arrumo tudo e então recebo uma ligação do meu “estagio”. Eu era voluntaria em um canil aqui da minha cidade, na ligação Marlize  (minha chefe) perguntou se eu estava em casa e pediu para que eu fosse para lá.   

Chegando no canil ela me recebe como sempre com um abraço apertadíssimo, e me diz que eu deveria ver imediatamente Bucky e Clark.

Bucky e Clark são cachorros que ninguém queria devido ao seu passado e também ao seu grande porte. Desde que eu coloquei os pés pela primeira vez no canil, já me apaixonei perdidamente pelos dois, Bucky era um Pitbull cinza e com a parte do peito e da barriga brancos com 50 centimetros e Clark era um Dogue Alemão mantado ( preto nas costas e branco no peito e na barriga) de enormes 82 centimetros .

Nunca adotei eles por causa da minha gata e da minha coelha.

Mas aquele dia uma coisa inédita e triste aconteceu, Marlize me disse que se em exatamente uma semana ninguém os adotasse ela teria que os matar por eutanásia.

Os dois chegaram filhotes la. Bucky chegou la após seu dono jogar ele e o resto da ninhada na beira de uma rodovia, por isso que Bucky odiava carros, apenas ele e uma irmã sobreviveram de 5 filhotes, a irmã dele foi adotada rápido mas ele por ser macho nunca teve a chance, e depois de crescer as chances de adoção diminuíram mais ainda . Clark foi o único filhote sobrevivente de uma cadela que foi atropelada enquanto estava grávida, alguns filhotes nasceram mortos já outros morreram por não ter leite materno e essas coisas, ninguem o adotou quando era filhote e como Bucky suas chances só pioraram desde que ele cresceu. Eles já estavam a dois anos tentando ser adotados porém ninguém os queria.

Então eu liguei para minha mãe chorando muito e implorando para que ela me deixasse adotar eles. E pelo incrível que pareça ela deixou, ela entendeu o meu lado e disse que seria meu presente de: aniversario, páscoa, dia das crianças ( p.s: tenho 14 anos mas tudo bem né, que tipo de pessoa que recusa um presente?) e também de natal. Ela também adorava os dois mas por serem de porte grande, ela ainda ficava com um pé atrás por ter deixado.

Depois de um dia muito turbulento voltei para casa e trouxe os dois os deixando dentro de casa ( louca? Talvez).

Então como sempre fui para meu quarto procurar meu caderno, e foi ai que tudo começou.

Eu não o achava em nenhum lugar, e entrei em desespero, sem nem perceber comecei a chorar, chorar muito mesmo. Fiquei ali por um tempo até que sinto um peso enorme sento jogado contra mim, depois outro, e então sinto duas coisas gosmentas passarem pela minha bochecha. Abro os olhos vendo Buck, Clark e Regina ( minha gata... quem da o nome de Regina pra uma gata? Eu, once upon a time na veia filha <3 se nunca olhei suuppeerr recomendo), me olhando com umas carinhas serias ( coisa mais fofa).

Ouço a porta la de baixo ser aberta e logo depois passos na escada, fiquei ali fazendo carinho neles até que escuto o barulinho de quando uma foto é tirada e olho incrédula pra minha mãe. Ao ver ela, lembro novamente o por que de estar ali no chão e começo a chorar novamente. Ela senta na cama e diz fazendo carinho em meu cabelo meu cabelo:

Adriana- O que aconteceu filha?-diz ela me olhando preocupada.

A explico tudo e quando termino, ela esta sorrindo, não entendo absolutamente nada, porra tua filha ta morrendo e tu ta ai rindo. Ouço a campainha tocar então ela sem dizer nada apenas sai do quarto me deixando la, com dois cachorros( enormes devo resaltar) e uma gatinha. As vezes bate uma raiva da minha mãe!

Escuto passos novamente na escada, mas dessa vez são mais de um. Olho para cima novamente e la estão minha mãe desnaturada( sou rancorosa mesmo), tio Mauro e Arthur( o irmão no caso o dono da editora, capitaram né? “carinha maléfica”.) os três sorriam, também né a cena deveria estar no mínimo engraçada.

Saio de debaixo dos cachorros e da gata ( que por sinal, os três se deram bem, não sei como isso aconteceu mas tudo bem né) comprimento eles e descemos para a sala. Quando nos sentamos no sofá percebo que Arthur esta segurando meu caderno, ele percebe que eu percebi ( a não magina né, o português ta foda), e então diz:

Arthur- Bom Alice- começa sorrindo- Eu posso ter dado uma de enxerido maas, eu li seu caderno, e Alli, ele é incrível tudo o que você escreveu cada parte eu não consegui parar de ler por um segundo sequer, é viciante- diz ele com os olhos brilhando e com cara de admirado/emocionado- eu conversei com sua mãe que também leu e achou uma ótima ideia... eu posso te dar a oportunidade da sua vida- diz ele para mim- Você tem chance de virar uma grande escritora, e mudar para muito melhor a vida de muitas pessoas...

Dias atuais...

Então depois disso eu aceitei, e alem de ser escritora sou também youtuber e cantora. Adoro minha vida e finalmente sinto que eu posso voltar a ser feliz, porem algo ainda faltava para mim. Mesmo com toda a magoa que eu guardava de meu pai, eu sintia falta dele, muita falta.

Eu estou no meu jardim plantando algumas flores, adoro flores, tanto quanto adoro a lua e as estrelas. Sempre, desde  que me conheço por gente, tive essa obseção pela lua e pelas flores. Bucky e Clark estão sentados me olhando com as carinhas mais lindas desse mundo <3. Quando sinto meu celular vibrar no bolso de trás da calça, olho para ver se reconhecia o numero, mas não, eu não conhecia, atendo mas não digo nada espero a pessoa dizer primeiro:

{Ligação on}

Xxx- Alo? Alli?-era ele.

Alice- Pai?-digo ainda assustada.

Continuuuaaa...